EBMSP - História - 2018 - Prosef - 2019.1 - Medicina - 1ª Fase
Na década de 40 do século XIX, por iniciativa do senador Nicolau Pereira de Campos Vergueiro, centenas de imigrantes europeus foram trabalhar nas lavouras cafeeiras do Oeste paulista.
A experiência de trazer imigrantes para o pais não era nova. Fora esboçada pelo Marquês de Pombal na segunda metade de século XVIII e muito estimulada nos governos de D. João VI e de D. Pedro I. A intenção era ocupar áreas de conflito do sul do Brasil, por meio da doação de pequenos lotes para serem trabalhados com mão de obra familiar, enobrecer o trabalho manual e produzir alimentos para o mercado interno.
Não era esse o tipo de trabalhador que desejavam os cafeicultores em meados do século XIX. Precisavam de imigrantes que não tivessem condições de obter a propriedade da terra e, assim, fossem obrigados a trabalhar na grande lavoura.
VAINFAS, Ronaldo et al. História: o longo século XIX, v. 2. São Paulo: Saraiva, 2010, p. 269. Adaptado. Com base no texto e nos conhecimentos sobre problemas que se relacionam à entrada de imigrantes no Brasil, nos últimos anos, vindos principalmente do Haiti e da Venezuela, pode-se estabelecer que o que identifica a peculiaridade da política migratória do Brasil, considerando o século XIX e o século XXI, é
A) o bom acolhimento do imigrante europeu pelos trabalhadores do sertão nordestino, para onde eram destinados, no século XIX.
B) a preferência dos imigrantes latino-americanos pelos pequenos centros urbanos, no século XXI.
C) a garantia de mercado de trabalho dado pelo governo imperial ao imigrante europeu, no século XIX.
D) a destinação do imigrante haitiano às áreas de produção agropecuária, no século XXI.
E) a rápida integração do imigrante europeu à cultura brasileira, levando-o a perder seus traços identitários, no século XIX.
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