A) “Ao diabo o bem-’star que trazia.” (1a estrofe) B)...

A) “Ao diabo o bem-’star que trazia.” (1a estrofe) B) “Todos os dias o via. Estou” (2a estrofe) C) Quem era? Ora, era quem eu via.” (2a estrofe) D)...

UNIFESP - Português - 2021 - Vestibular - 1º Dia - Língua Portuguesa/ Língua Inglesa / Redação

Cruz na porta da tabacaria!
Quem morreu? O próprio Alves? Dou
Ao diabo o bem-’star que trazia.
Desde ontem a cidade mudou.

Quem era? Ora, era quem eu via.
Todos os dias o via. Estou
Agora sem essa monotonia.
Desde ontem a cidade mudou.

Ele era o dono da tabacaria.
Um ponto de referência de quem sou.
Eu passava ali de noite e de dia.
Desde ontem a cidade mudou.

Meu coração tem pouca alegria,
E isto diz que é morte aquilo onde estou.
Horror fechado da tabacaria!
Desde ontem a cidade mudou.

Mas ao menos a ele alguém o via,
Ele era fixo, eu, o que vou,
Se morrer, não falto, e ninguém diria:
Desde ontem a cidade mudou.

(Obra poética, 1997.)
Sempre que haja necessidade expressiva de reforço, de ênfase, pode o objeto direto vir repetido. Essa reiteração recebe o nome de objeto direto pleonástico.
(Adriano da Gama Kury. Novas lições de análise sintática, 1997. Adaptado.) O eu lírico lança mão desse recurso expressivo no verso

A) “Todos os dias o via. Estou” (2a estrofe)

B) “E isto diz que é morte aquilo onde estou.” (4a estrofe)

C) “Ele era fixo, eu, o que vou,” (5a estrofe)

D) “Mas ao menos a ele alguém o via,” (5a estrofe)

E) “Ao diabo o bem-’star que trazia.” (1a estrofe)

A B C D E

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