Questões de Filosofia para Vestibular

cód. #6194

VUNESP - Filosofia - 2019 - Vestibular

The General Data Protection Regulation (GDPR), which came into force in 2018, was the biggest shake-up to data privacy in 20 years. A slew of recent high-profile breaches has brought the issue of data security to public attention. Claims surfaced last year that the political consultancy Cambridge Analytica used data harvested from millions of Facebook users without their consent. People are increasingly realizing that their personal data is not just valuable to them, but hugely valuable to others. Now the law on data protection is about to catch up with technological changes.


(Clive Coleman. “GDPR: Are you ready for the EU’s huge data

privacy shake-up?”. www.bbc.com, 20.04.2018. Adaptado.)



O texto permite abordar um problema filosófico contemporâneo, que está relacionado

A) à necessidade de limitação do avanço científico.

B) a discussões sobre condutas morais no ambiente digital.

C) ao aumento das desigualdades sociais.

D) à consolidação da democracia representativa.

E) à ausência de experiência estética nas redes sociais.

A B C D E

cód. #6195

VUNESP - Filosofia - 2019 - Vestibular

Em 4 de julho de 2012, foi detectada uma nova partícula, que pode ser o bóson de Higgs. Trata-se de uma partícula elementar proposta pelo físico teórico Peter Higgs, e que validaria a teoria do modelo padrão, segundo a qual o bóson de Higgs seria a partícula elementar responsável pela origem da massa de todas as outras partículas elementares.


(Jean Júnio M. Pimenta et al. “O bóson de Higgs”.

In: Revista brasileira de ensino de física, vol. 35, no 2, 2013. Adaptado.)



O que se descreve no texto possui relação com o conceito de arqué, desenvolvido pelos primeiros pensadores pré-socráticos da Jônia. A arqué diz respeito

A) à retórica utilizada pelos sofistas para convencimento dos cidadãos na pólis.

B) a uma explicação da origem do cosmos fundamentada em pressupostos mitológicos.

C) à investigação sobre a constituição do cosmos por meio de um princípio fundamental da natureza.

D) ao desenvolvimento da lógica formal como habilidade de raciocínio.

E) à justificação ética das ações na busca pelo entendimento sobre o bem.

A B C D E

cód. #1332

UEL - Filosofia - 2019 - Vestibular - Conhecimentos Gerais - Tipo 3

Analise a figura 1 a seguir e responda à questão.



Leia o texto a seguir.


A “Querela do luxo” foi um dos mais intensos debates do século XVIII na França e consistiu em defender o luxo como sinal do progresso da humanidade, ou em atacá-lo como signo de decadência. Rousseau, partidário da segunda via, num dos seus textos, afirma:

A vaidade e a ociosidade, que engendram nossas ciências, também engendram o luxo. [...] Eis como o luxo, a dissolução e a escravidão foram [...] o castigo dos esforços orgulhosos que fizemos para sair da ignorância feliz na qual nos colocara a sabedoria eterna. [...] Crêem embaçar- -me terrivelmente perguntando-me até onde se deve limitar o luxo. Minha opinião é que absolutamente não se precisa dele. Para além da necessidade física, tudo é fonte de mal.

ROUSSEAU, Jean-Jacques. Discurso sobre as ciências e as artes. Trad. Lourdes Santos Machado, 3ª ed. São Paulo: Abril Cultural, 1983. p.395; 341; 410.


Com base no texto e nos conhecimentos sobre a teoria política e antropológica de Rousseau e a compreensão do autor acerca das ciências, das artes e do luxo, considere as afirmativas a seguir.


I. A crítica de Rousseau às ciências e às artes e, por extensão, ao luxo, resulta da sua compreensão da natureza humana, na qual a necessidade física é o critério decisivo sobre o que é bom para a humanidade.

II. Em sua teoria política, Rousseau dirige a crítica às ciências, às artes e ao luxo, por identificar neles a vigência de um princípio que sacrifica a possibilidade da criação de uma sociedade minimamente justa.

III. A vaidade e a ociosidade, que engendram o luxo, são uma constante da natureza humana, razão pela qual também as ciências e as artes são expressões necessárias da natureza humana.

IV. A defesa da feliz ignorância, na qual nasce cada ser humano, leva Rousseau a legitimar formas de governo caracterizadas pelo sacrifício da inteligência e da crítica e pela obediência a um poder soberano.


Assinale a alternativa correta.

A) Somente as afirmativas I e II são corretas.

B) Somente as afirmativas I e IV são corretas.

C) Somente as afirmativas III e IV são corretas.

D) Somente as afirmativas I, II e III são corretas.

E) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas.

A B C D E

cód. #1337

UEL - Filosofia - 2019 - Vestibular - Conhecimentos Gerais - Tipo 3

Leia o texto a seguir.


Esta é uma concepção de ciência que considera a abordagem crítica sua característica mais importante. Para avaliar uma teoria o cientista deve indagar se pode ser criticada - se se expõe a críticas de todos os tipos e, em caso afirmativo, se resiste a essas críticas.

POPPER, Karl. Conjecturas e refutações. Trad. Sérgio Bath. Brasília: UnB, 1982. p. 284.


Com base no texto e nos conhecimentos sobre a filosofia de Popper, assinale a alternativa correta.

A) A concepção de ciência da qual fala Popper é aquela que possui o princípio de verificabilidade, com proposições rigorosas que procuram corrigir as teorias científicas.

B) A ciência busca alcançar o conhecimento de tipo essencial, pois ele garante a verdade de uma teoria científica, permitindo o desenvolvimento em direção à verdade objetiva visada pela ciência.

C) Uma teoria científica é verdadeira se suas proposições são empiricamente falsificáveis via testes, permitindo que sejam autocorrigidas e desenvolvidas na direção de uma verdade objetiva.

D) Os testes empíricos nas ciências humanas, tais como psicologia e sociologia, visam confirmar seu valor de cientificidade, pois suas teorias são falsificáveis.

E) A concepção de ciência que Popper sustenta é a passivista ou receptacular, na qual as teorias científicas são elaboradas por meio dos sentidos e o erro surge ao interferirmos nos dados obtidos da experiência.

A B C D E

cód. #1338

UEL - Filosofia - 2019 - Vestibular - Conhecimentos Gerais - Tipo 3

Leia o texto a seguir.


Dever é a necessidade de uma ação por respeito à lei. [...] devo proceder sempre de maneira que eu possa querer também que a minha máxima se torne uma lei universal.


KANT, Immanuel. Fundamentação da Metafísica dos costumes. Trad. Paulo Quintela. São Paulo: Abril Cultural, 1974. p. 208-209.


Com base no texto e nos conhecimentos sobre a teoria kantiana do dever, assinale a alternativa correta.

A) A máxima de uma ação moral universalizável pode ter como fundamento os efeitos da ação, sendo considerada moralmente boa uma ação cujos efeitos causam o bem.

B) A obrigação incondicional que a lei moral impõe advém do reconhecimento da possibilidade de universalização das máximas da ação.

C) A mentira pode, em certas circunstâncias, ser legitimada moralmente quando dela resulta uma ação benéfica ou impede o prejuízo a outrem.

D) A máxima incondicional de uma ação moral pode ter como fundamento a experiência, pois os costumes fornecem elementos suficientes para ela.

E) O imperativo categórico, princípio dos imperativos do dever, escolhe, dentre os estímulos fornecidos à vontade, o que lhe é mais adequado.

A B C D E

cód. #3649

UEG - Filosofia - 2019 - Vestibular - Inglês

John Locke afirmou que a mente é como uma folha em branco na qual a cultura escreve seu texto e Descartes demonstrava desconfiança em relação aos sentidos como fonte de conhecimento. A respeito desses dois filósofos, verifica-se o seguinte:

A) Locke é um representante do racionalismo e Descartes é um representante do empirismo.


B) Locke é um representante do empirismo e Descartes é um representante do racionalismo.

C) Descartes e Locke possuíam a mesma concepção, pois ambos eram críticos do iluminismo.

D) Descartes é um representante do teologismo e Locke é um representante do culturalismo.

E) Descartes é um representante do materialismo e Locke é um representante do idealismo.

A B C D E

cód. #5953

COMVEST - UNICAMP - Filosofia - 2019 - Vestibular - Conhecimentos gerais

O texto a seguir, extraído de uma reportagem publicada em um jornal paulista, apresenta conclusões sobre a inclusão de Filosofia e Sociologia no Ensino Médio, a partir de dados levantados pelo IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada). A inclusão de Filosofia e Sociologia como disciplinas obrigatórias no Ensino Médio em 2009 prejudicou a aprendizagem de matemática dos jovens brasileiros, principalmente os de baixa renda. A conclusão é de um estudo inédito que será publicado pelo IPEA. Segundo ele, a mudança levou as notas de jovens residentes em municípios com muito baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), que engloba aspectos da renda, escolaridade e saúde, a cair 11,8%, 8,8% e 7,7% em redação, matemática e linguagens (que inclui português, língua estrangeira e outras linguagens), respectivamente.

(Adaptado de Érica Fraga, “Filosofia e Sociologia obrigatórias derrubam notas em Matemática”; em Folha de São Paulo. 16/04/2018.)

A partir das relações históricas entre as disciplinas mencionadas na reportagem e de uma análise crítica da conclusão da pesquisa, marque a alternativa correta.

A) Desde as diferentes civilizações da Antiguidade até o presente, os conhecimentos matemáticos e filosóficos têm se demonstrado incompatíveis, corroborando as conclusões do texto. Pitágoras, por exemplo, considerava que o cosmo, descrito de forma filosófica, era regido por relações matemáticas.

B) A Filosofia e a Matemática constituem campos de saber distintos, sendo a lógica uma das possibilidades de interface entre as duas ciências, distinção que valida as conclusões do texto. Pascal, por exemplo, estabeleceu as bases da análise combinatória a partir de argumentos filosóficos.

C) A Filosofia e a Matemática, campos de saber distintos, dialogam para produzir conhecimento científico, o que não respalda as conclusões do texto. Descartes, por exemplo, desenvolveu o plano de coordenadas para representar as relações entre as coisas do mundo e suas proporções matemáticas.

D) Desde as diferentes civilizações da Antiguidade até o presente, os conhecimentos matemáticos rivalizam com os conhecimentos filosóficos, como demonstra o texto. Na Academia de Platão, por exemplo, essa disputa era representada pela frase “Quem não é geômetra, não entre”.

A B C D E

cód. #3651

UEG - Filosofia - 2019 - Vestibular - Inglês

O termo alienação é polêmico e possui diversas interpretações filosóficas e científicas. O filósofo Hegel foi um dos primeiros a oferecer relevância para esse termo. A concepção mais conhecida de alienação, no entanto, é a de Karl Marx, que desenvolveu uma discussão aprofundada sobre o trabalho alienado, que, segundo ele, é

A) um processo mental no qual o trabalhador se vê alienado e fora da realidade, ficando completamente alheio ao mundo, tal como diziam os alienistas do século XIX.

B) um termo filosófico abstrato e ideológico, que deveria ser substituído pelo conceito de exploração, que revelava a verdadeira relação entre capitalistas e trabalhadores.

C) um conceito universal existente em todas as sociedades humanas, pois o ser humano precisa efetivar o trabalho para sobreviver e, assim, é constrangido a fazer o que não gosta.

D) uma relação social na qual o não-trabalhador controla a atividade do trabalhador e, por conseguinte, o resultado do trabalho, explicando assim a origem da propriedade.

E) uma ideia ultrapassada produzida por filósofos materialistas que queriam transferir a alienação da consciência, tal como colocava Hegel, para o trabalho humano.

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cód. #5717

UEG - Filosofia - 2019 - Vestibular - Medicina - Inglês

A filosofia existencialista foi uma das mais populares no século XX e teve várias correntes. O mais destacado pensador existencialista foi Jean-Paul Sartre. Esse filósofo teve duas fases em seu pensamento. Na primeira fase, ele argumentou que o indivíduo está condenado a ser livre e apelar para os determinismos seria usar de má-fé. Na segunda fase, ele modera esse pensamento e passa a destacar a questão da situação, dos grupos sociais, das classes sociais. Nessa segunda fase, ele assevera que

A) os intelectuais devem ser engajados, pois “nem uma pedra é neutra” e por isso é preciso assumir a responsabilidade por si e pelos outros, o que ocorre através do engajamento ao lado do proletariado.

B) o homem continua “condenado a ser livre” e isso significa que, mesmo quando ele escolhe a não liberdade, ele continua escolhendo, o que demonstra que continua sendo livre e definindo seu destino.

C) os seres humanos precisam fazer escolhas e que o “projeto original”, que é aquilo que define o indivíduo, deve ser direcionado para a luta pela transformação social através da filiação a um partido político.

D) o indivíduo é “condicionado pela sociedade” e por diversas determinações, e que por isso é necessário o engajamento em atividades extra-sociais, como o isolamento e a produção artística solipsista.

E) o que importa, para o indivíduo, não é “o que ele faz de si mesmo e sim o que ele faz daquilo que fizeram dele”, o que significa admitir que existem determinações, mas que elas não têm importância.

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cód. #5718

UEG - Filosofia - 2019 - Vestibular - Medicina - Inglês

A filosofia política, de Hobbes a Rousseau, sempre tematizou a questão da passagem do estado de natureza para o estado civil. No entanto, esses pensadores produziram distintas concepções sobre esse processo. A partir dessas elaborações dos filósofos políticos, verifica-se que:

A) o estado de natureza nunca existiu, pois o Homem é um ser social e, como tal, sempre esteve unido numa ordem moral e ética benéfica para todos, tal como colocou Hobbes.

B) o estado de natureza se caracterizava pela harmonia universal, mas foi substituído pela competição a partir da criação da propriedade privada, tal como disse Maquiavel.

C) o estado civil cumpre um papel histórico de extrema importância ao proporcionar uma maior liberdade individual com a instituição da propriedade privada, como afirmou Locke.

D) o estado de natureza era marcado pela luta pela sobrevivência, na qual todos lutavam contra todos e foi isso que fez emergir um estado absolutista, de acordo com Rousseau.

E) o estado civil é um processo de evolução natural da humanidade, pois a história social reconstitui a história individual, no sentido de uma maior maturidade, segundo Montesquieu.

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