A) Axiomático, ou seja, é formado por proposições verdadeiras, baseadas nas verdades dedutivas.
B) Raciocínio verdadeiro e próprio, todavia que não consiste no julgamento, mas na sequência lógica de proposições.
C) Não se pode afirmar e negar, ao mesmo tempo e sob o mesmo aspecto, um mesmo caráter de uma mesma coisa.
D) Assunção da existência do âmbito sobre o qual se versa um raciocínio.
E) Condição para que definamos as coisas e possamos pensá-las.
A) Teoria da luta de classes desenvolvida por Karl Marx.
B) Teoria do poder burocrático desenvolvida por Max Weber.
C) Teoria do mito da caverna desenvolvida por Platão.
D) Teoria do homem como lobo do homem desenvolvida por Thomas Hobbes.
E) Teoria do contrato social desenvolvida por J. J. Rousseau.
A) O empirismo, cujo principal representante foi René Descartes, afirmava que a origem do conhecimento é a experiência.
B) Os filósofos racionalistas acreditavam que nossas ideias eram inatas, isto é, não precisavam da experiência.
C) Os filósofos empiristas acreditavam que nossas ideias eram inatas, isto é, não precisavam da experiência.
D) O racionalismo, cujo principal representante foi René Descartes, afirmava que a origem do conhecimento é a experiência.
E) Racionalismo e empirismo afirmavam que o conhecimento provinha da experiência.
A) A democracia moderna está alicerçada em uma série de direitos, entre os quais se encontra a liberdade de manifestação, individual e coletiva, de opiniões políticas diversas. Sendo assim, é legítimo que grupos e pessoas defendam, no interior da democracia, o ideário fascista.
B) A frustração causada por crises econômicas bem como a descrença no regime democráticoparlamentar em resolver os problemas sociais de um país podem ser vistas como um dos principais motivos, ainda que ilegítimos, que levam ao aparecimento de atitudes e ideias fascistas.
C) Uma das características fundamentais da democracia é a pluralidade de ideias. Nas democracias contemporâneas, essa pluralidade é dada no campo institucional pela diversidade dos partidos políticos. Desse modo, os partidos fascistas devem fazer parte da democracia.
D) Embora um dos pilares fundamentais do ideário fascista seja o uso da violência contra os adversários políticos, não há problema em aceitarmos políticos fascistas na organização estatal, uma vez que a lei não os permitiria agir violentamente.
E) O fascismo é um movimento político muito difuso e complexo, por essa razão torna-se difícil identificá-lo. Desse modo, convém que as democracias convivam pacificamente com os fascistas.
Mas eu me persuadi de que nada existia no mundo, que não havia nenhum céu, nenhuma terra, espíritos alguns, nem corpos alguns; me persuadi também, portanto, de que eu não existia? Certamente não, eu existia, sem dúvida, se é que eu me persuadi ou, apenas, pensei alguma coisa. Mas há algum, não sei qual, enganador mui poderoso e mui ardiloso que emprega toda a sua indústria em enganar-me sempre. Não há pois dúvida alguma de que sou, se ele me engana; e, por mais que me engane, não poderá jamais fazer com que eu nada seja, enquanto eu pensar ser alguma coisa. De sorte que, após ter pensado bastante nisto e de ter examinado cuidadosamente todas as coisas, cumpre enfim concluir e ter por constante que esta proposição, penso, logo sou, é necessariamente verdadeira, todas as vezes que a enuncio […].
(René Descartes. Meditações, 1973.)
Segundo o texto, um dos pontos iniciais do método de Descartes que o levou ao cogito (“penso, logo sou”) foi
A) a análise das partes.
B) a síntese das partes analisadas.
C) o prevalecimento da alma sobre o raciocínio.
D) o reconhecimento de um Deus enganador.
E) a arte da persuasão grega.
Pode acontecer que, para a educação do verdadeiro filósofo, seja preciso que ele percorra todas as gradações nas quais os “trabalhadores da filosofia” estão instalados e devem permanecer firmes: ele deve ter sido crítico, cético, dogmático e histórico e, ademais, poeta, viajante, moralista e vidente e “espírito livre”, tudo enfim para poder percorrer o círculo dos valores humanos, dos sentimentos de valor, e poder lançar um olhar de múltiplos olhos e múltiplas consciências, da mais sublime altitude aos abismos, dos baixios para o alto. Mas tudo isso é apenas uma condição preliminar da sua incumbência. Seu destino exige outra coisa: a criação de valores.
(Friedrich Nietzsche. Além do bem e do mal, 2001. Adaptado.)
No texto, Nietzsche propõe que a formação do filósofo deve
A) assegurar e manter os poderes políticos do governante.
B) conhecer e extrapolar as práticas de vida, os sentimentos e os valores presentes na sociedade.
C) privilegiar e fortalecer o papel da religião nas atitudes críticas perante a vida e os humanos.
D) restringir-se ao terreno da reflexão na busca por uma verdade absoluta.
E) retomar a origem una e indivisível dos humanos, na busca de sua liberdade de natureza.
É relativamente consensual que uma era biotecnológica se aproxima. Em um futuro cenário de desenvolvimento biotecnológico, que será instaurado com o progresso tecnológico no século XXI, alterar-se-á um dos mais tradicionais dilemas da moralidade. Em vez de enfrentarmos a questão de que atitudes e deveres morais temos para com os seres compreendidos atualmente como animais não humanos (por exemplo, gato, cachorro, cavalo etc.), a questão será que obrigações teremos com outro tipo de não humano, isto é, os chamados pós-humanos. A pós-humanidade seria alcançada por meio da aplicação de técnicas de manipulação, instrumentalização e artificialização da vida, do patrimônio biológico do humano. O humano, por iniciativa própria e com vistas ao melhoramento da sua natureza, deixaria de ser humano.
(Murilo Mariano Vilaça e Maria Clara Marques Dias. “Transumanismo e o futuro (pós-)humano”. Physis – Revista de Saúde Coletiva, 2014. Adaptado.)
Ao tratar de aspectos da bioética, o texto propõe uma reflexão sobre
A) os conflitos atuais entre os humanos e os seres pós- -humanos.
B) a procedência de recursos empregados nas pesquisas tecnológicas.
C) os limites técnicos das pesquisas em biotecnologia.
D) a amoralidade do esforço de imaginar e prever o futuro humano.
E) a necessidade futura de redefinição do conceito de humanidade.
A crítica de Sócrates aos sofistas consiste em mostrar que o ensinamento sofístico limita-se a uma mera técnica ou habilidade argumentativa que visa a convencer o oponente daquilo que se diz, mas não leva ao verdadeiro conhecimento. A consequência disso era que, devido à influência dos sofistas, as decisões políticas na Assembleia estavam sendo tomadas não com base em um saber, ou na posição dos mais sábios, mas na dos mais hábeis em retórica, que poderiam não ser os mais sábios ou virtuosos.
(Danilo Marcondes. Iniciação à história da filosofia, 2010.)
De acordo com o texto, a crítica socrática aos sofistas dizia respeito
A) ao entendimento de que o verdadeiro conhecimento baseava-se no exercício da retórica.
B) à desvalorização da pluralidade de opiniões e de posicionamentos político-ideológicos.
C) ao prevalecimento das técnicas discursivas nas decisões da Assembleia acerca dos rumos das cidades-Estado.
D) ao predomínio de líderes pouco sábios e com poucas virtudes na composição da Assembleia.
E) à defesa de formas tirânicas de exercício do poder desenvolvida pela retórica convincente.
A) na noção estético-moral de Nietzsche em O nascimento da tragédia, onde ordem e caos se equilibram e fazem nascer o humano: Coringa e Batman são indissociáveis como Dionísio (loucura) e Apolo (razão).
B) na teoria política marxista, que concebe as relações sociais mascaradas pela ideologia de classe, o que necessariamente provoca o conflito social: Coringa e Batman são representações da luta de classes.
C) na definição de arte dos filósofos gregos como Aristóteles, cuja ideia fundamental era a de mímesis, ou seja, de imitação ou representação da realidade: Coringa e Batman são representações do ser e do não ser.
D) na concepção moral agostiniana, na qual o bem e o mal, o pecado e a graça, a cidade dos homens e a cidade de Deus coabitam no interior de cada indivíduo: Coringa e Batman são representações dessa contradição.
A) no que se refere ao processo de criação artística, há uma mudança substancial com o desenvolvimento das modernas técnicas de produção; a novidade é a popularização das obras de arte do passado e seu oferecimento às massas sedentas por cultura.
B) a produção artística do passado e a produção e reprodução técnica do mundo contemporâneo, embora substancialmente distintas, preservam o conceito grego de mimesis – representação – em sua inteireza; a diferença estaria no caráter massificador das obras de arte contemporâneas.
C) para Benjamin, a sala de cinema pode ser vista como a representação atualizada do conhecido mito da caverna, de Platão. O cinema e sua imensa capacidade técnica teriam transformado o processo de ilusão e aparência muito mais convincentes.
D) o cinema, por ser uma arte dependente da técnica, representa uma forma de arte sui generis, oposta à arte tradicional: se a obra de arte da tradição é imitação, cópia da realidade, o cinema é ele mesmo uma nova realidade em si, autônoma e independente, que cria uma segunda realidade.
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