COMVEST - UNICAMP - Português - 2019 - Vestibular Indígena
A partir da Constituição Federal de 1988, professores e lideranças indígenas vêm enfrentando o desafio de transformar a antiga escola colonizadora de 500 anos em uma escola promotora das culturas, das línguas, das tradições e dos direitos indígenas, em diálogo com outras culturas, conhecimentos e valores.
Nesse processo, não existe um modelo único. Enquanto para algumas comunidades indígenas a escola precisa estar mais direcionada para possibilitar adequadamente o acesso a alguns conhecimentos da sociedade nacional, como, por exemplo, a língua portuguesa, a matemática e a informática – estratégicos para atender às suas necessidades práticas na defesa de seus direitos –, outras preferem uma escola mais direcionada para a revitalização e valorização da cultura e identidade do povo.
(Adaptado de Gersem José dos Santos Luciano, Educação indígena no país e o direito de cidadania plena. Revista Retratos da Escola, Brasília, v. 7, n. 13, p. 346-347, jul./dez. 2013.)
Segundo o texto, as atuais escolas indígenas do país,
A) embora diferenciadas entre si, têm, todas elas, o mesmo objetivo principal: familiarizar seus alunos com os conhecimentos da sociedade não indígena.
B) mesmo ensinando língua portuguesa, matemática e informática, não priorizam esses conhecimentos, já que eles não contemplam as especificidades culturais indígenas.
C) apesar de diferirem uma das outras no que se refere às ênfases dadas em seus currículos, procuram renegar o modelo de educação escolar indígena anterior.
D) ainda que com muito esforço, vêm seguindo um modelo curricular único e abrangente para contemplar os interesses de suas comunidades.
A
B
C
D
E