Em 1632, o matemático, astrônomo e filósofo italiano Galileu Galilei (1564-1642) publicou o Diálogo sobre os dois principais sistemas do mundo, no qual três personagens, de nomes Sagredo, Salviati e Simplício, debatem sobre a cosmologia copernicana e a cosmologia aristotélica. Ainda no mesmo ano, Galileu foi intimado a comparecer à Congregação do Santo Ofício em Roma, acusado de defender as ideias de Copérnico, consideradas heréticas pela Igreja.
Considerando o contexto histórico do processo e da condenação de Galileu Galilei pela Inquisição de Roma, assinale a alternativa correta.
A) A Inquisição proibiu os livros de Nicolau Copérnico, relacionando-os ao Index Librorum Prohibitorum, por divulgarem a heresia protestante.
B) Os inquisidores descobriram, nos diálogos entre as personagens do livro de Galileu Galilei, passagens em defesa da magia como uma forma legítima de conhecimento do mundo natural, motivo para proibição do livro.
C) O processo contra Galileu foi além de uma admoestação, ordenando que abjurasse da teoria heliocentrista defendida por Copérnico e não a divulgasse e nem a ensinasse.
D) Após o Concílio de Trento, os doutores da Igreja procuraram estabelecer uma atitude de conciliação e diálogo com os filósofos naturalistas e matemáticos, com a finalidade de controlar o conhecimento da Natureza.
E) O livro de Galileu Galilei foi motivo de escândalo e condenação, por submeter a teologia à filosofia natural, questionando os dogmas religiosos e a verdade revelada pelas Escrituras.
A) a intenção original dos primeiros reformadores não era romper a unidade da Igreja Católica, mas sim restaurar práticas e doutrinas cristãs supostamente mais puras e verdadeiras.
B) observou-se neste período não apenas uma, mas várias propostas de reforma religiosa, todas as quais alegavam estar restaurando o autêntico cristianismo católico.
C) havia um consenso entre os reformadores protestantes a respeito da forma que a verdadeira Igreja deveria assumir.
D) na base da rebelião iniciada por Martinho Lutero, desencadeada por uma nova campanha de venda de indulgências, estavam inquietações espirituais de longa data relativas à salvação.
E) o humanismo renascentista abriu caminho para as reformas religiosas ao questionar a antiga estrutura medieval de entendimento dos textos sagrados.
A) à adoção da livre circulação como estratégia para tornar os produtos europeus homogêneos e mais competitivos mundialmente.
B) à construção de vias de acesso sobre acidentes geográficos, que deram início à União Europeia.
C) ao fim das investidas neocolonialistas dos Estados Unidos, que mantinham a Europa fragmentada.
D) ao fim das zonas econômicas especiais, que estabeleciam espaços socioeconômicos segregacionistas.
E) ao fim da divisão física e ideológica entre a Europa Ocidental e o Leste Europeu durante a Guerra Fria.
Em 1888, a princesa Isabel, filha do imperador do Brasil, Pedro 2º, assinou a Lei Áurea, decretando a abolição […]. A decisão veio após mais de três séculos de escravidão, que resultaram em 4,9 milhões de africanos traficados para o Brasil, sendo que mais de 600 mil morreram no caminho.
(Amanda Rossi e Camilla Costa, postado em 13 de maio de 2018 – BBC Brasil em São Paulo. Disponível em: https://www.bbc.com/ portuguese/brasil-44091469. Acesso em 25 de junho de 2019.)
De acordo com o trecho acima, considere as seguintes afirmativas:
1. A chamada “Lei Áurea”, assinada pela princesa Isabel, não pode ser vista como uma concessão da monarquia, sendo resultado de um longo processo de luta e resistência que contou com a presença ativa de escravizados e escravizadas para sua libertação do cativeiro.
2. No período imediato que sucedeu à abolição, os libertos puderam contar com medidas de apoio na forma de distribuição de pequenos lotes de terra, tal como aconteceu nos Estados Unidos após a Guerra Civil, com a chamada “Reconstrução”.
3. Escravizados e escravizadas receberam apoio de muitos setores da sociedade da época ligados ao movimento abolicionista, sendo Luís Gama, filho de escrava e advogado autodidata, um dos personagens mais célebres e atuantes, empenhando-se na libertação de centenas de cativos e cativas.
4. Os segmentos da sociedade adeptos do regime escravista defendiam a “emancipação gradual” e nutriam o profundo receio de que a abolição imediata da escravidão trouxesse desorganização econômica e provocasse o caos social.
Assinale a alternativa correta.
A) Somente a afirmativa 3 é verdadeira.
B) Somente as afirmativas 1 e 2 são verdadeiras.
C) Somente as afirmativas 2 e 4 são verdadeiras.
D) Somente as afirmativas 1, 3 e 4 são verdadeiras.
E) As afirmativas 1, 2, 3 e 4 são verdadeiras.
Estou tentando resgatar o pobre tecelão de malhas, o meeiro luddita, o tecelão do “obsoleto” tear manual, o artesão “utópico” e mesmo o iludido seguidor de Joanna Southcott, dos imensos ares superiores de condescendência da posteridade. Seus ofícios e tradições podiam estar desaparecendo. Sua hostilidade frente ao novo industrialismo podia ser retrógrada. Seus ideais comunitários podiam ser fantasiosos. Suas conspirações insurrecionais podiam ser temerárias. Mas eles viveram nesses tempos de aguda perturbação social, e nós não. Suas aspirações eram válidas nos termos de sua própria experiência.
(E. P. Thompson. A formação da classe operária inglesa. V.1(4. ed.). São Paulo: Companhia das Letras, 2004, p. 13.)
Com base no trecho acima, assinale a alternativa correta.
A) O novo industrialismo substituiu as técnicas tradicionais de trabalho e os modos de vida dos camponeses, evidenciando o progresso das técnicas da manufatura fabril.
B) Os trabalhadores ingleses já estavam agrupados em partidos políticos antes mesmo do surgimento da industrialização, demonstrando uma organização que seguia cada ofício de trabalho, como o alfaiate, o artesão e o tecelão
C) Os trabalhadores que viveram antes da era da industrialização tiveram sua memória utilizada como símbolo de resistência dos movimentos operários posteriores.
D) A história que a classe operária inglesa contou sobre a industrialização não leva em consideração o crescimento econômico do período, nem o papel de liderança assumido pelos empresários industriais.
E) As hostilidades dos trabalhadores ingleses às novas técnicas industriais informam o modo como os indivíduos foram afetados pelo surgimento da industrialização.
A) concepção de militarização da sociedade alemã e a disposição de aliar-se a grupos políticos de esquerda.
B) ação de controle político e social e o conjunto de valores e princípios excludentes que movia o nazismo.
C) proposta de disciplinarização da sociedade alemã e o respeito às práticas econômicas e políticas liberais.
D) intenção de implantar uma ditadura na Alemanha e a ideologia marxista que servia de base ao pensamento nazista.
E) articulação com sindicatos de trabalhadores e o posicionamento político direitista que caracterizava o nazismo.
“Quase toda a soma de nosso conhecimento, que de fato se deva julgar como verdadeiro e sólido conhecimento, consta de duas partes: o conhecimento de Deus e o conhecimento de nós mesmos. Como, porém, se entrelaçam com muitos elos, não é fácil, entretanto, discernir qual deles precede ao outro, e ao outro origina. [...] Por outro lado, é notório que o homem jamais chegue ao puro conhecimento de si mesmo até que haja antes contemplado a face de Deus, e da visão dele desça a examinar-se a si próprio [...].
A) suas raízes podem ser encontradas já em fins da Idade Média nas obras e nos pensamentos de homens, como John Wycliff e Jan Huss, que já, nos séculos XIV e XV, criticavam a venda de indulgências e a hierarquia eclesiástica.
B) se desenvolveu uma forte crítica ao pensamento racional e ao individualismo moderno, devido à importância atribuída à Bíblia e a seus códigos morais rígidos.
C) a partir da reforma luterana, desenvolveram-se, por toda a Europa, igrejas protestantes e/ou reformadas, centralizadas, cujas autoridade e limites se sobrepunham às fronteiras dos Estados Nacionais do período.
D) a salvação era obtida por meio da graça de Deus, mas também pela participação na eucaristia, momento em que o pão e o vinho se transformavam no corpo de Cristo (transubstanciação), segundo João Calvino.
Aqui no Brasil tratou-se desde o início de aproveitar o índio, não apenas para obtenção dele, pelo tráfico mercantil, de produtos nativos, ou simplesmente como aliado, mas sim como elemento participante da colonização. Os colonos viam nele um trabalhador aproveitável; a metrópole, um povoador para a área imensa que tinha de ocupar, muito além de sua capacidade demográfica. Um terceiro fator entrará em jogo e vem complicar os dados do problema: as missões religiosas.
(PRADO JÚNIOR, Caio. A formação do Brasil Contemporâneo. São Paulo: Brasiliense, 1963, p. 91.)
Baseando-se no trecho acima sobre o trabalho indígena no Brasil Colônia, assinale a alternativa correta.
A) Os indígenas serviram como um elemento ativo e fundamental na colonização da região Nordeste, enquanto na região Centro-Sul sua mão de obra foi utilizada de maneira escassa.
B) Os jesuítas segregavam os indígenas em aldeias, para evitar a escravização da mão de obra nativa durante a colonização portuguesa.
C) Os colonizadores espanhóis, ao contrário dos portugueses, não utilizaram a mão de obra indígena, constituindo uma sociedade baseada na colonização de povoamento.
D) O tipo de trabalho executado pelos indígenas era bastante rudimentar, e a dependência da metrópole em relação a essa mão de obra provocou atraso econômico e cultural para a colônia brasileira
E) Com o início do tráfico de escravos africanos, a mão de obra indígena deixou de ser utilizada no processo de colonização.
1 = República Checa / 2 = Eslováquia
Fonte: Worldatlas. Endereço eletrônico: https://www.worldatlas.com. Acesso: 21 jul. 2019. Adaptado.A) Balfour.
B) Eslava.
C) Veludo.
D) Trianon.
E) Viena.
A) ação corrupta que permitia o desvio de verbas públicas.
B) prática política que facilitava a continuidade do domínio oligárquico.
C) proposição constitucional que determinava a obrigatoriedade do voto.
D) experiência política que favorecia a soberania do voto popular.
E) lei eleitoral que visava garantir a fidelidade do eleitor.
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