A) A área social específica de que trata a denúncia é responsável por se atribuir uma conotação ainda mais grave para o teor da reportagem veiculada.
B) Demonstra-se preocupação com a forma como certos pais agem na educação dos filhos: às vezes ensina-se que o crime é uma atividade como qualquer outra.
C) Esperava-se uma contestação corporativa, já que a denúncia sobre os métodos utilizados pelas empresas denunciadas teria indiretamente atingido todo o segmento.
D) Por ser da índole do brasileiro, deve-se aceitar de bom grado que cada um, com responsabilidade, cometa pequenos ilícitos desde que não se afetem outras pessoas.
E) Todas as alternativas anteriores foram defendidas pelo autor e podem ser confirmadas no texto.
A) A expressão “cada vez mais”, em “pelo processo de intervenção cada vez mais agressivo do homem na biosfera”, sugere proporcionalidade.
B) O termo “principalmente”, em “essência do ser humano, principalmente através da manipulação de sua identidade genética”, retifica o que foi enunciado antes, imprimindo relevância à afirmativa.
C) O operador argumentativo “Destarte”, em "Destarte, as inovações tecnológicas podem não só beneficiar a humanidade”, formado pela aglutinação de desta e arte, apresenta uma conclusão das ideias explicitadas nos parágrafos anteriores.
D) O conectivo “mas”, em “mas também serem utilizadas contra ela”, introduz uma oposição à informação precedente.
E) O pronome relativo “onde”, em “onde é manipulado o DNA humano.”, faz referência à “genética molecular”, inserindo uma característica considerada essencial ao assunto de que trata.
A) léxico-fonológico
B) sociolinguístico
C) morfossemântico
D) semântico-pragmático
E) pragmático-discursivo
O poema a seguir foi retirado do Livro de Sonetos, de Vinicius de Moraes (São Paulo: Companhia das Letras, 2009)
Soneto da hora final
A) eufemismo
B) metonímia
C) hipérbole
D) ironia
Para responder à questão, leia o trecho do livro Casa-grande e senzala, de Gilberto Freyre.
Mas a casa-grande patriarcal não foi apenas fortaleza, capela, escola, oficina, santa casa, harém, convento de moças, hospedaria. Desempenhou outra função importante na economia brasileira: foi também banco. Dentro das suas grossas paredes, debaixo dos tijolos ou mosaicos, no chão, enterrava-se dinheiro, guardavam-se joias, ouro, valores. Às vezes guardavam-se joias nas capelas, enfeitando os santos. Daí Nossas Senhoras sobrecarregadas à baiana de teteias, balangandãs, corações, cavalinhos, cachorrinhos e correntes de ouro. Os ladrões, naqueles tempos piedosos, raramente ousavam entrar nas capelas e roubar os santos. É verdade que um roubou o esplendor e outras joias de São Benedito; mas sob o pretexto, ponderável para a época, de que “negro não devia ter luxo”. Com efeito, chegou a proibir-se, nos tempos coloniais, o uso de “ornatos de algum luxo” pelos negros.
Por segurança e precaução contra os corsários, contra os excessos demagógicos, contra as tendências comunistas dos indígenas e dos africanos, os grandes proprietários, nos seus zelos exagerados de privativismo, enterraram dentro de casa as joias e o ouro do mesmo modo que os mortos queridos. Os dois fortes motivos das casas-grandes acabarem sempre mal-assombradas com cadeiras de balanço se balançando sozinhas sobre tijolos soltos que de manhã ninguém encontra; com barulho de pratos e copos batendo de noite nos aparadores; com almas de senhores de engenho aparecendo aos parentes ou mesmo estranhos pedindo padres-nossos, ave-marias, gemendo lamentações, indicando lugares com botijas de dinheiro. Às vezes dinheiro dos outros, de que os senhores ilicitamente se haviam apoderado. Dinheiro que compadres, viúvas e até escravos lhes tinham entregue para guardar. Sucedeu muita dessa gente ficar sem os seus valores e acabar na miséria devido à esperteza ou à morte súbita do depositário. Houve senhores sem escrúpulos que, aceitando valores para guardar, fingiram-se depois de estranhos e desentendidos: “Você está maluco? Deu-me lá alguma cousa para guardar?”
Muito dinheiro enterrado sumiu-se misteriosamente. Joaquim Nabuco, criado por sua madrinha na casa-grande de Maçangana, morreu sem saber que destino tomara a ourama para ele reunida pela boa senhora; e provavelmente enterrada em algum desvão de parede. […] Em várias casas-grandes da Bahia, de Olinda, de Pernambuco se têm encontrado, em demolições ou escavações, botijas de dinheiro. Na que foi dos Pires d’Ávila ou Pires de Carvalho, na Bahia, achou-se, num recanto de parede, “verdadeira fortuna em moedas de ouro”. Noutras casas-grandes só se têm desencavado do chão ossos de escravos, justiçados pelos senhores e mandados enterrar no quintal, ou dentro de casa, à revelia das autoridades. Conta-se que o visconde de Suaçuna, na sua casa-grande de Pombal, mandou enterrar no jardim mais de um negro supliciado por ordem de sua justiça patriarcal. Não é de admirar. Eram senhores, os das casas-grandes, que mandavam matar os próprios filhos. Um desses patriarcas, Pedro Vieira, já avô, por descobrir que o filho mantinha relações com a mucama de sua predileção, mandou matá-lo pelo irmão mais velho.
(In: Silviano Santiago (coord.). Intérpretes do Brasil, 2000.)
A) “Deu-me lá alguma cousa para guardar?” (2° parágrafo)
B) “Sucedeu muita dessa gente ficar sem os seus valores e acabar na miséria devido à esperteza ou à morte súbita do depositário.” (2° parágrafo)
C) “Desempenhou outra função importante na economia brasileira: foi também banco.” (1° parágrafo)
D) “os grandes proprietários, nos seus zelos exagerados de privativismo, enterraram dentro de casa as joias e o ouro do mesmo modo que os mortos queridos.” (2° parágrafo)
E) “Às vezes dinheiro dos outros, de que os senhores ilicitamente se haviam apoderado.” (2° parágrafo)
A) Outra – pior – é entender que ele não vai melhorar e que a melhor educação que se deve dar os pequenos é, pois, ensinar eles a ser bandidos.
B) Outra (pior!) é entender que ele não vai ser melhorado e que, não obstante, a melhor educação que se devem dar para os pequenos é ensinar-lhes a serem bandidos.
C) Outra – pior – é entender que ele não vai melhorar; logo a melhor educação que se deve dar aos pequenos é ensinar-lhes como ser bandidos.
D) Outra (pior!) é entender que ele não será melhorado, posto que a melhor educação que se deve dar os pequenos é ensinar eles a serem bandidos.
E) Nenhuma alternativa anterior.
A) aos avanços da pesquisa científica, em função do progresso tecnológico, para o bem-estar da humanidade.
B) ao processo social, que não viabiliza instrução de forma válida e generalizada, a fim de proporcionar a renovação das bases disciplinares e morais.
C) à utilização de produtos e procedimentos inovadores, tendo em vista evitar o aparecimento de enfermidades, além de erradicar as já existentes.
D) ao encarecimento dos custos da assistência à saúde como um problema que requer solução imediata, por tornar inviável a aplicação da tecnologia para a cura de doenças.
E) à impossibilidade de se parar para refletir melhor sobre as diversas implicações para a vida humana que a rapidez do desenvolvimento de inúmeras técnicas e a aplitude dos conhecimentos científicos vêm causando.
A) paráfrase
B) linearidade
C) metalinguagem
D) intencionalidade
E) intertextualidade
O poema a seguir foi retirado do Livro de Sonetos, de Vinicius de Moraes (São Paulo: Companhia das Letras, 2009)
Soneto do Corifeu *
A) apatia
B) carência
C) contrariedade
D) vulnerabilidade
Para responder à questão, leia o trecho do livro Casa-grande e senzala, de Gilberto Freyre.
Mas a casa-grande patriarcal não foi apenas fortaleza, capela, escola, oficina, santa casa, harém, convento de moças, hospedaria. Desempenhou outra função importante na economia brasileira: foi também banco. Dentro das suas grossas paredes, debaixo dos tijolos ou mosaicos, no chão, enterrava-se dinheiro, guardavam-se joias, ouro, valores. Às vezes guardavam-se joias nas capelas, enfeitando os santos. Daí Nossas Senhoras sobrecarregadas à baiana de teteias, balangandãs, corações, cavalinhos, cachorrinhos e correntes de ouro. Os ladrões, naqueles tempos piedosos, raramente ousavam entrar nas capelas e roubar os santos. É verdade que um roubou o esplendor e outras joias de São Benedito; mas sob o pretexto, ponderável para a época, de que “negro não devia ter luxo”. Com efeito, chegou a proibir-se, nos tempos coloniais, o uso de “ornatos de algum luxo” pelos negros.
Por segurança e precaução contra os corsários, contra os excessos demagógicos, contra as tendências comunistas dos indígenas e dos africanos, os grandes proprietários, nos seus zelos exagerados de privativismo, enterraram dentro de casa as joias e o ouro do mesmo modo que os mortos queridos. Os dois fortes motivos das casas-grandes acabarem sempre mal-assombradas com cadeiras de balanço se balançando sozinhas sobre tijolos soltos que de manhã ninguém encontra; com barulho de pratos e copos batendo de noite nos aparadores; com almas de senhores de engenho aparecendo aos parentes ou mesmo estranhos pedindo padres-nossos, ave-marias, gemendo lamentações, indicando lugares com botijas de dinheiro. Às vezes dinheiro dos outros, de que os senhores ilicitamente se haviam apoderado. Dinheiro que compadres, viúvas e até escravos lhes tinham entregue para guardar. Sucedeu muita dessa gente ficar sem os seus valores e acabar na miséria devido à esperteza ou à morte súbita do depositário. Houve senhores sem escrúpulos que, aceitando valores para guardar, fingiram-se depois de estranhos e desentendidos: “Você está maluco? Deu-me lá alguma cousa para guardar?”
Muito dinheiro enterrado sumiu-se misteriosamente. Joaquim Nabuco, criado por sua madrinha na casa-grande de Maçangana, morreu sem saber que destino tomara a ourama para ele reunida pela boa senhora; e provavelmente enterrada em algum desvão de parede. […] Em várias casas-grandes da Bahia, de Olinda, de Pernambuco se têm encontrado, em demolições ou escavações, botijas de dinheiro. Na que foi dos Pires d’Ávila ou Pires de Carvalho, na Bahia, achou-se, num recanto de parede, “verdadeira fortuna em moedas de ouro”. Noutras casas-grandes só se têm desencavado do chão ossos de escravos, justiçados pelos senhores e mandados enterrar no quintal, ou dentro de casa, à revelia das autoridades. Conta-se que o visconde de Suaçuna, na sua casa-grande de Pombal, mandou enterrar no jardim mais de um negro supliciado por ordem de sua justiça patriarcal. Não é de admirar. Eram senhores, os das casas-grandes, que mandavam matar os próprios filhos. Um desses patriarcas, Pedro Vieira, já avô, por descobrir que o filho mantinha relações com a mucama de sua predileção, mandou matá-lo pelo irmão mais velho.
(In: Silviano Santiago (coord.). Intérpretes do Brasil, 2000.)
A) seriam guardadas.
B) fossem guardadas.
C) foram guardadas.
D) eram guardadas.
E) são guardadas.
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