UNIMONTES - Português - 2018 - Vestibular - 2º Etapa
INSTRUÇÃO: Leia o texto a seguir e responda a questão que a ele se referem ou que o tomam como ponto de partida.
Sem os jovens, futuro da política é sombrio
(Marcos da Costa, O Estadão)
Disponível em: <https://politica.estadao.com.br/blogs/fausto-macedo/sem-os-jovens-futuro-da-politica-e-sombrio/>. Publicado em: 6 jun. 2018. Acesso em: 26 jun. 2018.
Nesta questão, temos, por um lado, as conjunções ou locuções conjuntivas e, por outro, os galicismos. Sobre isso, explanemos:
1.º) Relativamente às conjunções e locuções conjuntivas, assim se constituem seus sentidos: estabelecem, por não terem “vida” própria, uma conexão entre construções frasais e, para produzir sentidos, medeiam essas frases, levando o teor do conteúdo enunciado a produzir um sentido em detrimento de outro(s).
2.º) Acerca dos galicismos, são palavras de origem francesa, utilizadas no português: A tradição normativa [...] no Brasil (ver Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa) considera que as locuções conjuntivas «de forma a»/«de forma a que», [...] «de modo a», «de modo a que», «de maneira a»/«de maneira a que», «de sorte a»/«de sorte a que» são galicismos, pelo que são preferíveis as sequências sem a preposição a, isto é, «de forma que», [...] «de modo que», «de maneira que», «de sorte que». Apesar disso, na atualidade, o uso está a impor as formas com a referida preposição, havendo, portanto, maior tolerância com «de maneira a», «de modo a », etc., com infinitivo. É o que se conclui das palavras de Maria Helena de Moura Neves (Guia de Uso do Português, São Paulo, Editora Unesp, 2003), a respeito do português do Brasil: «As lições normativas tradicionais condenam o uso da expressão de maneira a, mas ela é mais usual (52%), nos diversos registros. Muitos países, por exemplo, indexaram seus bens de capital, de MANEIRA a criar compensações em torno da inflação.» Disponível em:<https://ciberduvidas.iscte-iul.pt>. Acesso em: 26 jun. 2018.
Partindo desses aspectos, por meio do trecho: “É nosso papel, enquanto na vanguarda social, trabalhar para inserir os jovens no espectro da política, de modo a que se transformem em protagonistas da contemporaneidade.” (linhas 38-39), pode-se afirmar que
A) “de modo que” substituiria precisamente a locução do trecho acima, pois o “a” – não especialmente por ser parte de um galicismo, mas por sua eliminação não afetar o sentido do texto – poderia ser descartado.
B) o “a”, embora seja parte de um galicismo, torna-se necessário por ser parte complementar da regência do verbo “transformar(-se)”, nesse trecho específico.
C) a substituição para “de modo a se transformarem em protagonistas da contemporaneidade” incorreria num mau emprego do “a”, que deve ser condenado no português, de acordo com Maria Helena de Moura Neves.
D) “ao modo de que”, considerando-se a 1.ª e a 2.ª explanações, também poderia ser uma expressão aceita, considerando-se a gramática normativa.
A
B
C
D
E