A) É inválida porque infringe a regra: “o termo médio não pode entrar na conclusão”.
B) É inválida porque infringe a regra: “nunca na conclusão os termos podem ter extensão maior que nas premissas”.
C) É inválida porque infringe a regra: “a conclusão segue sempre a menor ou mais fraca premissa”.
D) É inválida porque infringe a regra: “o termo médio deve ser universal pelo menos uma vez”.
A) Há uma organização do poder disciplinar que se concentra antes de tudo no terreno político, independentemente dos diferentes âmbitos da vida social.
B) Há uma nova forma de compreender o conhecimento, mas sem mudar a noção de verdade, porquanto esta não pode depender jamais das circunstâncias sociais.
C) Há uma relação direta entre saber e poder enquanto o caminho do conhecimento está essencialmente ligado às estruturas da organização social.
D) Há uma fragmentação do poder que o torna menos eficaz do que foi nos grandes regimes das sociedades prémodernas, quando se concentrava nas mãos do Estado.
A) Os progressos da experiência (e da ciência moderna) nos permitirão ultrapassar os seus limites; desta forma, o nosso conhecimento vencerá a distância que nos separa das coisas.
B) Entre o sensível e o inteligível há uma diferença apenas de grau, isto é, de antemão nada nos impede de passar de um ao outro pelo aprofundamento dos nossos conhecimentos.
C) O fenômeno é a coisa como esta nos aparece, cumpre então lembrar que Kant pensa, sobretudo, na estrutura do aparelho sensorial e no seu valor geral para todo sentido humano.
D) Há, pode-se dizer, um relativismo kantiano, mas diferente, por exemplo, do de Protágoras, pois, em Kant, a nossa intuição do objeto depende da constituição geral da sensibilidade.
A) definição da filosofia como saber logicamente irrefutável.
B) oposição aos governos das cidades-estados.
C) irrelevância cultural nos regimes democráticos das cidades gregas.
D) concepção de uma causa produtora material para o mundo.
E) demonstração racional da inexistência dos deuses do Olimpo.
A) rejeita a noção de república, valorizando o princípio de participação política direta de todos os cidadãos.
B) defende a submissão do poder secular ao poder atemporal, reconhecendo a Igreja como o centro da vida política.
C) analisa experiências políticas do passado e do presente, propondo um modelo de atuação do governante.
D) celebra o princípio da experiência do indivíduo, identificando os conselhos dos anciãos como origem de todo poder.
E) questiona o militarismo da Roma Antiga, sugerindo aos governantes abandonar projetos imperiais e expansionistas.
Chamo de princípio de demonstração às convicções comuns das quais todos partem para demonstrar: por exemplo, que todas as coisas devem ser afirmadas ou negadas e que é impossível ser e não ser ao mesmo tempo.”
ARISTÓTELES. Metafísica, 996b27-30.
Em sua Metafísica, Aristóteles apresenta um conjunto de princípios lógico-metafísicos que ordenam a realidade e nosso conhecimento acerca dela. Dentre eles está o princípio de não contradição, o qual
A) indica que afirmações contraditórias são lógica e metafisicamente aceitáveis, pois a contradição faz parte da realidade.
B) estabelece que é possível que as coisas que tenham tais e tais características não as tenham ao mesmo tempo sob as mesmas circunstâncias.
C) afirma que é impossível que as coisas que tenham tais e tais características não as tenham ao mesmo tempo sob as mesmas circunstâncias.
D) é normativo, ou moral; portanto, deve ser rejeitado como antimetafísico, ou seja, não caracteriza a realidade.
Em diálogo com Evódio, Santo Agostinho afirma: “parecia a ti, como dizias, que o livre-arbítrio da vontade não devia nos ter sido dado, visto que as pessoas servem-se dele para pecar. Eu opunha à tua opinião que não podemos agir com retidão a não ser pelo livre-arbítrio da vontade. E afirmava que Deus no-lo deu, sobretudo em vista desse bem. Tu me respondeste que a vontade livre devia nos ter sido dada do mesmo modo como nos foi dada a justiça, da qual ninguém pode se servir a não ser com retidão”.
AGOSTINHO. O livre-arbítrio, Introdução, III, 18, 47.
Com base nessa passagem acerca do livre-arbítrio da vontade, em Agostinho, é correto afirmar que
A) o livre-arbítrio é o que conduz o homem ao pecado e ao afastamento de Deus.
B) o poder de decisão ‒ arbítrio ‒ da vontade humana é o que permite a ação moralmente reta.
C) é da vontade de Deus que o homem não tenha capacidade de decidir pelo pecado, já que o Seu amor pelo homem é maior do que o pecado.
D) a ação justa é aquela que foi praticada com o livre-arbítrio; injusta é aquela que não ocorreu por meio do livre-arbítrio.
O maniqueísmo é uma filosofia religiosa sincrética e dualística fundada e propagada por Manesou Maniqueu, filósofo cristão do século III, que divide o mundo simplesmente entre Bom, ou Deus, e Mau, ou o Diabo. A matéria é intrinsecamente má e o espírito, intrinsecamente bom. Com a popularização do termo, maniqueísta passou a ser um adjetivo para toda doutrina fundada nos dois princípios opostos do Bem e do Mal.
”Wikipédia. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Manique%C3%ADsmo.
Contra o maniqueísmo, Agostinho de Hipona (Santo Agostinho) afirmava que
A) Deus é o Bem absoluto, ao qual se contrapõe o Mal absoluto.
B) as criaturas só são más numa consideração parcial, mas são boas em si mesmas.
C) toda a criação era boa e tornou-se má, pois foi dominada pelo pecado após a Queda.
D) a totalidade da criação é boa em si mesma, mas singularmente há criaturas boas e más.
[...] a palavra “bom”, de antemão, não se prende necessariamente a ações “não-egoístas”; como é a superstição daqueles genealogistas da moral. Em vez disso, somente com um declínio de juízos de valor aristocráticos acontece que essa oposição “egoísta” – “não-egoísta” se imponha mais e mais à consciência humana – é, para me servir de minha linguagem, o instinto de rebanho que, com ela, afinal, toma a palavra (e também as palavras).
A) Impulso apolíneo.
B) Impulso dionisíaco.
C) Vontade de potência.
D) Transvaloração dos valores.
É no plano político que a Razão, na Grécia, primeiramente se exprimiu, constituiu-se e formou-se. A experiência social só pôde tornar-se entre os gregos objetos de uma reflexão positiva, porque se prestava, na cidade, a um debate público de argumentos. O declínio do mito data do dia em que os primeiros Sábios puseram em discussão a ordem humana, procuraram defini-la em si mesma, traduzi-la em fórmulas acessíveis à sua inteligência, aplicar-lhe a norma do número e da medida.”
VERNANT, J.-P. As origens do pensamento grego. Rio de Janeiro: Bertrand do Brasil, 1989, p. 94.
Com base nessa citação, é correto afirmar que a filosofia nasce
A) após o declínio das ideias mitológicas, não havendo nenhuma linha de continuidade entre estas últimas e as novas ciências gregas.
B) das representações religiosas míticas que se transpõem nas novas representações cosmológicas jônicas.
C) da experiência do espanto, a maravilha com um mundo ordenado e, portanto, belo.
D) da experiência política grega de debate, argumentação e contra-argumentação, que põe em crise as representações míticas.
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