Questões de Filosofia para Vestibular

cód. #8776

Cepros - Filosofia - 2018 - Processo Seletivo Tradicional- 2019.1- AGRESTE

O ato de filosofar, de acordo com os grandes filósofos do Período Antropológico grego, deve entender-se como sendo:

A) o único caminho para desvendar o significado das coisas mediante experimentos e observações empíricas.

B) o profundo desejo do ser racional de acumular o máximo de informações contidas nos diversos ramos do saber.

C) a busca incessante do ser humano para desvendar o próprio destino e as realidades para além da morte.

D) a natural preocupação existente no homem comum por entender os segredos expressos no conjunto de lendas e mitos.

E) uma tendência natural do ser humano por atingir, racionalmente, as últimas explicações de tudo quanto existe.

A B C D E

cód. #8777

Cepros - Filosofia - 2018 - Processo Seletivo Tradicional- 2019.1- AGRESTE

O período da História da Filosofia que defende que o conhecimento, que poderemos obter das coisas, está limitado às sensações que, delas, nossos sentidos obtêm, ficou conhecido como:

A) Racionalismo.

B) Iluminismo.

C) Empirismo.

D) Escolástica.

E) Existencialismo.

A B C D E

cód. #9295

UEG - Filosofia - 2018 - Vestibular - Língua Inglesa

Considerando a história contada por Platão no livro VII da República, mais conhecida como Mito da Caverna, podemos deduzir que:

A) o homem, apesar de nascer bom, puro e de posse da verdade, pode desviar-se e passar a acreditar em outro mundo mais perfeito de puras ideias.

B) não podemos confiar apenas na razão, pois somente guiados pelos sentimentos e testemunhos dos sentidos poderemos alcançar a verdade.

C) os homens devem se libertar da crença na existência em outro mundo e buscar resolver seus conflitos aprofundando-se em sua interioridade.

D) a caverna, na alegoria platônica, representa tudo aquilo que impede o surgimento da consciência filosófica, que possibilitaria uma ascensão para o mundo inteligível.

E) a razão deve submeter-se aos testemunhos dos sentidos, pois a verdade que está no mundo inteligível só será atingida mediante a sensibilidade.

A B C D E

cód. #10078

UNIMONTES - Filosofia - 2018 - Vestibular - 2º Etapa

Corporeidade: dimensão humana e formas de ser



Foto 1 – Banco de Imagens: Illustration of woman meditating, symbol flower of life. Foto 2 – Closeup portrait of a muscular man workout with barbell at gym. Brutal bodybuilder athletic man with six pack perfect abs shoulders biceps triceps and chest. Deadlift barbells workout. Black and white photo. 
A abordagem do tema “Corporeidade: dimensão humana e formas de ser” remete, na contemporaneidade, à discussão da sexualidade e da questão de gênero. Filósofos como Michel Foucault e Simone de Beauvoir trataram desse assunto em obras importantes para o conhecimento e a compreensão sobre o sexo no ocidente. Foucault, em sua obra História da sexualidade: a vontade de saber (1976), conforme Sílvio Gallo, “investigou como as sociedades viveram a sexualidade ao longo do tempo e notou um paradoxo. Nas sociedade dos séculos XVI e XVII, embora se acreditasse que o sexo era reprimido, ele foi valorizado como o segredo por excelência; em decorrência disso, falava-se muito sobre sexo, na medida em que ele era reprimido”. Foucault estende a sua investigação até o século XX e aponta o desenvolvimento de uma moral sexual que impõe um absoluto predomínio heterossexual nas relações sociais, “que afirma a distinção absoluta entre homem e mulher, centrada numa visão biológica”, de acordo com Sílvio Gallo. Em “O segundo sexo”, obra de Simone de Beauvoir, publicada em 1949, a filósofa francesa trata da condição da mulher e afirma que “ninguém nasce mulher, mas torna-se mulher” à medida que vive. Para ela, não há uma essência no “ser mulher”, e nega, pois, a existência de uma “natureza feminina”. Gallo compreende a posição de Beauvoir e afirma que o “ser mulher” “é uma construção que cada mulher faz em sua vida”. Diante do impacto que a afirmação da filósofa francesa teve nos movimentos feministas do século XX, ele acrescenta que “A construção da sexualidade é biológica, cultural e histórica, assim como a construção do que somos em outras esferas” e conclui que a formulação “tornar-se mulher” se aplica ao homem, pois “ninguém nasce homem, torna-se homem. Ou, ainda: ninguém nasce homossexual, mas se torna homossexual.” (GALLO, Sílvio. Filosofia: experiência do pensamento. vol. único. 1. ed. São Paulo: Scipione, 2013, p. 102-103).
A partir do exposto, todas as alternativas estão corretas, EXCETO

A) Estudando a obra de Simone de Beauvoir, Sílvio Gallo conclui que “a construção da sexualidade” é apenas cultural.

B) A moral sexual predominante no século XX, conforme registrou Foucault em 1976, impõe uma distinção entre homem e mulher, centrada numa visão biológica.

C) Nas sociedades dos séculos XVI e XVII, a repressão sexual não impedia que se falasse muito sobre sexo, conforme constatou Michel Foucault.

D) Em sua obra O segundo sexo, Simone de Beauvoir, ao afirmar que “ninguém nasce mulher, mas torna-se mulher”, nega uma natureza feminina e uma essência da feminilidade.

A B C D E

cód. #10079

UNIMONTES - Filosofia - 2018 - Vestibular - 2º Etapa

Corporeidade: dimensão humana e formas de ser



Foto 1 – Banco de Imagens: Illustration of woman meditating, symbol flower of life. Foto 2 – Closeup portrait of a muscular man workout with barbell at gym. Brutal bodybuilder athletic man with six pack perfect abs shoulders biceps triceps and chest. Deadlift barbells workout. Black and white photo. 
Conforme Sílvio Gallo, “na obra Fenomenologia da percepção, o filósofo Merleau-Ponty desenvolve o conceito de corpo próprio, mudando o foco da afirmação de Descartes (“Penso, logo existo”), colocando a certeza da existência no pensamento, para situá-la no corpo”. Para Merleau-Ponty, afirma Gallo, “o corpo próprio é a ideia que cada pessoa é um corpo que percebe e que pensa – e, pensando, atua no mundo e sobre si mesmo. De modo que o corpo não é um objeto, como uma pedra e um martelo. Mas tampouco é pura consciência ou pura percepção. Meu corpo próprio é a sede da percepção do mundo e de mim mesmo, possibilidade única de existência concreta.” Gallo acrescenta que “O filósofo francês Michel Foucault reflete sobre outro aspecto da corporeidade: o corpo como lugar em que o poder atua. Segundo o filósofo, o ‘desprezo pelo corpo’ que vemos na Idade Moderna, a partir da formulação de René Descartes, é apenas aparente. Durante todo aquele período, foi feito grande esforço para manter o corpo controlado, para que ele pudesse ser tomado como força de trabalho. [...] Segundo Foucault, uma importante tecnologia de controle era o poder disciplinar, que atuava individualizando os corpos. Esse poder era exercido nas instituições, como fábricas, escolas, hospitais, prisões e quartéis. Sua análise permanece atual. Pense na escola, em que cada estudante tem um registro, está colocado em determinada classe, tem um número na lista de chamada, tem suas próprias notas que medem seu aproveitamento. É uma forma de disciplinar o estudante, de transformá-lo em um indivíduo.” (GALLO, Sílvio. Filosofia: experiência do pensamento. vol. único. 1. ed. São Paulo: Scipione, 2013, p. 99-100).
Nos três pensadores, Descartes, Merleau-Ponty e Michel Foucault, é comum a preocupação em definir o homem como ser de existência. O que é discordante em relação às suas concepções teóricas é afirmar que:

A) Merleau-Ponty defende a ideia de que cada pessoa é um corpo que percebe e que pensa.

B) Para Descartes, não há pensamento sem corpo, enquanto o corpo próprio não é a ideia de que cada pessoa é um corpo que percebe e pensa, conforme Merleau-Ponty.

C) Michel Foucault afirma que, durante o período em que vigorou a tese cartesiana de “desprezo pelo corpo”, embora um desprezo apenas aparente, foi feito um grande esforço para manter o corpo controlado, para que ele pudesse ser tomado como força de trabalho.

D) Para Merleau-Ponty, o corpo próprio é a sede da percepção do mundo e de mim mesmo, possibilidade única de existência concreta.

A B C D E

cód. #6254

INEP - Filosofia - 2018 - Vestibular - Ciências Humanas \ Ciências da Natureza - manhã

“Supõe então uma linha cortada em duas partes desiguais; corta novamente cada um dos segmentos a mesma proporção, o da espécie visível e o da inteligível; e obterás, no mundo visível, segundo a sua claridade ou obscuridade relativa, uma secção, a das imagens. [...] Na parte anterior, a alma, servindose, como se fossem imagens, dos objectos que então eram imitados, é forçada a investigar a partir de hipóteses, sem poder caminhar para o princípio, mas para a conclusão; ao passo que, na outra parte, a que conduz ao princípio absoluto, parte da hipótese, e, dispensando as imagens que havia no outro, faz caminho só com o auxílio das ideias” Fonte: Platão, A República, Lisboa: Calouste Gulbenkian, 2012, p. 311.
Ao apresentar uma proposta dualista da realidade, o trecho apresentado acaba por descreditar certo tipo de conhecimento que o autor pensa ser insuficiente para a compreensão da verdade. Com isso, descreve um processo que vai do grau mais inferior ao mais elevado de conhecimento. Quanto ao assunto, analise as afirmativas abaixo.
I. A princípio temos contato com o que é apresentado pelos sentidos, e, por fim, conhecemos as Ideias com auxílio da razão. II. O conhecimento parte do abandono do que propõe a multiplicidade das coisas rumo ao que é idêntico a si mesmo. III. As impressões e as opiniões que delas advêm devem ser deixadas de lado, bem como o conhecimento das Ideias eternas. IV. O conhecimento das Ideias é encontrado na multiplicidade das coisas que são percebidas sensivelmente.
Assinale, entre as alternativas abaixo, aquela que indica as afirmativas CORRETAS quanto ao conhecimento, segundo o passo citado a partir d´A República de Platão.

A) Apenas as afirmativas I, III e IV estão corretas.

B) Apenas as afirmativas I e II estão corretas.

C) Apenas as afirmativas I, II e III estão corretas.

D) Apenas as afirmativas II e III estão corretas.

A B C D E

cód. #6255

INEP - Filosofia - 2018 - Vestibular - Ciências Humanas \ Ciências da Natureza - manhã

Os filósofos da Escola de Frankfurt, Theodor Adorno e Max Horkheimer, refletindo sobre o que hoje conhecemos como cultura de massa, afirmam o seguinte: “O que é novo é que os elementos irreconciliáveis da cultura, da arte e da distração se reduzem mediante sua subordinação ao fim de uma única fórmula falsa: a totalidade da indústria cultural. Ela consiste na repetição. O fato de que suas inovações características não passem de aperfeiçoamentos da produção em massa não é exterior ao sistema. É com razão que o interesse de inúmeros consumidores se prende à técnica, não aos conteúdos teimosamente repetidos, ocos e já em parte abandonados.” Fonte: ADORNO, T. – HORKHEIMER, M. Dialética do esclarecimento. Rio de Janeiro: Zahar, 1985, p. 112.
No fragmento, a crítica dos autores à indústria cultural salienta alguns elementos essenciais da cultura contemporânea. Partindo da leitura, assinale a opção que NÃO corresponde às críticas à indústria cultural.

A) Ela massifica a cultura através dos meios de comunicação, insere o indivíduo numa massa sem forma que o impede de fruir pessoalmente da obra de arte.

B) Ela cria o espectador médio, que deve ser seduzido e levado ao consumo. Logo, tem o cuidado de não fazê-lo pensar, mas de mantê-lo no senso comum.

C) Ela distingue bens culturais de bens de mercado, separando o que é para o consumo da elite cultural daquilo que é destinado à massa.

D) Ela banaliza a expressão artística e intelectual, em lugar de despertar interesse pela cultura, vulgariza a arte e o conhecimento.

A B C D E

cód. #6256

INEP - Filosofia - 2018 - Vestibular - Ciências Humanas \ Ciências da Natureza - manhã

“Como todas as coisas que existem são particulares, como formamos os termos gerais? As palavras tornam-se gerais por serem estabelecidas como os sinais das ideias gerais; e as ideias tornam-se gerais separando-se delas as circunstâncias de tempo e lugar, e quaisquer outras ideias que possam determiná-las para esta ou aquela existência particular. Por este meio de abstração elas tornam-se capazes de representar mais do que um indivíduo, cada um dos quais, tendo nisto uma conformidade com esta ideia, é desta espécie”
Fonte: (LOCKE, J. Ensaio sobre o entendimento humano. São Paulo: Abril Cultural, 1983, p. 227).
Neste trecho, sublinham-se alguns aspectos fundamentais da teoria do conhecimento do autor. A partir da leitura do fragmento é CORRETO afirmar que:

A) para o autor, é essencial compreender o papel das ideias gerais, porquanto só a partir delas podemos conhecer as coisas que existem em sua particularidade.

B) fundamentalmente não é possível o conhecimento verdadeiro, logo, resta apenas refletir sobre os processos de abstração da coisa particular às ideias gerais.

C) o conhecimento só se torna possível na experiência das coisas particulares; por isso, não faz sentido, por exemplo, dizer que ele comece pelas ideias gerais.

D) só podemos falar propriamente de conhecimento quando dominamos as ideias gerais, ou seja, podemos prescindir da referência à experiência das coisas particulares.

A B C D E

cód. #9072

UEG - Filosofia - 2018 - Vestibular - Língua Inglesa (em Rede)

O trecho abaixo revela alguns aspectos da noção de justiça em Platão:


A missão do verdadeiro Estado não é tornar o mais feliz possível a classe dominante da população, uma vez que tal Estado deve velar pela felicidade de todos, e isto depende de que cada indivíduo cumpra o melhor possível a sua função específica, e somente ela (JAEGER, Werner. A Paideia. São Paulo: Martins Fontes, 1995, p. 807).


Nesse Estado, proposto por Platão, quem eram aqueles destinados a governar e realizar a justiça na Polis?

A) Os mais fortes e corajosos, já que para desenvolver a cidade precisamos de segurança e preservação dos direitos civis e da propriedade.

B) Os sofistas, já que sabem persuadir utilizando a palavra baseada em dogmas e verdades aceitos por todos os cidadãos.

C) Os mais sábios, pois o poder deve ser entregue aos filósofos, depois de passarem por um longo processo de preparação e seleção.

D) Os mais ricos, já que o comércio e a indústria são a base da sociedade civil e têm no acúmulo do capital seu objetivo básico.

E) Os religiosos, já que eles têm o poder de conduzir o povo da caverna ao mundo da luz pela experiência da fé.

A B C D E

cód. #6257

INEP - Filosofia - 2018 - Vestibular - Ciências Humanas \ Ciências da Natureza - manhã

No livro Confissões, Santo Agostinho, principal representante da Patrística medieval, trata do seguinte problema “É Deus o autor do mal?”. Desse problema advêm as seguintes indagações: “Onde está, portanto, o mal? De onde e por onde conseguiu penetrar? Qual é a sua raiz e a sua semente? Porventura não existe nenhuma? Por que recear muito, então, o que não existe?”
Fonte: (AGOSTINHO, S. Confissões. São Paulo: Nova Cultural, 1999, p. 177 (Col. Os pensadores)).
Com relação ao problema do mal em Confissões analise as afirmativas a seguir:
I. todas as coisas que existem são boas, e o mal não é uma substância, pois, se fosse substância seria um bem. II. todas as coisas que se corrompem não são boas, pois são privadas de todo bem. III. o mal se não é substância, é a perversão da vontade desviada da substância suprema. IV. o mal é a corrupção que afeta diretamente a substância divina que está sujeita a ela.
Com base nas afirmativas, assinale a alternativa CORRETA.

A) Apenas as afirmativas I, II e III estão corretas.

B) Apenas as afirmativas I e III estão corretas.

C) Apenas as afirmativas II e IV estão corretas.

D) Apenas as afirmativas I, III e IV estão corretas.

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