Questões de Português para Vestibular

cód. #9596

UNEB - Português - 2018 - Vestibular - Português/Inglês/Ciências humanas

A alternativa que está improcedente em relação à análise do poema é

A) A miscigenação cultural.

B) Apologia ao coloquialismo brasileiro.

C) Ironia sutil e irreverência social.

D) Ruptura com os padrões literários.

E) Valorização da cultura dominante.

A B C D E

cód. #10364

UENP Concursos - Português - 2018 - Vestibular - 1º Dia

Leia o texto a seguir e responda às questões de 6 a 11.

Mais que farinha, água e sal

De ajudante de padaria ao título de melhor chef do Paraná. Uma história de determinação e simplicidade de quem viu no primeiro ofício sua maior paixão. Do trabalho na pouca idade, o acordar de madrugada para colocar o pão fresco na mesa de muitos londrinenses à experiência e estudo. Foi preciso colocar muito a mão na massa para que Rodrigo Bernardes, 36, chegasse a ser embaixador da gastronomia paranaense trabalhando no ramo da panificação.

“Eu acordava às 3h30 da manhã, adiantava o trabalho na padaria, saía por volta das 11h30 e 12h00. De lá eu ia dar aula e à tarde e à noite fazia faculdade”, conta Bernardes. Dormia pouco, trabalhava e estudava muito. Com formação em gastronomia e tecnologia de alimentos e pós-graduação em gastronomia fina, continuou na área de panificação e confeitaria, paixão inexplicável.

O trabalho veio aos 10 anos. Filho mais velho de três irmãos, família humilde, era preciso que o menino aprendesse alguma função. Varrer o chão, lavar formas, carregar sacos, um olho no próprio trabalho e outro no padeiro. “Eu queria aprender, mas naquela época era difícil passarem as receitas até por medo de perder o emprego”, recorda.

Até que um padeiro, vendo os desejos do garoto, foi mostrando o que era feito no processo. Observando, Bernardes foi guardando tudo na memória. “Um dia faltou o padeiro e o proprietário não tinha ninguém para substituí-lo, só aí meu chefe me deu a chance de tentar fazer o pão. Ali eu agarrei a oportunidade com as duas mãos e deu certo. Aquele dia eu percebi que tinha futuro. Eu saí da padaria e não sabia se eu chorava, se eu ria”, enfatiza. A partir de então, Bernardes se tornou assistente de padeiro, trabalhando junto com o mestre.

Casado e com uma filha de 4 anos, conta que na casa quem faz a comida é a mulher. “Em casa de ferreiro, espeto é de pau”, revela. Observador, Bernardes sabe mesmo sobre as padarias londrinenses. “Você já comeu pão na padaria X ?”, ele pergunta. Também sabe onde há padarias modernizadas, administradas por fulano, que fez história no segmento na cidade e que agora está com loja nova. Sabe sobre os padeiros, aqueles que o ensinaram e aqueles a quem ensinou.

(Adaptado de: TAINE, L. Mais que farinha, água e sal. Londrina: Folha de Londrina. Folha Gente. 21 e 22 abr. 2018, p. 1.) 

Leia o trecho a seguir.

“Um dia o padeiro faltou e o proprietário não tinha ninguém para substituí-lo, só aí meu chefe me deu a chance de tentar fazer o pão”.


Com base no trecho, assinale a alternativa que apresenta, corretamente, o referente do pronome oblíquo átono sublinhado.

A) Chefe.

B) Padeiro.

C) Proprietário.

D) Pão.

E) Ninguém.

A B C D E

cód. #10620

PUC - SP - Português - 2018 - Vestibular - Segundo Semestre

Os textos a seguir servirão de base para a realização da questão.


Texto I

Desafio da nossa época é lidar com a abundância

Leandro Narloch, Folha de S.Paulo - 25.abr.2018 às 9h06


A abundância, quem diria, se tornou um problema. A humanidade passou milênios tentando sobreviver à fome, ao desabrigo e à escassez: hoje precisa aprender a lidar com excesso.

Temos alimentos demais, bugigangas demais, roupas, carros, embalagens, papéis, remédios, drogas, livros, filmes, eletrônicos e diversões demais. Ainda estamos aprendendo a viver no meio de tantas coisas.

Artista faz intervenção na avenida Paulista sobre consumismo
Marcus Leoni - 10.jan.2016/Folhapress


É uma delícia de problema, é claro. Até o século 18, a teoria malthusiana fazia sentido. O crescimento da população levava à escassez de comida e assim à diminuição da poluição. Crises de fome ceifavam multidões todos os séculos.
A Revolução Industrial nos fez escapar dessa armadilha. Produzindo mais com menos esforço, operamos um milagre: a população explodiu e a riqueza também. A fome, até então uma condição natural da humanidade, se tornou uma anomalia. 
Luxos que antes eram reservados a reis ou milionários (chás ou janelas com vidros e cortinas, por exemplo) entraram na casa de trabalhadores comuns.
É claro que boa parte do mundo ainda enfrenta a fome e a escassez. Mas não é por falta de conhecimento que isso acontece. Pelo contrário, o caminho da prosperidade já está mais ou menos mapeado e pavimentado.
A abundância é um tipo de problema chique, que todo mundo gostaria de ter. Como o da grã-fina que está cansada de passar as férias em Paris. Mas ainda assim é um problema.
Muitas más notícias que os jornais publicam hoje são produtos da abundância: o trânsito, a obesidade, a poluição, o lixo, o tempo que crianças gastam em frente a telas. Não só crianças, mas os adultos — que em média tocam 2600 vezes no celular por dia.
As pessoas parecem meio perdidas entre tanto conforto e atrações que desviam a atenção. Se perdem em realizações imediatas de consumo, sem foco e força de vontade para perseguir grandes desejos ou objetivos mais ousados.
Se o problema já é grave hoje, imagine no futuro. O autocontrole será cada vez mais necessário. Nossos filhos e netos terão que aprender desde cedo a se controlar diante do excesso de comida, de drogas, de opções de vida e de diversão.
O mundo capitalista já resolveu o problema da escassez: precisa agora de uma educação para a abundância.

Leandro Narloch - Jornalista, mestre em filosofia e autor do Guia Politicamente Incorreto da História do Brasil, entre outros.
Disponível em: <https://www1.folha.uol.com.br/colunas/leandro-narloch/2018/04/desafio-da-nossa-epoca-e-lidar-com-a-abundancia.shtml> . Acesso em: 25 abr. 2018.


Texto 2
Texto de Gilmar Machado, publicado em 8 jan. 2018.
Disponível em: <https://www.humorpolitico.com.br/
tag/meio-ambiente/> . Acesso em: 12 mar. 2018.



Texto 3 

Consumo e desperdício: as duas faces das desigualdades
Ana Tereza Caceres Cortez - Professora adjunta do Departamento de Geografia
Instituto de Geociências e Ciências Exatas - IGCE/Unesp, Rio Claro

Um dos símbolos do sucesso das economias capitalistas modernas é a abundância dos bens de consumo, continuamente produzidos pelo sistema industrial. Essa fartura passou a receber uma conotação negativa, sendo objeto de críticas que consideram o consumismo um dos principais problemas das sociedades industriais modernas.

Consumismo é o ato de consumir produtos ou serviços, muitas vezes, sem consciência. Há várias discussões a respeito do tema, entre elas o tipo de papel que a propaganda e a publicidade exercem nas pessoas, induzindo-as ao consumo, mesmo que não necessitem de um produto comprado. Muitas vezes, as pessoas compram produtos que não têm utilidade para elas, ou até mesmo coisas desnecessárias apenas por vontade de comprar, evidenciando até uma doença.

Segundo o Dicionário Houaiss, consumismo é “ato, efeito, fato ou prática de consumir (‘comprar em demasia’)” e “consumo ilimitado de bens duráveis, especialmente artigos supérfluos”.

O simples “consumo” é entendido como as aquisições racionais, controladas e seletivas baseadas em fatores sociais e ambientais e no respeito pelas gerações futuras. Já o consumismo pode ser definido como uma compulsão para consumir. Mas como fazer para não aderir ao perfil consumista? A fórmula clássica e aparentemente simples é distinguir o essencial do necessário e o necessário do supérfluo. No entanto, é muito difícil estabelecer o limite entre consumo e consumismo, pois a definição de necessidades básicas e supérfluas está intimamente ligada às características culturais da sociedade e do grupo a que pertencemos. O que é básico para uns pode ser supérfluo para outros e vice-versa. 

Trecho de CORTEZ, Ana Tereza Caceres. Consumo e desperdício: as duas faces das desigualdades. In:
CORTEZ, A.T.C.; ORTIGOZA, S.A.G. (Org.). Da produção ao consumo: impactos socioambientais no
espaço urbano. São Paulo: UNESP; São Paulo: Cultura Acadêmica, 2009. Disponível em: <http://books.
scielo.org/id/n9brm/pdf/ortigoza-9788579830075-03.pdf>. Acesso em: 20 abr. 2018. [Adaptado]
Entre as várias acepções que o verbo mudar abarca, a resposta do homem, no Texto 2, contempla a ideia de

A) deixar o lugar onde eles vivem por outro.

B) incitar que a relação conjugal deles tome outro rumo.

C) alterar o local onde eles jogam o lixo.

D) modificar o comportamento deles em relação ao lixo.

A B C D E

cód. #10876

FGV - Português - 2018 - Vestibular - Administração Pública

                                        PARDAIS NOVOS


      Um dia o meu telefone, instalado à cabeceira de minha cama, retiniu violentamente às sete da manhã. Estremunhado tomei do receptor e ouvi do outro lado uma voz que dizia: “Mestre, sou um pardal novo. Posso ler-lhe uns versos para que o senhor me dê a sua opinião?” Ponderei com mau humor ao pardal que aquilo não eram horas para consultas de tal natureza, que ele me telefonasse mais tarde. O pardal não telefonou de novo: veio às nove e meia ao meu apartamento.

      Mal o vi, percebi que não se tratava de pardal novo. Ele mesmo como que concordou que o não era, pois perguntando-lhe eu a idade, hesitou contrafeito para responder que tinha 35 anos. Ainda por cima era um pardal velho!

      Desde esse dia passei a chamar de pardais novos os rapazes que me procuram para mostrar-me os seus primeiros ensaios de voo no céu da poesia. Dizem eles que desejam saber se têm realmente queda para o ofício, se vale a pena persistir etc. Fico sempre embaraçado para dar qualquer conselho. A menos que se seja um Rimbaud ou, mais modestamente, um Castro Alves, que poesia se pode fazer antes dos vinte anos? Como Mallarmé afirmou certa vez que todo verso é um esforço para o estilo, acabo aconselhando ao pardal que vá fazendo os seus versinhos, sem se preocupar com a opinião de ninguém, inclusive a minha.

      (...)

                                                 Manuel Bandeira, Melhores crônicas. Global Editora. 

Tendo em vista o gênero literário em que se enquadra o texto, o autor permite-se o uso de uma expressão típica da linguagem informal em:

A) “Ainda por cima”.

B) “Desde esse dia”.

C) “que o não era”.

D) “A menos que”.

E) “tomei do receptor”.

A B C D E

cód. #8061

INEP - Português - 2018 - Provas: Vestibular Segundo Semestre - Língua Inglesa Vestibular Segundo Semestre - Língua Espanhola

INSTRUÇÃO: Para responder às questões de 31 a 36, considere o texto abaixo. 




NOGUEIRA, Salvador. Os legados do gênio Stephen Hawking, na ciência e na vida. Disponível em:

<https://super.abril.com.br/ciencia/os-legados-do-genio-na-ciencia-e-na-vida/>.

Acesso em: 22 mar. 2018. (adaptado)

Considere as seguintes propostas de alteração de sinais de pontuação no texto.

I - Substituição dos travessões das linhas 10 e 11 por vírgulas.
II - Substituição do ponto final da linha 27 por vírgula, iniciando com letra minúscula a conjunção “Mas” da linha 27.
III - Supressão da vírgula na linha 30.

Quais propostas estão corretas?

A) Apenas I.

B) Apenas II.

C) Apenas I e II.

D) Apenas II e III.

E) I, II e III.

A B C D E

cód. #9597

UNEB - Português - 2018 - Vestibular - Português/Inglês/Ciências humanas

TEXTO:

Importância de se preservar a identidade cultural do Brasil. Disponível

em: http://www.saaesp.org.br/arquivos/2117>. Acesso em: 14 nov. 2018.

“há que se destacar que não se podem esquecer os aspectos particulares da cultura” (l. 6-8)
Em relação à passagem destacada do texto, é correto afirmar:

A) o verbo haver está aplicado no seu sentido impessoal, podendo ser flexionado para concordar com “aspectos particulares,” para isso, basta levá-lo para o final da oração.

B) O conector “que”, nos dois registros, inicia orações com função substantiva.

C) A partícula “se”, nas duas situações, possui diferentes usos: inicialmente funciona como pronome reflexivo e, em seguida, como uma indeterminação do agente nominal.

D) A expressão “da cultura” exerce função de complemento nominal.

E) A locução verbal “podem esquecer” poderia ser substituída pela forma simples “esquece” sem ferir a norma-culta.

A B C D E

cód. #10365

UENP Concursos - Português - 2018 - Vestibular - 1º Dia

Leia o texto a seguir e responda às questões de 6 a 11.

Mais que farinha, água e sal

De ajudante de padaria ao título de melhor chef do Paraná. Uma história de determinação e simplicidade de quem viu no primeiro ofício sua maior paixão. Do trabalho na pouca idade, o acordar de madrugada para colocar o pão fresco na mesa de muitos londrinenses à experiência e estudo. Foi preciso colocar muito a mão na massa para que Rodrigo Bernardes, 36, chegasse a ser embaixador da gastronomia paranaense trabalhando no ramo da panificação.

“Eu acordava às 3h30 da manhã, adiantava o trabalho na padaria, saía por volta das 11h30 e 12h00. De lá eu ia dar aula e à tarde e à noite fazia faculdade”, conta Bernardes. Dormia pouco, trabalhava e estudava muito. Com formação em gastronomia e tecnologia de alimentos e pós-graduação em gastronomia fina, continuou na área de panificação e confeitaria, paixão inexplicável.

O trabalho veio aos 10 anos. Filho mais velho de três irmãos, família humilde, era preciso que o menino aprendesse alguma função. Varrer o chão, lavar formas, carregar sacos, um olho no próprio trabalho e outro no padeiro. “Eu queria aprender, mas naquela época era difícil passarem as receitas até por medo de perder o emprego”, recorda.

Até que um padeiro, vendo os desejos do garoto, foi mostrando o que era feito no processo. Observando, Bernardes foi guardando tudo na memória. “Um dia faltou o padeiro e o proprietário não tinha ninguém para substituí-lo, só aí meu chefe me deu a chance de tentar fazer o pão. Ali eu agarrei a oportunidade com as duas mãos e deu certo. Aquele dia eu percebi que tinha futuro. Eu saí da padaria e não sabia se eu chorava, se eu ria”, enfatiza. A partir de então, Bernardes se tornou assistente de padeiro, trabalhando junto com o mestre.

Casado e com uma filha de 4 anos, conta que na casa quem faz a comida é a mulher. “Em casa de ferreiro, espeto é de pau”, revela. Observador, Bernardes sabe mesmo sobre as padarias londrinenses. “Você já comeu pão na padaria X ?”, ele pergunta. Também sabe onde há padarias modernizadas, administradas por fulano, que fez história no segmento na cidade e que agora está com loja nova. Sabe sobre os padeiros, aqueles que o ensinaram e aqueles a quem ensinou.

(Adaptado de: TAINE, L. Mais que farinha, água e sal. Londrina: Folha de Londrina. Folha Gente. 21 e 22 abr. 2018, p. 1.) 

Em relação aos recursos linguístico-semânticos presentes no texto, considere as afirmativas a seguir. I. Em “trabalhando no ramo da panificação” e “continuou na área de panificação e confeitaria”, os termos “ramo” e “área” estão empregados como sinônimos. II. Em “Do trabalho na pouca idade, o acordar de madrugada para colocar o pão fresco na mesa”, temos um caso de derivação imprópria em “o acordar”. III. Em “paixão inexplicável”, o prefixo in-, na palavra “inexplicável”, indica negação. IV. Em “quem viu no ofício sua maior paixão” e “era preciso que o menino aprendesse alguma função” as palavras “ofício” e “função” estão sendo empregadas em sentido diverso.
Assinale a alternativa correta.

A) Somente as afirmativas I e II são corretas.

B) Somente as afirmativas I e IV são corretas.

C) Somente as afirmativas III e IV são corretas.

D)

Somente as afirmativas I, II e III são corretas.



E) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas.

A B C D E

cód. #10621

PUC - SP - Português - 2018 - Vestibular - Segundo Semestre

Os textos a seguir servirão de base para a realização da questão.


Texto I

Desafio da nossa época é lidar com a abundância

Leandro Narloch, Folha de S.Paulo - 25.abr.2018 às 9h06


A abundância, quem diria, se tornou um problema. A humanidade passou milênios tentando sobreviver à fome, ao desabrigo e à escassez: hoje precisa aprender a lidar com excesso.

Temos alimentos demais, bugigangas demais, roupas, carros, embalagens, papéis, remédios, drogas, livros, filmes, eletrônicos e diversões demais. Ainda estamos aprendendo a viver no meio de tantas coisas.

Artista faz intervenção na avenida Paulista sobre consumismo
Marcus Leoni - 10.jan.2016/Folhapress


É uma delícia de problema, é claro. Até o século 18, a teoria malthusiana fazia sentido. O crescimento da população levava à escassez de comida e assim à diminuição da poluição. Crises de fome ceifavam multidões todos os séculos.
A Revolução Industrial nos fez escapar dessa armadilha. Produzindo mais com menos esforço, operamos um milagre: a população explodiu e a riqueza também. A fome, até então uma condição natural da humanidade, se tornou uma anomalia. 
Luxos que antes eram reservados a reis ou milionários (chás ou janelas com vidros e cortinas, por exemplo) entraram na casa de trabalhadores comuns.
É claro que boa parte do mundo ainda enfrenta a fome e a escassez. Mas não é por falta de conhecimento que isso acontece. Pelo contrário, o caminho da prosperidade já está mais ou menos mapeado e pavimentado.
A abundância é um tipo de problema chique, que todo mundo gostaria de ter. Como o da grã-fina que está cansada de passar as férias em Paris. Mas ainda assim é um problema.
Muitas más notícias que os jornais publicam hoje são produtos da abundância: o trânsito, a obesidade, a poluição, o lixo, o tempo que crianças gastam em frente a telas. Não só crianças, mas os adultos — que em média tocam 2600 vezes no celular por dia.
As pessoas parecem meio perdidas entre tanto conforto e atrações que desviam a atenção. Se perdem em realizações imediatas de consumo, sem foco e força de vontade para perseguir grandes desejos ou objetivos mais ousados.
Se o problema já é grave hoje, imagine no futuro. O autocontrole será cada vez mais necessário. Nossos filhos e netos terão que aprender desde cedo a se controlar diante do excesso de comida, de drogas, de opções de vida e de diversão.
O mundo capitalista já resolveu o problema da escassez: precisa agora de uma educação para a abundância.

Leandro Narloch - Jornalista, mestre em filosofia e autor do Guia Politicamente Incorreto da História do Brasil, entre outros.
Disponível em: <https://www1.folha.uol.com.br/colunas/leandro-narloch/2018/04/desafio-da-nossa-epoca-e-lidar-com-a-abundancia.shtml> . Acesso em: 25 abr. 2018.


Texto 2
Texto de Gilmar Machado, publicado em 8 jan. 2018.
Disponível em: <https://www.humorpolitico.com.br/
tag/meio-ambiente/> . Acesso em: 12 mar. 2018.



Texto 3 

Consumo e desperdício: as duas faces das desigualdades
Ana Tereza Caceres Cortez - Professora adjunta do Departamento de Geografia
Instituto de Geociências e Ciências Exatas - IGCE/Unesp, Rio Claro

Um dos símbolos do sucesso das economias capitalistas modernas é a abundância dos bens de consumo, continuamente produzidos pelo sistema industrial. Essa fartura passou a receber uma conotação negativa, sendo objeto de críticas que consideram o consumismo um dos principais problemas das sociedades industriais modernas.

Consumismo é o ato de consumir produtos ou serviços, muitas vezes, sem consciência. Há várias discussões a respeito do tema, entre elas o tipo de papel que a propaganda e a publicidade exercem nas pessoas, induzindo-as ao consumo, mesmo que não necessitem de um produto comprado. Muitas vezes, as pessoas compram produtos que não têm utilidade para elas, ou até mesmo coisas desnecessárias apenas por vontade de comprar, evidenciando até uma doença.

Segundo o Dicionário Houaiss, consumismo é “ato, efeito, fato ou prática de consumir (‘comprar em demasia’)” e “consumo ilimitado de bens duráveis, especialmente artigos supérfluos”.

O simples “consumo” é entendido como as aquisições racionais, controladas e seletivas baseadas em fatores sociais e ambientais e no respeito pelas gerações futuras. Já o consumismo pode ser definido como uma compulsão para consumir. Mas como fazer para não aderir ao perfil consumista? A fórmula clássica e aparentemente simples é distinguir o essencial do necessário e o necessário do supérfluo. No entanto, é muito difícil estabelecer o limite entre consumo e consumismo, pois a definição de necessidades básicas e supérfluas está intimamente ligada às características culturais da sociedade e do grupo a que pertencemos. O que é básico para uns pode ser supérfluo para outros e vice-versa. 

Trecho de CORTEZ, Ana Tereza Caceres. Consumo e desperdício: as duas faces das desigualdades. In:
CORTEZ, A.T.C.; ORTIGOZA, S.A.G. (Org.). Da produção ao consumo: impactos socioambientais no
espaço urbano. São Paulo: UNESP; São Paulo: Cultura Acadêmica, 2009. Disponível em: <http://books.
scielo.org/id/n9brm/pdf/ortigoza-9788579830075-03.pdf>. Acesso em: 20 abr. 2018. [Adaptado]
Em “imagine no futuro”, a quem o autor do texto 1 se dirige no penúltimo parágrafo?

A) Ao cidadão adepto da teoria malthusiana.

B) Ao leitor da coluna.

C) À grã-fina cansada de ir a Paris.

D) À população em descontrolado crescimento.

A B C D E

cód. #10877

FGV - Português - 2018 - Vestibular - Administração Pública

                                        PARDAIS NOVOS


      Um dia o meu telefone, instalado à cabeceira de minha cama, retiniu violentamente às sete da manhã. Estremunhado tomei do receptor e ouvi do outro lado uma voz que dizia: “Mestre, sou um pardal novo. Posso ler-lhe uns versos para que o senhor me dê a sua opinião?” Ponderei com mau humor ao pardal que aquilo não eram horas para consultas de tal natureza, que ele me telefonasse mais tarde. O pardal não telefonou de novo: veio às nove e meia ao meu apartamento.

      Mal o vi, percebi que não se tratava de pardal novo. Ele mesmo como que concordou que o não era, pois perguntando-lhe eu a idade, hesitou contrafeito para responder que tinha 35 anos. Ainda por cima era um pardal velho!

      Desde esse dia passei a chamar de pardais novos os rapazes que me procuram para mostrar-me os seus primeiros ensaios de voo no céu da poesia. Dizem eles que desejam saber se têm realmente queda para o ofício, se vale a pena persistir etc. Fico sempre embaraçado para dar qualquer conselho. A menos que se seja um Rimbaud ou, mais modestamente, um Castro Alves, que poesia se pode fazer antes dos vinte anos? Como Mallarmé afirmou certa vez que todo verso é um esforço para o estilo, acabo aconselhando ao pardal que vá fazendo os seus versinhos, sem se preocupar com a opinião de ninguém, inclusive a minha.

      (...)

                                                 Manuel Bandeira, Melhores crônicas. Global Editora. 

A oração sublinhada no trecho “Mal o vi, percebi que não se tratava de pardal novo.” tem valor

A) causal.

B) final.

C) concessivo.

D) temporal.

E) consecutivo.

A B C D E

cód. #8062

INEP - Português - 2018 - Provas: Vestibular Segundo Semestre - Língua Inglesa Vestibular Segundo Semestre - Língua Espanhola

INSTRUÇÃO: Para responder às questões de 31 a 36, considere o texto abaixo. 




NOGUEIRA, Salvador. Os legados do gênio Stephen Hawking, na ciência e na vida. Disponível em:

<https://super.abril.com.br/ciencia/os-legados-do-genio-na-ciencia-e-na-vida/>.

Acesso em: 22 mar. 2018. (adaptado)

A partir da leitura do texto, depreende-se que

A) a mídia se aproveitou de maneira sensacionalista da imagem debilitada de Hawking.

B) Hawking obteve maior destaque e reconhecimento por sua atuação em áreas não propriamente relacionadas à Física.

C) Hawking era constantemente contestado por seus colegas cientistas.

D) Hawking defendia a utilização irrestrita da inteligência artificial como ferramenta para o desenvolvimento da espécie humana.

E) Hawking era reconhecido não apenas pelo seu legado na Física, mas também pelo seu engajamento em outras causas.

A B C D E

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