Questão de Vestibular nº 9593 - para treinar...

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UNEB - Português - 2018 - Vestibular - Português/Inglês/Ciências humanas

Mágoas
Quando nasci, num mês de tantas flores,
Todas murcharam, tristes, langorosas,
Tristes fanaram redolentes rosas,
Morreram todas, todas sem olores.

Mais tarde da existência nos verdores
Da infância nunca tive as venturosas
Alegrias que passam bonançosas,
Oh! Minha infância nunca tive flores!

Volvendo à quadra azul da mocidade,
Minh’alma levo aflita à Eternidade,
Quando a morte matar meus dissabores.

Cansado de chorar pelas estradas,
Exausto de pisar mágoas pisadas,
Hoje eu carrego a cruz de minhas dores!
ANJOS, Augusto. Mágoas. Eu e outras poesias. Disponível em: . Acesso em: 14 nov. 2018.
Considerando-se os recursos de estilo do poema “Mágoas” e a escola literária em que o poeta está inserido, é procedente o que se afirma em

A) O epíteto de “Poeta da Morte”, que os críticos literários atribuem ao poeta, dá-se pela presença de um antilirismo exagerado, seguramente comprovada no poema em questão.

B) O uso do soneto como forma de expressão poética permite classificá-lo como um poeta da vanguarda modernista.

C) Augusto dos Anjos, assim como Álvares de Azevedo, em “Adeus, meus sonhos”, cantou suas angústias de adolescente, daí o seu epiteto poeta do byronismo.

D) A subjetividade do poema e o uso da função emotiva da linguagem permitem inserir seu autor na geração romântica, em que também se encontra Castro Alves.

E) As metáforas e suas associações às circunstâncias da vida mostram uma forte influência do Simbolismo, sobretudo em relação ao sofrimento e à transcendência.

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