Questões de Português para Vestibular

cód. #8612

EBMSP - Português - 2018 - Prosef - 2018.2 - Medicina - 1ª Fase


JUNIÃO. Charge. Disponível em: <http://blogdamartabellini.blogspot.com.br> . Acesso em: abr. 2018.


A charge é um gênero textual que tem por finalidade emitir uma opinião crítica ou satírica sobre algum aspecto da sociedade.
Assumindo um posicionamento crítico-irônico diante da possibilidade de reincidência de epidemias, o chargista chama a atenção para

A) o sucateamento do Sistema Único de Saúde, SUS, como uma consequência da lógica das empreiteiras e dos esquemas político-partidários.

B) o avanço da agricultura e da pecuária, que proporcionou o contato dos indivíduos com outras espécies de seres vivos, facilitando, assim, a disseminação de agentes infecciosos e parasitários para novos hospedeiros e ambientes.

C) a circulação de pessoas, mercadorias e animais de um lugar para outro, além do excesso de descartes pelo consumismo exacerbado, que acabou propiciando a exposição do povo ao risco de contrair patologias totalmente desconhecidas.

D) o relaxamento das medidas de controle do vetor de tais doenças por parte do poder público, no sentido de proteger a saúde da população por meio de um programa de vigilância sanitária eficiente, o que possibilitou sua recorrência.

E) a degradação das condições da vida urbana, com saneamento básico inadequado, coleta de lixo precária, descuido com higiene de espaços públicos e particulares, que constituem as únicas causas do reaparecimento dos males que afetam o bem-estar da população brasileira.

A B C D E

cód. #9380

UEG - Português - 2018 - Vestibular - Inglês

A interrogação apresentada no fim do primeiro parágrafo, “Como podemos, portanto, definir esse direito?” (linha 4), constitui um exemplo de

A) imperativo com polidez, já que o locutor usa uma pergunta para dar uma ordem ao interlocutor e, assim, fazê-lo executar uma ação

B) proposta de diálogo com o interlocutor, já que convida o leitor a manifestar sua opinião sobre a temática que está sendo desenvolvida no texto.

C) pergunta retórica, uma vez que se trata de uma questão que tem por finalidade introduzir um tópico a ser desenvolvido adiante pelo próprio autor

D) conclusão inacabada, visto que propõe que o leitor construa, a partir de sua própria reflexão, um fechamento para a ideia que foi apresentada.

E) questionamento de autoridade, uma vez que a pergunta lança dúvida sobre a correção e a legitimidade de uma definição desenvolvida por outro autor.

A B C D E

cód. #9636

UERJ - Português - 2018 - Vestibular - Primeiro Exame - Francês

O poema a seguir foi retirado do Livro de Sonetos, de Vinicius de Moraes (São Paulo: Companhia das Letras, 2009)

Soneto de separação  


Na terceira estrofe (v. 9-11), a seleção vocabular evidencia a passagem de um estado emocional a outro por parte do poeta. A partir dessa seleção, os estados emocionais por que passa o poeta podem ser definidos como:

A) cíclicos

B) hesitantes

C) antagônicos

D) independentes

A B C D E

cód. #10916

VUNESP - Português - 2018 - Vestibular

Para responder à questão, leia o trecho do livro Casa-grande e senzala, de Gilberto Freyre.


       Mas a casa-grande patriarcal não foi apenas fortaleza, capela, escola, oficina, santa casa, harém, convento de moças, hospedaria. Desempenhou outra função importante na economia brasileira: foi também banco. Dentro das suas grossas paredes, debaixo dos tijolos ou mosaicos, no chão, enterrava-se dinheiro, guardavam-se joias, ouro, valores. Às vezes guardavam-se joias nas capelas, enfeitando os santos. Daí Nossas Senhoras sobrecarregadas à baiana de teteias, balangandãs, corações, cavalinhos, cachorrinhos e correntes de ouro. Os ladrões, naqueles tempos piedosos, raramente ousavam entrar nas capelas e roubar os santos. É verdade que um roubou o esplendor e outras joias de São Benedito; mas sob o pretexto, ponderável para a época, de que “negro não devia ter luxo”. Com efeito, chegou a proibir-se, nos tempos coloniais, o uso de “ornatos de algum luxo” pelos negros.

      Por segurança e precaução contra os corsários, contra os excessos demagógicos, contra as tendências comunistas dos indígenas e dos africanos, os grandes proprietários, nos seus zelos exagerados de privativismo, enterraram dentro de casa as joias e o ouro do mesmo modo que os mortos queridos. Os dois fortes motivos das casas-grandes acabarem sempre mal-assombradas com cadeiras de balanço se balançando sozinhas sobre tijolos soltos que de manhã ninguém encontra; com barulho de pratos e copos batendo de noite nos aparadores; com almas de senhores de engenho aparecendo aos parentes ou mesmo estranhos pedindo padres-nossos, ave-marias, gemendo lamentações, indicando lugares com botijas de dinheiro. Às vezes dinheiro dos outros, de que os senhores ilicitamente se haviam apoderado. Dinheiro que compadres, viúvas e até escravos lhes tinham entregue para guardar. Sucedeu muita dessa gente ficar sem os seus valores e acabar na miséria devido à esperteza ou à morte súbita do depositário. Houve senhores sem escrúpulos que, aceitando valores para guardar, fingiram-se depois de estranhos e desentendidos: “Você está maluco? Deu-me lá alguma cousa para guardar?”

      Muito dinheiro enterrado sumiu-se misteriosamente. Joaquim Nabuco, criado por sua madrinha na casa-grande de Maçangana, morreu sem saber que destino tomara a ourama para ele reunida pela boa senhora; e provavelmente enterrada em algum desvão de parede. […] Em várias casas-grandes da Bahia, de Olinda, de Pernambuco se têm encontrado, em demolições ou escavações, botijas de dinheiro. Na que foi dos Pires d’Ávila ou Pires de Carvalho, na Bahia, achou-se, num recanto de parede, “verdadeira fortuna em moedas de ouro”. Noutras casas-grandes só se têm desencavado do chão ossos de escravos, justiçados pelos senhores e mandados enterrar no quintal, ou dentro de casa, à revelia das autoridades. Conta-se que o visconde de Suaçuna, na sua casa-grande de Pombal, mandou enterrar no jardim mais de um negro supliciado por ordem de sua justiça patriarcal. Não é de admirar. Eram senhores, os das casas-grandes, que mandavam matar os próprios filhos. Um desses patriarcas, Pedro Vieira, já avô, por descobrir que o filho mantinha relações com a mucama de sua predileção, mandou matá-lo pelo irmão mais velho.

                         (In: Silviano Santiago (coord.). Intérpretes do Brasil, 2000.)

A expressão do texto cujo sentido está corretamente indicado é:

A) “ponderável para a época” (1° parágrafo) → desprezível para o tempo.

B) “tempos piedosos” (1° parágrafo) → época fervorosa.

C) “excessos demagógicos” (2° parágrafo) → desmando político.

D) “tendências comunistas” (2° parágrafo) → incitação pública.

E) “zelos exagerados” (2° parágrafo) → aflições excessivas.

A B C D E

cód. #8613

EBMSP - Português - 2018 - Prosef - 2018.2 - Medicina - 1ª Fase

O tempo da história e o da vida. Distintos, completamente, deveria ter cada qual um nome. Não se confundiriam. Seriam independentes e livres. Cada um na sua. O da vida dependeria do humano. Teria seus limites impostos por ele. O da história existiria sem um fim necessário. Nomes diferentes dariam a eles independência para ter relação com os valores, a moral, as virtudes, a ética, o equilíbrio das diferenças em cada momento. O tempo da vida do humano. O tempo da história. Debates não seriam sufocados, circunstâncias não silenciariam projetos, aspectos morais teriam seus espaços e preservar-se-ia a verdadeira ética que não guarda relação alguma com picuinhas ou cerimonialismos.
A ética que tem como valor o humano. Não o individual, o uno, mas o coletivo. O humano que não pode ser desgraçado por interesses comerciais, mesquinhez de costumes ou sentimentos preconceituosos. O humano que se defronta com problemas de cada tempo e aceita superá-los. Sem vícios.
O FIM do tempo único. Disponível em: <https://www.revistaforum.com.br/>. Acesso em: abr. 2018. Editorial.
Segundo o editorial da Revista Fórum, o tempo

A) único, na concepção da sociedade, deveria continuar, inclusive porque se trata de uma tradição secular.

B) da vida serviria como guia das ações humanas na resolução de problemas diários, dando-lhes independência quanto aos valores éticos e morais, além da busca do equilíbrio que cada momento exige, deixando de lado as questões culturais.

C) bipartido trataria as diversidades de forma mais abrangente, podendo desenvolver comportamentos sociais incoerentes a partir de certos paradigmas.

D) distinto poderia diminuir as condutas antiéticas, evidenciando as regras morais que justificariam práticas mais coesas por parte dos agentes que atuam coletivamente.

E) uno, sendo definitivamente extinto, resultaria na ratificação do conceito de ética por justificar as regras morais de modo racional.

A B C D E

cód. #9381

UEG - Português - 2018 - Vestibular - Inglês

Considere o seguinte fragmento:

Nessa perspectiva, o direito à cidade é, portanto, muito mais do que um direito de acesso individual ou grupal aos recursos que a cidade incorpora: é um direito de mudar e reinventar a cidade, de forma que ela atenda aos desejos mais profundos e às necessidades mais prementes do ser humano. (Linhas 13-15).

O uso do sinal de dois pontos (:), nesse trecho, tem a função de

A) intercalar um segmento vocativo.

B) introduzir um trecho explicativo.

C) sinalizar uma enumeração de itens.

D) marcar a inserção de um discurso direto.

E) separar a oração principal da subordinada.

A B C D E

cód. #9637

UERJ - Português - 2018 - Vestibular - Primeiro Exame - Francês

O poema a seguir foi retirado do Livro de Sonetos, de Vinicius de Moraes (São Paulo: Companhia das Letras, 2009)

Soneto de separação  


Uma série de transformações é apresentada pelo verbo fazer acompanhado da palavra se. Na cena construída no poema, essa estrutura linguística produz o seguinte efeito:

A) apagamento dos parceiros da relação

B) esquecimento da sensação de perda

C) neutralização dos espaços de conflito

D) indefinição do momento da despedida

A B C D E

cód. #10917

VUNESP - Português - 2018 - Vestibular

Para responder à questão, leia o trecho do livro Casa-grande e senzala, de Gilberto Freyre.


       Mas a casa-grande patriarcal não foi apenas fortaleza, capela, escola, oficina, santa casa, harém, convento de moças, hospedaria. Desempenhou outra função importante na economia brasileira: foi também banco. Dentro das suas grossas paredes, debaixo dos tijolos ou mosaicos, no chão, enterrava-se dinheiro, guardavam-se joias, ouro, valores. Às vezes guardavam-se joias nas capelas, enfeitando os santos. Daí Nossas Senhoras sobrecarregadas à baiana de teteias, balangandãs, corações, cavalinhos, cachorrinhos e correntes de ouro. Os ladrões, naqueles tempos piedosos, raramente ousavam entrar nas capelas e roubar os santos. É verdade que um roubou o esplendor e outras joias de São Benedito; mas sob o pretexto, ponderável para a época, de que “negro não devia ter luxo”. Com efeito, chegou a proibir-se, nos tempos coloniais, o uso de “ornatos de algum luxo” pelos negros.

      Por segurança e precaução contra os corsários, contra os excessos demagógicos, contra as tendências comunistas dos indígenas e dos africanos, os grandes proprietários, nos seus zelos exagerados de privativismo, enterraram dentro de casa as joias e o ouro do mesmo modo que os mortos queridos. Os dois fortes motivos das casas-grandes acabarem sempre mal-assombradas com cadeiras de balanço se balançando sozinhas sobre tijolos soltos que de manhã ninguém encontra; com barulho de pratos e copos batendo de noite nos aparadores; com almas de senhores de engenho aparecendo aos parentes ou mesmo estranhos pedindo padres-nossos, ave-marias, gemendo lamentações, indicando lugares com botijas de dinheiro. Às vezes dinheiro dos outros, de que os senhores ilicitamente se haviam apoderado. Dinheiro que compadres, viúvas e até escravos lhes tinham entregue para guardar. Sucedeu muita dessa gente ficar sem os seus valores e acabar na miséria devido à esperteza ou à morte súbita do depositário. Houve senhores sem escrúpulos que, aceitando valores para guardar, fingiram-se depois de estranhos e desentendidos: “Você está maluco? Deu-me lá alguma cousa para guardar?”

      Muito dinheiro enterrado sumiu-se misteriosamente. Joaquim Nabuco, criado por sua madrinha na casa-grande de Maçangana, morreu sem saber que destino tomara a ourama para ele reunida pela boa senhora; e provavelmente enterrada em algum desvão de parede. […] Em várias casas-grandes da Bahia, de Olinda, de Pernambuco se têm encontrado, em demolições ou escavações, botijas de dinheiro. Na que foi dos Pires d’Ávila ou Pires de Carvalho, na Bahia, achou-se, num recanto de parede, “verdadeira fortuna em moedas de ouro”. Noutras casas-grandes só se têm desencavado do chão ossos de escravos, justiçados pelos senhores e mandados enterrar no quintal, ou dentro de casa, à revelia das autoridades. Conta-se que o visconde de Suaçuna, na sua casa-grande de Pombal, mandou enterrar no jardim mais de um negro supliciado por ordem de sua justiça patriarcal. Não é de admirar. Eram senhores, os das casas-grandes, que mandavam matar os próprios filhos. Um desses patriarcas, Pedro Vieira, já avô, por descobrir que o filho mantinha relações com a mucama de sua predileção, mandou matá-lo pelo irmão mais velho.

                         (In: Silviano Santiago (coord.). Intérpretes do Brasil, 2000.)

Em “Não é de admirar. Eram senhores, os das casas-grandes, que mandavam matar os próprios filhos.” (3° parágrafo), a conjunção que poderia unir as duas frases, sem alteração de sentido, é:

A) como.

B) mas.

C) embora.

D) se.

E) pois.

A B C D E

cód. #8614

EBMSP - Português - 2018 - Prosef - 2018.2 - Medicina - 1ª Fase

Questão

    A importância da educação em ética médica na formação do profissional de Medicina, no Brasil, é reconhecida há muito tempo. As transformações tecnológicas, sociais, legais, econômicas e morais ocorridas de forma acelerada, nas últimas décadas, incentivaram o surgimento de uma comunidade global mais integrada e esclarecida, com impacto no exercício das profissões de saúde. Na Medicina, novas questões éticas são constantemente incorporadas à reflexão, levando a uma contínua necessidade de renovação e atualização de seu ensino. O surgimento da bioética, em 1971, despertou a atenção para a necessidade de uma abordagem transdisciplinar e holística sobre os aspectos éticos em saúde, ampliando o escopo das disciplinas de deontologia e ética médica para a consideração de outras questões que extrapolam simples aplicações práticas de conceitos éticos no campo profissional, além de abrir pontes para a reflexão sobre o futuro da humanidade.

 DANTAS, Flávio; SOUSA, Evandro Guimarães de. Ensino da Deontologia, Ética Médica e Bioética nas Escolas Médicas Brasileiras: uma Revisão Sistemática. Disponível em: <http://www.scielo.br> . Acesso em: abr. 2018.
Considerando-se o gênero discursivo do texto, é correto afirmar que se trata de

A) crônica, caracterizada por uma breve narrativa de um acontecimento cotidiano, escrita na terceira pessoa, gerando no locutor a necessidade de se posicionar criticamente, a partir de uma tese e de uma argumentação consistente.

B) artigo científico, por ser uma publicação com autoria declarada, apresentando e discutindo ideias relacionadas com resultados provenientes de estudos realizados, visando torná-las conhecidas pela sociedade.

C) resenha crítica, uma vez que apresenta, de maneira breve, uma avaliação sobre o assunto por meio de uma descrição minuciosa que compreende certo número de fatos sobre os quais se emite um juízo de valor.

D) editorial, por ter caráter opinativo, escrito de forma impessoal, tendo em vista informar à coletividade o conteúdo que aborda, mas sem obrigação de ser indiferente ou neutro.

E) notícia, porque tem como objetivo principal anunciar determinada ocorrência do interesse do público em geral, de modo preciso e imparcial.

A B C D E

cód. #9382

UEG - Português - 2018 - Vestibular - Inglês

De acordo com o texto, o direito à cidade constitui um dos direitos humanos mais básicos, o qual deve

A) prover aos indivíduos formação técnico-profissional em larga escala, de modo a tornar a grande massa urbana capacitada às diversas formas de trabalho e de ocupações urbanas.

B) implementar formas criativas e sustentáveis de expansão do espaço urbano, possibilitando a todas as pessoas condições dignas e plenas de viver, morar e se locomover pela cidade.

C) fornecer à sociedade um modo de organização política hierarquizado, cuja escolha dos governantes e dos gestores públicos seja realizada pelo mérito, em intervalos de tempo regulares.

D) garantir às pessoas a prerrogativa de moldar o mundo em que vivem, de modo que o espaço urbano atenda, de forma democrática, às necessidades e aos desejos humanos fundamentais.

E) promover, de forma sistemática, a inclusão e o bem-estar de migrantes rurais e de grupos marginalizados, de forma a criar e recriar um espaço de plena realização para o ser humano.

A B C D E

{TITLE}

{CONTENT}
Precisa de ajuda? Entre em contato.