A) A liderança é a força sem a qual o poder político de Oliver Cromwell se extingue.
B) A patente é a marca de distinção, sem a qual Jacobina se extingue.
C) Os versos de Luís de Camões são uma declaração de amor à pátria, pela qual o poeta se dispõe a morrer.
D) As moedas de ouro são o valor visível sem o qual Shylock prefere morrer.
A) A vida dos fiéis é comparável à tranquilidade da brisa em alto-mar.
B) A fortuna dos fiéis é comparável à força das intempéries marítimas.
C) A fortuna dos fiéis é comparável à felicidade eterna.
D) A vida dos fiéis é comparável à ventura dos navegadores.
A) Mário contrapõe-se à censura materna com sentimento de compaixão.
B) Mário rejeita as reservas maternas com censura moral.
C) Mário contrapõe-se à censura materna com desdém pela família.
D) Mário rejeita as reservas maternas com vergonha pelas dívidas acumuladas.
A) o hábito de usar “o homem” para representar a humanidade faz com que o feminino se torne um gênero subalterno.
B) a prática da designação do gênero feminino na língua portuguesa leva ao fim do privilégio do masculino na linguagem.
C) o emprego de palavras no feminino evita o viés machista e incentiva uma menor diferenciação entre os gêneros.
D) a escolha de algumas palavras para marcar o gênero feminino pode se relacionar com a valorização social da mulher.
A) a importância das atitudes de determinado grupo de pessoas em relação aos problemas que o país de fato enfrenta.
B) o controle do poder político nas mãos de pessoas desprovidas de ética e educação nas formas como se relacionam com o meio ambiente.
C) a incorporação de padrões de comportamento e de convivência social baseada na vulnerabilidade das classes minoritárias.
D) o privilégio de uma parcela da sociedade em relação a outras e a forma como isso determina os dilemas enfrentados pelo país.
A) a “economia estagnada” é retomada no uso da expressão “dar carteiradas”.
B) o uso de “isso”, no final do texto, retoma as ideias de cafonice e honestidade.
C) “apesar de tudo”, na penúltima linha, retoma o que a autora denomina “império da cafonice”.
D) o “porque”, na última linha, explica que o país precisa do bom gosto dos cafonas.
Texto 1
“Algumas vozes nacionais estão tentando atualmente encaminhar a discussão em torno da identidade ‘mestiça’, capaz de reunir todos os brasileiros (brancos, negros e mestiços). Vejo nesta proposta uma nova sutileza ideológica para recuperar a ideia da unidade nacional não alcançada pelo fracassado branqueamento físico. Essa proposta de uma nova identidade mestiça, única, vai na contramão dos movimentos negros e de outras chamadas minorias, que lutam pela construção de uma sociedade plural e de identidades múltiplas.”
(Kabengele Munanga, Rediscutindo a mestiçagem no Brasil: Identidade Nacional versus Identidade Negra. Petrópolis: Vozes, 1999, p. 16.)
Texto 2
“Os meus olhos coloridos/ Me fazem refletir/ Eu estou sempre na minha/ E não posso mais fugir/ Meu cabelo enrolado/ Todos querem imitar/ Eles estão baratinados/ Também querem enrolar/ Você ri da minha roupa/ Você ri do meu cabelo/ Você ri da minha pele/ Você ri do meu sorriso/ A verdade é que você,/ (Todo brasileiro tem!)/ Tem sangue crioulo/ Tem cabelo duro/ Sarará crioulo.”
(Macau, “Olhos Coloridos”, 1981, gravada por Sandra de Sá. Álbum: “Sandra de Sá”. RCA.)
Considerando o alerta de Munanga em relação a algumas “vozes nacionais”, a canção de Macau
A) resgata o antigo ideal da identidade nacional única.
B) aponta a possibilidade de uma identidade múltipla.
C) atesta que a pluralidade se opõe ao movimento negro.
D) insiste nas lutas das minorias por uma unidade.
A) “Em um determinado universo de crenças, leoninos são vaidosos. Isso é um clichê, um senso comum.”
B) “‘É um leonino vaidoso’ = é como qualquer leonino, no caso, vaidoso. É vaidoso porque é vaidoso. Alternativa a.”
C) “Entendo como a opção 2. Para que eu entendesse como opção 1, deveria ser: ‘como todo leonino, é vaidoso’, ou algo do tipo.”
D) “Fico com a restritiva ‘leonino que é vaidoso’. Entendo que, ao trazer vaidoso a leonino, acentua o vaidoso já implicado em leonino.”
TEXTO 1
antipoema
é preciso rasurar o cânone
distorcer as regras
as rimas as métricas
o padrão
a norma que prende a língua
os milionários que se beneficiam do nosso silêncio
do medo de se dizer poeta,
só assim será livre a palavra.
(Ma Njanu é idealizadora do “Clube de Leitoras” na periferia de Fortaleza e da “Pretarau, Sarau das Pretas”, coletivo de artistas negras. Disponível em http://recantodasletras.com.br/poesias/6903974. Acessado em 20/05/2020.)
TEXTO 2
“O povo não é estúpido quando diz ‘vou na escola’, ‘me deixe’, ‘carneirada’, ‘mapear’, ‘farra’, ‘vagão’, ‘futebol’. É antes inteligentíssimo nessa aparente ignorância porque, sofrendo as influências da terra, do clima, das ligações e contatos com outras raças, das necessidades do momento e de adaptação, e da pronúncia, do caráter, da psicologia racial, modifica aos poucos uma língua que já não lhe serve de expressão porque não expressa ou sofre essas influências e a transformará afinal numa outra língua que se adapta a essas influências.”
(Carta de Mário a Drummond, 18 de fevereiro de 1925, em Lélia Coelho Frota, Carlos e Mário: correspondência completa entre Carlos Drummond de Andrade e Mário de Andrade. Rio de Janeiro: Bem-Te-Vi, 2002, p. 101.)
Apesar de passados quase 100 anos, a carta de Mário de Andrade ecoa no poema de Ma Njanu. Ambos os textos manifestam
A) a ignorância ratificada do povo em sua luta para se expressar.
B) a necessidade de diversificar a língua segundo outros costumes.
C) a inteligência do povo e dos poetas livres de influências.
D) a ingenuidade em se crer na possibilidade de escapar às regras.
A) Os elementos poéticos do rap não podem ser comparados aos procedimentos das artes maiores, pois sua preocupação é mais política do que artística.
B) A incorporação das referências culturais nas canções dos Racionais Mc’s é comparável ao gesto de Marcel Duchamp ao pintar um bigode na Mona Lisa, de Leonardo da Vinci. Ambos são apropriações imaginativas e críticas.
C) O modernismo de Marcel Duchamp, os quadros do pintor norte-americano Andy Wahrol e as canções de rap não têm valor artístico, pois expressam a degradação e o ecletismo de uma sociedade de massas.
D) O rap dos Racionais Mc’s e as artes modernas não fazem distinção entre a cultura erudita e a de massa, misturam os seus elementos e produzem obras destituídas de crítica social.
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