Para exprimir seu pensamento, este escritor teve de forjar uma língua que é só dele. O leitor que aborda pela primeira vez um de seus livros fica desconcert...
Para exprimir seu pensamento, este escritor teve de forjar uma língua que é só dele. O leitor que aborda pela primeira vez um de seus livros fica desconcertado com a obscuridade dessa língua. Mas ao mesmo tempo é subjugado, e enfeitiçado, por essa maneira inteiramente nova de dizer as coisas. E pouco a pouco tudo começa a adquirir um sentido, um sentido múltiplo, ambíguo, numa palavra, poético. Seu vocabulário é inteiramente renovado pela prática sistemática do neologismo. Todos os recursos da fonética são explorados.
(Paul Teyssier. Dicionário de literatura brasileira, 2003. Adaptado.)
O texto refere-se ao escritor
A) Guimarães Rosa.
B) Graciliano Ramos.
C) Euclides da Cunha.
D) Machado de Assis.
E) José de Alencar.
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