Questões de Português para Vestibular

cód. #10054

INEP - Português - 2018 - Vestibular - 2º Dia

Texto II

Marketing sonhático


Produtos com ingredientes orgânicos e fabricados respeitando as tradições locais tendem a ganhar pontos. Por isso, um número crescente de empresas exagera um tantinho na hora de se "vender". A fabricante carioca de sucos Do Bem, criada em 2007, publica verdadeiros manifestos em suas caixinhas.

A Do Bem não usa açúcar, corantes ou conservantes para fazer uma "bebida verdadeira". Um desses manifestos diz que suas laranjas, "colhidas fresquinhas todos os dias, vêm da fazenda do senhor Francesco do interior de São Paulo, um esconderijo tão secreto que nem o Capitão Nascimento poderia descobrir"

Os sucos custam cerca de 10% mais do que os da concorrência. Mas as laranjas não são tão especiais assim. Na verdade, quem fornece o suco para a Do Bem não é seu Francesco, que jamais existiu, mas empresas como a Brasil Citrus, que vende o mesmo produto para as marcas próprias de supermercados.

Em nota, a empresa disse que não comenta a política de fornecedores e que o personagem Francesco é "inspirado em pessoas reais". Até grandes empresas estão enveredando para esse marketing mais, digamos, sonhático. A Coca-Cola, por exemplo, lançou em 2011 no Brasil um suco chamado Limão & Nada.

A promessa, a julgar pelo nome, era que aquele fosse um suco natural de limão. Mas a bebida tinha outros ingredientes na formulação, açúcar entre eles, e acabou saindo de linha no ano passado [2013]. A CocaCola diz, em nota, que os ingredientes eram informados na embalagem e que o nome não pretendia confundir o consumidor. 

Nos Estados Unidos, uma reportagem desmascarou dezenas de destilarias de uísque ditas artesanais. Algumas delas, criadas há poucos anos, vendiam bebidas envelhecidas 15 anos, o que chamou a atenção de consumidores mais desconfiados. Descobriu-se que mais de 40 marcas compravam uísque de um mesmo fornecedor, a fábrica MGP, uma das maiores do país, localizada no estado de Indiana.

Entre as desmascaradas está a Breaker Bourbon, que afirmava produzir sua bebida numa destilaria nas montanhas douradas da costa californiana. "Todo mundo tem uma história boa e verdadeira para contar. As empresas não precisam ser desonestas com seus clientes", diz Mauricio Mota, sócio da agência de conteúdo The Alchemists.

Para o publicitário Washington Olivetto, presidente da WMcCann, que ajudou na criação da Diletto, "um lindo produto merece uma linda história". Se a história for verdadeira, tanto melhor.

Fonte: Adaptado de: Leal, Ana Luiza. Toda empresa quer ter uma boa história. Algumas são mentira. Revista Exame, 23/10/14. Acesso em: 23/10/17.
Disponível em: https://exame.abril.com.br/revista-exame/marketing-ou-mentira/
Com base na leitura do texto II, é correto concluir que:

A) A Coca-Cola negou oficialmente que o suco Limão & Nada continha açúcar na sua composição, entre outros ingredientes.

B) A reportagem aborda e incentiva o uso de boas campanhas de marketing para vender produtos alimentícios naturais ou orgânicos.

C) Ações de marketing das empresas 'Do Bem‘ e 'Coca-Cola‘ podem ter induzido o consumidor à confusão ou ao erro, embora as próprias empresas tenham se defendido disso.

D) A fazenda do senhor Francesco, fornecedor de laranjas para a empresa 'Do Bem‘, está vinculada à empresa Brasil Citrus, portanto apenas indiretamente ligada à fabricante de sucos.

A B C D E

cód. #10822

FGV - Português - 2018 - Vestibular

Texto para a questão


“PIMBA NA GORDUCHINHA”* DATOU


    Empolgação já não basta. Comentaristas usam cada vez mais estatísticas e termos técnicos para traduzir o que acontece em campo.

    Por tradição, a tarefa de comentar uma partida de futebol sempre foi o oposto disso. A “crônica esportiva” pontificada por lendas como Nelson Rodrigues e Armando Nogueira, entre muitos outros, evocava heróis em campo e fazia da genialidade individual, do empenho coletivo e do imponderável instituições que comandavam o jogo. O belo texto valia tanto quanto – ou mais – que a observação de treinos e jogos. “O padrão para falar de futebol no Brasil costumava abordar aspectos como a qualidade individual do jogador e fatores emocionais”, afirma Carlos Eduardo Mansur, do jornal O Globo. “O desafio hoje é estudar o jogo taticamente.” Não havia no passado, obviamente, a ideia nem os recursos técnicos para compilar dados, que hoje sustentam as análises feitas durante os 90 minutos.

    O uso de softwares que ajudam a dissecar partidas em números se difundiu nos clubes e transbordou para as redações. Crescem grupos dedicados à tabulação e análise de dados. Estatísticas individuais e coletivas, como o número de finalizações de um atacante e a média de posse de bola de uma equipe, são dados prosaicos em palestras de treinadores e programas de TV, blogs ou jornais.

    Detratores desse modelo, no entanto, consideram essa tendência um modismo, uma chatice. “Há preconceito de quem ouve e exagero de quem usa”, afirma o comentarista PVC [Paulo Vinícius Coelho]. Excessos ou modismos à parte, não há como fugir da realidade. O uso de dados e estatísticas por clubes europeus para elaborar estratégias e jogadas é antigo e há anos chegou aos brasileiros, com maior ou menor simpatia. Não existe futebol bem jogado, em alto nível, sem isso.

    A tarefa de dissecar o jogo por números e dados ajuda a entender, mas não esgota o futebol, que, por sua dinâmica, segue como um esporte dos mais imprevisíveis.


Rafael Oliveira, Época, 29.01.2018. Adaptado.

* "ripa na chulipa e pimba na gorduchinha": bordão criado pelo narrador de futebol Osmar Santos e popularizado nos anos 1980.
Segundo o texto, a análise de dados sobre uma partida colhidos por meio de recursos tecnológicos

A) diminuiu a importância dada à genialidade individual dos jogadores.

B) é empregada pelos atuais comentaristas de esporte para serem mais bem entendidos pelo público.

C) vem sendo utilizada no futebol há algum tempo, tanto por técnicos quanto por comentaristas de esporte.

D) era expressa pelos locutores do passado de forma jocosa e em linguagem popular.

E) sofria preconceito por parte dos antigos cronistas esportivos, que preferiam valorizar o talento dos grandes jogadores.

A B C D E

cód. #6215

ULBRA - Português - 2018 - Vestibular

Instrução: A questão refere-se ao texto adaptado Fake news no Facebook: veja quais foram as mais compartilhadas em 2017, de Jessé Giotti, disponível em https://gauchazh.clicrbs.com.br/comportamento/noticia/2018/01/fake-news-no-facebook-vejaquais-foram-as-mais-compartilhadas-em-2017-cjbwcc88q04s001lsf1fr59iy.html.

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Assinale a referência correta da palavra “las”, sublinhada, no trecho abaixo.


“Responsabilizado por ser a principal plataforma de difusão de notícias falsas, sobretudo nas eleições americanas de 2016, o Facebook volta e meia anuncia uma nova estratégia para combatê-las.” (l. 1-2)

A) Plataforma.

B) Eleições americanas.

C) Notícias falsas.

D) Estratégia.

E) Difusão.

A B C D E

cód. #6471

UECE-CEV - Português - 2018 - Vestibular - Língua Portuguesa

 

GIL, Gilberto. Tempo Rei. Disponível em:

https://www.vagalume.com.br/gilberto-gil/tempo-rei.html. Acesso: 22.06.2018.


Nos versos da canção “Água mole, pedra dura/Tanto bate que não restará nem pensamento” (linhas 117-119), o autor refaz um conhecido provérbio popular. Sobre esta mudança, é correto afirmar que

A) o autor altera a estrutura linguística da parte final do conhecido provérbio, mas preserva integralmente o seu sentido original.

B) a modificação na estrutura do provérbio provoca uma quebra de expectativa no leitor ao reconhecer um novo sentido dado ao enunciado.

C) a alteração na estrutura e no sentido do provérbio em destaque ocorre, de modo idêntico, em outro provérbio modificado no verso do poema: “Poderá não mais fundar nem gregos nem baianos” (linhas 127-128).

D) ao modificar o provérbio, o autor não tem o propósito de contestar o discurso da sabedoria popular presente no enunciado proverbial.

A B C D E

cód. #7239

INEP - Português - 2018 - Exame - Linguagens e Ciências Humanas - Ensino Médio - PPL

A defesa da língua O jornalista Eduardo Martins, colaborador de Agitação e autor do Manual de Redação do jornal O Estado de S. Paulo, foi o convidado de honra do almoço realizado no dia 31 de agosto, em São Paulo, pelas academias Paulista de Letras, Cristã de Letras, Internacional de Direito Econômico, Paulista de Educação, de Medicina de São Paulo e Paulista de História. O evento faz parte do calendário mensal das academias e sempre conta com uma personalidade para falar sobre temas atuais ligados à educação e à literatura. Martins abordou os vícios que castigam a língua portuguesa. Os mais comuns, de acordo com o jornalista, são o descaso com a concordância – principalmente no caso do plural –, o uso de estrangeirismos, a utilização errônea da crase e o internetês, a linguagem cifrada adotada pelos jovens na rede mundial de computadores e que começa a migrar para as lições escolares. Agitação, n. 65, set.-out. 2005.
A língua portuguesa, como toda língua viva, agrega ao longo de seu desenvolvimento histórico elementos que marcam variações em seu sistema. Entretanto, algumas pessoas veem tais variações como “erros”. Percebe-se que o jornalista citado tem esse pensamento, pois, segundo a notícia, ele

A) preocupa-se com assuntos relativos à literatura brasileira para proteger a língua.

B) vê o uso da linguagem abreviada da internet como danoso a nossa língua.

C) entende que na escola não se ensina os alunos a empregar corretamente a crase.

D) defende a língua portuguesa de males que podem vir a destruí-la futuramente.

A B C D E

cód. #8263

INEP - Português - 2018 - Vestibular - CURSO TÉCNICO DE NÍVEL MÉDIO NA FORMA INTEGRADA -

Considere o uso da vírgula no trecho a seguir para responder à questão.
No pior dos casos, o foco está nos desafios envolvidos ou numa ameaça imaginária de um fluxo repentino de estrangeiros.
Assinale a opção em que a vírgula foi usada pelo mesmo motivo do exemplo acima.

A) Eles estão fazendo uso de seu direito legal ao asilo, que consta na Declaração Universal de Direitos Humanos.

B) A Europa acolhe apenas 6% dos refugiados globais, comparados com 39% no Oriente Médio e Norte da África e 29% no resto da África.

C) Pesquisas feitas em Portugal, Espanha, Reino Unido, Canadá, Alemanha e Grécia mostram que os refugiados são menos ou igualmente dependentes dos fundos públicos em relação aos moradores locais.

D) Em alguns países, eles respondem por quase um terço do crescimento econômico entre 2007 e 2013.

A B C D E

cód. #9287

UEG - Português - 2018 - Vestibular - Língua Inglesa (a Distância)

Leia o poema e a tirinha a seguir para responder à questão


PESSOA, Fernando. Mar Português. In: Antologia Poética. Organização Walmir Ayala. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2014. p. 15.



Disponível em: <https://tirasdidaticas.files.wordpress.com/2014/12/rato79.jpg?w=640&h=215>
Acesso em: 13 nov. 2018.
O sentido da tirinha é construído a partir da relação que estabelece com os famosos versos de Fernando Pessoa: “Tudo vale a pena / Se a alma não é pequena” (linhas 7-8). O modo como esses dois textos se relacionam é chamado de

A) paráfrase

B) intencionalidade

C) linearidade

D) metalinguagem

E) intertextualidade

A B C D E

cód. #9799

UFVJM-MG - Português - 2018 - Vestibular - 2º Etapa

Texto I

Este quadro, retirado do livro "A Língua de Eulália", de Marcos Bagno, apresenta uma comparação entre termos em Latim e suas formas correspondentes no Português-padrão moderno. Utilize-o como base para responder a questão.


Fonte: Bagno, M. A língua de Eulália: novela sociolinguística. 9. ed. São Paulo: Contexto, 2001.

O fenômeno apresentado nesse quadro também pode ocorrer na relação entre variantes cultas e populares do Português do Brasil.
ASSINALE a alternativa que contém apenas termos pertencentes a variantes não padrão da Língua que, de modo fonologicamente similar aos casos apresentados no quadro proposto por Bagno, sofreram redução da consoante nasal final:

A) home, come, fome

B) pede, recebe, cede

C) forão, slôgão, vierão

D) vage, bobage, garage

A B C D E

cód. #10055

INEP - Português - 2018 - Vestibular - 2º Dia

Texto I

Este quadro, retirado do livro "A Língua de Eulália", de Marcos Bagno, apresenta uma comparação entre termos em Latim e suas formas correspondentes no Português-padrão moderno. Utilize-o como base para responder a questão.


Fonte: Bagno, M. A língua de Eulália: novela sociolinguística. 9. ed. São Paulo: Contexto, 2001

O fenômeno apresentado nesse quadro também pode ocorrer na relação entre variantes cultas e populares do Português do Brasil.
ASSINALE a alternativa que contém apenas termos pertencentes a variantes não padrão da Língua que, de modo fonologicamente similar aos casos apresentados no quadro proposto por Bagno, sofreram redução da consoante nasal final:

A) home, come, fome

B) pede, recebe, cede

C) forão, slôgão, vierão

D) vage, bobage, garage

A B C D E

cód. #6216

ULBRA - Português - 2018 - Vestibular

Instrução: A questão refere-se ao texto adaptado Fake news no Facebook: veja quais foram as mais compartilhadas em 2017, de Jessé Giotti, disponível em https://gauchazh.clicrbs.com.br/comportamento/noticia/2018/01/fake-news-no-facebook-vejaquais-foram-as-mais-compartilhadas-em-2017-cjbwcc88q04s001lsf1fr59iy.html.

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Assinale a alternativa que indica o processo de formação de palavras de “levantamento”.

A) Derivação prefixal.

B) Derivação regressiva.

C) Derivação imprópria.

D) Composição por aglutinação.

E) Derivação sufixal.

A B C D E

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