A) toda filha primogênita de uma tribo tinha que se manter virgem e fiel aos princípios da tribo.
B) Iracema tinha de guardar o Segredo da Jurema, o que a impedia de casar com Martim, devendo manter-se virgem e fiel ao deus Tupã.
C) a filha de Araquém escolheu ser guerreira de sua tribo,razão por que tinha de se manter virgem em obediência às tradições indígenas.
D) filha de índio, segundo os costumes da tribo, não pode casar-se com forasteiro, sob pena de ter a sua vida sacrificada.
Leia o trecho de uma entrevista com o cineasta francês Jean Renoir (1894-1979), filho do conhecido pintor Pierre-Auguste Renoir, datada de novembro de 1958.
Cheguei mesmo a me perguntar se toda obra humana não é provisória – mesmo um quadro, mesmo uma estátua, mesmo uma obra arquitetônica, mesmo o Partenon. Seja qual for a solidez do Partenon, o que resta dele é muito pouco e não temos nenhuma ideia do que era quando acabara de ser construído. Mesmo o que resta vai desaparecer. Talvez se consiga, a custa de tanto colocar cimento nas colunas, mantê-lo por cem anos, duzentos anos, digamos quinhentos anos, digamos mil anos. Mas, enfim, chegará um dia em que o Partenon não existirá mais. Pergunto-me se não seria mais honesto abordar a obra de arte sabendo que ela é provisória e irá desaparecer, e que, na verdade, relativizando, não há diferença entre uma obra arquitetônica feita em mármore maciço e um artigo de jornal, impresso em papel e jogado fora no dia seguinte.
(Jean Renoir apud Jorge Coli. O que é arte, 2013. Adaptado.)
Neste trecho da entrevista, Jean Renoir reflete sobre
A) a materialidade dos objetos artísticos.
B) a finalidade dos objetos artísticos.
C) o significado dos objetos artísticos.
D) a origem dos objetos artísticos.
E) o conteúdo dos objetos artísticos.
A) o uso de traços próprios da oralidade combinados com elementos de uma linguagem padrão escrita.
B) a desobediência à norma culta como forma de transgressão a uma escrita acadêmica e técnica.
C) a utilização de um registro informal de linguagem com vistas à aproximação de uma escrita literária contemporânea.
D) a discordância da norma padrão da língua como forma de provocar no leitor uma boa impressão.
Observe a imagem e leia o texto para responder à questão.
A) individual e do grupal.
B) pictórico e coletivo.
C) coletivo e do individual.
D) individual e pictórico.
E) grupal e pictórico.
"Mar, belo mar selvagem
das nossas praias solitárias. Tigre
a que as brisas da terra o sono embalam
a que o vento do largo eriça o pelo.”
(Vicente de Carvalho)
A palavra “Tigre”, em relação a ”mar selvagem”, representa uma imagem figurativa conhecida como
A) Catacrese.
B) Eufemismo.
C) Metáfora.
D) Prosopopeia.
Dizer o que seja a arte é coisa difícil. Um sem-número de tratados de estética debruçou-se sobre o problema, procurando situá-lo, procurando definir o conceito. Mas, se buscamos uma resposta clara e definitiva, decepcionamo-nos: elas são divergentes, contraditórias, além de frequentemente se pretenderem exclusivas, propondo-se como solução única.
Entretanto, se pedirmos a qualquer pessoa que possua um mínimo contato com a cultura para nos citar alguns exemplos de obras de arte ou de artistas, ficaremos certamente satisfeitos. Todos sabemos que a Mona Lisa, que a Nona sinfonia de Beethoven, que a Divina comédia, que Guernica de Picasso ou o Davi de Michelangelo são, indiscutivelmente, obras de arte. Assim, mesmo sem possuirmos uma definição clara e lógica do conceito, somos capazes de identificar algumas produções da cultura em que vivemos como sendo “arte”. Além disso, a nossa atitude diante da ideia “arte” é de admiração: sabemos que Leonardo ou Dante são gênios e, de antemão, diante deles, predispomo-nos a tirar o chapéu. Podemos, então, ficar tranquilos: se não conseguimos saber o que a arte é, pelo menos sabemos quais coisas correspondem a essa ideia e como devemos nos comportar diante delas. Infelizmente, esta tranquilidade não dura se quisermos escapar ao superficial e escavar um pouco mais o problema. O Davi de Michelangelo é arte, e não se discute. Entretanto, eu abro um livro consagrado a um artista célebre do século XX, Marcel Duchamp, e vejo entre suas obras, conservado em museu, um aparelho sanitário de louça, absolutamente idêntico aos que existem em todos os mictórios masculinos do mundo inteiro. Ora, esse objeto não corresponde exatamente à ideia que eu faço da arte.
Assim, a questão que há pouco propusemos – como saber o que é ou não é obra de arte – de novo se impõe. Já vimos que responder com uma definição que parte da “natureza” da arte é tarefa vã. Mas, se não podemos encontrar critérios a partir do interior mesmo da noção de obra de arte, talvez possamos descobri-los fora dela.
Para decidir o que é ou não arte, nossa cultura possui instrumentos específicos. Um deles, essencial, é o discurso sobre o objeto artístico, ao qual reconhecemos competência e autoridade. Esse discurso é o que proferem o crítico, o historiador da arte, o perito, o conservador de museu. São eles que conferem o estatuto de arte a um objeto. Nossa cultura também prevê locais específicos onde a arte pode manifestar-se, quer dizer, locais que também dão estatuto de arte a um objeto. Num museu, numa galeria, sei de antemão que encontrarei obras de arte; num cinema “de arte”, filmes que escapam à “banalidade” dos circuitos normais; numa sala de concerto, música “erudita” etc. Esses locais garantem-me assim o rótulo “arte” às coisas que apresentam, enobrecendo-as.
Desse modo, para gáudio1 meu, posso despreocupar- -me, pois nossa cultura prevê instrumentos que determinarão, por mim, o que é ou não arte. Para evitar ilusões, devo prevenir que a situação não é assim tão rósea. Mas, por ora, o importante é termos em mente que o estatuto da arte não parte de uma definição abstrata do conceito, mas de atribuições feitas por instrumentos de nossa cultura, dignificando os objetos sobre os quais ela recai.
(O que é arte, 2013.Adaptado.)
A) simples.
B) curiosa.
C) enfadonha.
D) instigante.
E) louca.
A) defender um ponto de vista sobre uma temática atual e polêmica, com vistas a convencer o público leitor acerca de seu posicionamento.
B) narrar uma história ficcional e corriqueira, procurando envolver os leitores por meio da mobilização temporal dos fatos narrados.
C) descrever fatos e situações cotidianas, objetivando sensibilizar os interlocutores acerca da realidade vivida pela autora.
D) registrar vivências e sentimentos de um “eu” em face do mundo que o rodeia, buscando relatar acontecimentos cotidianos e refletir sobre sua realidade.
Observe a imagem e leia o texto para responder à questão.
A) a noção de profundidade é tributária do trabalho com a perspectiva.
B) o trabalho com o ritmo é prejudicado pela representação dos arcos.
C) a noção de profundidade é desfavorecida pelo retrato do piso inclinado.
D) a noção de profundidade se dá pelo retrato das vestimentas das mulheres.
E) o trabalho com o ritmo ocorre a partir do retrato dos instrumentos musicais.
A) o pai de Zeca foi muito compassivo com a formação do filho, por não ter-lhe corrigido, de imediato, o procedimento logo no primeiro ímpeto de sua rebeldia.
B) o filho Zeca era, estranhamente, insubmisso ao pai, e este devia castigar-lhe severamente para não repetir mais atos dessa natureza.
C) a ação do pai de Zeca foi sensata, pois, tratando o filho com carinho e docilidade, o fez compreender o seu erro por outras vias mais educativas do que as do castigo.
D) os pedaços de carvão atirados por Zeca serviram-lhe de desabafo, por extravasar-se, mas essa lição do pai não lhe sugeriu ou ensejou nenhuma mudança de comportamento.
Dizer o que seja a arte é coisa difícil. Um sem-número de tratados de estética debruçou-se sobre o problema, procurando situá-lo, procurando definir o conceito. Mas, se buscamos uma resposta clara e definitiva, decepcionamo-nos: elas são divergentes, contraditórias, além de frequentemente se pretenderem exclusivas, propondo-se como solução única.
Entretanto, se pedirmos a qualquer pessoa que possua um mínimo contato com a cultura para nos citar alguns exemplos de obras de arte ou de artistas, ficaremos certamente satisfeitos. Todos sabemos que a Mona Lisa, que a Nona sinfonia de Beethoven, que a Divina comédia, que Guernica de Picasso ou o Davi de Michelangelo são, indiscutivelmente, obras de arte. Assim, mesmo sem possuirmos uma definição clara e lógica do conceito, somos capazes de identificar algumas produções da cultura em que vivemos como sendo “arte”. Além disso, a nossa atitude diante da ideia “arte” é de admiração: sabemos que Leonardo ou Dante são gênios e, de antemão, diante deles, predispomo-nos a tirar o chapéu. Podemos, então, ficar tranquilos: se não conseguimos saber o que a arte é, pelo menos sabemos quais coisas correspondem a essa ideia e como devemos nos comportar diante delas. Infelizmente, esta tranquilidade não dura se quisermos escapar ao superficial e escavar um pouco mais o problema. O Davi de Michelangelo é arte, e não se discute. Entretanto, eu abro um livro consagrado a um artista célebre do século XX, Marcel Duchamp, e vejo entre suas obras, conservado em museu, um aparelho sanitário de louça, absolutamente idêntico aos que existem em todos os mictórios masculinos do mundo inteiro. Ora, esse objeto não corresponde exatamente à ideia que eu faço da arte.
Assim, a questão que há pouco propusemos – como saber o que é ou não é obra de arte – de novo se impõe. Já vimos que responder com uma definição que parte da “natureza” da arte é tarefa vã. Mas, se não podemos encontrar critérios a partir do interior mesmo da noção de obra de arte, talvez possamos descobri-los fora dela.
Para decidir o que é ou não arte, nossa cultura possui instrumentos específicos. Um deles, essencial, é o discurso sobre o objeto artístico, ao qual reconhecemos competência e autoridade. Esse discurso é o que proferem o crítico, o historiador da arte, o perito, o conservador de museu. São eles que conferem o estatuto de arte a um objeto. Nossa cultura também prevê locais específicos onde a arte pode manifestar-se, quer dizer, locais que também dão estatuto de arte a um objeto. Num museu, numa galeria, sei de antemão que encontrarei obras de arte; num cinema “de arte”, filmes que escapam à “banalidade” dos circuitos normais; numa sala de concerto, música “erudita” etc. Esses locais garantem-me assim o rótulo “arte” às coisas que apresentam, enobrecendo-as.
Desse modo, para gáudio1 meu, posso despreocupar- -me, pois nossa cultura prevê instrumentos que determinarão, por mim, o que é ou não arte. Para evitar ilusões, devo prevenir que a situação não é assim tão rósea. Mas, por ora, o importante é termos em mente que o estatuto da arte não parte de uma definição abstrata do conceito, mas de atribuições feitas por instrumentos de nossa cultura, dignificando os objetos sobre os quais ela recai.
(O que é arte, 2013.Adaptado.)
A) “arte”.
B) “locais”.
C) “objeto”.
D) “estatuto”.
E) “cultura”.
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