Questões de Português para Vestibular

cód. #8709

ASPEUR - Português - 2018 - Vestibular de Verão - Prova Objetiva

A expressão de acordo com, utilizada por Calvin, no segundo quadrinho, estabelece uma relação de sentido de

A) temporalidade.

B) conformidade.

C) adição.

D) contraste.

E) condicionalidade.

A B C D E

cód. #8965

VUNESP - Português - 2018 - Vestibular - Conhecimentos gerais

Leia o trecho de A hora da estrela, de Clarice Lispector, para responder à questão.


    De dia usava saia e blusa, de noite dormia de combinação. Uma colega de quarto não sabia como avisar-lhe que seu cheiro era murrinhento. E como não sabia, ficou por isso mesmo, pois tinha medo de ofendê-la. Nada nela era iridescente1 , embora a pele do rosto entre as manchas tivesse um leve brilho de opala. Mas não importava. Ninguém olhava para ela na rua, ela era café frio.

    E assim se passava o tempo para a moça esta. Assoava o nariz na barra da combinação. Não tinha aquela coisa delicada que se chama encanto. Só eu a vejo encantadora. Só eu, seu autor, a amo. Sofro por ela. E só eu é que posso dizer assim: “que é que você me pede chorando que eu não lhe dê cantando”? Essa moça não sabia que ela era o que era, assim como um cachorro não sabe que é cachorro. Daí não se sentir infeliz. A única coisa que queria era viver. Não sabia para quê, não se indagava. Quem sabe, achava que havia uma gloriazinha em viver. Ela pensava que a pessoa é obrigada a ser feliz. Então era. Antes de nascer ela era uma ideia? Antes de nascer ela era morta? E depois de nascer ela ia morrer? Mas que fina talhada de melancia.


(A hora da estrela, 1998.)

1 iridescente: colorido como o arco-íris.

O termo sublinhado introduz uma oração com sentido de concessão em:

A) “Essa moça não sabia que ela era o que era, assim como um cachorro não sabe que é cachorro.” (2º parágrafo)

B) “Nada nela era iridescente, embora a pele do rosto entre as manchas tivesse um leve brilho de opala.” (1º parágrafo)

C) “Uma colega de quarto não sabia como avisar-lhe que seu cheiro era murrinhento.” (1º parágrafo)

D) “Quem sabe, achava que havia uma gloriazinha em viver.” (2º parágrafo)

E) “E como não sabia, ficou por isso mesmo, pois tinha medo de ofendê-la.” (1ºparágrafo)

A B C D E

cód. #9221

UEG - Português - 2018 - Vestibular - Direito

Leia o texto a seguir.
Era de jurema o bosque sagrado. Em torno corriam os troncos rugosos da árvore de Tupã; dos galhos pendiam ocultos pela rama escura os vasos do sacrifício; lastravam o chão as cinzas de extinto fogo, que servira à festa da última lua.
Antes de penetrar o recôndito sítio, a virgem que conduzia o guerreiro pela mão hesitou, inclinando o ouvido sutil aos suspiros da brisa. Todos os ligeiros rumores da mata tinham uma voz para a selvagem filha do sertão. Nada havia porém de suspeito no intenso respiro da floresta.
Iracema fez ao estrangeiro um gesto de espera e silêncio, e depois desapareceu no mais sombrio do bosque. O Sol ainda pairava suspenso no viso da serrania; e já noite profunda enchia aquela solidão.
Quando a virgem tornou, trazia numa folha gotas de verde e estranho licor vazadas da igaçaba, que ela tirara do seio da terra. Apresentou ao guerreiro a taça agreste.
— Bebe!
Martim sentiu perpassar nos olhos o sono da morte; porém logo a luz inundou-lhe os seios d’alma; a força exuberou em seu coração. Reviveu os dias passados melhor do que os tinha vivido: fruiu a realidade de suas mais belas esperanças.
Ei-lo que volta à terra natal, abraça sua velha mãe, revê mais lindo e terno o anjo puro dos amores infantis.
Mas por que, mal de volta ao berço da pátria, o jovem guerreiro de novo abandona o teto paterno e demanda o sertão?
Já atravessa as florestas; já chega aos campos do Ipu. Busca na selva a filha do pajé. Segue o rastro ligeiro da virgem arisca, soltando à brisa com o crebro suspiro o doce nome:
— Iracema! Iracema!... ALENCAR, José de. Iracema. São Paulo: Saraiva, 2006. p. 28.

O trecho apresentado é uma transcrição do livro Iracema, de José de Alencar, sobre o qual se verifica o seguinte:

A) Martim é doente vitimado por psicoses associadas à esquizofrenia.

B) Igaçaba é um recipiente usado para produzir alucinógenos sintéticos.

C) Jurema é uma planta de uso indígena com potente efeito alucinógeno.

D) Ipu é um eufemismo da experiência espiritual pós-morte da personagem.

E) Iracema é o nome chamado pelo guerreiro em pleno delírio persecutório.

A B C D E

cód. #8454

EBMSP - Português - 2018 - Prosef - 2019.1

    O século XIX foi a época das maiores conquistas que as mulheres tiveram ao longo de sua história; a luta pelo direito de votar, opinar, igualdade de trabalho, frequentar universidades. A sociedade abriu espaço para elas serem livres, mas, no século XX, vimos que a indústria do consumo, que tanto ajudamos a construir, tem feito as mulheres escravas de um padrão inatingível de beleza.
     A indústria do consumo tem o objetivo de vender seus produtos, sejam eles cigarros, carros, cervejas, roupas, calçados, ou até mesmo comidas, com o corpo da mulher. Hoje o corpo feminino vende tudo, mas essa imagem de corpo perfeito e a espetacularização da moda, têm trazido consequências drásticas à nossa sociedade, com milhares de pessoas insatisfeitas consigo mesmas, uma vez que seu perfil em frente ao espelho só lhes mostra defeitos, pois não enxergam mais sua beleza interior, e sentem um vazio enorme dentro de si, porque querem ser o que não são, querem ser como as modelos das capas de revistas e comerciais.
     Esses efeitos, causados pela indústria do consumo na sociedade, são promotores de crescimento e sucesso industrial, porque pessoas insatisfeitas correm às lojas para comprar objetos a fim de satisfazer seus desejos, acabar com a ansiedade, aumentar sua autoestima. Mas esses prazeres são passageiros, pois, logo após alguns segundos, já querem outro produto, pois o que compraram há pouco tempo já se tornou obsoleto, tudo isso devido à vida líquida que vivemos nesta sociedade moderna, onde nada se firma, não há tempo para as coisas tomarem forma, por causa dos avanços constantes, das modas passageiras e do surgimento, a cada minuto, de uma nova tecnologia.
     A indústria do consumo tem o objetivo de promover, inconscientemente, a insatisfação e não a satisfação, como muitas pessoas pensam e se deixam influenciar. Pessoas satisfeitas, bem humoradas, com autoestima não precisam da paranoia de viver comprando desenfreadamente, ou viver correndo atrás das coisas que estão na moda, a qual muda todo dia, trazendo, assim, um desgaste constante, por viver trocando carro, celular, roupas, calçados. Pessoas bem resolvidas consomem mais ideias do que estética. A cada dia, os seres humanos estão sendo vistos por essa indústria de consumo como mais um número de cartão de crédito, mais um comprador em potencial, e não como alguém que deve ser valorizado por sua inteligência, capacidades e beleza interior. Não importa o que as indústrias da moda, da beleza, do consumo e os meios de comunicações nos impõem, ou os produtos que colocam no mercado, prometendo milagres de beleza, de rejuvenescimento, dizendo que isso fará o indivíduo ser bem aceito na sociedade e ter ascensão social. Não adianta estar se matando para atingir o inatingível, pois cada pessoa tem uma beleza única e deve ser aceita como é. Cuidar-se e ser vaidosa faz parte da natureza de cada mulher, mas não deve chegar ao ponto de se deixar escravizar por isso. O envelhecer é nosso destino, viver feliz e com dignidade deve ser nossa meta.

SILVA, Henriette Valéria da. O padrão de beleza imposto pela mídia. Disponível em: <http:/observatoriodaimprensa.com.br>. Acesso em: nov. 2018. Adaptado.


O aspecto linguístico que está corretamente analisado é o da alternativa

A) As vírgulas utilizadas em “a luta pelo direito de votar, opinar, igualdade de trabalho, frequentar universidade”, separam os elementos de uma enumeração.

B) O pronome demonstrativo “esses”, em “Mas esses prazeres são passageiros”, apresenta-se com função catafórica, porque prenuncia a obsolescência dos produtos, conforme registro posterior.

C) O termo coesivo “como”, em “e não como alguém que deve ser valorizado por sua inteligência”, estabelece uma relação comparativa com a ideia anteriormente expressa.

D) O ponto em “e do surgimento, a cada minuto, de uma nova tecnologia.” exerce a mesma função do que aparece em “viver feliz e com dignidade deve ser nossa meta.”

E) O vocábulo “que”, em “Não importa o que as indústrias da moda”, é, nesse contexto, um pronome indefinido substantivo.

A B C D E

cód. #8710

ASPEUR - Português - 2018 - Vestibular de Verão - Prova Objetiva

Sobre a charge, fazem-se as seguintes afirmações.


I- Calvin pede para fazer uso do direito constitucional à felicidade e, portanto, acredita que não precisa ficar em sala de aula.

II- Calvin acredita que o estudo acaba com a ignorância.

III- Ao ver que a professora não vai liberá-lo, Calvin pede ajuda à ditadura.


Marque a alternativa correta.

A) Apenas a afirmação II está correta.

B) Apenas as afirmações I e II estão corretas.

C) Apenas as afirmações I e III estão corretas.

D) Apenas as afirmações II e III estão corretas.

E) Todas as afirmações estão corretas.

A B C D E

cód. #8966

VUNESP - Português - 2018 - Vestibular - Conhecimentos gerais

Leia o trecho de A hora da estrela, de Clarice Lispector, para responder à questão.


    De dia usava saia e blusa, de noite dormia de combinação. Uma colega de quarto não sabia como avisar-lhe que seu cheiro era murrinhento. E como não sabia, ficou por isso mesmo, pois tinha medo de ofendê-la. Nada nela era iridescente1 , embora a pele do rosto entre as manchas tivesse um leve brilho de opala. Mas não importava. Ninguém olhava para ela na rua, ela era café frio.

    E assim se passava o tempo para a moça esta. Assoava o nariz na barra da combinação. Não tinha aquela coisa delicada que se chama encanto. Só eu a vejo encantadora. Só eu, seu autor, a amo. Sofro por ela. E só eu é que posso dizer assim: “que é que você me pede chorando que eu não lhe dê cantando”? Essa moça não sabia que ela era o que era, assim como um cachorro não sabe que é cachorro. Daí não se sentir infeliz. A única coisa que queria era viver. Não sabia para quê, não se indagava. Quem sabe, achava que havia uma gloriazinha em viver. Ela pensava que a pessoa é obrigada a ser feliz. Então era. Antes de nascer ela era uma ideia? Antes de nascer ela era morta? E depois de nascer ela ia morrer? Mas que fina talhada de melancia.


(A hora da estrela, 1998.)

1 iridescente: colorido como o arco-íris.

Em A hora da estrela, a história é contada

A) por um personagem nomeado, que, conforme narra, faz questionamentos sobre a existência humana e o processo de escrita.

B) por um narrador em terceira pessoa, que mantém a objetividade, enunciando os fatos como uma matéria bruta, sem comentários nem digressões.

C) por um narrador em primeira pessoa, que relata, em um tempo posterior aos fatos, as memórias de quando interagiu com a personagem.

D) pela própria protagonista, que narra os fatos de modo tumultuado, tecendo frequentes comentários sobre a própria escrita.

E) pela própria protagonista, que se coloca como narradora em terceira pessoa da própria vida, como se observasse tudo a partir de um ponto de vista externo aos fatos.

A B C D E

cód. #8455

EBMSP - Português - 2018 - Prosef - 2019.1

    O século XIX foi a época das maiores conquistas que as mulheres tiveram ao longo de sua história; a luta pelo direito de votar, opinar, igualdade de trabalho, frequentar universidades. A sociedade abriu espaço para elas serem livres, mas, no século XX, vimos que a indústria do consumo, que tanto ajudamos a construir, tem feito as mulheres escravas de um padrão inatingível de beleza.
     A indústria do consumo tem o objetivo de vender seus produtos, sejam eles cigarros, carros, cervejas, roupas, calçados, ou até mesmo comidas, com o corpo da mulher. Hoje o corpo feminino vende tudo, mas essa imagem de corpo perfeito e a espetacularização da moda, têm trazido consequências drásticas à nossa sociedade, com milhares de pessoas insatisfeitas consigo mesmas, uma vez que seu perfil em frente ao espelho só lhes mostra defeitos, pois não enxergam mais sua beleza interior, e sentem um vazio enorme dentro de si, porque querem ser o que não são, querem ser como as modelos das capas de revistas e comerciais.
     Esses efeitos, causados pela indústria do consumo na sociedade, são promotores de crescimento e sucesso industrial, porque pessoas insatisfeitas correm às lojas para comprar objetos a fim de satisfazer seus desejos, acabar com a ansiedade, aumentar sua autoestima. Mas esses prazeres são passageiros, pois, logo após alguns segundos, já querem outro produto, pois o que compraram há pouco tempo já se tornou obsoleto, tudo isso devido à vida líquida que vivemos nesta sociedade moderna, onde nada se firma, não há tempo para as coisas tomarem forma, por causa dos avanços constantes, das modas passageiras e do surgimento, a cada minuto, de uma nova tecnologia.
     A indústria do consumo tem o objetivo de promover, inconscientemente, a insatisfação e não a satisfação, como muitas pessoas pensam e se deixam influenciar. Pessoas satisfeitas, bem humoradas, com autoestima não precisam da paranoia de viver comprando desenfreadamente, ou viver correndo atrás das coisas que estão na moda, a qual muda todo dia, trazendo, assim, um desgaste constante, por viver trocando carro, celular, roupas, calçados. Pessoas bem resolvidas consomem mais ideias do que estética. A cada dia, os seres humanos estão sendo vistos por essa indústria de consumo como mais um número de cartão de crédito, mais um comprador em potencial, e não como alguém que deve ser valorizado por sua inteligência, capacidades e beleza interior. Não importa o que as indústrias da moda, da beleza, do consumo e os meios de comunicações nos impõem, ou os produtos que colocam no mercado, prometendo milagres de beleza, de rejuvenescimento, dizendo que isso fará o indivíduo ser bem aceito na sociedade e ter ascensão social. Não adianta estar se matando para atingir o inatingível, pois cada pessoa tem uma beleza única e deve ser aceita como é. Cuidar-se e ser vaidosa faz parte da natureza de cada mulher, mas não deve chegar ao ponto de se deixar escravizar por isso. O envelhecer é nosso destino, viver feliz e com dignidade deve ser nossa meta.

SILVA, Henriette Valéria da. O padrão de beleza imposto pela mídia. Disponível em: <http:/observatoriodaimprensa.com.br>. Acesso em: nov. 2018. Adaptado.


O objetivo principal do texto é

A) evidenciar que se paga caro por ceder às influências dos meios de comunicações através da indústria da beleza.

B) mostrar que o país está na maior crise financeira de todos os tempos, mas a força da moda continua sendo imbatível.

C) explicitar que o discurso da mídia decorre de uma pluralidade de produtos e dos avanços tecnológicos, a fim de aprimorar a estética e a forma física das pessoas.

D) denunciar o paradoxo existente entre os que fabricam alimentos e os que promovem os atributos do belo, em virtude das metas que defendem divergirem em sua essência.

E) ratificar o poder das mulheres, que, ao longo dos anos, vêm lutando por sua liberdade de expressão, independência financeira e direito de voto, em uma clara demonstração de que nada têm de sexo frágil.

A B C D E

cód. #8711

ASPEUR - Português - 2018 - Vestibular de Verão - Prova Objetiva

O pronome la (linha 2) retoma por coesão e coerência

A) Constituição Federal. (linha 1)

B) leis. (linha 1)

C) administração pública. (linha 2)

D) pena. (linha 2)

E) censura. (linha 2)

A B C D E

cód. #8967

VUNESP - Português - 2018 - Vestibular - Conhecimentos gerais

Leia o trecho de A hora da estrela, de Clarice Lispector, para responder à questão.


    De dia usava saia e blusa, de noite dormia de combinação. Uma colega de quarto não sabia como avisar-lhe que seu cheiro era murrinhento. E como não sabia, ficou por isso mesmo, pois tinha medo de ofendê-la. Nada nela era iridescente1 , embora a pele do rosto entre as manchas tivesse um leve brilho de opala. Mas não importava. Ninguém olhava para ela na rua, ela era café frio.

    E assim se passava o tempo para a moça esta. Assoava o nariz na barra da combinação. Não tinha aquela coisa delicada que se chama encanto. Só eu a vejo encantadora. Só eu, seu autor, a amo. Sofro por ela. E só eu é que posso dizer assim: “que é que você me pede chorando que eu não lhe dê cantando”? Essa moça não sabia que ela era o que era, assim como um cachorro não sabe que é cachorro. Daí não se sentir infeliz. A única coisa que queria era viver. Não sabia para quê, não se indagava. Quem sabe, achava que havia uma gloriazinha em viver. Ela pensava que a pessoa é obrigada a ser feliz. Então era. Antes de nascer ela era uma ideia? Antes de nascer ela era morta? E depois de nascer ela ia morrer? Mas que fina talhada de melancia.


(A hora da estrela, 1998.)

1 iridescente: colorido como o arco-íris.

No segundo parágrafo, a referência a um cachorro serve para afirmar que a personagem tinha

A) dificuldades em se comunicar.

B) pouca experiência na vida.

C) pouca educação formal.

D) dificuldades com temas complexos.

E) pouca consciência de si mesma.

A B C D E

cód. #8712

ASPEUR - Português - 2018 - Vestibular de Verão - Prova Objetiva

Qual das alternativas abaixo mantém a ideia expressada na frase “o texto segue nessa toada” (linha 20).

A) O texto segue nesse caminho.

B) O texto segue nesse blablablá.

C) O texto segue nessa viagem.

D) O texto segue nessa repetição.

E) O texto segue nessa distância.

A B C D E

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