Questões de Português para Vestibular

cód. #8382

VUNESP - Português - 2018 - Administração e Economia

Leia o texto para responder à questão


    A palavra vernáculo caracteriza um modo de aprender as línguas: o aprendizado que se dá, por assimilação espontânea e inconsciente, no ambiente em que as pessoas são criadas. A vernáculo opõe-se tudo aquilo que é transmitido através da escola. Para exemplificar com fatos conhecidos, basta que o leitor brasileiro pense em formas verbais como eu farei e eu fizera, ou em construções como fá-lo-ei, dir-lhe-ia, tu o fizeste ou Ninguém lho negaria. A parte da população brasileira que as conhece chegou a elas pela escola, provavelmente através da leitura de textos literários bastante antigos, pois no Brasil de hoje é quase nula a chance de que essas formas ou construções sejam usadas de maneira espontânea.


(Rodolfo Ilari e Renato Basso. O português da gente: a língua que estudamos, a língua que falamos)

No texto, a função da linguagem predominante é a

A) poética, por meio da qual se enfatiza a espontaneidade expressiva presente na língua do brasileiro, muitas vezes abandonada na escola.

B) apelativa, por meio da qual se induz o leitor à aprendizagem da língua com liberdade, porém sem utilidade prática para os usos cotidianos.

C) emotiva, por meio da qual se enaltece a forma intuitiva de se aprender a língua de forma mais produtiva, notadamente fora da escola.

D) informativa, por meio da qual se explica a língua em seus usos espontâneos, o que revela a necessidade de se oferecer estudo às crianças.

E) metalinguística, por meio da qual os autores estabelecem a diferença entre a aprendizagem natural da língua e a transmitida pela escola.

A B C D E

cód. #10174

INEP - Português - 2018 - Vestibular - 1º Dia

Leia atentamente o texto II.

Texto II



Fonte: https://istoe.com.br/326665_VITIMAS+DA+DEPENDENCIA+DIGITAL/ Acesso em 8 de maio de 2018. Adaptado.

No texto II utiliza-se o modo verbal imperativo para:

A) representar situações não verdadeiras.

B) apresentar uma série de comportamentos desejáveis.

C) exprimir ordens a serem obedecidas pelos internautas.

D) indicar situações reais e verdadeiras vividas por usuários de redes sociais.

A B C D E

cód. #7103

UNICENTRO - Português - 2018 - Vestibular - Português

Leia o texto a seguir e responda à questão:

Viver em cima do muro é prejudicial à saúde
Élida Ramirez
    Ocre. Sempre me incomodou essa cor. Sabe aquele marrom amarelado? O tal burro fugido? Exato isso! Quando vejo alguém com roupa ocre, tenho maior aflição. Certa feita, entrei em um consultório médico to-di-nho ocre. Paredes, chão, quadros. Tive uma gastura horrorosa. A sensação é que o ocre existe no dilema de não ser amarelo nem marrom. Invejando o viço das outras colorações definidas e nada fazendo para mudar sua tonalidade. Isso explica meu desconforto. O ocre, para mim, ultrapassa o sentido de cor. Ele dá o tom da existência do viver em cima do muro. E conviver com gente assim é um transtorno.
    É fato que a tal “modernidade líquida”, definida por Bauman, favorece o comportamento. Pensemos. Segundo o sociólogo, a globalização trouxe o encurtamento das distâncias, borrando fronteiras. E, ao reconfigurar esses limites geográficos, mudou a concepção de si do sujeito bem como sua relação com as instituições. Muito rapidamente houve um esfacelamento de estruturas rígidas como a família e o estado. Essa mudança do sólido para líquido detonou o processo de individualização generalizado no mundo ocidental reforçando o conceito de que “Nada é para durar” (Bauman). Então, desse jeito dá para ser mutante pleno nesse viver em cima do muro. Nem amarelo ou marrom. Ocre. Por isso, discursos ocos de pessoas com personalidades fluidas ganham espaço. E vão tomando a forma do ambiente, assim como a água. Uma fusão quase nebulosa que embaça o comprometimento.
    Nota-se ainda certo padrão do viver em cima do muro. Como uma receitinha básica. Vejam só: Misture meias palavras em um discurso politicamente correto. Inclua, com ar de respeito, a posição contrária. Cozinhe em banho-maria. Deixe descansar, para sempre, se puder. Se necessário, volte ao fogo brando. Não mexa mais. Sirva morno. Viu? Simples de fazer. Difícil é digerir.
    É porque, na prática, a legião de ocres causa a maior complicação. Quem vive do meio de campo, sem decidir sua cor publicamente, não tem o inconveniente de arcar com as escolhas. Quase nunca se tornará um desafeto. Fará pouco e, muitas vezes, será visto com um sujeito comedido. Quem não escolhe tem mais liberdade para mudar de ideia. Não fica preso ao dito anteriormente. Exatamente porque não disse nada. Não se comprometeu com nada. Apenas proferiu ideias genéricas e inconclusivas estando liberado para transitar por todos os lados, segundo sua necessidade. Ao estar em tudo não estando em nada, seja para evitar responsabilidades, não se expor à crítica ou fugir de polêmicas, o em cima do muro se esconde, sobrecarrega e expõe aqueles que bancam opiniões.
    Portanto, conviver com quem não toma posição, de forma crônica, atrasa a vida. Ao se esquivar de escolher, o indivíduo condena o outro a fazê-lo em seu lugar. Reconheço que, às vezes, a gente leva tempo para se decidir por algo. Todos temos medos que nos impedem de agir. Mas ouso dizer: nunca tomar partido nas situações é covardia. Parece, inclusive, que o viver em cima do muro é mais confortável que a situação do mau-caráter. É que o sacana, ao menos, se define. Embora atue na surdina, sua ação reflete um posicionamento. Já o indefinido, não. Ele vive na toada do alheio. E, curiosamente, também avacalha o próprio percurso por delegar ao outro a sua existência.
    Recorro outra vez a Bauman para esclarecer: “Escapar da incerteza é um ingrediente fundamental presumido, de todas e quaisquer imagens compósitas da felicidade genuína, adequada e total, sempre parece residir em algum lugar à frente”. Por isso, atenção! Viver em cima do muro é prejudicial à sua própria saúde. Facilita a queda e impede novos caminhos. Um deles, o da alegria de poder ser. Talvez seja isso a que Bauman se refere quando trata da fuga da incerteza para alcançar a felicidade genuína. E, pensando bem, desconheço imagem de alegria predominantemente ocre.
    
Texto adaptado e disponível em: https://www.revistabula.com/16514-viver-em-cima-do-muro-e-prejudicial-a-saude/. Acesso em 14 de ago. 2018.
De acordo com o texto, um dos ingredientes da “receitinha básica” para se viver em cima do muro é misturar “meias palavras em um discurso politicamente correto”. Disso depreende-se que é necessário

A) dizer palavras simples e claras como o fazem os políticos.

B) dizer palavras de fácil entendimento de modo a deixar claro o comprometimento.

C) tentar neutralizar a linguagem, de modo a ir de encontro à liberdade de expressão das pessoas.

D) usar palavras taxativas que desconsideram os princípios clássicos da moral, da ética e dos bons costumes.

E) dizer palavras evasivas, evitando polêmicas e embates.

A B C D E

cód. #8383

VUNESP - Português - 2018 - Administração e Economia

Analise a imagem e o texto da campanha.


As informações apresentadas permitem concluir corretamente que o objetivo do texto é


A) incentivar a vacinação contra a gripe, em especial para os praticantes de esportes, que têm de ficar protegidos, mantendo-se saudáveis para as competições.

B) mobilizar adultos e pessoas da terceira idade para que tenham consciência da importância da vacinação contra a gripe para as crianças.

C) promover celebridades nacionais que, assim como parte significativa da população, já foram aos postos de saúde e se vacinaram contra a gripe.

D) conscientizar a população acerca da importância da vacinação contra a gripe, principalmente dos grupos mais vulneráveis.


E) chamar a população em geral para que tome a vacina da gripe em um dos postos de saúde, o que pode ser feito durante qualquer época do ano.


A B C D E

cód. #9919

IFN-MG - Português - 2018 - Redação, Língua Portuguesa, Literatura Brasileira, Língua Estrangeira - Manhã

Observe o TEXTO 05.

(Disponível em :http://www.jornalreporterdovale.com/2013/09/humor-charge-do-facebook.html. Acesso em: 27/09/2018)

É correto afirmar que o TEXTO 05 traz uma ideia:

A) comparativa

B) conclusiva

C) consecutiva

D) causal

A B C D E

cód. #10175

INEP - Português - 2018 - Vestibular - 1º Dia

TEXTO I


Fonte: www.cartunista.com.br. Acesso em 8 de maio de 2018.

TEXTO II

Fonte: https://istoe.com.br/326665_VITIMAS+DA+DEPENDENCIA+DIGITAL/ Acesso em 8 de maio de 2018. Adaptado. 

Identifica-se como função dos textos I e II, respectivamente:

A) criticar um padrão comportamental e indicar comportamento desejável.

B) apresentar uma situação real e argumentar sob um determinado ponto de vista.

C) recriminar a linguagem das redes sociais e descrever um padrão de conduta dos internautas.

D) persuadir o leitor sobre o comportamento dos internautas e convencer sobre como se comportar em ambientes virtuais.

A B C D E

cód. #7104

UNICENTRO - Português - 2018 - Vestibular - Português

Leia o texto a seguir e responda à questão:

Viver em cima do muro é prejudicial à saúde
Élida Ramirez
    Ocre. Sempre me incomodou essa cor. Sabe aquele marrom amarelado? O tal burro fugido? Exato isso! Quando vejo alguém com roupa ocre, tenho maior aflição. Certa feita, entrei em um consultório médico to-di-nho ocre. Paredes, chão, quadros. Tive uma gastura horrorosa. A sensação é que o ocre existe no dilema de não ser amarelo nem marrom. Invejando o viço das outras colorações definidas e nada fazendo para mudar sua tonalidade. Isso explica meu desconforto. O ocre, para mim, ultrapassa o sentido de cor. Ele dá o tom da existência do viver em cima do muro. E conviver com gente assim é um transtorno.
    É fato que a tal “modernidade líquida”, definida por Bauman, favorece o comportamento. Pensemos. Segundo o sociólogo, a globalização trouxe o encurtamento das distâncias, borrando fronteiras. E, ao reconfigurar esses limites geográficos, mudou a concepção de si do sujeito bem como sua relação com as instituições. Muito rapidamente houve um esfacelamento de estruturas rígidas como a família e o estado. Essa mudança do sólido para líquido detonou o processo de individualização generalizado no mundo ocidental reforçando o conceito de que “Nada é para durar” (Bauman). Então, desse jeito dá para ser mutante pleno nesse viver em cima do muro. Nem amarelo ou marrom. Ocre. Por isso, discursos ocos de pessoas com personalidades fluidas ganham espaço. E vão tomando a forma do ambiente, assim como a água. Uma fusão quase nebulosa que embaça o comprometimento.
    Nota-se ainda certo padrão do viver em cima do muro. Como uma receitinha básica. Vejam só: Misture meias palavras em um discurso politicamente correto. Inclua, com ar de respeito, a posição contrária. Cozinhe em banho-maria. Deixe descansar, para sempre, se puder. Se necessário, volte ao fogo brando. Não mexa mais. Sirva morno. Viu? Simples de fazer. Difícil é digerir.
    É porque, na prática, a legião de ocres causa a maior complicação. Quem vive do meio de campo, sem decidir sua cor publicamente, não tem o inconveniente de arcar com as escolhas. Quase nunca se tornará um desafeto. Fará pouco e, muitas vezes, será visto com um sujeito comedido. Quem não escolhe tem mais liberdade para mudar de ideia. Não fica preso ao dito anteriormente. Exatamente porque não disse nada. Não se comprometeu com nada. Apenas proferiu ideias genéricas e inconclusivas estando liberado para transitar por todos os lados, segundo sua necessidade. Ao estar em tudo não estando em nada, seja para evitar responsabilidades, não se expor à crítica ou fugir de polêmicas, o em cima do muro se esconde, sobrecarrega e expõe aqueles que bancam opiniões.
    Portanto, conviver com quem não toma posição, de forma crônica, atrasa a vida. Ao se esquivar de escolher, o indivíduo condena o outro a fazê-lo em seu lugar. Reconheço que, às vezes, a gente leva tempo para se decidir por algo. Todos temos medos que nos impedem de agir. Mas ouso dizer: nunca tomar partido nas situações é covardia. Parece, inclusive, que o viver em cima do muro é mais confortável que a situação do mau-caráter. É que o sacana, ao menos, se define. Embora atue na surdina, sua ação reflete um posicionamento. Já o indefinido, não. Ele vive na toada do alheio. E, curiosamente, também avacalha o próprio percurso por delegar ao outro a sua existência.
    Recorro outra vez a Bauman para esclarecer: “Escapar da incerteza é um ingrediente fundamental presumido, de todas e quaisquer imagens compósitas da felicidade genuína, adequada e total, sempre parece residir em algum lugar à frente”. Por isso, atenção! Viver em cima do muro é prejudicial à sua própria saúde. Facilita a queda e impede novos caminhos. Um deles, o da alegria de poder ser. Talvez seja isso a que Bauman se refere quando trata da fuga da incerteza para alcançar a felicidade genuína. E, pensando bem, desconheço imagem de alegria predominantemente ocre.
    
Texto adaptado e disponível em: https://www.revistabula.com/16514-viver-em-cima-do-muro-e-prejudicial-a-saude/. Acesso em 14 de ago. 2018.
O texto permite afirmar que

A) o sujeito indeciso adoece por não ser capaz de enfrentar os problemas da vida na modernidade líquida de que fala o sociólogo Bauman.

B) a modernidade líquida, geradora das possíveis doenças de pessoas indecisas, contrapõe-se às mudanças trazidas pelo processo de globalização em que vivemos.

C) o discurso oco ocorre quando o sujeito passa a ter uma posição definida, comprometendo-se com uma única opinião, proveniente de outras pessoas.

D) as pessoas que “vivem em cima do muro” alcançam a “felicidade genuína”, pois não precisam entrar em embates.

E) a autora se posiciona de modo contrário às pessoas incapazes de formular um posicionamento, embora reconheça que “todos temos medos que nos impedem de agir”.

A B C D E

cód. #8384

VUNESP - Português - 2018 - Administração e Economia

Leia o texto para responder às questão de número

Drogas e mortes

    As taxas de homicídios dolosos e de mortes de trânsito no Brasil, é notório, situam o país entre os mais violentos do planeta. No ano passado, registraram-se quase 56 mil assassinatos intencionais, ou 27 por 100 mil habitantes. Em 2016, pelo dado mais recente, 38 mil vidas foram ceifadas em ruas e estradas nacionais, cerca de 19 por 100 mil.
    Diante dessa carnificina cotidiana, deve-se exigir das autoridades nada menos que a busca de estratégias mais efetivas para a prevenção desses óbitos. Países desenvolvidos, já há algumas décadas, passaram a adotar com sucesso políticas públicas ancoradas em evidências empíricas. Nem sempre é o que ocorre por aqui, no entanto.
    Tome-se o exemplo da associação entre a ingestão de álcool e o aumento da violência interpessoal (homicídios e agressões) e dos acidentes de trânsito. Embora a relação esteja bem estabelecida na literatura da área, praticamente inexistem no país dados sobre o consumo da substância pelas vítimas.
   Estudo recente conduzido por pesquisadores da Faculdade de Medicina da USP e noticiado por esta Folha jogou luz sobre tal questão na cidade de São Paulo.
    Os pesquisadores analisaram amostras de sangue de 365 vítimas de crimes violentos. Constatou-se que, em 55% dos casos, havia traços de álcool ou outras drogas.
    Também entre as vítimas de acidentes de trânsito analisadas no trabalho, chama a atenção o alto percentual de casos (43%) que mostraram resquícios de álcool no sangue.
    Embora o país conte há uma década com severa legislação sobre o tema, a taxa indica que o diploma deveria ser mais efetivo em seu propósito. Leis como essa não devem ter a meta de apreender transgressores, mas de criar a percepção de que aqueles que a infringirem serão pegos e punidos.
    O estudo deveria servir de exemplo para que o país invista na geração contínua de dados como esses. Assim será possível identificar as causas dos problemas, avaliar a efetividade das políticas públicas adotadas e orientar a formulação de novas estratégias.

(Editorial. Folha de S.Paulo, 20.10.2018. Adaptado) 
Na passagem – Países desenvolvidos, já há algumas décadas, passaram a adotar com sucesso políticas públicas ancoradas em evidências empíricas. Nem sempre é o que ocorre por aqui, no entanto. – (2º parágrafo), a oração em destaque estabelece, com a informação anterior, uma

A) concessão, enfatizando que as políticas públicas ancoradas em evidências empíricas no Brasil são melhores que as de países desenvolvidos.

B) comparação, mostrando que o Brasil também se vale de políticas públicas ancoradas em evidências empíricas.

C) restrição, criticando a ausência de políticas públicas ancoradas em evidências empíricas no Brasil.

D) explicação, deixando claro que o Brasil tem tentado utilizar as políticas públicas ancoradas em evidências empíricas.

E) conclusão, sugerindo que o Brasil está longe de países desenvolvidos que adotam políticas públicas ancoradas em evidências empíricas.

A B C D E

cód. #9920

IFN-MG - Português - 2018 - Redação, Língua Portuguesa, Literatura Brasileira, Língua Estrangeira - Manhã

Leia o TEXTO 04 e responda à questão.


No trecho ―... uma alternativa a mídia comercial que distorce os fatos (...).‖ nota-se um desvio quanto à norma padrão de uso da linguagem em relação à (ao):

A) regência verbal

B) concordância nominal e crase

C) regência nominal

D) emprego de conjunções

A B C D E

cód. #10176

INEP - Português - 2018 - Vestibular - 1º Dia

Analise esta charge para responder a questão.

Texto I


Fonte: www.cartunista.com.br. Acesso em 8 de maio de 2018. 
Sobre o uso das variantes linguísticas no texto I, é CORRETO afirmar que:

A) a fala dos pais representa a variante não padrão.

B) a fala do adolescente é um exemplo de informalidade.

C) a fala do adolescente é inadequada aos ambientes informais.

D) a fala dos pais é exemplo típico da informalidade presente nas redes sociais.

A B C D E

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