Texto para a questão
Remissão
Tua memória, pasto de poesia,
tua poesia, pasto dos vulgares,
vão se engastando numa coisa fria
a que tu chamas: vida, e seus pesares.
Mas, pesares de quê? perguntaria,
se esse travo de angústia nos cantares,
se o que dorme na base da elegia
vai correndo e secando pelos ares,
e nada resta, mesmo, do que escreves
e te forçou ao exílio das palavras,
senão contentamento de escrever,
enquanto o tempo, em suas formas breves
ou longas, que sutil interpretavas,
se evapora no fundo de teu ser?
Carlos Drummond de Andrade, Claro enigma.
A) questiona incisivamente o seu fazer poético, pondo em causa o sentido mesmo dessa prática.
B) interpela diretamente o leitor, instando-o a abandonar as ilusões literárias tradicionais remanescentes.
C) invoca o espectro do pai morto, para pedir-lhe que o redima de seus fracassos.
D) apostrofa a memória de Mário de Andrade, seu primeiro mestre de poesia, dedicando-lhe um canto alegórico.
E) dialoga com um escritor classicista imaginário, interrogando-o a respeito das contradições em que incorre.
A) se preocupa com a superlotação da cidade e com a grande quantidade de automóveis que ocupam suas ruas.
B) percebe a ineficácia de se mover pela cidade caminhando ou utilizando o transporte público coletivo.
C) prefere utilizar o transporte coletivo para chegar ao trabalho devido à superlotação de pedestres nas ruas.
D) se indigna com a impossibilidade de se mover pela cidade e chegar tranquilamente ao trabalho com seu automóvel.
A) O vocábulo “têm” é uma palavra oxítona terminada em -em, como “também”, “ninguém” e porém”.
B) “Histórico” e “Geográfico” são duas palavras paroxítonas terminadas em -o.
C) “Notáveis” é uma palavra paroxítona terminada em ditongo oral.
D) “País” é uma oxítona terminada em -is.
E) A vogal “o”, em “anônimos”, é nasal e, portanto, deveria levar til em vez do acento circunflexo.
TEXTO IV
Além de considerar a fonte, verificar o autor, procurar por fontes de apoio e ler mais sobre o assunto, é importante também observar a data de publicação da notícia ou da informação. Se a data for muito antiga, talvez ela não tenha mais validade, pois o contexto pode ter mudado. Veja também se ela foi publicada em uma página de humor ou se é uma piada: é possível que o autor esteja fazendo uma brincadeira sobre o tema. Se você ainda tiver alguma dúvida, procure um especialista.
(FONTES ADAPTADAS: <https://www.ifla.org/publications/node/11174> ,
<https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/4/4c/Como_identificar_not%C3%ADcias_falsas_%28How_To_Spot_Fake_News%29.jpg>, e <https://twitter.com/senadofederal/status/848142913670438912> Acesso em 03 Ago. 2018, às 10h57)
A) foi publicada em uma fonte confiável.
B) tem uma data de publicação recente.
C) foi publicada em um site de humor.
D) se os links da notícia apoiam à história.
E) se o autor é identificado e existe.
A) “percorreu”.
B) “despropósito”.
C) “transportando”.
D) “apessoados”,
E) “enroupados”.
Eu escrevi um poema triste
Eu escrevi um poema triste
E belo, apenas da sua tristeza.
Não vem de ti essa tristeza
Mas das mudanças do Tempo,
Que ora nos traz esperanças,
Ora nos dá incerteza...
Nem importa, ao velho Tempo,
Que sejas fiel ou infiel...
Eu fico, junto à correnteza,
Olhando as horas tão breves...
E das cartas que me escreves
Faço barcos de papel!
QUINTANA, M. Antologia poética. Porto Alegre: L&PM, 1999.
O eu lírico faz uma reflexão sobre seu trabalho com a linguagem poética, motivado pela
A) constatação das marcas impostas pelos sofrimentos da vida.
B) percepção da condição indomável da passagem do tempo.
C) insatisfação com a experiência das desilusões amorosas.
D) desistência de buscar estímulos para uma vida alegre.
A) Os autores minimizam a importância dos nomes de logradouros na construção de nossa identidade.
B) A religiosidade do brasileiro exerce um papel importante na designação de ruas, avenidas e praças. Tal fenômeno se pode comprovar ao perceber-se a popularidade do nome de Santos Dumont.
C) O especialista entrevistado entende que o movimento pelo equilíbrio entre os gêneros na nomeação dos logradouros é artificial, uma vez que homens são naturalmente mais reconhecidos como pessoas notáveis.
D) A lei criada no Rio de Janeiro ainda não afetou significativamente a predominância masculina nos nomes de ruas daquela cidade.
E) A proporção entre nomes de entidades religiosas e de pessoas notáveis em outros campos da atividade humana é a mesma entre homens e mulheres.
TEXTO IV
Além de considerar a fonte, verificar o autor, procurar por fontes de apoio e ler mais sobre o assunto, é importante também observar a data de publicação da notícia ou da informação. Se a data for muito antiga, talvez ela não tenha mais validade, pois o contexto pode ter mudado. Veja também se ela foi publicada em uma página de humor ou se é uma piada: é possível que o autor esteja fazendo uma brincadeira sobre o tema. Se você ainda tiver alguma dúvida, procure um especialista.
(FONTES ADAPTADAS: <https://www.ifla.org/publications/node/11174> ,
<https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/4/4c/Como_identificar_not%C3%ADcias_falsas_%28How_To_Spot_Fake_News%29.jpg>, e <https://twitter.com/senadofederal/status/848142913670438912> Acesso em 03 Ago. 2018, às 10h57)
A) uma notícia verdadeira.
B) uma notícia falsa.
C) uma notícia duvidosa.
D) uma notícia velha.
E) Todas as alternativas estão incorretas.
A) Major Vidigal, de Memórias de um sargento de milícias.
B) Prudêncio, das Memórias póstumas de Brás Cubas.
C) Jão Fera, de Til.
D) Jerônimo, de O cortiço.
E) Soldado amarelo, de Vidas secas.
Bate canela
Ora, bate canela que eu quero
ver Sinhá Maria tem sete filho
Todos sete pequenininho
Panelinha, pequenininha
Todos sete querem comer.
Ora, bate canela que eu quero ver
JESUS, C. O canto dos escravos. São Paulo: Eldorado, 1982.
A letra da canção denuncia as privações a que estavam submetidos os escravos, representadas pelo emprego
A) do tratamento “Sinhá”, que exemplifica as relações hierarquizadas.
B) do verbo “quero” em dois versos, que reflete o desejo de libertação.
C) da expressão “sete filho”, o que demonstra a falta de instrução desse grupo.
D) das palavras “panelinha” e “pequenininha”, o que sugere a escassez de alimentos.
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