Leia o poema de Paulo Henriques Britto para responder à questão:Nada nas mãos nem na cabeça, nada no estômago além da sensação vazia de haver ultrapassa...
Leia o poema de Paulo Henriques Britto para responder à questão:
Nada nas mãos nem na cabeça, nada
no estômago além da sensação vazia
de haver ultrapassado toda sensação.
É em estado assim que se descobre a verdade,
que se cometem os grandes crimes, os gestos
mais sublimes, ou então não se faz nada.
É como as cobras. As mais silenciosas,
de corpo mais esguio, de cor esmaecida,
destilam o veneno mais perfeito.
Assim também os poemas. Os mais contidos
e lisos, os que menos coisa dizem,
destilam o veneno mais perfeito.
(Mínima lírica, 2013.)
A) suficiência; o que basta.
B) negação; o que era, mas não é mais.
C) excesso; o que está além.
D) simetria; o que está à frente.
E) posição externa; o que está fora.
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