JUNIÃO. Charge. Disponível em: <http://blogdamartabellini.blogspot.com.br> . Acesso em: abr. 2018.
A) o sucateamento do Sistema Único de Saúde, SUS, como uma consequência da lógica das empreiteiras e dos esquemas político-partidários.
B) o avanço da agricultura e da pecuária, que proporcionou o contato dos indivíduos com outras espécies de seres vivos, facilitando, assim, a disseminação de agentes infecciosos e parasitários para novos hospedeiros e ambientes.
C) a circulação de pessoas, mercadorias e animais de um lugar para outro, além do excesso de descartes pelo consumismo exacerbado, que acabou propiciando a exposição do povo ao risco de contrair patologias totalmente desconhecidas.
D) o relaxamento das medidas de controle do vetor de tais doenças por parte do poder público, no sentido de proteger a saúde da população por meio de um programa de vigilância sanitária eficiente, o que possibilitou sua recorrência.
E) a degradação das condições da vida urbana, com saneamento básico inadequado, coleta de lixo precária, descuido com higiene de espaços públicos e particulares, que constituem as únicas causas do reaparecimento dos males que afetam o bem-estar da população brasileira.
A) imperativo com polidez, já que o locutor usa uma pergunta para dar uma ordem ao interlocutor e, assim, fazê-lo executar uma ação
B) proposta de diálogo com o interlocutor, já que convida o leitor a manifestar sua opinião sobre a temática que está sendo desenvolvida no texto.
C) pergunta retórica, uma vez que se trata de uma questão que tem por finalidade introduzir um tópico a ser desenvolvido adiante pelo próprio autor
D) conclusão inacabada, visto que propõe que o leitor construa, a partir de sua própria reflexão, um fechamento para a ideia que foi apresentada.
E) questionamento de autoridade, uma vez que a pergunta lança dúvida sobre a correção e a legitimidade de uma definição desenvolvida por outro autor.
A) cíclicos
B) hesitantes
C) antagônicos
D) independentes
Para responder à questão, leia o trecho do livro Casa-grande e senzala, de Gilberto Freyre.
Mas a casa-grande patriarcal não foi apenas fortaleza, capela, escola, oficina, santa casa, harém, convento de moças, hospedaria. Desempenhou outra função importante na economia brasileira: foi também banco. Dentro das suas grossas paredes, debaixo dos tijolos ou mosaicos, no chão, enterrava-se dinheiro, guardavam-se joias, ouro, valores. Às vezes guardavam-se joias nas capelas, enfeitando os santos. Daí Nossas Senhoras sobrecarregadas à baiana de teteias, balangandãs, corações, cavalinhos, cachorrinhos e correntes de ouro. Os ladrões, naqueles tempos piedosos, raramente ousavam entrar nas capelas e roubar os santos. É verdade que um roubou o esplendor e outras joias de São Benedito; mas sob o pretexto, ponderável para a época, de que “negro não devia ter luxo”. Com efeito, chegou a proibir-se, nos tempos coloniais, o uso de “ornatos de algum luxo” pelos negros.
Por segurança e precaução contra os corsários, contra os excessos demagógicos, contra as tendências comunistas dos indígenas e dos africanos, os grandes proprietários, nos seus zelos exagerados de privativismo, enterraram dentro de casa as joias e o ouro do mesmo modo que os mortos queridos. Os dois fortes motivos das casas-grandes acabarem sempre mal-assombradas com cadeiras de balanço se balançando sozinhas sobre tijolos soltos que de manhã ninguém encontra; com barulho de pratos e copos batendo de noite nos aparadores; com almas de senhores de engenho aparecendo aos parentes ou mesmo estranhos pedindo padres-nossos, ave-marias, gemendo lamentações, indicando lugares com botijas de dinheiro. Às vezes dinheiro dos outros, de que os senhores ilicitamente se haviam apoderado. Dinheiro que compadres, viúvas e até escravos lhes tinham entregue para guardar. Sucedeu muita dessa gente ficar sem os seus valores e acabar na miséria devido à esperteza ou à morte súbita do depositário. Houve senhores sem escrúpulos que, aceitando valores para guardar, fingiram-se depois de estranhos e desentendidos: “Você está maluco? Deu-me lá alguma cousa para guardar?”
Muito dinheiro enterrado sumiu-se misteriosamente. Joaquim Nabuco, criado por sua madrinha na casa-grande de Maçangana, morreu sem saber que destino tomara a ourama para ele reunida pela boa senhora; e provavelmente enterrada em algum desvão de parede. […] Em várias casas-grandes da Bahia, de Olinda, de Pernambuco se têm encontrado, em demolições ou escavações, botijas de dinheiro. Na que foi dos Pires d’Ávila ou Pires de Carvalho, na Bahia, achou-se, num recanto de parede, “verdadeira fortuna em moedas de ouro”. Noutras casas-grandes só se têm desencavado do chão ossos de escravos, justiçados pelos senhores e mandados enterrar no quintal, ou dentro de casa, à revelia das autoridades. Conta-se que o visconde de Suaçuna, na sua casa-grande de Pombal, mandou enterrar no jardim mais de um negro supliciado por ordem de sua justiça patriarcal. Não é de admirar. Eram senhores, os das casas-grandes, que mandavam matar os próprios filhos. Um desses patriarcas, Pedro Vieira, já avô, por descobrir que o filho mantinha relações com a mucama de sua predileção, mandou matá-lo pelo irmão mais velho.
(In: Silviano Santiago (coord.). Intérpretes do Brasil, 2000.)
A) “ponderável para a época” (1° parágrafo) → desprezível para o tempo.
B) “tempos piedosos” (1° parágrafo) → época fervorosa.
C) “excessos demagógicos” (2° parágrafo) → desmando político.
D) “tendências comunistas” (2° parágrafo) → incitação pública.
E) “zelos exagerados” (2° parágrafo) → aflições excessivas.
A) único, na concepção da sociedade, deveria continuar, inclusive porque se trata de uma tradição secular.
B) da vida serviria como guia das ações humanas na resolução de problemas diários, dando-lhes independência quanto aos valores éticos e morais, além da busca do equilíbrio que cada momento exige, deixando de lado as questões culturais.
C) bipartido trataria as diversidades de forma mais abrangente, podendo desenvolver comportamentos sociais incoerentes a partir de certos paradigmas.
D) distinto poderia diminuir as condutas antiéticas, evidenciando as regras morais que justificariam práticas mais coesas por parte dos agentes que atuam coletivamente.
E) uno, sendo definitivamente extinto, resultaria na ratificação do conceito de ética por justificar as regras morais de modo racional.
Considere o seguinte fragmento:
Nessa perspectiva, o direito à cidade é, portanto, muito mais do que um direito de acesso individual ou grupal aos recursos que a cidade incorpora: é um direito de mudar e reinventar a cidade, de forma que ela atenda aos desejos mais profundos e às necessidades mais prementes do ser humano. (Linhas 13-15).
O uso do sinal de dois pontos (:), nesse trecho, tem a função de
A) intercalar um segmento vocativo.
B) introduzir um trecho explicativo.
C) sinalizar uma enumeração de itens.
D) marcar a inserção de um discurso direto.
E) separar a oração principal da subordinada.
A) apagamento dos parceiros da relação
B) esquecimento da sensação de perda
C) neutralização dos espaços de conflito
D) indefinição do momento da despedida
Para responder à questão, leia o trecho do livro Casa-grande e senzala, de Gilberto Freyre.
Mas a casa-grande patriarcal não foi apenas fortaleza, capela, escola, oficina, santa casa, harém, convento de moças, hospedaria. Desempenhou outra função importante na economia brasileira: foi também banco. Dentro das suas grossas paredes, debaixo dos tijolos ou mosaicos, no chão, enterrava-se dinheiro, guardavam-se joias, ouro, valores. Às vezes guardavam-se joias nas capelas, enfeitando os santos. Daí Nossas Senhoras sobrecarregadas à baiana de teteias, balangandãs, corações, cavalinhos, cachorrinhos e correntes de ouro. Os ladrões, naqueles tempos piedosos, raramente ousavam entrar nas capelas e roubar os santos. É verdade que um roubou o esplendor e outras joias de São Benedito; mas sob o pretexto, ponderável para a época, de que “negro não devia ter luxo”. Com efeito, chegou a proibir-se, nos tempos coloniais, o uso de “ornatos de algum luxo” pelos negros.
Por segurança e precaução contra os corsários, contra os excessos demagógicos, contra as tendências comunistas dos indígenas e dos africanos, os grandes proprietários, nos seus zelos exagerados de privativismo, enterraram dentro de casa as joias e o ouro do mesmo modo que os mortos queridos. Os dois fortes motivos das casas-grandes acabarem sempre mal-assombradas com cadeiras de balanço se balançando sozinhas sobre tijolos soltos que de manhã ninguém encontra; com barulho de pratos e copos batendo de noite nos aparadores; com almas de senhores de engenho aparecendo aos parentes ou mesmo estranhos pedindo padres-nossos, ave-marias, gemendo lamentações, indicando lugares com botijas de dinheiro. Às vezes dinheiro dos outros, de que os senhores ilicitamente se haviam apoderado. Dinheiro que compadres, viúvas e até escravos lhes tinham entregue para guardar. Sucedeu muita dessa gente ficar sem os seus valores e acabar na miséria devido à esperteza ou à morte súbita do depositário. Houve senhores sem escrúpulos que, aceitando valores para guardar, fingiram-se depois de estranhos e desentendidos: “Você está maluco? Deu-me lá alguma cousa para guardar?”
Muito dinheiro enterrado sumiu-se misteriosamente. Joaquim Nabuco, criado por sua madrinha na casa-grande de Maçangana, morreu sem saber que destino tomara a ourama para ele reunida pela boa senhora; e provavelmente enterrada em algum desvão de parede. […] Em várias casas-grandes da Bahia, de Olinda, de Pernambuco se têm encontrado, em demolições ou escavações, botijas de dinheiro. Na que foi dos Pires d’Ávila ou Pires de Carvalho, na Bahia, achou-se, num recanto de parede, “verdadeira fortuna em moedas de ouro”. Noutras casas-grandes só se têm desencavado do chão ossos de escravos, justiçados pelos senhores e mandados enterrar no quintal, ou dentro de casa, à revelia das autoridades. Conta-se que o visconde de Suaçuna, na sua casa-grande de Pombal, mandou enterrar no jardim mais de um negro supliciado por ordem de sua justiça patriarcal. Não é de admirar. Eram senhores, os das casas-grandes, que mandavam matar os próprios filhos. Um desses patriarcas, Pedro Vieira, já avô, por descobrir que o filho mantinha relações com a mucama de sua predileção, mandou matá-lo pelo irmão mais velho.
(In: Silviano Santiago (coord.). Intérpretes do Brasil, 2000.)
A) como.
B) mas.
C) embora.
D) se.
E) pois.
A) crônica, caracterizada por uma breve narrativa de um acontecimento cotidiano, escrita na terceira pessoa, gerando no locutor a necessidade de se posicionar criticamente, a partir de uma tese e de uma argumentação consistente.
B) artigo científico, por ser uma publicação com autoria declarada, apresentando e discutindo ideias relacionadas com resultados provenientes de estudos realizados, visando torná-las conhecidas pela sociedade.
C) resenha crítica, uma vez que apresenta, de maneira breve, uma avaliação sobre o assunto por meio de uma descrição minuciosa que compreende certo número de fatos sobre os quais se emite um juízo de valor.
D) editorial, por ter caráter opinativo, escrito de forma impessoal, tendo em vista informar à coletividade o conteúdo que aborda, mas sem obrigação de ser indiferente ou neutro.
E) notícia, porque tem como objetivo principal anunciar determinada ocorrência do interesse do público em geral, de modo preciso e imparcial.
A) prover aos indivíduos formação técnico-profissional em larga escala, de modo a tornar a grande massa urbana capacitada às diversas formas de trabalho e de ocupações urbanas.
B) implementar formas criativas e sustentáveis de expansão do espaço urbano, possibilitando a todas as pessoas condições dignas e plenas de viver, morar e se locomover pela cidade.
C) fornecer à sociedade um modo de organização política hierarquizado, cuja escolha dos governantes e dos gestores públicos seja realizada pelo mérito, em intervalos de tempo regulares.
D) garantir às pessoas a prerrogativa de moldar o mundo em que vivem, de modo que o espaço urbano atenda, de forma democrática, às necessidades e aos desejos humanos fundamentais.
E) promover, de forma sistemática, a inclusão e o bem-estar de migrantes rurais e de grupos marginalizados, de forma a criar e recriar um espaço de plena realização para o ser humano.
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