Questões de Literatura para Vestibular

cód. #5638

UNIOESTE - Literatura - 2019 - Vestibular - Inglês

Sobre o conto “Felicidade clandestina”, de Clarice Lispector, é CORRETO afirmar que:

A) traz um protagonista masculino, o que é típico do universo ficcional desta escritora.

B) traz um narrador masculino envolvido por personagens femininas, como estratégia de reafirmação da posição feminina no universo ficcional.

C) traz um narrador feminino, marcado pela falta, por uma carência que são típicas da humanidade tal como costuma ser descrita no universo ficcional desta escritora.

D) traz como narrador-protagonista uma personagem imbuída de bastante poder, para questionar a forma como ela lida com ele cotidianamente.

E) traz uma narradora observadora, que critica o comportamento masculino para reafirmar-se diante dos homens.

A B C D E

cód. #5639

UNIOESTE - Literatura - 2019 - Vestibular - Inglês

No que tange o romance Fogo morto, de José Lins do Rego, é CORRETO afirmar que:

A) a obra fora escrita para denunciar o cangaço e o cangaceiro, representados na personagem Antônio Silvino, que espalhava terror e morte pelo Nordeste brasileiro, mormente na década de 30.

B) trata-se de um romance panfletário, de tom político, pois nota-se a denúncia dos problemas sociais: a miséria, a fome, a seca que assolam o sertão nordestino da época.

C) o título “fogo morto” aponta para a decadência em sentido amplo, tanto do engenho que cede lugar à usina, quanto da expressão de um Nordeste decadente.

D) a obra Fogo morto pertence ao ciclo do cangaço, juntamente a outros dois romances do autor: Pedra bonita e Cangaceiros, haja vista a decadência do engenho.

E) Coronel Lula, Capitão Vitorino e Capitão Antônio Silvino são representantes do Exército nacional, que tiveram ascensão no Nordeste brasileiro na década de 40.

A B C D E

cód. #5640

UNIOESTE - Literatura - 2019 - Vestibular - Inglês

Leia atentamente o excerto do soneto “O acendedor de lampiões”, de Jorge de Lima, e assinale a opção CORRETA.

“Triste ironia atroz que o senso humano irrita: – ele que doira a noite e ilumina a cidade, talvez não tenha luz na choupana em que habita.
Tanta gente também nos outros insinua crenças, religiões, amor, felicidade, como este acendedor de lampiões da rua!”

A) Trata-se de um soneto decassílabo, com rimas externas, denotando, pelo cuidado com a forma e temática, pertencer ao movimento parnasiano.

B) O poema retrata a amargura da profissão de acendedor lampiões em uma sociedade que não valoriza o trabalho, tampouco o trabalhador braçal.

C) O soneto retrata a miséria nos subúrbios dos grandes centros brasileiros, onde a situação é tão precária que não há luz elétrica para os moradores.

D) A temática proposta no poema faz alusão à hipocrisia humana, principalmente no que diz respeito à crença, religião, amor, felicidade.

E) Acender lampiões se traduz como um ato de coragem, de bravura, pois o acendedor de lampiões não se cansa de executar seu trabalho.

A B C D E

cód. #5641

UNIOESTE - Literatura - 2019 - Vestibular - Inglês

No que concerne ao conto “Pai contra mãe”, de Machado de Assis, é CORRETO afirmar.

A) Neste conto, descreve-se o conflito familiar entre o pai, Candinho, e a mãe, Clara, que debatiam sobre a escravidão. Ela mostrava-se favorável a ter escravos, ao passo que Candido Neves era contrário.

B) No conto em questão não há meio tom, contorno indefinido, sugestão. Machado fala abertamente sobre a escravidão no Brasil, mostrando as mazelas do escravizado.

C) Neste conto, Arminda é a escravizada, que grávida, fugira da casa do seu dono para ter o filho em segurança e levá-lo para a roda dos enjeitados.

D) Predomina no conto uma visão romântica em que o pai, depois de receber o dinheiro, recobra o filho, obtendo com isso o perdão da tia Mônica e o amor da esposa, Clara.

E) Neste conto, Cândido Neves e a moça Clara tiveram um filho, Albino.

A B C D E

cód. #5642

UNIOESTE - Literatura - 2019 - Vestibular - Inglês

Leia atentamente o fragmento abaixo, retirado do soneto “O incêndio de Roma”, de Olavo Bilac, e assinale a alternativa CORRETA.

“Nero, com o manto grego ondeando ao ombro, assoma entre os libertos, e ébrio, engrinaldada a fronte, lira em punho, celebra a destruição de Roma”.

A) A temática proposta, isto é, a Antiguidade Clássica, bem como o cuidado formal, soneto com versos alexandrinos, é inerente ao Parnasianismo.

B) O movimento parnasiano no Brasil tem início com a publicação de Missal e broquéis, de Cruz e Souza

C) Pode-se afirmar, pelo caudal da obra que produziram, que Olavo Bilac e Cruz e Souza foram os grandes nomes da literatura parnasiana brasileira.

D) O nome Parnasianismo deriva de Arcádia, região da Grécia, onde vivem em harmonia com a natureza, simbolizando um ideal de vida.

E) Simbolismo e Parnasianismo no Brasil produziram temas e textos análogos dada a proximidade temporal entre as duas escolas, a ponto de muitos teóricos fundirem e confundirem as expressões de cada movimento literário.

A B C D E

cód. #4365

UNIMONTES - Literatura - 2019 - Vestibular - PAES - Segunda Etapa

Segundo Alfredo Bosi, em “História concisa da literatura brasileira”, “o realismo de Graciliano não é orgânico nem espontâneo. É crítico. O ‘herói’ é sempre um problema: não aceita o mundo, nem os outros, nem a si mesmo” (BOSI, 1982, p. 454). Entre as passagens do livro “São Bernardo” abaixo descritas, aponte aquela que NÃO corrobora a afirmação do referido estudioso:

A) “Os outros continuavam a zumbir. Sebo! Uns insetos. Não valia a pena prestar atenção a semelhantes insignificâncias. Gente besta.”

B) “O mundo que me cercava ia-se tornando um horrível estrupício. E o outro, o grande, era uma balbúrdia, uma confusão dos demônios, estrupício muito maior.”

C) “Foi este modo de vida que me inutilizou. Sou um aleijado. Devo ter um coração miúdo, lacunas no cérebro [...]”.

D) “Conforme declarei, Madalena possuía um excelente coração. Descobri nela manifestações de ternura que me sensibilizaram.”

A B C D E

cód. #4877

INEP - Literatura - 2019 - Vestibular - Segundo Semestre



TEXTO 1
Maria

    Maria estava parada há mais de meia hora no ponto do ônibus. Estava cansada de esperar. Se a distância fosse menor, teria ido a pé. Era preciso mesmo ir se acostumando com a caminhada. O preço da passagem estava aumentando tanto! Além do cansaço, a sacola estava pesada. No dia anterior, no domingo, havia tido festa na casa da patroa. Ela levava para casa os restos. (...)
    O ônibus não estava cheio, havia lugares. (...) Ao entrar, um homem levantou lá de trás, do último banco, fazendo um sinal para o trocador. Passou em silêncio, pagando a passagem dele e de Maria. Ela reconheceu o homem. Quanto tempo, que saudades! Como era difícil continuar a vida sem ele. (...) Por que não podia ser de uma outra forma? Por que não podiam ser felizes? E o menino, Maria? Como vai o menino? cochichou o homem. Sabe que sinto falta de vocês? (...)
    Ela, ainda sem ouvir direito, adivinhou a fala dele: um abraço, um beijo, um carinho no filho. E, logo após, levantou rápido sacando a arma. Outro lá atrás gritou que era um assalto. Maria estava com muito medo. Não dos assaltantes. Não da morte. Sim da vida. Tinha três filhos. O mais velho, com onze anos, era filho daquele homem que estava ali na frente com uma arma na mão. (...)
    Os assaltantes desceram rápido. Maria olhou saudosa e desesperada para o primeiro. Foi quando uma voz acordou a coragem dos demais. Alguém gritou que aquela puta safada lá da frente conhecia os assaltantes. Maria se assustou. Ela não conhecia assaltante algum. Conhecia o pai de seu primeiro filho. Conhecia o homem que tinha sido dela e que ela ainda amava tanto. Ouviu uma voz: Negra safada, vai ver que estava de coleio com os dois. (...)
    — Calma pessoal! Que loucura é esta? Eu conheço esta mulher de vista. Todos os dias, mais ou menos neste horário, ela toma o ônibus comigo. Está vindo do trabalho, da luta para sustentar os filhos...
     Lincha! Lincha! Lincha! Maria punha sangue pela boca, pelo nariz e pelos ouvidos. (...)
    Tudo foi tão rápido, tão breve, Maria tinha saudades de seu ex-homem. (...) Quando o ônibus esvaziou, quando chegou a polícia, o corpo da mulher estava todo dilacerado, todo pisoteado.
    Maria queria tanto dizer ao filho que o pai havia mandado um abraço, um beijo, um carinho.

EVARISTO, Conceição. Maria. In: Olhos D’Água. Rio de Janeiro: Pallas e Fundação Biblioteca Nacional. 2016. p. 39-42. [Adaptado].
Ao se apropriar do jogo de luzes e sombras, a fotografia de Sebastião Salgado (Imagem 2) aproxima-se visualmente do

A) Barroco, no que se refere à utilização do contraste entre os tons claros e escuros.

B) Renascimento, no que se refere à posição do corpo do trabalhador como ideal de perfeição e harmonia.

C) Impressionismo, quanto à suspensão dos contornos e à valorização dos tons claros e escuros.

D) Expressionismo, quanto ao acento dramático e ao emprego de temas advindos do cotidiano.

A B C D E

cód. #4366

UNIMONTES - Literatura - 2019 - Vestibular - PAES - Segunda Etapa

Analisando os personagens centrais dos romances “Dom Casmurro”, de Machado de Assis, e “São Bernardo”, de Graciliano Ramos, é CORRETO afirmar que:

A) O narrador de “São Bernardo” busca encontrar, nas diferenças que existiam entre Madalena e ele, o reconhecimento de sua própria pessoa, uma definição para a sua existência no mundo.

B) Paulo Honório, ao final da vida, acredita que tudo seria diferente em sua relação com Madalena, caso fosse possível um novo recomeço.

C) Bento Santiago mostra-se, no desfecho da narrativa, bastante arrependido por suas atitudes em relação a Capitu e reconhece a improcedência de seus ciúmes.

D) Os ciúmes despropositados de Bento Santiago e de Paulo Honório causaram imenso sofrimento às suas respectivas esposas. Enquanto Capitu é levada por seu marido para a Europa e é abandonada por lá, Madalena desiste do casamento e se muda para outra cidade.

A B C D E

cód. #4878

INEP - Literatura - 2019 - Vestibular - Segundo Semestre



TEXTO 1
Maria

    Maria estava parada há mais de meia hora no ponto do ônibus. Estava cansada de esperar. Se a distância fosse menor, teria ido a pé. Era preciso mesmo ir se acostumando com a caminhada. O preço da passagem estava aumentando tanto! Além do cansaço, a sacola estava pesada. No dia anterior, no domingo, havia tido festa na casa da patroa. Ela levava para casa os restos. (...)
    O ônibus não estava cheio, havia lugares. (...) Ao entrar, um homem levantou lá de trás, do último banco, fazendo um sinal para o trocador. Passou em silêncio, pagando a passagem dele e de Maria. Ela reconheceu o homem. Quanto tempo, que saudades! Como era difícil continuar a vida sem ele. (...) Por que não podia ser de uma outra forma? Por que não podiam ser felizes? E o menino, Maria? Como vai o menino? cochichou o homem. Sabe que sinto falta de vocês? (...)
    Ela, ainda sem ouvir direito, adivinhou a fala dele: um abraço, um beijo, um carinho no filho. E, logo após, levantou rápido sacando a arma. Outro lá atrás gritou que era um assalto. Maria estava com muito medo. Não dos assaltantes. Não da morte. Sim da vida. Tinha três filhos. O mais velho, com onze anos, era filho daquele homem que estava ali na frente com uma arma na mão. (...)
    Os assaltantes desceram rápido. Maria olhou saudosa e desesperada para o primeiro. Foi quando uma voz acordou a coragem dos demais. Alguém gritou que aquela puta safada lá da frente conhecia os assaltantes. Maria se assustou. Ela não conhecia assaltante algum. Conhecia o pai de seu primeiro filho. Conhecia o homem que tinha sido dela e que ela ainda amava tanto. Ouviu uma voz: Negra safada, vai ver que estava de coleio com os dois. (...)
    — Calma pessoal! Que loucura é esta? Eu conheço esta mulher de vista. Todos os dias, mais ou menos neste horário, ela toma o ônibus comigo. Está vindo do trabalho, da luta para sustentar os filhos...
     Lincha! Lincha! Lincha! Maria punha sangue pela boca, pelo nariz e pelos ouvidos. (...)
    Tudo foi tão rápido, tão breve, Maria tinha saudades de seu ex-homem. (...) Quando o ônibus esvaziou, quando chegou a polícia, o corpo da mulher estava todo dilacerado, todo pisoteado.
    Maria queria tanto dizer ao filho que o pai havia mandado um abraço, um beijo, um carinho.

EVARISTO, Conceição. Maria. In: Olhos D’Água. Rio de Janeiro: Pallas e Fundação Biblioteca Nacional. 2016. p. 39-42. [Adaptado].
A partir da década de 1930, o movimento modernista brasileiro reforçou o debate sobre as questões sociais. Nesse contexto, a pintura de Cândido Portinari (Imagem 1) é representativa desse movimento por

A) fomentar um projeto modernista com características globais.

B) promover o diálogo entre a arte e a realidade local.

C) ressaltar a presença constante da paisagem e do homem universal.

D) utilizar técnicas clássicas para expressar a cultura nacional.

A B C D E

cód. #4367

UNIMONTES - Literatura - 2019 - Vestibular - PAES - Segunda Etapa

Leia os fragmentos abaixo para responder à questão.


“Foi então que os bustos pintados nas paredes entraram a falar-me e a dizer-me que, uma vez que eles não alcançavam reconstituir-me os tempos idos, pegasse da pena e contasse alguns. Talvez a narração me desse a ilusão, e as sombras viessem perpassar ligeiras, como ao poeta, não o do trem, mas o do Fausto: Aí vindes outra vez, inquietas sombras?... Fiquei tão alegre com esta idéia, que ainda agora me treme a pena na mão. Sim, Nero, Augusto, Massinissa, e tu, grande César, que me incitas a fazer os meus comentários, agradeço-vos o conselho, e vou deitar ao papel as reminiscências que me vierem vindo.” Fonte: ASSIS, Machado de. Dom Casmurro, p. 2.

“Tenciono contar a minha história. Difícil. [...] As pessoas que me lerem terão, pois, a bondade de traduzir isto em linguagem literária, se quiserem. Se não quiserem, pouco se perde. Não pretendo bancar o escritor. [...] – Então para que escreve? – Sei lá! O pior é que já estraguei diversas folhas e ainda não principiei.” Fonte: RAMOS, Graciliano. São Bernardo, p. 11-13.


Analise as afirmativas abaixo.

I - A escrita literária surge, nos dois romances, como tentativa de acerto de contas com o passado. II - Os protagonistas masculinos das duas narrativas optam por lançar ao papel suas reminiscências. Ambos os narradores buscam montar um conjunto de evidências que comprovaria o adultério de suas respectivas esposas. III - Apesar de se propor a escrever um livro, Paulo Honório não sabe bem a motivação. Entretanto, com o desenrolar da narrativa, é possível depreender que o personagem busca uma explicação para o desmoronamento de sua vida e do seu casamento.

Estão INCORRETAS as afirmativas:

A) I, apenas.

B) I e III, apenas.

C) II, apenas.

D) I, II e III.

A B C D E

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