Questões de Português para Vestibular

cód. #10868

FGV - Português - 2018 - Vestibular - Administração Pública

                                        Remissão


                          Tua memória, pasto de poesia,

                           tua poesia, pasto dos vulgares,

                           vão se engastando numa coisa fria

                           a que tu chamas: vida, e seus pesares.


                            Mas, pesares de quê? perguntaria,

                            se esse travo de angústia nos cantares,

                            se o que dorme na base da elegia

                            vai correndo e secando pelos ares,


                             e nada resta, mesmo, do que escreves

                             e te forçou ao exílio das palavras,

                             senão contentamento de escrever,


                              enquanto o tempo, em suas formas breves

                              ou longas, que sutil interpretavas,

                              se evapora no fundo de teu ser?

                            Carlos Drummond de Andrade, Claro enigma.  

No texto, o poeta

A) questiona incisivamente o seu fazer poético, pondo em causa o sentido mesmo dessa prática.

B) interpela diretamente o leitor, instando-o a abandonar as ilusões literárias tradicionais remanescentes.

C) invoca o espectro do pai morto, para pedir-lhe que o redima de seus fracassos.

D) apostrofa a memória de Mário de Andrade, seu primeiro mestre de poesia, dedicando-lhe um canto alegórico.

E) dialoga com um escritor classicista imaginário, interrogando-o a respeito das contradições em que incorre.

A B C D E

cód. #11124

IF-MT - Português - 2018 - Vestibular

Texto VI: base para a questão.


Que pode uma criatura senão,

entre criaturas, amar?

amar e esquecer,

amar e malamar,

amar, desamar, amar?

Sempre, e até de olhos vidrados, amar?

[...]

Amar solenemente as palmas do deserto,

o que é entrega ou adoração expectante,

e amar o inóspito, o áspero,

um vaso sem flor um chão de ferro,

e o peito inerte, e a rua vista em sonho, e uma ave de rapina.

[...]

Amar a nossa falta mesma de amor, e na secura nossa

amar a água implícita, e o beijo tácito, e a sede infinita.

(Carlos Drummond de Andrade)


Considere as seguintes afirmações sobre esse texto:


I - A leitura desses versos permite afirmar que, para o poeta, o homem não pode fugir ao amor, ainda que isto signifique sofrimento apenas.

II - Os trechos "um vaso sem flor, um chão de ferro" e "amar o inóspito, o áspero" podem ser entendidos como possibilidade de se relativizar as expectativas habituais que temos em relação ao assunto tratado no poema.

III - A presença de versos livres e de neologismos indica traços da poética modernista.


Está(ao) correto(s) o(s) item(ns):

A) Apenas I.

B) Apenas II.

C) Apenas I e III.

D) Apenas II e III.

E) Todos estão corretos.

A B C D E

cód. #8565

EBMSP - Português - 2018 - Prosef - 2018.2

    De acordo com dados do Ministério da Saúde, nos últimos anos ocorreu um aumento significativo no número de transplantes de órgãos em quase todos os estados brasileiros, situando o Brasil entre os países que mais realizam transplante no mundo, com um índice de captação anual de órgãos de, aproximadamente, seis doadores por milhão de habitantes.
     O transplante é um procedimento cirúrgico que consiste na substituição de um órgão ou tecido de uma pessoa doente (receptor) por outro órgão ou tecido saudável, de uma pessoa viva ou morta (doador). Além disso, requer uma avaliação completa do paciente e cuidados intensivos durante e depois da cirurgia, correspondendo, muitas vezes, à derradeira esperança de cura para pessoas com incapacidades orgânicas terminais e que não obtiveram sucesso com outros tratamentos.
     No entanto, o índice de captação anual de órgãos, no Brasil, ainda é insuficiente quando comparado ao de países mais desenvolvidos, que alcançam números superiores a 22 doadores por milhão. Esse entrave se encontra fortemente vinculado à desinformação do meio médico, e da população em geral, visto que muitos profissionais da área da saúde desconhecem a legislação vigente sobre doação e transplante de órgãos.
    O nascimento, a vida e a morte dos seres humanos são processos cada vez mais passíveis de intervenção pelo próprio homem. Todavia, ao mesmo tempo que a ciência traz essa possibilidade de intervenção, a ética vem para servir como elemento definidor no que diz respeito à necessidade de se interferir.
    Aliada a isto, encontra-se a polêmica que gira em torno desse tema na sociedade civil e científica. A ideia de prolongar a vida humana ou de minimizar o sofrimento das pessoas, oferecendo-lhes uma possível melhoria em sua qualidade de vida, é uma premissa que guia o comportamento dos profissionais da área da saúde que lidam com esses casos e aqueles que têm à sua volta pessoas com problemas que as impedem de usufruir normalmente da vida ou que determinam sua morte prematura. Assim, a questão da doação e do transplante de órgãos torna-se complexa na medida em que envolve aspectos éticos, religiosos e sociais com os quais aqueles que o defendem têm de se deparar, além das questões legais que envolvem o assunto. 

MELO, Vanessa Costa de. et al. Doação e transplante de órgãos: aspectos éticos e legais. Disponível em: . Acesso em: mai. 2018. Adaptado. 


De acordo com o texto, sobre a doção de órgãos é correto afirmar:

A) Apesar da atitude positiva da população mundial sobre doação de órgãos, existe uma grande diferença entre o número de pessoas em lista de transplante e o número de doadores.

B) Mesmo existindo uma legislação própria para doação de órgãos, o tema é ainda um dilema para os familiares do doador.

C) É um problema que se agrava com a insuficiência de recursos materiais, o que impossibilita o maior crescimento do número de transplantes.

D) É um procedimento complexo, uma vez que envolve aspectos éticos, religiosos, sociais e legais com os quais aqueles que o defendem têm de se deparar.

E) É indispensável haver, além de informação, a profissionalização do sistema de captação de órgãos em parceria com os estados e uma política local de doações.

A B C D E

cód. #9589

UNEB - Português - 2018 - Vestibular - Português/Inglês/Ciências humanas

Texto 1
Lutou contra a existência num humilde barracão Joana de tal, por causa de um tal joão. Depois de medicada, retirou-se pro seu lar Aí a notícia carece de exatidão. O lar não existe, Ninguém volta ao que acabou. Joana é mais uma mulata triste que errou, Errou na dose, errou no amor, Joana errou de João. Ninguém notou, Ninguém morou Na dor que era o seu mal, A dor da gente não sai no jornal.


HOLANDA. Chico Buarque de. Notícia de Jornal. Disponível em: <https://www.vagalume.com.br/chico-buarque/noticia-dejornal.html>. Acesso em: 14 nov. 2018.

Texto 2


“Sabe que Odilon – e se não mudou inteiramente – examinar-lhe-á o rosto com atenção a observar todos os detalhes.”
“Depois, o prédio magro de três andares na ruazinha de ladeira, no Rio Vermelho, onde permaneceria os últimos quinze anos ao lado do mar e de Geraldo.”

FILHO, Adonias. O Largo Branco. Largo da Palma. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2005. p. 32-35.




O texto de Chico Buarque, Notícia de Jornal, mantém uma relação de intertextualidade com o conto “O Largo de Branco”, da obra de Adonias Filho, O Largo da Palma.
Baseando-se na narrativa do conto e na canção, é correto afirmar:

A) A história de Joana, personagem da música de Chico, ilustra bem a relação entre Eliane e Geraldo, comprovando-se, dessa forma, a intertextualidade temática.

B) No poema de Chico, encontra-se um retrato da relação entre Eliane e Odilon, homem ardiloso que a explora financeiramente, configurando-se, assim, a intertextualidade em nível semântico.

C) A música de Chico apresenta uma verossimilhança de estilo com o conto “O Largo de Branco”, estabelecendo uma intertextualidade contextual-histórica.

D) No que concerne à forma, há uma identidade entre os textos, isso configura também uma relação de intertextualidade.

E) A intertextualidade pode ser comprovada na medida em que os textos são engajados e apresentam crítica social e a mesma tipologia narrativa.

A B C D E

cód. #10357

UENP Concursos - Português - 2018 - Vestibular - 1º Dia

Leia o texto a seguir e responda à questão. 
Entalhando a felicidade
“Madeira é um elemento que tem que ser respeitado. Eu nasci numa casa de madeira, me criei numa casa de madeira. Ela era feita com árvores retiradas dali, da região”, conta José Belaque, 63. O artesão expõe suas peças no Calçadão de Londrina, esquina com Hugo Cabral, de segunda a sexta. Após uma vida dedicada ao trabalho contínuo e sistemático, Belaque parece ter encontrado, na madeira, a felicidade.
As peças são criadas para discursar. Os móveis para bonecas obedecem à arte vitoriana, período que estudou em um trabalho como guia turístico. Formas, desenhos, cores, tudo leva ao passado. “A minimização, ou seja, a cozinha do adulto que tinha nas fazendas, agora é feita para as bonecas. A criança vai aprendendo, por meio do brinquedo, a história”, afirma.
História na expressão e na própria madeira. “Isso tudo é um resgate. Foi uma árvore que deu frutos, sombra, conforto e de repente ela se torna um elemento positivo”, defende. “Quando eu era criança, não tinha indústria de brinquedos e a gente queria brincar. Então, os avós e pais construíam os brinquedos de uma forma artesanal. Eu quis voltar num tempo em que se construíam os brinquedos, elementos decorativos e móveis dentro de casa”, afirma.
Há quatro anos, tomou a decisão de viver da arte após a constatação de ter realizado bons trabalhos em sua carreira, já satisfeito com o ponto aonde tinha chegado. A oficina funciona no fundo da casa de Belaque. “Eu estou fazendo uma coisa que amo fazer, na hora em que tenho interesse, então eu digo que estou no período fetal. Eu almoço quando tenho fome, levanto quando o corpo pede, trabalho e me estendo até de madrugada quando estou empolgado”, sorri.
E vai criando conforme suas crenças e constatações expressas na madeira. Recicladas e não recicladas, afirma usar mais o pínus por questão de respeito e custo. As madeiras de primeira linha que possui são controladas e faz questão de afirmar: “Eu só trabalho com aquelas que têm o selo de controle, se não tiver eu não aceito, não compro. Não dou força para criar-se esse comércio”, argumenta.
No fim, o resultado é a felicidade baseada no respeito pela natureza, pela arte e pela sua história. “Dinheiro é maravilhoso, mas chega um período em que ele não é mais tão importante, porque a felicidade não é o dinheiro que traz. É você realizar aquilo que gosta de fazer. Isso é felicidade”, acredita.
(Adaptado de: GONÇALVES, É. Entalhando a felicidade. Londrina: Folha de Londrina, Folha Mais, 26 e 27 de maio de 2018, p. 1). 
Com base no texto, considere as afirmativas a seguir. I. Em “[...] após a constatação de ter realizado bons trabalhos em sua carreira, já satisfeito com o ponto aonde tinha chegado”, a locução “tinha chegado” caracteriza-se como um gerundismo que enfatiza o objetivo alcançado pelo artesão. II. Em “Eu só trabalho com aquelas que têm o selo de controle”, o pronome “aquelas” se refere ao termo “madeiras”. III. As aspas utilizadas ao longo do texto marcam o discurso direto do artesão José Belaque. IV. No título do texto “Entalhando a felicidade”, a palavra “entalhando” se ajusta ao tema da reportagem.
Assinale a alternativa correta.

A) Somente as afirmativas I e II são corretas.

B) Somente as afirmativas I e IV são corretas.

C) Somente as afirmativas III e IV são corretas.

D) Somente as afirmativas I, II e III são corretas.

E) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas.

A B C D E

cód. #10869

FGV - Português - 2018 - Vestibular - Administração Pública

      Vindos do norte, da fronteira velha-de-guerra, bem montados, bem enroupados, bem apessoados, chegaram uns oito homens, que de longe se via que eram valentões: primeiro surgiu um, dianteiro, escoteiro, que percorreu, de ponta a ponta, o povoado, pedindo água à porta de uma casa, pedindo pousada em outra, espiando muito para tudo e fazendo pergunta e pergunta; depois, então, apareceram os outros, equipados com um despropósito de armas – carabinas, novinhas quase; garruchas, de um e de dois canos; revólveres de boas marcas; facas, punhais, quicés de cabos esculpidos; porretes e facões, – e transportando um excesso de breves nos pescoços.

      O bando desfilou em formação espaçada, o chefe no meio. E o chefe – o mais forte e o mais alto de todos, com um lenço azul enrolado no chapéu de couro, com dentes brancos limados em acume, de olhar dominador e tosse rosnada, mas sorriso bonito e mansinho de moça – era o homem mais afamado dos dois sertões do rio: célebre do Jequitinhonha à Serra das Araras, da beira do Jequitaí à barra do Verde Grande, do Rio Gavião até nos Montes Claros, de Carinhanha até Paracatu; maior do que Antônio Dó ou Indalécio; o arranca-toco, o treme-terra, o come-brasa, o pega-à-unha, o fecha-treta, o tira-prosa, o parte-ferro, o rompe-racha, o rompe-e-arrasa: Seu Joãozinho Bem-Bem.

                  João Guimarães Rosa, “A hora e vez de Augusto Matraga”, in Sagarana

Considerado no contexto do trecho de Guimarães Rosa, o prefixo sublinhado assume sentido intensificador, e não ideia de negação ou de oposição, na seguinte palavra do texto:

A)percorreu”.

B)despropósito”.

C)transportando”.

D)apessoados”,

E)enroupados”.

A B C D E

cód. #11125

IF-MT - Português - 2018 - Vestibular

Texto V: base para a questão.


Epitáfio para um banqueiro

NEGÓCIO

EGO

ÓCIO

CIO

O

(José Paulo Paes)


No texto há uma relação semântica (significado) do título com o conteúdo propriamente dito. Assim, da leitura do poema em destaque, podemos apreender que:


I - O eu-lírico explora, ao máximo, a decomposição do significante da palavra negócio em ego, ócio, cio, 0 (zero), porém elas não se relacionam com a ideia de epitáfio.

II - As palavras estão relacionadas com o epitáfio, ou seja, a homenagem post mortem dada a alguém, no caso o banqueiro, que sintetiza o seu estilo de vida passada.

III - Podemos entender que, para o eu-lírico, os negócios de um banqueiro são formados pelo ego (individualismo do mundo dos negócios), ócio (típicos daqueles que especulam, não produzem e se fartam nas inutilidades), cio (libertinagem sexual) e o zero (o valor do capital do banqueiro após a morte), ou seja: negócios + individualismo + ociosidade + sexo = 0.


Está(ão) correto(s) o(s) item(ns):

A) I e II, somente.

B) I e III, somente.

C) II e III, somente.

D) III, somente.

E) Todos estão corretos.

A B C D E

cód. #8054

INEP - Português - 2018 - Provas: Vestibular Segundo Semestre - Língua Inglesa Vestibular Segundo Semestre - Língua Espanhola

INSTRUÇÃO: Para responder à questão, considere o texto abaixo.


Disponív l m: <http://www.r vista ducacao.com.br/um-pr mio-para-todos-qu -alfab tizam/>. c sso m: 16 mar. 2018.

Assinale a alternativa em que a afirmação NÃO condiz com o texto.

A) A professora Magda Soares vem conseguindo êxitos ao longo de toda sua carreira.

B) O advérbio “c rtam nt ”, qu abr o s gundo parágrafo, é uma m nção qu o autor do t xto faz ao que deve ter sido levado em consideração pelo júri para justificar a premiação.

C) Com 85 anos de carreira, essa foi a primeira vez que a professora Magda Soares conquista o cobiçado Prêmio Jabuti.

D) Um dos principais motivos da evasão escolar é a dificuldade do letramento.

E) Não há consenso no Brasil entre o método que deveria ser utilizado para a alfabetização, e essa briga já ocorre há mais de um século.

A B C D E

cód. #9590

UNEB - Português - 2018 - Vestibular - Português/Inglês/Ciências humanas

“Três pastos, uma casa, uma roça de mandioca, arado, carro de bois, cavalo, gado e cachorro. Uma mulher, doze filhos. O baque da cancela era um adeus a tudo isso. Já tinha sido um homem, agora não era mais nada, não tinha mais nada.” TORRES, Antônio. Essa Terra. Rio de Janeiro: Record, 2005, 20 ed. edição, p. 67.
Considerando-se a totalidade do romance e a temática do trecho acima, é correto afirmar:

A) As questões existenciais perdem importância no desenrolar da narrativa à medida que os fatos sociais e políticos ganham relevância.

B) A crítica social e política é a tônica da narrativa, colocando o ser humano como mero coadjuvante de uma trama que é a própria vida pulsante da sociedade.

C) A degradação humana está condicionada a um contexto econômico e político cuja lógica submete a população de Junco a um processo de desumanização acentuado.

D) A desumanização das personagens ilustra a decadência da sociedade de classe capitalista.

E) A análise psicológica inexiste no romance em proveito de uma abordagem social e antropológica.

A B C D E

cód. #10358

UENP Concursos - Português - 2018 - Vestibular - 1º Dia

Leia o texto a seguir e responda à questão. 
Entalhando a felicidade
“Madeira é um elemento que tem que ser respeitado. Eu nasci numa casa de madeira, me criei numa casa de madeira. Ela era feita com árvores retiradas dali, da região”, conta José Belaque, 63. O artesão expõe suas peças no Calçadão de Londrina, esquina com Hugo Cabral, de segunda a sexta. Após uma vida dedicada ao trabalho contínuo e sistemático, Belaque parece ter encontrado, na madeira, a felicidade.
As peças são criadas para discursar. Os móveis para bonecas obedecem à arte vitoriana, período que estudou em um trabalho como guia turístico. Formas, desenhos, cores, tudo leva ao passado. “A minimização, ou seja, a cozinha do adulto que tinha nas fazendas, agora é feita para as bonecas. A criança vai aprendendo, por meio do brinquedo, a história”, afirma.
História na expressão e na própria madeira. “Isso tudo é um resgate. Foi uma árvore que deu frutos, sombra, conforto e de repente ela se torna um elemento positivo”, defende. “Quando eu era criança, não tinha indústria de brinquedos e a gente queria brincar. Então, os avós e pais construíam os brinquedos de uma forma artesanal. Eu quis voltar num tempo em que se construíam os brinquedos, elementos decorativos e móveis dentro de casa”, afirma.
Há quatro anos, tomou a decisão de viver da arte após a constatação de ter realizado bons trabalhos em sua carreira, já satisfeito com o ponto aonde tinha chegado. A oficina funciona no fundo da casa de Belaque. “Eu estou fazendo uma coisa que amo fazer, na hora em que tenho interesse, então eu digo que estou no período fetal. Eu almoço quando tenho fome, levanto quando o corpo pede, trabalho e me estendo até de madrugada quando estou empolgado”, sorri.
E vai criando conforme suas crenças e constatações expressas na madeira. Recicladas e não recicladas, afirma usar mais o pínus por questão de respeito e custo. As madeiras de primeira linha que possui são controladas e faz questão de afirmar: “Eu só trabalho com aquelas que têm o selo de controle, se não tiver eu não aceito, não compro. Não dou força para criar-se esse comércio”, argumenta.
No fim, o resultado é a felicidade baseada no respeito pela natureza, pela arte e pela sua história. “Dinheiro é maravilhoso, mas chega um período em que ele não é mais tão importante, porque a felicidade não é o dinheiro que traz. É você realizar aquilo que gosta de fazer. Isso é felicidade”, acredita.
(Adaptado de: GONÇALVES, É. Entalhando a felicidade. Londrina: Folha de Londrina, Folha Mais, 26 e 27 de maio de 2018, p. 1). 

Em relação aos recursos linguístico-semânticos presentes no texto, considere as afirmativas a seguir.

I. Na oração “Os móveis para bonecas obedecem à arte vitoriana”, a presença da preposição a deve-se à exigência feita pelo verbo.

II. Em “O artesão expõe suas peças no Calçadão de Londrina, esquina com Hugo Cabral, de segunda a sexta”, não se emprega a crase porque o a é uma mera preposição.

III. Em “Dinheiro é maravilhoso, mas chega um período em que ele não é mais tão importante”, o conectivo “mas” estabelece uma relação de oposição com a ideia expressa anteriormente.

IV. Em “Então, os avós e pais construíam os brinquedos de forma artesanal” a partícula “então” estabelece uma relação de alternância.

Assinale a alternativa correta.

A) Somente as afirmativas I e II são corretas.

B) Somente as afirmativas I e IV são corretas.

C) Somente as afirmativas III e IV são corretas.

D) Somente as afirmativas I, II e III são corretas.

E) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas.

A B C D E

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