Analise a imagem e leia o texto a seguir:
“Em uma de suas Aulas-Espetáculo, o escritor Ariano Suassuna apresentou o cartaz de uma exposição comemorativa que dizia: "Arte no Brasil: uma história de cinco séculos". Em sua opinião, a frase é preconceituosa por só considerar arte brasileira o que foi feito depois da chegada dos portugueses. E para mostrar o equívoco da mensagem, exibiu uma foto da Pedra do Ingá – considerada por ele o primeiro documento de comunicação do Nordeste e uma das esculturas mais importantes do país”.
LEITE, Sylvia. Pedra do Ingá: arte brasileira com muito mais de 500 anos.
Disponível em: https://www.fundaj.gov.br/index.php/educacao-contextualizada/9795-pedra-do-inga-arte-brasileiracom-muito-mais-de-500-anos. Acesso em: 07 ago. 2020
Sob a perspectiva historiográfica acerca do Brasil pré-cabralino, a imagem e o texto representam
A) obras de antigos sacerdotes euroasiáticos.
B) relatos orais da comunicação na pré-história brasileira.
C) signos que são estudados exclusivamente por ufólogos e místicos.
D) inscrições abstratas que atestam a cultura de povos paleolíticos no Brasil.
E) símbolos pictográficos de fácil identificação por arqueólogos e historiadores.
A) Ausência de grandes transações comerciais.
B) Uso de determinado meio corrente, comum a vários povos.
C) Produção majoritariamente voltada aos produtos de subsistência.
D) Tráfico humano como elemento fundamental da economia.
E) Comércio monetário, presente na ampla maioria das rotas do medievo.
Entende-se hoje que a civilização medieval, apesar de limitada segundo os padrões atuais, dava ao homem um sentido de vida. Ele se via desempenhando um papel, por menor que fosse, de alcance amplo, importante para o equilíbrio do Universo. Não sofria, portanto, com o sentimento de substituibilidade que atormenta o homem contemporâneo. O medievo se sentia impotente diante da natureza, mas convivia bem com ela. O ocidental de hoje se sente a ponto de dominar a natureza, por isso se exclui dela.
(Hilário Franco Júnior. A Idade Média: nascimento do Ocidente, 1988.)
O “papel de alcance amplo”, “importante para o equilíbrio”, representado pelas pessoas que viviam na Idade Média, pode ser associado, entre outros fatores,
A) à infixidez das relações sociais de trabalho, estabelecidas a partir da possibilidade de ascensão social e da proibição de desrespeitar o rei.
B) ao reconhecimento do caráter diminuto de todo ser humano ante a grandiosidade da natureza e do conhecimento técnico-científico.
C) à percepção religiosa de que o homem está integrado ao mundo, ligado diretamente a Deus e é objeto de uma contínua luta entre o bem e o mal.
D) ao sentimento de pertencer à espécie humana, dotada de razão e com liberdade e autoridade para agir de acordo com sua vontade.
E) à identificação dos homens como dotados de livre-arbítrio, capazes de decidir seu destino e de recusar interferências humanas ou divinas.
Entende-se hoje que a civilização medieval, apesar de limitada segundo os padrões atuais, dava ao homem um sentido de vida. Ele se via desempenhando um papel, por menor que fosse, de alcance amplo, importante para o equilíbrio do Universo. Não sofria, portanto, com o sentimento de substituibilidade que atormenta o homem contemporâneo. O medievo se sentia impotente diante da natureza, mas convivia bem com ela. O ocidental de hoje se sente a ponto de dominar a natureza, por isso se exclui dela.
(Hilário Franco Júnior. A Idade Média: nascimento do Ocidente, 1988.)
A) incerteza diante do futuro, gerada pela impossibilidade de impedir terremotos e outras catástrofes naturais.
B) celebração do progresso e do domínio tecnológico, difundida sobretudo a partir da Revolução Industrial.
C) visão dessacralizada da natureza, proporcionada pelo ateísmo propagado depois da Revolução Russa.
D) superação dos perigos naturais, proporcionada pela atual capacidade de controlar o clima planetário.
E) descrença em relação ao futuro, nascida com a visualização da barbárie das duas guerras mundiais.
A) uma concentração de capitais, alcançada principalmente por meio da exploração colonial e de mecanismos de proteção comercial.
B) uma difusão do comércio em escala mundial, obtida com a globalização da economia e a multipolaridade geoestratégica.
C) uma redução profunda no grau de intervenção do Estado na economia, que passou a ser gerida pelos movimentos do mercado.
D) o resultado da concentração do poder político nas mãos de governantes que defendiam, sobretudo, os valores e interesses da burguesia industrial.
E) o combate sistemático às formas compulsórias de trabalho, que impediam o crescimento dos mercados consumidores internos nos países europeus.
A) a estruturação do engenho como unidade produtiva, a disposição portuguesa de povoar a colônia e o comércio sistemático com a América espanhola.
B) as técnicas de cultivo indígenas, as mudas de cana procedentes do mundo árabe e a intermediação britânica na comercialização.
C) a adaptação da cana à terra roxa do Nordeste, o conhecimento técnico dos imigrantes e a atuação holandesa no transporte marítimo.
D) a constituição da grande propriedade, o tráfico de africanos escravizados e a existência de amplo mercado consumidor na Europa.
E) o avanço da ocupação das áreas centrais da colônia, o recurso à mão de obra nativa e o crescimento do gosto pelos sabores doces na Europa.
Observe a gravura de Isidore-Stanislas Helman (1743-1806).
O evento representado na imagem mostra
A) o poder legislativo, composto por representantes de todas as classes sociais e responsável pela proposição e criação das leis federais.
B) uma assembleia popular, reunida em caráter permanente e aberta à participação direta de todos os cidadãos.
C) o poder moderador, composto por representantes de organismos sociais e políticos e responsável pelo controle sobre as decisões do rei.
D) o poder executivo, composto pelos membros da nobreza e do clero e responsável pelas decisões relativas à política exterior.
E) uma assembleia consultiva, convocada esporadicamente pelo rei e formada por representantes das três ordens sociais.
A) contou com participação ativa e direta dos Estados Unidos, que buscavam ampliar sua zona de influência política na América.
B) envolveu projetos políticos e setores sociais variados, que se confrontaram no momento de constituição dos novos Estados.
C) manteve a unidade territorial das áreas antes controladas pela Espanha, e os novos Estados organizaram-se numa federação.
D) resultou no afastamento definitivo dos novos Estados em relação ao antigo colonizador e na divisão das grandes propriedades rurais entre os camponeses sem terra.
E) derivou da iniciativa das burguesias locais, que defendiam a igualdade social como base da organização social dos novos Estados.
No que dizia respeito ao Estado a ser construído, genericamente o modelo disponível era aquele que prevalecia no mundo ocidental. Tratava-se de organizar um aparato político-administrativo com jurisdição sobre um território definido, que exercia as competências de ditar as normas que deveriam regrar todos os aspectos da vida na sociedade, cobrar compulsoriamente tributos para financiá-lo e às suas políticas, exercer o poder punitivo para aqueles que não respeitassem as normas por ele ditadas.
(Miriam Dolhnikoff. História do Brasil império, 2019.)
O texto refere-se à organização política do Brasil após a independência, em 1822. O novo Estado brasileiro foi baseado em padrões
A) federalistas e garantia completa autonomia às províncias.
B) liberais e contava com sistema político representativo.
C) absolutistas e fundava-se no exercício dos três poderes pelo imperador.
D) elitistas e era controlado apenas pelos portugueses residentes no país.
E) democráticos e permitia a ampla participação da população brasileira.
A classificação das raças em “superiores” e “inferiores”, recorrente desde o século XVII, ganha uma falsa legitimidade baseada no mito iluminista do saber científico, coincidindo com a necessária justificativa de que a dominação e a exploração da África, mais do que “naturais” e inevitáveis, eram “necessárias” para desenvolver os “selvagens” africanos, de acordo com as normas e os valores da civilização ocidental.
(Leila Leite Hernandez. A África na sala de aula: visita à história contemporânea, 2005.)
As teorias raciais utilizadas durante o processo de colonização da África no século XIX eram
A) desdobramentos do pensamento ilustrado, que valorizava a liberdade e a igualdade social e de natureza.
B) manifestações ideológicas que buscavam justificar a exploração e o domínio europeus sobre o continente africano.
C) baseadas no pensamento lamarckista, que explicava a transmissão genética de características fisiológicas e intelectuais adquiridas.
D) validadas pela defesa darwinista do direito dos superiores se imporem aos demais seres vivos.
E) sustentadas pelo pensamento antropológico, que tratava as diferenças culturais dos diversos povos como positivas e necessárias.
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