“Tem uma frase boa que diz: uma língua é um dialeto com exércitos. Um idioma só morre se não tiver poder político”, explica Bruno L’Astorina, da Olimpíada Internacional de Linguística. E não dá para discordar. Basta pensar na infinidade de idiomas que existiam no Brasil (ou em toda América Latina) antes da chegada dos europeus – hoje são apenas 227 línguas vivas no país. Dominados, os índios perderam sua língua e cultura. O latim predominava na Europa até a queda do Império Romano. Sem poder, as fronteiras perderam força, os germânicos dividiram as cidades e, do latim, surgiram novos idiomas. Por outro lado, na Espanha, a poderosa região da Catalunha ainda mantém seu idioma vivo e luta contra o domínio do espanhol.
Não é à toa que esses povos insistem em cuidar de seus idiomas. Cada língua guarda os segredos e o jeito de pensar de seus falantes. “Quando um idioma morre, morre também a história. O melhor jeito de entender o sentimento de um escravo é pelas músicas deles”, diz Luana Vieira, da Olimpíada de Linguística. Veja pelo aimará, uma língua falada por mais de 2 milhões de pessoas da Cordilheira dos Andes. Nós gesticulamos para trás ao falar do passado. Esses povos fazem o contrário. “Eles acreditam que o passado precisa estar à frente, pois é algo que já não visualizamos. E o futuro, desconhecido, fica atrás, como se estivéssemos de costas para ele”, explica.
CASTRO, Carol. Blá-blá-blá sem fim. Galileu, ed. 317, dez. 2017, p. 31.
Com base no trecho “Eles acreditam que o passado precisa estar à frente, pois é algo que já não visualizamos. E o futuro, desconhecido, fica atrás, como se estivéssemos de costas para ele”, considere as afirmativas a seguir.
I. No primeiro período, há uma oração coordenada explicativa.
II. A oração subordinada adjetiva “desconhecido” é reduzida de particípio.
III. As duas ocorrências da palavra “que” apontam para classes diferentes.
IV. O conectivo “como se” equivale semanticamente a “assim como”.
Assinale a alternativa correta.
A) Somente as afirmativas I e II são corretas.
B) Somente as afirmativas I e IV são corretas.
C) Somente as afirmativas III e IV são corretas.
D) Somente as afirmativas I, II e III são corretas.
E) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas.
A) à expressão de uma hipótese, no último parágrafo, para certificar os leitores de que Marte não tem oxigênio suficiente para sustentar a vida microbiana e, portanto, nem a humana.
B) aos depoimentos do físico Vlada Stamenkovic para que os leitores tenham certeza de que Marte contém oxigênio suficiente para acolher muitas espécies, inclusive a humana.
C) ao emprego da forma verbal “poderia”, no futuro do pretérito do indicativo, para deixar claro aos leitores que as informações apresentadas são ainda hipóteses sobre o assunto tratado.
D) a informações de estudos de um grupo de cientistas para apresentar aos leitores a ideia de que é possível que o planeta Terra tenha surgido de Marte há bilhões de anos.
E) à referência à revista científica Nature Geosciences para sugerir aos leitores que o tema já faz parte de uma série de estudos sistemáticos que comprovaram a vida em Marte.
TEXTO 1
A) retrospecto histórico que demonstra como foi o processo de enriquecimento desses grandes grupos midiáticos que atuam no setor de construção civil e na especulação imobiliária.
B) exemplificação dessa relação controversa entre a mídia e o mercado imobiliário, através do episódio de disputa entre Sílvio Santos e o diretor de teatro José Celso Martinez Correia.
C) discurso de autoridade, quando se evoca o pensamento de Henri Lefebvre, sobre o valor de uso versus o valor de mercado.
D) contraposição de ideias a partir dos modos distintos de conceber a cidade: interesses privados versus valor de uso.
“Tem uma frase boa que diz: uma língua é um dialeto com exércitos. Um idioma só morre se não tiver poder político”, explica Bruno L’Astorina, da Olimpíada Internacional de Linguística. E não dá para discordar. Basta pensar na infinidade de idiomas que existiam no Brasil (ou em toda América Latina) antes da chegada dos europeus – hoje são apenas 227 línguas vivas no país. Dominados, os índios perderam sua língua e cultura. O latim predominava na Europa até a queda do Império Romano. Sem poder, as fronteiras perderam força, os germânicos dividiram as cidades e, do latim, surgiram novos idiomas. Por outro lado, na Espanha, a poderosa região da Catalunha ainda mantém seu idioma vivo e luta contra o domínio do espanhol.
Não é à toa que esses povos insistem em cuidar de seus idiomas. Cada língua guarda os segredos e o jeito de pensar de seus falantes. “Quando um idioma morre, morre também a história. O melhor jeito de entender o sentimento de um escravo é pelas músicas deles”, diz Luana Vieira, da Olimpíada de Linguística. Veja pelo aimará, uma língua falada por mais de 2 milhões de pessoas da Cordilheira dos Andes. Nós gesticulamos para trás ao falar do passado. Esses povos fazem o contrário. “Eles acreditam que o passado precisa estar à frente, pois é algo que já não visualizamos. E o futuro, desconhecido, fica atrás, como se estivéssemos de costas para ele”, explica.
CASTRO, Carol. Blá-blá-blá sem fim. Galileu, ed. 317, dez. 2017, p. 31.
Acerca de trechos do texto, considere os exemplos a seguir, quanto à presença de oração coordenada.
I. “os germânicos dividiram as cidades”.
II. “e luta contra o domínio do espanhol”.
III. “os índios perderam sua língua e cultura”.
IV. “em cuidar de seus idiomas”.
Assinale a alternativa correta.
A) Somente os exemplos I e II são corretos.
B) Somente os exemplos I e IV são corretos.
C) Somente os exemplos III e IV são corretos.
D) Somente os exemplos I, II e III são corretos.
E) Somente os exemplos II, III e IV são corretos.
A) Deus! ó Deus! onde estás que não respondes? / Em que mundo, em que estrela tu te escondes / embuçado nos céus? / Há mais de dois mil anos te mandei meu grito, / Que embalde, desde então, corre o infinito... / Onde estás, Senhor meu Deus?... (Castro Alves)
B) Eras na vida a pomba predileta / Que sobre um mar de angústias conduzia / O ramo da esperança. – Eras a estrela / Que entre as névoas do inverno cintilava / Apontando o caminho ao pegureiro. (Fagundes Varela)
C) Oh! que saudades que tenho / Da aurora da minha vida, / Da minha infância querida / Que os anos não trazem mais! / Que amor, que sonhos, que flores, / Naquelas tardes fagueiras / À sombra das bananeiras, / Debaixo dos laranjais! (Casimiro de Abreu)
D) Eu deixo a vida como deixa o tédio / Do deserto o poento caminheiro / – Como as horas de um longo pesadelo / Que se desfaz ao dobre de um sineiro. (Álvares de Azevedo)
E) Ó Guerreiros da Taba sagrada, / Ó Guerreiros da Tribo Tupi / Falam Deuses nos cantos do Piaga, / Ó Guerreiros, meu canto ouvi. (Gonçalves Dias)
TEXTO 1
A) educação, saúde, agronegócio, setor energético, transportes, infraestrutura e ainda nos setores financeiro e imobiliário.
B) educação, arte, esporte, saúde, transportes, setor energético e ainda nos setores financeiro e imobiliário.
C) educação, agronegócio, saúde, setor financeiro, imobiliário e lazer.
D) educação, agronegócio, templos e igrejas, governo e setores financeiros.
Leia o trecho, a seguir, retirado do livro Quarenta dias, de Maria Valéria Rezende, e responda à questão.
Saí, em busca de Cícero Araújo ou sei lá de quê, mas sem despir-me dessa nova Alice, arisca e áspera, que tinha brotado e se esgalhado nesses últimos meses e tratava de escamotear-se, perder-se num mundo sem porteira, fugir ao controle de quem quer que fosse. Tirei o interfone do gancho e o deixei balançando, pendurado no fio, bati a porta da cozinha e desci correndo pela escada de serviço, esperando que o porteiro se enfiasse na guarita pra responder ao interfone de frente pro saguão, de modo que eu pudesse sair de fininho, por trás dos pilotis, e escapar sem ser vista. Não me importava nada o que haveria de acontecer com o interfone nem com o porteiro.
Ganhei a rua e saí a esmo, querendo dar o fora dali o mais depressa possível, como se alguém me vigiasse ou me perseguisse, mas saí andando decidida, como se soubesse perfeitamente aonde ia, pisando duro, como nunca tinha pisado em parte alguma da minha antiga terra, lá onde eu sempre soube ou achava que sabia que rumo tomar. Saí, sem perguntar nada ao guri da banca da esquina nem a ninguém, até que me visse a uma distância segura daquele endereço que me impingiram e onde eu me sentia espionada, sabe-se lá que raio de combinação eles tinham com os porteiros, com os vizinhos? Olhe só, Barbie, como eu chegava perigosamente perto da paranoia e ainda falo “deles” como se fossem meus inimigos, minha filha e meu genro
REZENDE, Maria Valéria. Quarenta dias. 1ª ed. Rio de Janeiro: Objetiva, 2014. p. 95-96.
A) O prédio é espaço de maior segurança e conforto para a personagem, em comparação com os perigos oferecidos pelas ruas das imediações.
B) O apartamento é um espaço que desperta mais desconfiança do que a portaria pela sensação de perseguição.
C) A Paraíba é o espaço que permite à personagem maior conhecimento quanto a rumos a serem tomados, em comparação com Porto Alegre.
D) A cidade onde a protagonista está é palco de decisões mais acertadas do que o lugar de onde ela veio.
E) A banca da esquina é um espaço menos suscetível à paranoia da protagonista do que a escada de serviço do prédio.
Leia o texto para responder à questão
Dicas para evitar a disseminação de boatos e notícias falsas
1. Saiba quando uma mensagem é encaminhada
Mensagens com a etiqueta “Encaminhada” ajudam a determinar se seu amigo ou parente escreveu aquela mensagem ou se ela veio originalmente de outra pessoa.
2. Verifique fotos e mídia com cuidado
Fotos, áudios e vídeos podem ser editados para enganar você. Procure por fontes de notícias confiáveis para ver se a história está sendo reportada também em outros veículos. Quando uma notícia é reportada em vários canais confiáveis, é mais provável que ela seja verdadeira.
3. Fique atento a mensagens que parecem estranhas
Muitas mensagens ou links para sites que contêm boatos ou notícias falsas apresentam erros de português. Procure por esses sinais para verificar se a informação é confiável.
4. Esteja atento a preconceitos e influências
Histórias que parecem difíceis de acreditar são, em sua maioria, realmente falsas.
5. Notícias falsas frequentemente viralizam
Não encaminhe uma mensagem só porque o remetente está lhe pedindo para fazer isso.
6. Verifique outras fontes
Se você ainda não tem certeza de que uma mensagem é verdadeira, faça uma busca online por fatos e verifique em sites de notícias confiáveis para ver de onde a história veio.
7. Ajude a parar a disseminação
Não compartilhe uma mensagem só porque alguém lhe pediu. Se algum contato ou grupo está enviando notícias falsas constantemente, denuncie-os.
Importante: Se você sentir que você ou alguém está em perigo emocional ou físico, por favor, contate as autoridades locais de cumprimento da lei. Essas autoridades são preparadas e equipadas para oferecer assistência nesses casos.
(https://faq.whatsapp.com/pt. Adaptado)
A leitura comparativa entre o texto e a charge permite afirmar que ambos fazem um alerta acerca
A) dos perigos a que as pessoas estão expostas nas redes sociais, considerando-se a facilidade de fazer circular informações inverídicas nesses meios de comunicação.
B) da falta de contato presencial entre as pessoas que, cada vez mais, estão preferindo comunicar-se a distância, sem se preocuparem com a interação face a face.
C) do descaso das pessoas com o que é veiculado pelas redes sociais, principalmente pelo fato de serem informações, em sua maioria, baseadas em inverdades.
D) da importância assumida pelas redes sociais no contexto da comunicação atual, razão pela qual devem ser estimulados os contatos pessoais nesses meios.
E) dos internautas incautos que usam as redes sociais para obter vantagens pessoais, apesar de haver pouco espaço nelas para manobras ilegais.
TEXTO 1
A) a alta concentração das maiores audiências está nas mãos de poucos proprietários.
B) os grandes grupos midiáticos atuam no exterior com suas filiais, escritórios e outras estruturas.
C) Globo, Bandeirantes, Record, Folha e o grupo de escala regional RBS são donos da metade dos grupos de comunicação.
D) ocorre a chamada propriedade cruzada dos meios de comunicação, o que configura o monopólio do setor, uma vez que os 26 grupos pesquisados possuem negócios em mais de um tipo de mídia.
Leia o trecho, a seguir, retirado do livro Quarenta dias, de Maria Valéria Rezende, e responda à questão.
Saí, em busca de Cícero Araújo ou sei lá de quê, mas sem despir-me dessa nova Alice, arisca e áspera, que tinha brotado e se esgalhado nesses últimos meses e tratava de escamotear-se, perder-se num mundo sem porteira, fugir ao controle de quem quer que fosse. Tirei o interfone do gancho e o deixei balançando, pendurado no fio, bati a porta da cozinha e desci correndo pela escada de serviço, esperando que o porteiro se enfiasse na guarita pra responder ao interfone de frente pro saguão, de modo que eu pudesse sair de fininho, por trás dos pilotis, e escapar sem ser vista. Não me importava nada o que haveria de acontecer com o interfone nem com o porteiro.
Ganhei a rua e saí a esmo, querendo dar o fora dali o mais depressa possível, como se alguém me vigiasse ou me perseguisse, mas saí andando decidida, como se soubesse perfeitamente aonde ia, pisando duro, como nunca tinha pisado em parte alguma da minha antiga terra, lá onde eu sempre soube ou achava que sabia que rumo tomar. Saí, sem perguntar nada ao guri da banca da esquina nem a ninguém, até que me visse a uma distância segura daquele endereço que me impingiram e onde eu me sentia espionada, sabe-se lá que raio de combinação eles tinham com os porteiros, com os vizinhos? Olhe só, Barbie, como eu chegava perigosamente perto da paranoia e ainda falo “deles” como se fossem meus inimigos, minha filha e meu genro
REZENDE, Maria Valéria. Quarenta dias. 1ª ed. Rio de Janeiro: Objetiva, 2014. p. 95-96.
A) A referência a Cícero revela que a protagonista tem pouco interesse sobre essa personagem, o que se confirma no desenrolar do romance.
B) Cícero é o homem pelo qual a protagonista foi abandonada e a quem ela passa a perseguir após ter sido desprezada pela filha e pelo genro.
C) Encontrar Cícero torna-se o objetivo da protagonista que, assim, mantém vivos os vínculos da maternidade, após a decepção com a filha.
D) Cícero, o filho desaparecido de uma vizinha de Porto Alegre, desperta na protagonista um espírito detetivesco afinado com suas transformações na nova cidade.
E) Localizar Cícero em Porto Alegre é o que leva a protagonista a sair da Paraíba em busca de uma vida abnegada.
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