A) a terciarização da economia, que levou à absorção da população economicamente ativa dos setores primário e secundário.
B) a terceirização da gestão pública, que contribuiu para otimizar recursos ao restringir os cargos e os locais de atuação de profissionais.
C) o fim do setor secundário, que valorizou setores mais modernos da economia urbana.
D) a valorização do terceiro setor, que ampliou o papel do comércio para suprir as necessidades de consumo das populações.
E) o desenvolvimento de cidades globais, que contribuiu para a padronização de leis de uso e ocupação do solo, a fim de ampliar a circulação de pessoas.
Para a maioria dos brasileiros, a divisão regional utilizada atualmente parece sempre ter existido porque serve de base, há décadas, para a regionalização de todas as agências governamentais, empresas, associações profissionais etc. Se existem semelhanças evidentes, como em outros países do mundo, há também casos-limite e vinculações ambíguas. Isso ocorre não apenas em razão do tamanho dos estados como também porque reúnem regiões que apresentam caracteres que as aproximam mais do conjunto vizinho que do resto de seu território.
(Hervé Théry e Neli Aparecida de Mello-Théry. Atlas do Brasil, 2018.)
Caracteriza um exemplo de “caso-limite”, tal como problematizado pelos autores,
A) a parcela oeste do Tocantins, área que integra a região Nordeste, mas recebe investimentos diretos da região Centro-Oeste.
B) o litoral de São Paulo, área que integra a região Sudeste, apesar da forte cisão física provocada pela Serra do Mar.
C) a porção sul do Espírito Santo, área que integra a região Sudeste, mas se beneficia das políticas nordestinas de fomento.
D) o noroeste do Maranhão, área que integra a região Nordeste, mas está inclusa na Amazônia Legal.
E) o Distrito Federal, área que integra a região Centro-Oeste, apesar da dependência financeira restrita à região Sudeste.
Até fins da década de 1980, a industrialização brasileira estava baseada em uma política de importações sustentada por tarifas aduaneiras elevadas, controles discricionários, entre outros. Essa política viabilizou um parque industrial relativamente amplo e diversificado, mas acomodado ao protecionismo exagerado. Em 1990, o governo anunciou medidas que alteravam profundamente a condução da política de comércio exterior do país. Simultaneamente a uma flexibilização do regime cambial, foi deslanchado um programa de liberalização das importações. A nova política de importação buscava promover uma reestruturação produtiva.
(Honorio Kume et al. “A política brasileira de importação no período 1987-1998”. In: Carlos Henrique Corseuil e Honorio Kume (coords.). A abertura comercial brasileira nos anos 1990, 2003. Adaptado.)
O programa de liberalização das importações adotado no Brasil a partir da década de 1990 teve como consequências
A) a falência de indústrias nacionais e o aumento do desemprego estrutural.
B) a queda da qualidade dos produtos importados e o aumento da geração de lixo eletrônico.
C) o crescimento da variedade dos produtos disponíveis e o superávit da balança comercial.
D) o aumento dos preços dos produtos nacionais e a ampliação da oferta de mercadorias falsificadas.
E) o acirramento da concorrência entre empresas e a interrupção de acordos comerciais com blocos econômicos.
A agricultura 4.0 é a conexão em tempo real dos dados coletados pelas tecnologias digitais com o objetivo de otimizar a produção em todas as suas etapas. Representará a chegada da Internet das Coisas ao campo. “No futuro, a agricultura será autonômica, independente. Os equipamentos conectados, com apoio de inteligência artificial e aprendizado de máquina, irão analisar os dados da cadeia produtiva e tomar as decisões. Caberá ao agricultor acompanhar, monitorar e endossar os processos em curso”, diz Fernando Martins, conselheiro de empresas de tecnologia voltadas ao agronegócio.
(Domingos Zaparolli. “Agricultura 4.0”. Pesquisa Fapesp, janeiro de 2020.)
Caso se concretize no cenário brasileiro, a agricultura 4.0 tem potencial para promover
A) a qualificação profissional da mão de obra, ainda que possa promover mudanças na estrutura fundiária.
B) a superação do campesinato, embora deva permanecer ligada às práticas de cultivo tradicionais.
C) a ampliação dos cultivos, a despeito dos baixos recursos comumente destinados aos insumos.
D) o aumento da produtividade, embora tenda a reforçar as desigualdades no campo.
E) o aumento das exportações, ainda que possa desabastecer o mercado interno.
Examine o infográfico.
(Claudio Jacinto. https://ipoema.org.br. Adaptado.)
O infográfico apresenta orientações para a concepção de
A) equipamentos urbanos, que ressignificam a dicotomia entre campo e cidade no século XXI.
B) cidades inteligentes, que impõem técnicas ecológicas para a permanência de seus habitantes.
C) construções sustentáveis, que visam reduzir a interferência humana no meio ambiente.
D) bioconstruções, que apresentam como princípio a negação da ação antrópica no espaço natural.
E) edificações ecoeficientes, que mantêm suas funções sem demandar recursos naturais.
Oferta interna de energia, Brasil, 1940-2012
(Empresa de Pesquisa Energética (Brasil).
Balanço energético nacional 2013, 2013. Adaptado.)
Considerando as características da matriz energética brasileira, no gráfico,
A) IV corresponde a lenha e carvão vegetal, que a partir de 1985 voltaram a ser empregados por famílias com baixo poder aquisitivo.
B) I corresponde aos produtos da cana-de-açúcar, que em 1975 teve o crescimento de sua oferta incentivado com a instituição do Proálcool.
C) V corresponde à hidráulica, que desde 1945 mantém crescimento acelerado pelos incentivos do Procel para a construção de usinas.
D) III corresponde ao carvão mineral, que alcançou estabilidade no início dos anos 2000 com a proibição de novas termoelétricas.
E) II corresponde a petróleo, gás e derivados, que a partir de 1980 tiveram uma queda gradual na participação, devido à escassez desses recursos.
A) a salinização e a retração no nível dos lençóis freáticos.
B) a compactação e o incremento de terras não agricultáveis.
C) a laterização e o aumento dos fenômenos erosivos.
D) a desertificação e a redução da biodiversidade.
E) a arenização e a diminuição da fertilidade.
Examine a imagem.
(Paulo Roberto Fitz. Cartografia básica, 2008. Adaptado.)
As coordenadas geográficas do ponto X, no sistema sexagesimal, são, aproximadamente,
A) 45º48’W e 34º40’51”S.
B) 43º54’E e 35º18’N.
C) 45º48’W e 34º40’51”N.
D) 45º48’E e 34º40’51”S.
E) 43º54’W e 35º18’S.
Locke […] admite, a título de direito natural, o direito de propriedade fundado sobre o trabalho e limitado, por consequência, à extensão de terra que um homem pode cultivar, e o poder paterno, sendo a família instituição natural e não política. […] O pacto social não cria nenhum direito novo. É um acordo entre indivíduos que se reúnem para empregar a força coletiva no sentido de executar as leis naturais, renunciando a executá-las por sua própria força.
(Émile Bréhier. História da filosofia, 1979.)
O excerto apresenta um aspecto da teoria política de Locke, que estabelece
A) a garantia da defesa de bens individuais.
B) a submissão das famílias à decisão coletiva.
C) a regulação do Estado conforme a vontade divina.
D) a ausência de um poder soberano.
E) a autoridade do governo na divisão de propriedades.
Dentre os vários fatores que afetam o clima de determinada região estão a maritimidade e a continentalidade. Esses fatores estão associados à distância dessa região aos mares e oceanos. Do ponto de vista da física, os efeitos da maritimidade e da continentalidade estão relacionados ao alto calor específico da água quando comparado com o do solo terrestre. Dessa forma, esses fatores afetam a amplitude térmica e a umidade da atmosfera de certo território.
As propriedades físicas da água e os fatores climáticos citados fazem com que
A) áreas banhadas por oceanos enfrentem invernos mais moderados, enquanto que, em áreas distantes de oceanos, essa estação é mais bem percebida.
B) ocorra uma maior amplitude térmica diária em regiões litorâneas do que a verificada em regiões desérticas, devido ao efeito da maritimidade.
C) áreas sob maior influência da continentalidade tendam a apresentar mais umidade, caso não haja interferência de outros fatores climáticos.
D) poucas nuvens se formem em áreas costeiras porque a água absorve e perde calor rapidamente, o que explica o baixo índice pluviométrico dessas regiões.
E) regiões sob grande efeito da continentalidade tendam a apresentar altos índices pluviométricos, devido à grande quantidade de vapor de água na atmosfera.
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