A) realista
B) romântico
C) árcade
D) naturalista
E) parnasiano
A obra Prisão de Tiradentes (datada de 1914), do pintor brasileiro Antônio Parreiras (1860-1937), remete a evento histórico relacionado ao seguinte movimento literário brasileiro:
A) Barroco.
B) Arcadismo.
C) Romantismo.
D) Realismo.
E) Modernismo.
Texto 3:Canção amiga
Eu preparo uma canção Em que minha mãe se reconheça, Todas as mães se reconheçam, E que fale como dois olhos. Caminho por uma rua Que passa em muitos países. Se não me veem, eu vejo E saúdo velhos amigos. Eu distribuo um segredo Como quem ama ou sorri. No jeito mais natural Dois carinhos se procuram. Minha vida, nossas vidas Formam um só diamante. Aprendi novas palavras E tornei outras mais belas. Eu preparo uma canção Que faça acordar os homens E adormecer as crianças.
(DRUMMOND, Carlos. In: Novos Poemas)
Sobre a linguagem do poema, nota-se que foi empregada com o objetivo principal de:
A) fazer referência a acontecimentos, transmitindo informações acerca do mundo exterior.
B) persuadir o leitor, em um forte apelo à sua sensibilidade.
C) demonstrar o processo de construção do poema, observando o papel da linguagem e do poeta
D) focalizar os sentimentos do eu lírico, suas sensações, reflexões e opiniões frente ao mundo real.
E) estabelecer contato comunicativo entre o emissor da mensagem e o receptor.
A) representa o modernismo, devido ao tom de ruptura e à utilização de usos linguísticos típicos da oralidade.
B) apresenta uma característica importante do gênero lírico, a apresentação objetiva de fatos.
C) expressa o ideal de construir uma poesia capaz de despertar a consciência dos adultos e servir de canção de ninar para as crianças.
D) critica a inutilidade do poeta e da poesia, sobretudo aquela que não possui tom pomposo.
E) apresenta influências românticas, por tratar da individualidade, da saudade da infância.
A) semelhança ao projeto do Romantismo
B) valorização do militarismo
C) desconstrução de sua idealização
D) exaltação de suas figuras históricas
A) Provisoriamente não cantaremos o amor/que se refugiou mais abaixo dos subterrâneos/Cantaremos o medo, que esteriliza os abraços/não cantaremos o ódio porque esse não existe.
B) O meu nome é Severino, como não tenho outro de pia/Como há muitos Severinos, que é santo de romaria/deram então de me chamar Severino de Maria.
C) Ora (direis) ouvir estrelas! Certo/Perdeste o senso!" E eu vos direi, no entanto/Que, para ouvi-las, muita vez desperto/E abro as janelas, pálido de espanto.
D) Vou-me embora pra Pasárgada/ Lá sou amigo do rei/Lá tenho a mulher que eu quero/Na cama que escolherei.
E) Só cabe no poema/o homem sem estômago/a mulher de nuvens/a fruta sem preço/O poema, senhores/não fede/nem cheira.
A) Não faças versos sobre acontecimentos./Não há criação nem morte perante a poesia. (Drummond, À procura da poesia)
B) Penetra surdamente no reino das palavras./Lá estão os poemas que esperam ser escritos.(Drummond, À procura da poesia)
C) De onde ela vem?! De que matéria bruta/Vem essa luz que sobre as nebulosas. (Augusto do Anjos/ A ideia)
D) Não me importa a palavra, esta corriqueira./Quero é o esplêndido caos de onde emerge a sintaxe ( Adélia Prado/ Antes do nome)
E) Não sei quantas almas tenho./Cada momento mudei.(Fernando Pessoa/ Não sei quantas almas tenho)
Conheci que Madalena era boa em demasia, mas não conheci tudo de uma vez. Ela se revelou pouco a pouco, e nunca se revelou inteiramente. A culpa foi minha, ou antes, a culpa foi desta vida agreste, que me deu uma alma agreste.
E, falando assim, compreendo que perco o tempo. Com efeito, se me escapa o retrato moral de minha mulher, para que serve esta narrativa? Para nada, mas sou forçado a escrever.
Quando os grilos cantam, sento-me aqui à mesa da sala de jantar, bebo café, acendo o cachimbo. Às vezes as ideias não vêm, ou vêm muito numerosas - e a folha permanece meio escrita, como estava na véspera. Releio algumas linhas, que me desagradam. Não vale a pena tentar corrigi-las. Afasto o papel.
Emoções indefiníveis me agitam - inquietação terrível, desejo doido de voltar, tagarelar novamente com Madalena, como fazíamos todos os dias, a esta hora. Saudade? Não, não é isto: desespero, raiva, um peso enorme no coração.
Procuro recordar o que dizíamos. Impossível. As minhas palavras eram apenas palavras, reprodução imperfeita de fatos exteriores, e as dela tinham alguma coisa que não consigo exprimir. Para senti-las melhor, eu apagava as luzes, deixava que a sombra nos envolvesse até ficarmos dois vultos indistintos na escuridão.
(Graciliano Ramos)
Conheci que Madalena era boa em demasia, mas não conheci tudo de uma vez. Ela se revelou pouco a pouco, e nunca se revelou inteiramente. A culpa foi minha, ou antes, a culpa foi desta vida agreste, que me deu uma alma agreste.
E, falando assim, compreendo que perco o tempo. Com efeito, se me escapa o retrato moral de minha mulher, para que serve esta narrativa? Para nada, mas sou forçado a escrever.
Quando os grilos cantam, sento-me aqui à mesa da sala de jantar, bebo café, acendo o cachimbo. Às vezes as ideias não vêm, ou vêm muito numerosas - e a folha permanece meio escrita, como estava na véspera. Releio algumas linhas, que me desagradam. Não vale a pena tentar corrigi-las. Afasto o papel.
Emoções indefiníveis me agitam - inquietação terrível, desejo doido de voltar, tagarelar novamente com Madalena, como fazíamos todos os dias, a esta hora. Saudade? Não, não é isto: desespero, raiva, um peso enorme no coração.
Procuro recordar o que dizíamos. Impossível. As minhas palavras eram apenas palavras, reprodução imperfeita de fatos exteriores, e as dela tinham alguma coisa que não consigo exprimir. Para senti-las melhor, eu apagava as luzes, deixava que a sombra nos envolvesse até ficarmos dois vultos indistintos na escuridão.
(Graciliano Ramos)
O texto de Graciliano Ramos pertence à obra
A) Angústia.
B) Viagem.
C) São Bernardo.
D) Vidas Secas.
E) Memórias do cárcere.
A) “O arquivo”, “Morre desgraçado”, “O outro”, “O negócio”.
B) “Peru de Natal”, “O outro”, “Fazendo a barba”, “Morre desgraçado”.
C) “Pai contra mãe”, “O enfermeiro”, “O negócio”, “Morre desgraçado”.
D) “Fazendo a barba”, “O enfermeiro”, “O espelho”, “O outro”.
E) “Peru de Natal”, “O outro”, “O espelho”, “Pai contra mãe”.
A) O conto apresenta, por meio da tensão da narrativa, o medo da convivência de um executivo com um pedinte.
B) O espaço da ação é a cidade, permeado pela insegurança e a instabilidade das relações sociais.
C) Vivendo em um grande centro urbano, apressado para chegar no horário, preocupado com o trabalho, numa rotina inflexível, o narrador-personagem nos alerta que algo vai mudar ao sentir uma forte taquicardia.
D) A mudança na rotina do personagem, proposta pelo médico cardiologista, é aceita sem ressalvas pelo executivo.
E) Ao olhar nos olhos do pedinte, o executivo percebe tratar-se de um menino franzino.
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