TEXTO 4: “Marília de Dirceu”, de Tomás Antônio Gonzaga SONETOS - 4 Ainda que de Laura esteja ausente, Há de a chama durar no peito amante; Que existe re...
TEXTO 4:
“Marília de Dirceu”, de Tomás Antônio Gonzaga
SONETOS - 4
Ainda que de Laura esteja ausente,
Há de a chama durar no peito amante;
Que existe retratado o seu semblante,
Se não nos olhos meus, na minha mente.
Mil vezes finjo vê-la, e eternamente
Abraço a sombra vã; só neste instante
Conheço que ela está de mim distante,
Que tudo é ilusão que esta alma sente.
Talvez que ao bem de a ver amor resista;
Porque minha paixão, que aos céus é grata
Por inocente assim melhor persista;
Pois quando só na ideia ma retrata,
Debuxa os dotes com que prende a vista,
Esconde as obras com que ofende, ingrata.
(PROENÇA FILHO, Domício (Org.). A poesia dos inconfidentes: poesia completa de Cláudio Manuel da Costa, Tomás Antônio Gonzaga e Alvarenga Peixoto. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1996. p. 701-702.)
A) esperança e violência.
B) ausência e contradição.
C) apreensão e euforia.
D) saudade e hostilidade.
E) contentamento e fúria.
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