Leia os textos para responder à questão.
Texto I
Marcela amou-me durante quinze meses e onze contos de réis; nada menos. Meu pai, logo que teve aragem dos onze contos, sobressaltou-se deveras; achou que o caso excedia as raias de um capricho juvenil.
– Dessa vez, disse ele, vais para Europa; vais cursar uma universidade, provavelmente Coimbra; quero-te para homem sério e não para arruador e gatuno. E como eu fizesse um gesto de espanto: — Gatuno, sim senhor; não é outra cousa um filho que me faz isto...
(Machado de Assis, Memórias Póstumas de Brás Cubas)
Texto II
Ela deixou um bilhete, dizendo que ia sair fora
Levou meu coração, alguns CDs e o meu livro mais da hora
Mas eu não sei qual a razão, não entendi por que ela foi embora E eu fiquei pensando em como foi e qual vai ser agora
É que pena, pra mim tava tão bom aqui
Com a nega mais teimosa e a mais linda que eu já vi
Dividindo o edredom e o filminho na TV
Chocolate quente e meus olhar era só pro cê
Mas cê não quis, eu era mó feliz e nem sabia
Beijinho de caramelo que recheava meus dia
(Luccas Carlos, Bilhete 2.0 [fragmento]. Em: https://www.letras.mus.br)
A) ... não entendi por que ela foi embora / É que pena, pra mim tava tão bom aqui.
B) Levou meu coração, alguns CDs e o meu livro mais da hora / Mas cê não quis, eu era mó feliz e nem sabia.
C) Ela deixou um bilhete, dizendo que ia sair fora / Beijinho de caramelo que recheava meus dia.
D) E eu fiquei pensando em como foi e qual vai ser agora / ... e a mais linda que eu já vi.
E) Mas eu não sei qual a razão... / Chocolate quente e meus olhar era só pro cê.
TEXTO 1
A) “Os veículos de grande circulação costumam declarar em suas linhas editorais que buscam informar de modo isento, apartidário e plural.‖ (linhas 6 e 7)
B) ''Seu fundador e presidente, João Carlos Di Genio, foi apontado como o maior proprietário de imóveis de São Paulo'' (linhas 43 e 44)
C) ''Di Genio não está sozinho. Outros proprietários de mídia que investem sua fortuna em imóveis são os irmãos José Roberto, Roberto Irineu e João Roberto Marinho, do Grupo Globo; membros da família Saad, do Grupo Bandeirantes (...)''.(linhas 44 a 47)
D) ''Yugo Okida, sócio do grupo, vice-reitor de pós-graduação e pesquisa da Unip, é ainda membro da Câmara de Ensino Superior do Conselho Nacional de Educação.'' (linhas 93 e 94)
Leia os textos para responder à questão.
Texto I
Marcela amou-me durante quinze meses e onze contos de réis; nada menos. Meu pai, logo que teve aragem dos onze contos, sobressaltou-se deveras; achou que o caso excedia as raias de um capricho juvenil.
– Dessa vez, disse ele, vais para Europa; vais cursar uma universidade, provavelmente Coimbra; quero-te para homem sério e não para arruador e gatuno. E como eu fizesse um gesto de espanto: — Gatuno, sim senhor; não é outra cousa um filho que me faz isto...
(Machado de Assis, Memórias Póstumas de Brás Cubas)
Texto II
Ela deixou um bilhete, dizendo que ia sair fora
Levou meu coração, alguns CDs e o meu livro mais da hora
Mas eu não sei qual a razão, não entendi por que ela foi embora E eu fiquei pensando em como foi e qual vai ser agora
É que pena, pra mim tava tão bom aqui
Com a nega mais teimosa e a mais linda que eu já vi
Dividindo o edredom e o filminho na TV
Chocolate quente e meus olhar era só pro cê
Mas cê não quis, eu era mó feliz e nem sabia
Beijinho de caramelo que recheava meus dia
(Luccas Carlos, Bilhete 2.0 [fragmento]. Em: https://www.letras.mus.br)
A) “Levou meu coração, alguns CDs e o meu livro mais da hora”, reforçando que as perdas também recaíram em bens materiais.
B) “Dividindo o edredom e o filminho na TV”, marcando a relação de conforto e de proximidade que inspirava um amor aparentemente inabalável.
C) “E eu fiquei pensando em como foi e qual vai ser agora”, explicitando a sensação de desolação e confusão pela perda da mulher amada.
D) “Ela deixou um bilhete, dizendo que ia sair fora”, mostrando também o rompimento amoroso do casal, assim como no romance.
E) “Beijinho de caramelo que recheava meus dia”, sugerindo o sentimento do casal como algo doce que nem o rompimento será capaz de descaracterizar.
TEXTO 1
A) não interfere na progressão textual.
B) não tem função resumitiva.
C) é mecanismo coesivo e retoma toda a ideia anterior.
D) introduz uma ideia de causa.
TEXTO 1
A) as mídias com vínculos em educação privada não terão interesse em promover a educação pública, uma vez que lucram com os negócios que envolvem a educação privada.
B) os grupos midiáticos/econômicos interferem decisivamente no modelo de urbanização, vinculados aos interesses desses grupos, com vistas ao lucro, desconsiderando o valor de uso e a democratização do espaço urbano e dos espaços públicos.
C) as mídias ligadas ao agronegócio não prestam informações sobre o uso dos agrotóxicos, seus efeitos na saúde e no meio ambiente, não promovem a publicidade de outros modelos de agricultura, tais como agricultura familiar; e não lhes é interessante defender a reforma agrária.
D) as políticas econômicas defendidas por esses grupos midiáticos que têm negócios no mercado financeiro, visam à inclusão social e ao estabelecimento de políticas públicas que promovam uma justa distribuição de renda.
“Tem uma frase boa que diz: uma língua é um dialeto com exércitos. Um idioma só morre se não tiver poder político”, explica Bruno L’Astorina, da Olimpíada Internacional de Linguística. E não dá para discordar. Basta pensar na infinidade de idiomas que existiam no Brasil (ou em toda América Latina) antes da chegada dos europeus – hoje são apenas 227 línguas vivas no país. Dominados, os índios perderam sua língua e cultura. O latim predominava na Europa até a queda do Império Romano. Sem poder, as fronteiras perderam força, os germânicos dividiram as cidades e, do latim, surgiram novos idiomas. Por outro lado, na Espanha, a poderosa região da Catalunha ainda mantém seu idioma vivo e luta contra o domínio do espanhol.
Não é à toa que esses povos insistem em cuidar de seus idiomas. Cada língua guarda os segredos e o jeito de pensar de seus falantes. “Quando um idioma morre, morre também a história. O melhor jeito de entender o sentimento de um escravo é pelas músicas deles”, diz Luana Vieira, da Olimpíada de Linguística. Veja pelo aimará, uma língua falada por mais de 2 milhões de pessoas da Cordilheira dos Andes. Nós gesticulamos para trás ao falar do passado. Esses povos fazem o contrário. “Eles acreditam que o passado precisa estar à frente, pois é algo que já não visualizamos. E o futuro, desconhecido, fica atrás, como se estivéssemos de costas para ele”, explica.
CASTRO, Carol. Blá-blá-blá sem fim. Galileu, ed. 317, dez. 2017, p. 31.
Sobre a explicação para o recurso linguístico utilizado, considere as afirmativas a seguir.
I. A palavra “também”, no segundo parágrafo, denota exclusão e equivale a “apenas”.
II. A palavra “só”, no primeiro parágrafo, é um adjetivo que qualifica o substantivo que o antecede.
III. O termo “Dominados”, no primeiro parágrafo, indica noção temporal em relação ao restante do período.
IV. As duas ocorrências envolvendo a palavra “latim”, no primeiro parágrafo, apontam para uma mesma classe de palavra, porém duas funções sintáticas diferentes.
Assinale a alternativa correta.
A) Somente as afirmativas I e II são corretas.
B) Somente as afirmativas I e IV são corretas.
C) Somente as afirmativas III e IV são corretas.
D) Somente as afirmativas I, II e III são corretas.
E) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas.
A) amenizar o sentido expresso pelos vocábulos, que originalmente remeteriam a termos notadamente degradantes.
B) indicar o sentido objetivo dos vocábulos, de forma a negar que a violência tenha causado tantas vítimas.
C) intensificar o sentido expresso pelos vocábulos, que sugerem o descontrole emocional das pessoas consigo mesmas.
D) negar o sentido literal dos vocábulos, sugerindo, com viés irônico, que as pessoas foram vítimas da violência.
E) indicar o sentido conotativo dos vocábulos, sugerindo que existe exagero ao se referir à violência contra as pessoas.
TEXTO 1
A) denuncia que os grupos midiáticos que atuam nos setores educação e saúde tendem a negativar esses setores, no âmbito público, para promover a oferta desses serviços no setor privado, de modo a concentrar a renda nas mãos de pequenos grupos.
B) informa que os grupos privados nesses setores têm importante papel nos rumos das políticas educacionais no Brasil tendo, inclusive, grande impacto na recente reforma do ensino médio e na proposta da Base Nacional Comum Curricular.
C) destaca o pioneirismo e a alta relevância dos grandes grupos de comunicação no desenvolvimento de materiais didáticos.
D) destaca o trabalho humanístico, popular e inclusivo na área da saúde, uma vez que se observa um processo de crescente participação de organizações sociais (OSs) na gestão dos recursos públicos. E ainda há oferta de diversos planos de saúde, clínicas, SPAs, grupos farmacêuticos e hospitais, por parte desses grandes grupos.
“Tem uma frase boa que diz: uma língua é um dialeto com exércitos. Um idioma só morre se não tiver poder político”, explica Bruno L’Astorina, da Olimpíada Internacional de Linguística. E não dá para discordar. Basta pensar na infinidade de idiomas que existiam no Brasil (ou em toda América Latina) antes da chegada dos europeus – hoje são apenas 227 línguas vivas no país. Dominados, os índios perderam sua língua e cultura. O latim predominava na Europa até a queda do Império Romano. Sem poder, as fronteiras perderam força, os germânicos dividiram as cidades e, do latim, surgiram novos idiomas. Por outro lado, na Espanha, a poderosa região da Catalunha ainda mantém seu idioma vivo e luta contra o domínio do espanhol.
Não é à toa que esses povos insistem em cuidar de seus idiomas. Cada língua guarda os segredos e o jeito de pensar de seus falantes. “Quando um idioma morre, morre também a história. O melhor jeito de entender o sentimento de um escravo é pelas músicas deles”, diz Luana Vieira, da Olimpíada de Linguística. Veja pelo aimará, uma língua falada por mais de 2 milhões de pessoas da Cordilheira dos Andes. Nós gesticulamos para trás ao falar do passado. Esses povos fazem o contrário. “Eles acreditam que o passado precisa estar à frente, pois é algo que já não visualizamos. E o futuro, desconhecido, fica atrás, como se estivéssemos de costas para ele”, explica.
CASTRO, Carol. Blá-blá-blá sem fim. Galileu, ed. 317, dez. 2017, p. 31.
A) O uso da forma verbal “tiver” marca a eventualidade da ação no futuro.
B) O verbo “pensar”, flexionado no futuro do subjuntivo, funciona como objeto direto do verbo que o antecede.
C) O emprego de “predominava”, no pretérito mais que perfeito, se justifica pelo caráter transitório desse tempo verbal.
D) Em “perderam”, o tempo verbal utilizado é o mesmo de “gesticulamos”, no segundo parágrafo.
E) A forma verbal “mantém” está flexionada no plural, fenômeno confirmado pela acentuação.
TEXTO 1
A) demonstrar ao leitor que as grandes mídias, através da campanha ―Agro é Pop, Agro é Tech, Agro é Tudo‖, valorizam o agronegócio porque desejam que os pequenos agricultores não saiam do campo e se encaminhem para a cidade.
B) informar ao leitor que há muito tempo os grandes grupos midiáticos interessam-se por agricultura, sobretudo, respeitando os pequenos produtores e a agricultura familiar.
C) chamar a atenção do leitor para as verdadeiras motivações desses grupos midiáticos/econômicos: o lucro do agronegócio; o que explica a criminalização dos movimentos de luta pela reforma agrária, por parte dessas mídias.
D) fazer com que o leitor conheça quem são os grupos econômicos no país que demonstram interesse pelo agronegócio, investindo e incentivando o povo brasileiro.
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