INEP - Português - 2018 - Exame - Linguagens e Ciências Humanas - Ensino Médio - PPL
Atire o primeiro cabide a mulher que nunca entrou em um provador e se sentiu a última das mortais ao perceber que só cabe em um número duas vezes maior do que o que costumava usar ou, pior, não cabe em nenhum tamanho existente na loja. A calça 42, que sempre caiu tão bem, não fecha. A camiseta M, que antes servia, empaca no meio do caminho. Não se trata de um processo de aumento de peso coletivo – são as roupas que estão encolhendo. Esse encolhimento faz parte de uma estratégia para valorizar as grifes, baseada no princípio de que é melhor não vender uma calça de cintura baixa do que vendê-la a alguém que tem dobras na barriga. Segundo esse raciocínio, ter a roupa exposta em quem não a valoriza pega mal para a imagem da marca. O resultado é que os tamanhos maiores vão sumindo e os que ficam são reduzidos. Traduzindo: algumas roupas não caem bem em quem não está em forma, e não tem choro. Se quiser vesti-las, emagreça. MOHERDAUI, B. Cheinhas e sem grife. Disponível em: https://veja.abril.com.br. Acesso em: 25 jul. 2011(adaptado).
O padrão de tamanho para as roupas exige um corpo considerado “em forma”. Em função disso ocorrem mudanças de hábitos corporais, como dietas e uso de medicamentos para emagrecer, que podem trazer prejuízos à saúde. Nessa perspectiva, cabe ao consumidor
A) esforçar-se para emagrecer, visando alcançar o objetivo de ter um corpo “em forma” e poder entrar nas roupas de menor tamanho.
B) adequar-se ao padrão de tamanho, entendendo-o como uma forma de incentivo à perda de peso corporal, aderindo, desta forma, à moda.
C) compreender o padrão estabelecido pelas grifes como justificativa para um processo de aumento de peso coletivo, valorizando a marca.
D) respeitar os limites e as possibilidades do próprio corpo, analisando criticamente as estratégias de vendas das grifes e a imagem das marcas.
A
B
C
D
E