Questões de Português para Vestibular

cód. #8378

VUNESP - Português - 2018 - Administração e Economia

Leia o texto para responder à questão.

    Em 17 de maio de 2016, o diretor do Instituto do Cérebro do RS (InsCer/RS), Jaderson Costa da Costa, e o professor do curso de Teologia da Escola de Humanidades da PUCRS Erico Hammes debateram as interfaces entre o cérebro e a tecnologia, em mais uma atividade do projeto Fé e Cultura.
    O debate começou com Costa da Costa contextualizando as tecnologias durante as décadas e gerações. “Eu sou de uma geração que escrevia cartas”, afirmou, explicando que tinha mais tempo para pensar no que escreveria e em um possível arrependimento. Na primeira vez que enviou um fax, contou que, quando viu a folha passando pela máquina, se arrependeu imediatamente, mas percebeu que não tinha mais volta. Lembrou, também, que não estava preparado para aquela tecnologia, utilizando o exemplo para mostrar de que maneira as inovações mudam o modo como as pessoas vivem e enxergam o mundo. Segundo ele, a vida é orientada pela tecnologia, que busca, entre outras coisas, longevidade, inteligência e bem-estar.     Perguntado sobre o impacto da tecnologia no campo da aprendizagem, o diretor do InsCer declarou ser um entusiasta do processo, já que não tem medo da tecnologia. Sobre os efeitos na educação, ele lembra que antigamente a memória era muito mais utilizada. Hoje, o celular tem todos os dados e ninguém mais grava números de telefone, por exemplo. Se isso é bom ou ruim, ele diz que depende do ponto de vista. Pensando de maneira antiga e tradicional, é prejudicial.
    “Mas essa geração não foi feita para nós, essa geração foi feita para um futuro que ainda temos dificuldade de entender”, explicou. Por isso, enxerga que, se por um lado a memória foi prejudicada, por outro a nova geração tem a capacidade de juntar fragmentos em uma base de tempo aleatória, que nenhuma outra geração tem. Além disso, o pesquisador defende a ideia de que não existe memória que grave a mesma coisa, cada um grava pedaços e cria diferentes percepções no cérebro.

(http://www.pucrs.br. Adaptado)
Ao falar sobre o impacto da tecnologia no campo da aprendizagem, Costa da Costa pondera que a nova geração

A) poderá ter prejuízos severos na memória, mas ainda é cedo para falar sobre eles, já que a geração dele continua tendo dificuldades de entender as inovações.

B) mantém os mesmos padrões das gerações antigas ao tratar as informações, o que indica que não houve prejuízo à memória das pessoas.

C) tende a juntar fragmentos de informações em uma base de tempo aleatória, o que deixa claro os prejuízos que houve à memória dessa geração.

D) desenvolveu uma forma diferente de tratar as informações, o que pode ser estranho para as gerações mais antigas, mas pode ser produtivo para a atual.

E) desenvolveu percepções equivocadas de tratamento das informações, o que é prejudicial à sociedade, que ainda tem dificuldade de entender as mudanças.

A B C D E

cód. #9146

UEG - Português - 2018 - Vestibular - Prova objetiva - Jataí

De acordo com o texto, o direito à cidade constitui um dos direitos humanos mais básicos, o qual deve

A) prover aos indivíduos formação técnico-profissional em larga escala, de modo a tornar a grande massa urbana capacitada às diversas formas de trabalho e de ocupações urbanas.

B) fornecer à sociedade um modo de organização política hierarquizado, cuja escolha dos governantes e dos gestores públicos seja realizada pelo mérito, em intervalos de tempo regulares.

C) promover, de forma sistemática, a inclusão e o bem-estar de migrantes rurais e de grupos marginalizados, de forma a criar e recriar um espaço de plena realização para o ser humano.

D) garantir às pessoas a prerrogativa de moldar o mundo em que vivem, de modo que o espaço urbano atenda, de forma democrática, às necessidades e aos desejos humanos fundamentais.

E) implementar formas criativas e sustentáveis de expansão do espaço urbano, possibilitando a todas as pessoas condições dignas e plenas de viver, morar e se locomover pela cidade.

A B C D E

cód. #10170

INEP - Português - 2018 - Vestibular - 1º Dia

ASSINALE a afirmativa correta sobre a obra Minha Vida de Menina, de Helena Morley:

A) A obra em questão pertence ao gênero textual diário e relata a vida de sua protagonista desde a infância até a velhice.

B) Por abordar a infância de sua narradora, a obra apresenta ausência de criticidade em relação aos conflitos sociais do Arraial do Tijuco no século XIX.

C) Helena Morley é uma personagem ficcional inventada por Alice Dayrell Caldeira Brant para ser protagonista das narrativas que criou sobre o cotidiano do Arraial do Tijuco.

D) Com uma linguagem rica em seu caráter despretensioso e coloquial, o texto evidencia aspectos sociais, econômicos, políticos e religiosos do Arraial do Tijuco no século XIX.

A B C D E

cód. #10426

FATEC - Português - 2018 - Vestibular - Primeiro Semestre

Leia o texto para responder à questão. 

     Temple Grandin empacou diante da porteira. Alguns parafusos cravados na madeira lhe saltaram aos olhos. “Tem que limar a cabeça desses parafusos, se não o gado pode se machucar”, aconselhou à dona da fazenda, Carmen Perez, que ao lembrar a cena comentou: “Sempre passo no curral antes do manejo, observo tudo, dizem que tenho olho biônico, e ela notou uma coisa que eu não tinha visto.”. 

     Grandin tem um parafuso a mais quando se trata do bem-estar dos bichos. Professora de ciência animal, ela é autista e dona de uma hipersensibilidade visual e auditiva. Tocada pelas angústias do gado desde a juventude, ela compreendia por que a rês recuava na hora da vacinação, por que atacava um vaqueiro, por que tropeçava, por que mugia. Grandin traduziu esse entendimento em projetos que propunham mudanças no manejo. Hoje, instalações criadas por ela são familiares a quase metade dos bovinos nos Estados Unidos. O Brasil, com seus quase 172 milhões de cabeças de gado, segundo o Censo Agropecuário de 2017, vem aos poucos fazendo ajustes alinhados com as propostas da americana.

     Em julho passado, Grandin, hoje com 71 anos, veio ao Brasil pela sexta vez. Na fazenda Orvalho das Flores, localizada em Barra do Garças (MT), ela testemunhou como a equipe de Perez conduz suas 2 980 cabeças de Nelore, raça predominante no país. Os vaqueiros massageiam os bezerros, não gritam com os bois, tampouco deixam capas de chuva, correntes ou chapéus no caminho dos animais.

     A engenheira agrônoma Maria Lucia Pereira Lima foi aluna de pós-doutorado de Grandin na Universidade do Estado do Colorado, em Fort Collins, em 2013. Viajara aos Estados Unidos para aprender como medir o bem-estar dos bovinos e se inteirar de inovações que pudessem ser implantadas em currais brasileiros. Uma delas, por exemplo, tranquiliza o animal conduzido à vacinação: o gado em geral se via obrigado a passar espremido por espaços afunilados. Grandin projetou um acesso em curva, sem cantos, que dá à rês a ilusão de que voltará ao ponto de partida. Outra: uma lâmpada acesa na entrada do tronco de contenção – o equipamento que permite o manejo individual do boi – a indicar o trajeto reduziu em até 90% o uso de choque elétrico durante o processo.

     [...]

    No auditório da universidade, outros pesquisadores se revezavam no palco discutindo aspectos econômicos e sociais relacionados ao bem-estar animal. O tempo de manejo cai pela metade nos estabelecimentos agropecuários que seguem os manuais de Grandin. De ovos transportados com cuidado nascem pintinhos sadios. Sem falar na melhor qualidade de vida de quem lida com esses bichos. Vaqueiros bem treinados sofrem menos acidentes no trabalho e desenvolvem uma relação mais harmoniosa nos casamentos. “A melhoria do bem-estar animal melhora o bem-estar humano”, afirmou o zootecnista Mateus Paranhos da Costa, da Universidade Estadual Paulista.

Monica Manin <https://tinyurl.com/y8xeoqul> Acesso em: 12.10.2018. Adaptado.
De acordo com as informações apresentadas no texto sobre os trabalhos da professora Temple Grandin, a mudança proposta por ela no tratamento dos animais acarreta

A) benefícios aos animais e aos tratadores, pois os tratadores se expõem menos a riscos e ganham maior qualidade de vida.

B) benefícios aos animais em detrimento do encarecimento dos produtos derivados dos gastos excessivos no bem-estar da criação.

C) prejuízos aos tratadores de gado em detrimento dos animais que, não só recebem tratamentos piores, mas ainda são antropomorfizados.

D) benefícios aos criadores de animais de pequeno porte, pois não detêm poder aquisitivo suficiente para investir na infraestrutura e concorrer com os grandes proprietários.

E) prejuízos aos animais de grande porte, pois os investidores gastam mais para manter a infraestrutura necessária, como currais sem cantos ou pregos fora do lugar e, consequentemente, menos em seu bem-estar.

A B C D E

cód. #10938

VUNESP - Português - 2018 - Vestibular

Examine a tira de André Dahmer para responder às questões .


                  

Verifica-se o emprego de vírgula para assinalar a supressão de um verbo

A) no segundo e no terceiro quadrinhos.

B) no segundo quadrinho, apenas.

C) no terceiro quadrinho, apenas.

D) no primeiro e no terceiro quadrinhos.

E) no primeiro quadrinho, apenas.

A B C D E

cód. #7099

UNICENTRO - Português - 2018 - Vestibular - Português

Leia o texto a seguir e responda à questão:

Viver em cima do muro é prejudicial à saúde
Élida Ramirez
    Ocre. Sempre me incomodou essa cor. Sabe aquele marrom amarelado? O tal burro fugido? Exato isso! Quando vejo alguém com roupa ocre, tenho maior aflição. Certa feita, entrei em um consultório médico to-di-nho ocre. Paredes, chão, quadros. Tive uma gastura horrorosa. A sensação é que o ocre existe no dilema de não ser amarelo nem marrom. Invejando o viço das outras colorações definidas e nada fazendo para mudar sua tonalidade. Isso explica meu desconforto. O ocre, para mim, ultrapassa o sentido de cor. Ele dá o tom da existência do viver em cima do muro. E conviver com gente assim é um transtorno.
    É fato que a tal “modernidade líquida”, definida por Bauman, favorece o comportamento. Pensemos. Segundo o sociólogo, a globalização trouxe o encurtamento das distâncias, borrando fronteiras. E, ao reconfigurar esses limites geográficos, mudou a concepção de si do sujeito bem como sua relação com as instituições. Muito rapidamente houve um esfacelamento de estruturas rígidas como a família e o estado. Essa mudança do sólido para líquido detonou o processo de individualização generalizado no mundo ocidental reforçando o conceito de que “Nada é para durar” (Bauman). Então, desse jeito dá para ser mutante pleno nesse viver em cima do muro. Nem amarelo ou marrom. Ocre. Por isso, discursos ocos de pessoas com personalidades fluidas ganham espaço. E vão tomando a forma do ambiente, assim como a água. Uma fusão quase nebulosa que embaça o comprometimento.
    Nota-se ainda certo padrão do viver em cima do muro. Como uma receitinha básica. Vejam só: Misture meias palavras em um discurso politicamente correto. Inclua, com ar de respeito, a posição contrária. Cozinhe em banho-maria. Deixe descansar, para sempre, se puder. Se necessário, volte ao fogo brando. Não mexa mais. Sirva morno. Viu? Simples de fazer. Difícil é digerir.
    É porque, na prática, a legião de ocres causa a maior complicação. Quem vive do meio de campo, sem decidir sua cor publicamente, não tem o inconveniente de arcar com as escolhas. Quase nunca se tornará um desafeto. Fará pouco e, muitas vezes, será visto com um sujeito comedido. Quem não escolhe tem mais liberdade para mudar de ideia. Não fica preso ao dito anteriormente. Exatamente porque não disse nada. Não se comprometeu com nada. Apenas proferiu ideias genéricas e inconclusivas estando liberado para transitar por todos os lados, segundo sua necessidade. Ao estar em tudo não estando em nada, seja para evitar responsabilidades, não se expor à crítica ou fugir de polêmicas, o em cima do muro se esconde, sobrecarrega e expõe aqueles que bancam opiniões.
    Portanto, conviver com quem não toma posição, de forma crônica, atrasa a vida. Ao se esquivar de escolher, o indivíduo condena o outro a fazê-lo em seu lugar. Reconheço que, às vezes, a gente leva tempo para se decidir por algo. Todos temos medos que nos impedem de agir. Mas ouso dizer: nunca tomar partido nas situações é covardia. Parece, inclusive, que o viver em cima do muro é mais confortável que a situação do mau-caráter. É que o sacana, ao menos, se define. Embora atue na surdina, sua ação reflete um posicionamento. Já o indefinido, não. Ele vive na toada do alheio. E, curiosamente, também avacalha o próprio percurso por delegar ao outro a sua existência.
    Recorro outra vez a Bauman para esclarecer: “Escapar da incerteza é um ingrediente fundamental presumido, de todas e quaisquer imagens compósitas da felicidade genuína, adequada e total, sempre parece residir em algum lugar à frente”. Por isso, atenção! Viver em cima do muro é prejudicial à sua própria saúde. Facilita a queda e impede novos caminhos. Um deles, o da alegria de poder ser. Talvez seja isso a que Bauman se refere quando trata da fuga da incerteza para alcançar a felicidade genuína. E, pensando bem, desconheço imagem de alegria predominantemente ocre.
    
Texto adaptado e disponível em: https://www.revistabula.com/16514-viver-em-cima-do-muro-e-prejudicial-a-saude/. Acesso em 14 de ago. 2018.
Em relação ao emprego da palavra portanto, no período “Portanto, conviver com quem não toma posição, de forma crônica, atrasa a vida”, é correto afirmar que

A) a conjunção subordinativa portanto é um elemento coesivo essencial como recurso argumentativo, para ligar os parágrafos e estabelecer relação de consequência entre eles.

B) outras conjunções e locuções conjuntivas como: logo, por isso, por conseguinte, não obstante, então, de maneira, poderiam ser empregadas com o mesmo valor de portanto.

C) a conjunção coordenativa portanto, como um dos elementos coesivos responsáveis pelo encadeamento e sequenciação do texto, estabelece uma ideia de conclusão.

D) na oração “Volte logo que já é tarde”, a conjunção que liga as orações poderia ser substituída pela conjunção portanto.

E) em “Por isso, discursos ocos de pessoas com personalidade fluida ganham espaço”, a conjunção que inicia a oração não é um elemento coesivo, embora possa ser substituída por portanto.

A B C D E

cód. #8379

VUNESP - Português - 2018 - Administração e Economia

Leia o texto para responder à questão.

    Em 17 de maio de 2016, o diretor do Instituto do Cérebro do RS (InsCer/RS), Jaderson Costa da Costa, e o professor do curso de Teologia da Escola de Humanidades da PUCRS Erico Hammes debateram as interfaces entre o cérebro e a tecnologia, em mais uma atividade do projeto Fé e Cultura.
    O debate começou com Costa da Costa contextualizando as tecnologias durante as décadas e gerações. “Eu sou de uma geração que escrevia cartas”, afirmou, explicando que tinha mais tempo para pensar no que escreveria e em um possível arrependimento. Na primeira vez que enviou um fax, contou que, quando viu a folha passando pela máquina, se arrependeu imediatamente, mas percebeu que não tinha mais volta. Lembrou, também, que não estava preparado para aquela tecnologia, utilizando o exemplo para mostrar de que maneira as inovações mudam o modo como as pessoas vivem e enxergam o mundo. Segundo ele, a vida é orientada pela tecnologia, que busca, entre outras coisas, longevidade, inteligência e bem-estar.     Perguntado sobre o impacto da tecnologia no campo da aprendizagem, o diretor do InsCer declarou ser um entusiasta do processo, já que não tem medo da tecnologia. Sobre os efeitos na educação, ele lembra que antigamente a memória era muito mais utilizada. Hoje, o celular tem todos os dados e ninguém mais grava números de telefone, por exemplo. Se isso é bom ou ruim, ele diz que depende do ponto de vista. Pensando de maneira antiga e tradicional, é prejudicial.
    “Mas essa geração não foi feita para nós, essa geração foi feita para um futuro que ainda temos dificuldade de entender”, explicou. Por isso, enxerga que, se por um lado a memória foi prejudicada, por outro a nova geração tem a capacidade de juntar fragmentos em uma base de tempo aleatória, que nenhuma outra geração tem. Além disso, o pesquisador defende a ideia de que não existe memória que grave a mesma coisa, cada um grava pedaços e cria diferentes percepções no cérebro.

(http://www.pucrs.br. Adaptado)
Ao analisar o impacto que a tecnologia representou para sua geração, Costa da Costa destaca que

A) as pessoas vão transformando sua forma de ver e de se relacionar com o mundo por meio das mudanças proporcionadas pelos recursos tecnológicos disponíveis em cada época.

B) as transformações tecnológicas ganham espaço na vida das pessoas porque são rápida e facilmente apreendidas, uma vez que melhoram a sua qualidade de vida.

C) as novidades são inseridas lentamente na rotina das pessoas, que não conseguem enxergar claramente os benefícios resultantes das transformações tecnológicas.

D) as mudanças provocadas na vida das pessoas trazem bem-estar, pois, com os recursos tecnológicos, não há como haver eventuais prejuízos na rotina pessoal e social.

E) os avanços tecnológicos deixam evidente que a maioria das pessoas não está preparada para suportar grandes mudanças em sua vida pessoal ou profissional.

A B C D E

cód. #10171

INEP - Português - 2018 - Vestibular - 1º Dia

Leia atentamente o texto III para responder às questões 6 e 7.

Texto III

Dependência Digital
Por Gabriela Cabral

A dependência digital é a busca incessante pela utilização da internet que age de forma semelhante à dependência química, pois ocorre como consequência do uso prolongado da internet que, por sua vez, proporciona prazer físico à pessoa. Tal prazer está relacionado a fatos e reações simples como downloads, interatividades, e-mails, que em contato direto com o organismo originam descargas elétricas entre os neurônios através da dopamina.
A dopamina é um neurotransmissor que antecede naturalmente a adrenalina e a noradrenalina que atuam no organismo como estimulantes do sistema nervoso central. A dependência digital estimula a produção da dopamina e provoca uma grande sensação de prazer resultando na busca por tais momentos.
Em pesquisa realizada no ano de 1997, pela pesquisadora Diane Wieland, dos Estados Unidos, foi afirmado que o uso prolongado desta ferramenta facilitadora de buscas e pesquisas promove além do estado vicioso de dependência, relacionamentos interpessoais baseados em fatores supérfluos e sem envolvimentos. Na pesquisa, foi comprovado que pessoas que utilizam a internet em grande escala se tornam virtuais, pois aderem a relacionamentos íntimos, de amizade e de competições virtuais transformando o próprio organismo num organismo virtual.
A dependência digital provoca compulsão, depressão, TOC (transtorno obsessivo-compulsivo), agitação, irritabilidade, perda de sentimentos e perturbação. A perturbação está ligada às preocupações com a rede, com o tempo em que está on-line, com a percepção de sua necessidade de permanecer na internet, o distanciamento de amigos e familiares e ainda com o refúgio que a rede lhe proporciona diante de problemas.
Do ponto de vista psicológico, a dependência digital é uma patologia e ocorre em alguns casos, não acometendo todos os usuários. Quando se transforma em patologia, deve ser percebida e encaminhada para um profissional competente para que esse auxilie o indivíduo na busca do autocontrole.

Fonte: DANTAS, Gabriela Cabral da Silva. "Dependência Digital"; Brasil Escola.Disponível em<https://brasilescola.uol.com.br/psicologia/dependencia-digital.htm>.Acesso em 28 de julho de 2018.
Considerando as características do gênero do texto III, é correto afirmar que a principal intenção da autora é:

A) enumerar os efeitos negativos da dependência tecnológica.

B) apresentar os resultados da pesquisa feita por Diane Wieland, em 1997.

C) demonstrar que nem todos os casos de dependência tecnológica são de uma patologia.

D) relacionar a dependência tecnológica à dependência química, apresentando sintomas semelhantes entre ambas.

A B C D E

cód. #10427

FATEC - Português - 2018 - Vestibular - Primeiro Semestre

Leia o texto para responder à questão. 

     Temple Grandin empacou diante da porteira. Alguns parafusos cravados na madeira lhe saltaram aos olhos. “Tem que limar a cabeça desses parafusos, se não o gado pode se machucar”, aconselhou à dona da fazenda, Carmen Perez, que ao lembrar a cena comentou: “Sempre passo no curral antes do manejo, observo tudo, dizem que tenho olho biônico, e ela notou uma coisa que eu não tinha visto.”. 

     Grandin tem um parafuso a mais quando se trata do bem-estar dos bichos. Professora de ciência animal, ela é autista e dona de uma hipersensibilidade visual e auditiva. Tocada pelas angústias do gado desde a juventude, ela compreendia por que a rês recuava na hora da vacinação, por que atacava um vaqueiro, por que tropeçava, por que mugia. Grandin traduziu esse entendimento em projetos que propunham mudanças no manejo. Hoje, instalações criadas por ela são familiares a quase metade dos bovinos nos Estados Unidos. O Brasil, com seus quase 172 milhões de cabeças de gado, segundo o Censo Agropecuário de 2017, vem aos poucos fazendo ajustes alinhados com as propostas da americana.

     Em julho passado, Grandin, hoje com 71 anos, veio ao Brasil pela sexta vez. Na fazenda Orvalho das Flores, localizada em Barra do Garças (MT), ela testemunhou como a equipe de Perez conduz suas 2 980 cabeças de Nelore, raça predominante no país. Os vaqueiros massageiam os bezerros, não gritam com os bois, tampouco deixam capas de chuva, correntes ou chapéus no caminho dos animais.

     A engenheira agrônoma Maria Lucia Pereira Lima foi aluna de pós-doutorado de Grandin na Universidade do Estado do Colorado, em Fort Collins, em 2013. Viajara aos Estados Unidos para aprender como medir o bem-estar dos bovinos e se inteirar de inovações que pudessem ser implantadas em currais brasileiros. Uma delas, por exemplo, tranquiliza o animal conduzido à vacinação: o gado em geral se via obrigado a passar espremido por espaços afunilados. Grandin projetou um acesso em curva, sem cantos, que dá à rês a ilusão de que voltará ao ponto de partida. Outra: uma lâmpada acesa na entrada do tronco de contenção – o equipamento que permite o manejo individual do boi – a indicar o trajeto reduziu em até 90% o uso de choque elétrico durante o processo.

     [...]

    No auditório da universidade, outros pesquisadores se revezavam no palco discutindo aspectos econômicos e sociais relacionados ao bem-estar animal. O tempo de manejo cai pela metade nos estabelecimentos agropecuários que seguem os manuais de Grandin. De ovos transportados com cuidado nascem pintinhos sadios. Sem falar na melhor qualidade de vida de quem lida com esses bichos. Vaqueiros bem treinados sofrem menos acidentes no trabalho e desenvolvem uma relação mais harmoniosa nos casamentos. “A melhoria do bem-estar animal melhora o bem-estar humano”, afirmou o zootecnista Mateus Paranhos da Costa, da Universidade Estadual Paulista.

Monica Manin <https://tinyurl.com/y8xeoqul> Acesso em: 12.10.2018. Adaptado.
Sobre a expressão “parafuso a mais” presente na passagem “Grandin tem um parafuso a mais quando se trata do bem-estar dos bichos.”, é correto afirmar que se trata de

A) um trocadilho, pois o autor estabelece uma relação entre o nome da professora, “Grandin”, e a pronúncia informal do diminutivo “grandinho” (“grandim”).

B) uma aliteração, pois o autor procura representar a dureza da lide com animais de grande porte por meio de repetição das consoantes “p”, “t” e “r”.

C) uma assonância, pois o autor deseja representar sua visão otimista do trabalho da professora ao repetir as vogais abertas “a” e “o”.

D) uma metáfora, pois o autor inverte a imagem utilizada para representar loucura a fim de expressar a habilidade da professora.

E) uma silepse de número, pois o verbo “tratar-se” deveria estar no plural para concordar com o sujeito “bichos”.

A B C D E

cód. #10939

VUNESP - Português - 2018 - Vestibular

Examine a tira de André Dahmer para responder às questões .


                  

Assinale a alternativa em que se verifica a análise correta de um fato linguístico presente na tira.

A) Em “Viu, Senhor?” (3° quadrinho), o termo “Senhor” exerce a função sintática de sujeito do verbo “viu”.

B) Em “um cão nervoso correndo em círculos, amarrado ao poste da ignorância” (2° quadrinho), a oposição entre os termos “correndo” e “amarrado” configura um pleonasmo.

C) Em “A humanidade é isso” (2° quadrinho), o termo “isso” retoma o conteúdo de um enunciado expresso no quadrinho anterior.

D) Em “Ele vai voltar atrás, você vai ver” (3° quadrinho), a expressão “voltar atrás” constitui uma redundância.

E) Em “Ele vai voltar atrás, você vai ver” (3° quadrinho), a expressão “voltar atrás” pode ser substituída por “se arrepender”.

A B C D E

{TITLE}

{CONTENT}
Precisa de ajuda? Entre em contato.