A) funcionam como pronomes de diferentes paradigmas e categorias e deixam o texto menos claro. B) promovem a leitura menos crítica da sequência do texto e pod...
Como uma onda
1. Toda língua muda com o tempo. Por mais que isso pareça óbvio, vale a pena repetir. Basta comparar um texto escrito em português na Idade Média, ou em 1600, ou mesmo há cem anos com qualquer coisa publicada nos dias de hoje.
2. As diferenças saltam aos olhos, e as dificuldades de compreensão vão crescendo quanto mais a gente recua no tempo.
3. Lendo as gramáticas, a gente tem a impressão de que a língua está pronta e acabada, que ela pode até ter sofrido transformações no passado, mas que, agora, as regras estão fixadas para sempre. Mas isso é uma ilusão. 4. Enquanto tiver gente falando uma língua, ela vai sofrer variação e mudança, incessantemente. Os mesmos processos que fizeram a língua mudar no passado continuam em ação, fazendo a língua mudar neste exato momento em que você me lê. 5. Apesar dessa obviedade, a mudança linguística sempre foi encarada como um problema, uma coisa negativa, um sinal de ruína, decadência e corrupção da língua. 6. No entanto, a mudança é inevitável: tudo no universo, na natureza, na sociedade passa incessantemente por processos de mudança, de obsolescência, de reinvenção, de evolução... Por que só a língua teria de ficar parada no tempo e no espaço?
7. Todas as demais instituições humanas sofrem mudança; por que a língua não sofreria? Na verdade, o melhor seria dizer: os falantes mudam a língua o tempo todo!
(Marcos Bagno. Nada na língua é por acaso. São Paulo: Parábola, 2007, p 163-164).
A) irregular.
B) proporcional.
C) variável.
D) esporádico.
E) eventual.
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