Carlos Drummond de Andrade.Claro Enigma.UlissesO mito é o nada que é tudo.O mesmo sol que abre os céusÉ um mito brilhante e mudo ‐ O corpo morto de Deus,...
Carlos Drummond de Andrade.
Claro Enigma.
Ulisses
O mito é o nada que é tudo.
O mesmo sol que abre os céus
É um mito brilhante e mudo ‐
O corpo morto de Deus,
Vivo e desnudo.
Este, que aqui aportou,
Foi por não ser existindo.
Sem existir nos bastou.
Por não ter vindo foi vindo
E nos criou.
Assim a lenda se escorre
A entrar na realidade,
E a fecundá‐la decorre.
Em baixo, a vida, metade
De nada, morre.
Fernando Pessoa. Mensagem.
*conversa íntima entre casais.
A) “Onde morri, existo” (L. 2).
B) “E das peles que visto / muitas há que não vi” (L. 3‐4).
C) “Desisto / de tudo quanto é misto / e que odiei ou senti” (L. 6‐8).
D) “à deusa que se ri / deste nosso oaristo” (L. 10‐11).
E) “mas não sou eu, nem isto” (L. 14).
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