Os Textos 13, 14, 15 e 16 servem de base à questão.
Texto 13
Cartaz do filme “Caramuru: a invenção do Brasil” (2001) 1h 28min / Comédia Direção: Guel Arraes Elenco: Selton Mello, Camila Pitanga, Deborah Secco Disponível em: http://www.cinemabrasileiro.net/cartazes/caram uru.jpg Acesso em: 06/09/2020.
Texto 14
ZUCARELLI, Francesco. "Uma cena pastoral" (1750). Disponível em: http://vitrineliteraria01.blogspot.com/2020/03/algunsintro-textospara-comeco-de-conversa.html Acesso em: 07/09/2020.
Texto 15
LIRA I
Eu, Marília, não sou algum vaqueiro,
Que viva de guardar alheio gado;
De tosco trato, de expressões grosseiro,
Dos frios gelos e dos sóis queimado.
Tenho próprio casal e nele assisto;
Dá-me vinho, legume, fruta, azeite;
Das brancas ovelhinhas tiro o leite
E mais as finas lãs, de que me visto.
Graças, Marília bela,
Graças à minha Estrela!
[...]
GONZAGA, Tomás Antônio. Marília de Dirceu. São Paulo: DCL, 2010. Excertos.
Texto 16
CARTA 3ª
Em que se contam as injustiças, e violências, que Fanfarrão executou por causa de uma
Cadeia, a que deu princípio.
[...]
Agora, cuidarás, prezado Amigo,
Que as chaves das cadeias já não abrem,
Comidas da ferrugem? Que as algemas
Como trastes inúteis, se furtaram?
Que o torpe executor das graves penas
Liberdade ganhou? Que já não temos
Descalços guardiães, que à fonte levem,
Metidos nas correntes os forçados?
Assim, prezado Amigo, assim devia
Em Chile acontecer, se o nosso Chefe
Tivesse em governar algum sistema.
Mas, meu bom Doroteu, os homens néscios
Às folhas dos Olmeiros se comparam;
São como o leve fumo, que se move
Para partes diversas, mal os ventos
Começam a apontar, de partes várias.
[...]
GONZAGA, Tomás Antônio. Cartas Chilenas. São Paulo: Companhia das Letras, 2006. Excertos.
A) O filme "Caramuru – A Invenção do Brasil” é uma adaptação fiel e caricatural do poema árcade lírico-amoroso de Santa Rita Durão, "Caramuru", que conta a história do fidalgo português Diogo Álvares, o Caramuru, que se transformou em líder dos indígenas da tribo tupinambá.
B) A tela de Francesco Zucarelli (Texto 14) mostra um cenário bucólico, com pastores, ovelhas e musas inspiradoras, por meio de uma representação das personagens pautada na estética naturalista do Classicismo europeu, característica marcante do Arcadismo brasileiro.
C) O Texto 14 dialoga com o Texto 15 na representação do locus amoenus (lugar ameno/agradável) como ambiente bucólico e idealizado pelos poetas árcades. As antíteses e paradoxos do Texto 15, traços característicos da poesia árcade, revelam o conflito do sujeito lírico em relação ao amor platônico.
D) O Texto 16 é um exemplo da poesia satírica do Arcadismo brasileiro. Critilo é o emissor das cartas e Doroteu, o receptor. Por meio de linguagem satírica e irônica, a obra critica o governador da Capitania de Minas Gerais, referenciado como o "Fanfarrão".
E) Os Textos 15 e 16 são exemplos representativos da poesia épica do Arcadismo brasileiro, identificando-se, no Texto 15, o bucolismo e, no Texto 16, o "carpe diem”.
De acordo com o Texto, na moda, o "espírito barroco" se reflete
1) na sobriedade das cores.
2) no excesso de detalhes.
3) na mistura de informações.
4) na leveza dos tecidos.
Estão CORRETAS:
A) 1 e 3, apenas.
B) 1 e 4, apenas.
C) 2 e 3, apenas.
D) 2, 3 e 4, apenas.
E) 1, 2, 3 e 4.
A) O Texto 9 revela a arte barroca de Aleijadinho, inspirada na temática religiosa e com elementos oriundos da mitologia greco-romana. Na escultura de Aleijadinho, os traços do Barroco são percebidos na extravagância dos detalhes e nas expressões caricaturais das personagens.
B) Na pintura, a estética barroca apresenta-se por meio de contrastes de cores, valorização das luzes e sombras, equilíbrio entre as formas, além da preferência por temas pagãos do Neoclassicismo, como podemos notar na tela de Caravaggio (Texto 10).
C) O Texto 11 é um exemplo do Cultismo, característica do Barroco. No soneto de Gregório de Matos, o Cultismo está presente nos jogos de palavras (o "todo" e a "parte") e nas inversões sintáticas.
D) O soneto de Gregório de Matos (Texto 11), construído sob a ótica da estética barroca, é exemplo clássico da poesia lírico-amorosa do poeta, que também é conhecido como "O Boca do Inferno", pelo sarcasmo nos textos dramáticos produzidos.
E) A temática religiosa é apresentada nos Textos 9, 10 e 11, com foco na teatralidade, na representação fiel das personagens e na harmonia entre cores e linguagens, características marcantes da estética barroca.
A) O trecho "[...] se nós entendêssemos a sua fala [...]" (Texto 5) corresponde a: "[...] se nós, nativos, entendêssemos a fala do Rei [...]".
B) Ao empregar o adjetivo 'bom‘ para qualificar 'narizes‘ ('de bons rostos e bons narizes'), o autor do Texto 5 pretendeu dizer que os indígenas tinham 'narizes muito grandes‘.
C) Segundo o autor do Texto 5, os indígenas "não fazem o menor caso de [...] mostrar suas vergonhas"; ou seja, eles não se importam de apresentar suas muitas esposas.
D) No Texto 6, o autor usou a estratégia de introduzir um segmento negativo ("dos seus pelos nada conto porque não os têm") para descrever os índios como 'povo naturalmente depilado‘.
E) A opção de trazer para o Texto 7 a expressão "sonho da casa própria" confere a esse texto maior nível de formalidade.
A) No Brasil, o Quinhentismo é o período marcado pelos primeiros registros escritos, com foco na documentação do processo colonizador. Nesse período, a literatura produzida revela complexidade estético-literária, com textos rebuscados e de grande valor artístico-literário, como podemos notar no Texto 5.
B) As primeiras manifestações literárias do Quinhentismo brasileiro podem ser divididas em dois grupos: a literatura informativa e a literatura de catequese. O Texto 5 é exemplo da literatura informativa e apresenta a visão do europeu colonizador sobre o nativo.
C) No Quinhentismo brasileiro, as manifestações literárias são informações que viajantes e missionários europeus registraram sobre os índios, os negros e a natureza. O Texto 5, como exemplo de literatura informativa, apresenta a visão do colonizador sobre a impossibilidade de converter o índio ao cristianismo.
D) Os Textos 5 e 6 revelam uma visão realista do europeu sobre os nativos e destacam a valorização das crenças e da cultura dos índios na consolidação da identidade nacional brasileira.
E) O cartum (Texto 7) e a tela de Debret (Texto 8) dialogam na representação dos índios, em conformidade com as visões apresentadas nos Textos 5 e 6, com destaque para a valorização da cultura dos nativos.
A) 1 – 2 – 2 – 3.
B) 3 – 2 – 2 – 2.
C) 3 – 1 – 3 – 2.
D) 1 – 2 – 3 – 1.
E) 3 – 1 – 2 – 2.
A) expressionista, dadas a ausência de ações dramáticas e a presença de sugestões alegóricas como, por exemplo, o canto do galo.
B) simbolista, uma vez que os elementos que compõem a cena dramática sugerem alguns significados de natureza filosófica.
C) realista, porque as imagens da noite, do luar e do alvorecer indicam precisamente a passagem do tempo.
D) pós-modernista, tendo em vista que os objetos descritos criam uma atmosfera mágica, na qual a ilusão não se distingue da realidade.
A) Realismo.
B) Romantismo.
C) Arcadismo.
D) Barroco.
E) Naturalismo.
A) A obra Abaporu (Texto 1) marca a fase futurista da pintora Tarsila do Amaral. O Texto 2 é uma releitura da tela Abaporu e incorpora elementos do Futurismo, como a valorização da tecnologia e da velocidade.
B) O Manifesto Antropofágico (Texto 3), elaborado por Oswald de Andrade, pregava a assimilação de outras culturas, copiando fielmente características e reproduzindo estilos europeus canônicos para valorizar a identidade brasileira.
C) A Semana de Arte Moderna mostrou forte influência das vanguardas europeias e buscou divulgar padrões estéticos realistas e naturalistas na construção idealizada de uma identidade nacional.
D) O Texto 4 destaca a preguiça, característica principal do protagonista da novela surrealista Macunaíma, escrita por Mário de Andrade, autor cuja participação na Semana de Arte Moderna (1922) foi discreta e limitada.
E) No Texto 5 (Poética), propõe-se uma nova forma de lirismo, com foco na concepção libertária da criação poética: "Não quero mais saber do lirismo que não é libertação".
Considere as afirmações a seguir e assinale a alternativa CORRETA:
1. O Romantismo Brasileiro, tendo como traço reconhecido o esforço de buscar uma fisionomia nacional que se distanciasse da literatura europeia, investiu no aportuguesamento da língua.
2. Nossos escritores românticos eram unânimes quanto ao reconhecimento da importância da contribuição de africanos e índios, como marca que nos diferenciava da literatura europeia.
3. Álvares de Azevedo negava a importância do elemento indígena para a consolidação da literatura nacional brasileira.
A) Apenas 1 não contém informação incorreta.
B) Apenas 2 não está correta.
C) Apenas 3 não contém informação incorreta.
D) Todas contêm informações corretas.
E) Todas contêm informações incorretas.
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