A) temporalidade.
B) conformidade.
C) adição.
D) contraste.
E) condicionalidade.
Leia o trecho de A hora da estrela, de Clarice Lispector, para responder à questão.
De dia usava saia e blusa, de noite dormia de combinação. Uma colega de quarto não sabia como avisar-lhe que seu cheiro era murrinhento. E como não sabia, ficou por isso mesmo, pois tinha medo de ofendê-la. Nada nela era iridescente1 , embora a pele do rosto entre as manchas tivesse um leve brilho de opala. Mas não importava. Ninguém olhava para ela na rua, ela era café frio.
E assim se passava o tempo para a moça esta. Assoava o nariz na barra da combinação. Não tinha aquela coisa delicada que se chama encanto. Só eu a vejo encantadora. Só eu, seu autor, a amo. Sofro por ela. E só eu é que posso dizer assim: “que é que você me pede chorando que eu não lhe dê cantando”? Essa moça não sabia que ela era o que era, assim como um cachorro não sabe que é cachorro. Daí não se sentir infeliz. A única coisa que queria era viver. Não sabia para quê, não se indagava. Quem sabe, achava que havia uma gloriazinha em viver. Ela pensava que a pessoa é obrigada a ser feliz. Então era. Antes de nascer ela era uma ideia? Antes de nascer ela era morta? E depois de nascer ela ia morrer? Mas que fina talhada de melancia.
(A hora da estrela, 1998.)
1 iridescente: colorido como o arco-íris.
A) “Essa moça não sabia que ela era o que era, assim como um cachorro não sabe que é cachorro.” (2º parágrafo)
B) “Nada nela era iridescente, embora a pele do rosto entre as manchas tivesse um leve brilho de opala.” (1º parágrafo)
C) “Uma colega de quarto não sabia como avisar-lhe que seu cheiro era murrinhento.” (1º parágrafo)
D) “Quem sabe, achava que havia uma gloriazinha em viver.” (2º parágrafo)
E) “E como não sabia, ficou por isso mesmo, pois tinha medo de ofendê-la.” (1ºparágrafo)
A) Martim é doente vitimado por psicoses associadas à esquizofrenia.
B) Igaçaba é um recipiente usado para produzir alucinógenos sintéticos.
C) Jurema é uma planta de uso indígena com potente efeito alucinógeno.
D) Ipu é um eufemismo da experiência espiritual pós-morte da personagem.
E) Iracema é o nome chamado pelo guerreiro em pleno delírio persecutório.
A) As vírgulas utilizadas em “a luta pelo direito de votar, opinar, igualdade de trabalho, frequentar universidade”, separam os elementos de uma enumeração.
B) O pronome demonstrativo “esses”, em “Mas esses prazeres são passageiros”, apresenta-se com função catafórica, porque prenuncia a obsolescência dos produtos, conforme registro posterior.
C) O termo coesivo “como”, em “e não como alguém que deve ser valorizado por sua inteligência”, estabelece uma relação comparativa com a ideia anteriormente expressa.
D) O ponto em “e do surgimento, a cada minuto, de uma nova tecnologia.” exerce a mesma função do que aparece em “viver feliz e com dignidade deve ser nossa meta.”
E) O vocábulo “que”, em “Não importa o que as indústrias da moda”, é, nesse contexto, um pronome indefinido substantivo.
Sobre a charge, fazem-se as seguintes afirmações.
I- Calvin pede para fazer uso do direito constitucional à felicidade e, portanto, acredita que não precisa ficar em sala de aula.
II- Calvin acredita que o estudo acaba com a ignorância.
III- Ao ver que a professora não vai liberá-lo, Calvin pede ajuda à ditadura.
Marque a alternativa correta.
A) Apenas a afirmação II está correta.
B) Apenas as afirmações I e II estão corretas.
C) Apenas as afirmações I e III estão corretas.
D) Apenas as afirmações II e III estão corretas.
E) Todas as afirmações estão corretas.
Leia o trecho de A hora da estrela, de Clarice Lispector, para responder à questão.
De dia usava saia e blusa, de noite dormia de combinação. Uma colega de quarto não sabia como avisar-lhe que seu cheiro era murrinhento. E como não sabia, ficou por isso mesmo, pois tinha medo de ofendê-la. Nada nela era iridescente1 , embora a pele do rosto entre as manchas tivesse um leve brilho de opala. Mas não importava. Ninguém olhava para ela na rua, ela era café frio.
E assim se passava o tempo para a moça esta. Assoava o nariz na barra da combinação. Não tinha aquela coisa delicada que se chama encanto. Só eu a vejo encantadora. Só eu, seu autor, a amo. Sofro por ela. E só eu é que posso dizer assim: “que é que você me pede chorando que eu não lhe dê cantando”? Essa moça não sabia que ela era o que era, assim como um cachorro não sabe que é cachorro. Daí não se sentir infeliz. A única coisa que queria era viver. Não sabia para quê, não se indagava. Quem sabe, achava que havia uma gloriazinha em viver. Ela pensava que a pessoa é obrigada a ser feliz. Então era. Antes de nascer ela era uma ideia? Antes de nascer ela era morta? E depois de nascer ela ia morrer? Mas que fina talhada de melancia.
(A hora da estrela, 1998.)
1 iridescente: colorido como o arco-íris.
A) por um personagem nomeado, que, conforme narra, faz questionamentos sobre a existência humana e o processo de escrita.
B) por um narrador em terceira pessoa, que mantém a objetividade, enunciando os fatos como uma matéria bruta, sem comentários nem digressões.
C) por um narrador em primeira pessoa, que relata, em um tempo posterior aos fatos, as memórias de quando interagiu com a personagem.
D) pela própria protagonista, que narra os fatos de modo tumultuado, tecendo frequentes comentários sobre a própria escrita.
E) pela própria protagonista, que se coloca como narradora em terceira pessoa da própria vida, como se observasse tudo a partir de um ponto de vista externo aos fatos.
A) evidenciar que se paga caro por ceder às influências dos meios de comunicações através da indústria da beleza.
B) mostrar que o país está na maior crise financeira de todos os tempos, mas a força da moda continua sendo imbatível.
C) explicitar que o discurso da mídia decorre de uma pluralidade de produtos e dos avanços tecnológicos, a fim de aprimorar a estética e a forma física das pessoas.
D) denunciar o paradoxo existente entre os que fabricam alimentos e os que promovem os atributos do belo, em virtude das metas que defendem divergirem em sua essência.
E) ratificar o poder das mulheres, que, ao longo dos anos, vêm lutando por sua liberdade de expressão, independência financeira e direito de voto, em uma clara demonstração de que nada têm de sexo frágil.
A) Constituição Federal. (linha 1)
B) leis. (linha 1)
C) administração pública. (linha 2)
D) pena. (linha 2)
E) censura. (linha 2)
Leia o trecho de A hora da estrela, de Clarice Lispector, para responder à questão.
De dia usava saia e blusa, de noite dormia de combinação. Uma colega de quarto não sabia como avisar-lhe que seu cheiro era murrinhento. E como não sabia, ficou por isso mesmo, pois tinha medo de ofendê-la. Nada nela era iridescente1 , embora a pele do rosto entre as manchas tivesse um leve brilho de opala. Mas não importava. Ninguém olhava para ela na rua, ela era café frio.
E assim se passava o tempo para a moça esta. Assoava o nariz na barra da combinação. Não tinha aquela coisa delicada que se chama encanto. Só eu a vejo encantadora. Só eu, seu autor, a amo. Sofro por ela. E só eu é que posso dizer assim: “que é que você me pede chorando que eu não lhe dê cantando”? Essa moça não sabia que ela era o que era, assim como um cachorro não sabe que é cachorro. Daí não se sentir infeliz. A única coisa que queria era viver. Não sabia para quê, não se indagava. Quem sabe, achava que havia uma gloriazinha em viver. Ela pensava que a pessoa é obrigada a ser feliz. Então era. Antes de nascer ela era uma ideia? Antes de nascer ela era morta? E depois de nascer ela ia morrer? Mas que fina talhada de melancia.
(A hora da estrela, 1998.)
1 iridescente: colorido como o arco-íris.
A) dificuldades em se comunicar.
B) pouca experiência na vida.
C) pouca educação formal.
D) dificuldades com temas complexos.
E) pouca consciência de si mesma.
A) O texto segue nesse caminho.
B) O texto segue nesse blablablá.
C) O texto segue nessa viagem.
D) O texto segue nessa repetição.
E) O texto segue nessa distância.
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