“(...) Em primeiro lugar, como ninguém pode amar uma coi...

“(...) Em primeiro lugar, como ninguém pode amar uma coisa de todo ignorada, deve- -se examinar com diligência de que natureza é o amor dos estudantes, en...

UNIOESTE - Filosofia - 2019 - Vestibular - 2ª Etapa - Tarde

“(...) Em primeiro lugar, como ninguém pode amar uma coisa de todo ignorada, deve- -se examinar com diligência de que natureza é o amor dos estudantes, entendendo-se por estudantes os que ainda não sabem, mas desejam saber. Naqueles casos em que a palavra estudo não é usual, podem existir amores de ouvido: como quando o ânimo se acende em desejo de ver e de gozar devido à fama de alguma beleza, porque possui uma noção genérica das belezas corpóreas pelo fato de ter visto muitas delas, e existe no interior dele algo que aprova o que no exterior é cobiçado. Quando isto acontece, o amor não é paixão de uma coisa ignorada, pois já conhece seu gênero. Quando amamos um varão bondoso, cujo rosto nunca vimos, amamo-lo pela notícia das virtudes que conhecemos na própria verdade”

SANTO AGOSTINHO, De Trinitade, livro 10.

A partir do texto de Santo Agostinho, assinale a alternativa CORRETA.

A) Amamos porque desconhecemos; se conhecemos, não amamos.

B) Em primeiro lugar, não existe amor entre os estudantes.

C) O amor desconhece o seu gênero porque somos livres.

D) Basicamente, os amores de ouvido são superiores.

E) Aquilo que amamos não é de todo ignorado.

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