UECE-CEV - Sociologia - 2019 - Vestibular -Filosofia e Sociologia
No Brasil atual, o chamado “Movimento Escola Sem Partido” procura erradicar, por meio de mecanismos legais (projetos de lei), temáticas referentes ao conceito de “gênero” aplicadas ao ensino de crianças e jovens. Esse movimento se pauta por valores religiosos, tradicionais e de fundo patriarcal na defesa das relações heterossexuais, entendidas como sagradas e as únicas moralmente corretas. Diferentemente, as Ciências Sociais demonstram como o “gênero” é constituído por aspectos socioculturais, históricos e psicológicos diversos. Em termos simples, “ser homem”, “ser mulher” ou “ser transgênero” depende da cultura e da subjetividade individual. Além disso, desde o início do século XXI, entidades como a Organização das Nações Unidas (ONU) e a Organização dos Estados Americanos (OEA) têm aprovado resoluções diretivas para que se considere a “identidade de gênero” e a “orientação sexual” como parte dos Direitos Humanos (REIS e EGGERT, 2017).
REIS, T. e EGGERT, E., Ideologia de Gênero: uma falácia construída sobre os planos de educação brasileiros, Educação e Sociedade, vol. 38, nº 138, janeiro-março 2017.
Tomando como referência o entendimento acima, é correto concluir que
A) o Movimento Escola Sem Partido defende a “ideologia de gênero” e orienta que os gêneros masculino e feminino são uma construção sociocultural.
B) grupos feministas e os LGBTI concordam com o “Escola Sem Partido” quanto à valorização da autonomia das pessoas sobre seus corpos e sua sexualidade.
C) as diretrizes institucionais a favor da promoção da diversidade sexual atendem princípios próprios da Declaração Universal dos Direitos Humanos.
D) o Movimento Escola Sem Partido é fruto de um discurso religioso favorável ao entendimento do termo “gênero” como conceito próprio da cultura.
A
B
C
D
E