Questões de Português para Vestibular

cód. #6863

INEP - Português - 2018 - Exame - Linguagens, Artes, Educação Física, História e Geografia - Ensino Fundamental

    O coronel recusou a sopa.

    — Que é isso, Juca? Está doente?

    O coronel coçou o queixo. Revirou os olhos. Quebrou um palito. Deu um estalo com a língua.

    — Que é que você tem, homem de Deus?

    O coronel não disse nada. Tirou uma carta do bolso de dentro. Pôs os óculos. Começou a ler:

    — Exmo. Snr. Coronel Juca.

    — De quem é?

    — Do administrador da Santa Inácia.

    — Já sei. Geada?

    — Escute. Exmo. Snr. Coronel Juca. Respeitosas Saudações. Em primeiro lugar Saudo-vos. V.Ecia. e D. Nequinha. Coronel venho por meio desta respeitosamente comunicar para V. E. que o cafezal novo agradeceu bastante as chuvarada desta semana. E tal e tal e tal. Me acho doente diversos incômodos divido o serviço.

    — Coitado.

MACHADO, A. A. Notas biográficas do novo deputado. In: OLIVEIRA, N. Histórias de imigrantes. São Paulo: Scipione, 2007 (adaptado).

Os trechos em itálico no texto sinalizam o que foi escrito pelo remetente da carta. Embora o personagem administrador da Santa Inácia inicie o recado na norma-padrão, em outros momentos usa “as chuvarada” (sem o “s” de plural), “divido o” em lugar de “devido ao”, demonstrando

A) aproximar a linguagem ao entendimento do coronel.

B) ajustar os termos ao contexto de interlocução.

C) ser acessível à situação informal de comunicação.

D) ter dificuldades no domínio dessa variante.

A B C D E

cód. #7887

FAG - Português - 2018 - Vestibular - Primeiro Semestre - Medicina

Texto 2


O CACTO


Aquele cacto lembrava os gestos desesperados da estatuária:

Laocoonte constrangido pelas serpentes,

Ugolino e os filhos esfaimados.

Evocava também o seco nordeste, carnaubais, caatingas...

Era enorme, mesmo para esta terra de feracidades excepcionais.

Um dia um tufão furibundo abateu-o pela raiz.

O cacto tombou atravessando a rua,

Quebrou os beirais do casario fronteiro,

Impediu o trânsito de bonde, automóveis, carroças,

Arrebentou os cabos elétricos e durante vinte e quatro horas privou a cidade de iluminação e

energia:

— Era belo, áspero, intratável.

(BANDEIRA, Manuel. Poesia completa e prosa. Rio de Janeiro: Aguillar, 1974. p. 205.)



Texto 3


A ÁRVORE DA SERRA


— As árvores, meu filho, não têm alma!

E esta árvore me serve de empecilho...

É preciso cortá-la, pois, meu filho,

Para que eu tenha uma velhice calma!

— Meu pai, por que sua ira não se acalma?!

Não vê que em tudo existe o mesmo brilho?!

Deus pôs almas nos cedros... no junquilho...

Esta árvore, meu pai, possui minha‘alma!...

— Disse — e ajoelhou-se, numa rogativa:

―Não mate a árvore, pai, para que eu viva!‖

E quando a árvore, olhando a pátria serra,

Caiu aos golpes do machado bronco,

O moço triste se abraçou com o tronco

E nunca mais se levantou da terra!

(ANJOS, Augusto. Eu e outras poesias. São Paulo: Martins Fontes, 1994. p. 90.)

Os textos 2 e 3 apresentam como ponto de contato:

A) entes da natureza, o cacto e a árvore da serra, como representativos do drama humano.

B) construção lírica, alicerçada no verso livre e branco, apresentando uma cena narrativa.

C) exaltação de uma natureza pródiga, personificada no cacto gigante e na árvore da serra.

D) elementos da natureza, o cacto e a árvore da serra, abatidos pelas intempéries do clima.

E) os textos não possuem nenhum ponto de contato.

A B C D E

cód. #8399

VUNESP - Português - 2018 - Administração e Economia

Leia o texto para responder à questão

Dicas para evitar a disseminação de boatos e notícias falsas 


1. Saiba quando uma mensagem é encaminhada
Mensagens com a etiqueta “Encaminhada” ajudam a determinar se seu amigo ou parente escreveu aquela mensagem ou se ela veio originalmente de outra pessoa.
2. Verifique fotos e mídia com cuidado
Fotos, áudios e vídeos podem ser editados para enganar você. Procure por fontes de notícias confiáveis para ver se a história está sendo reportada também em outros veículos. Quando uma notícia é reportada em vários canais confiáveis, é mais provável que ela seja verdadeira.
3. Fique atento a mensagens que parecem estranhas
Muitas mensagens ou links para sites que contêm boatos ou notícias falsas apresentam erros de português. Procure por esses sinais para verificar se a informação é confiável.
4. Esteja atento a preconceitos e influências
Histórias que parecem difíceis de acreditar são, em sua maioria, realmente falsas.
5. Notícias falsas frequentemente viralizam
Não encaminhe uma mensagem só porque o remetente está lhe pedindo para fazer isso.
6. Verifique outras fontes
Se você ainda não tem certeza de que uma mensagem é verdadeira, faça uma busca online por fatos e verifique em sites de notícias confiáveis para ver de onde a história veio.
7. Ajude a parar a disseminação
Não compartilhe uma mensagem só porque alguém lhe pediu. Se algum contato ou grupo está enviando notícias falsas constantemente, denuncie-os.
Importante: Se você sentir que você ou alguém está em perigo emocional ou físico, por favor, contate as autoridades locais de cumprimento da lei. Essas autoridades são preparadas e equipadas para oferecer assistência nesses casos.


(https://faq.whatsapp.com/pt. Adaptado)

As informações apresentadas permitem afirmar que o texto consiste em

A) um guia que permite às pessoas tanto a identificação de notícias falsas quanto a sua produção, o que, algumas vezes, poderá estar em desacordo com a lei.

B) um manual rápido e simplificado para que os usuários das redes sociais saibam se comportar adequadamente ao lerem as mensagens recebidas.

C) um relatório pormenorizado das ações mais comuns identificadas na produção e veiculação de informações falsas pelas redes sociais.

D) uma síntese de procedimentos que permitem entender melhor o funcionamento das redes sociais e a relação emocional que os usuários têm com elas.

E) um roteiro com orientações para a identificação de notícias falsas em redes sociais, o qual ajudará os usuários a parar de disseminá-las.

A B C D E

cód. #10703

UNEMAT - Português - 2018 - Vestibular - Segundo Semestre

Texto 01

Óbito do Autor


      “Algum tempo hesitei se devia abrir estas memórias pelo princípio ou pelo fim, isto é, se poria em primeiro lugar o meu nascimento ou a minha morte. Suposto o uso vulgar seja começar pelo nascimento, duas considerações me levaram a adotar diferente método: a primeira é que eu não sou propriamente um autor defunto, mas um defunto autor, para quem a campa foi outro berço; a segunda é que o escrito ficaria assim mais galante e mais novo. Moisés, que também contou a sua morte, não a pôs no introito, mas no cabo: diferença radical entre este livro e o Pentateuco.” 


Texto 02

Origem, Nascimento e Batizado

“Era no tempo do rei. 

      Uma das quatro esquinas que formam as ruas do Ouvidor e da Quitanda, cortando-se mutuamente, chamava-se nesse tempo O canto dos meirinhos; e bem lhe assentava o nome, porque era aí o lugar de encontro favorito de todos os indivíduos dessa classe (que gozava então de não pequena consideração). Os meirinhos de hoje não são mais do que a sombra caricata dos meirinhos do tempo do rei; estes eram gente temível e temida, respeitável e respeitada; formavam um dos extremos da formidável cadeia judiciária que envolvia todo o Rio de Janeiro no tempo em que a demanda era entre nós um elemento de vida: o extremo oposto eram os desembargadores. Ora, os extremos se tocam, e estes, tocando-se, fechavam o círculo dentro do qual se passavam os terríveis combates das citações, provarás, razões principais e finais, e todos esses trejeitos judiciais que se chamava o processo. Daí sua influência moral.”

ASSIS, Machado. Memórias póstumas de Brás Cubas. 2. ed. São Paulo: Martin Claret, 2010. p. 17. (Coleção a obra-prima de cada autor).

ALMEIDA, Manuel Antônio de. Memórias de um sargento de milícias. 4. ed. São Paulo: Martin Claret, 2010. p. 13. (Coleção a obra-prima de cada autor).

Com base nos trechos dos dois romances, assinale a alternativa correta.

A) Em Machado de Assis, o narrador é um idealista; em Antônio de Almeida, um defunto.

B) O narrador de Machado de Assis quer contar suas memórias a partir do seu nascimento e o narrador de Antônio de Almeida, a partir de sua própria morte.

C) Brás Cubas e Leonardo são irônicos em tudo que fazem. O primeiro, pelo seu caráter pícaro e inocente e o segundo, pela sua perspicácia.

D) Nos dois romances (Memórias de um Sargento de Milícias e Memórias Póstumas de Brás Cubas), de acordo com os trechos citados, os narradores buscam construir memórias a partir de lugares diferentes: o primeiro começa pelo seu funeral, portanto, pela sua morte, e o segundo, vivo, por tipos da sociedade da época.

E) Tanto o narrador de Memórias de um Sargento de Milícias quanto o de Memórias Póstumas de Brás Cubas ocupam o lugar de narrador observador e onisciente.

A B C D E

cód. #10959

COPS-UEL - Português - 2018 - Provas: Vestibular - 2º Fase Vestibular - Espanhol

Leia o trecho, a seguir, retirado do livro Quarenta dias, de Maria Valéria Rezende, e responda à questão.


Saí, em busca de Cícero Araújo ou sei lá de quê, mas sem despir-me dessa nova Alice, arisca e áspera, que tinha brotado e se esgalhado nesses últimos meses e tratava de escamotear-se, perder-se num mundo sem porteira, fugir ao controle de quem quer que fosse. Tirei o interfone do gancho e o deixei balançando, pendurado no fio, bati a porta da cozinha e desci correndo pela escada de serviço, esperando que o porteiro se enfiasse na guarita pra responder ao interfone de frente pro saguão, de modo que eu pudesse sair de fininho, por trás dos pilotis, e escapar sem ser vista. Não me importava nada o que haveria de acontecer com o interfone nem com o porteiro.

Ganhei a rua e saí a esmo, querendo dar o fora dali o mais depressa possível, como se alguém me vigiasse ou me perseguisse, mas saí andando decidida, como se soubesse perfeitamente aonde ia, pisando duro, como nunca tinha pisado em parte alguma da minha antiga terra, lá onde eu sempre soube ou achava que sabia que rumo tomar. Saí, sem perguntar nada ao guri da banca da esquina nem a ninguém, até que me visse a uma distância segura daquele endereço que me impingiram e onde eu me sentia espionada, sabe-se lá que raio de combinação eles tinham com os porteiros, com os vizinhos? Olhe só, Barbie, como eu chegava perigosamente perto da paranoia e ainda falo “deles” como se fossem meus inimigos, minha filha e meu genro

REZENDE, Maria Valéria. Quarenta dias. 1ª ed. Rio de Janeiro: Objetiva, 2014. p. 95-96. 

Acerca dos termos destacados e suas respectivas explicações, considere as afirmativas a seguir.


I. Em “e ainda falo ‘deles’ como se fossem meus inimigos, minha filha e meu genro”, o termo “como” denota comparação.

II. Nos fragmentos, “ onde eu sempre soube” e “sabe-se que raio”, as palavras em destaque cumprem o mesmo papel nas duas ocorrências: apontar o lugar ao qual estão se referindo.

III. No trecho “pra responder ao interfone de frente pro saguão, de modo que eu pudesse sair de fininho”, a locução destacada indica causa e equivale à expressão “visto que”.

IV. No fragmento “como nunca tinha pisado em parte alguma da minha antiga terra, lá onde eu sempre soube”, o termo “onde” faz referência à palavra “lá” que, por sua vez, retoma “antiga terra”.


Assinale a alternativa correta.

A) Somente as afirmativas I e II são corretas.

B) Somente as afirmativas I e IV são corretas.

C) Somente as afirmativas III e IV são corretas.

D) Somente as afirmativas I, II e III são corretas.

E) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas.

A B C D E

cód. #6864

INEP - Português - 2018 - Exame - Linguagens, Artes, Educação Física, História e Geografia - Ensino Fundamental

Pela preservação de Luziânia


    Índios, escravos, garimpeiros, pequenos comerciantes e grandes fazendeiros habitavam as terras hoje ocupadas pelo Distrito Federal muito antes da chegada dos candangos. Desse período, ainda há construções nas áreas rurais e urbanas do Entorno. No entanto, são cada vez mais raras. Um dos mais ricos acervos se concentra na rua do Rosário, em Luziânia, fundada como Santa Luzia, em 13 de dezembro de 1746, por bandeirantes em busca de ouro. Para preservar o que resiste, o Ministério Público de Goiás propôs uma ação civil pública contra a prefeitura, pedindo o fim do tráfego de veículos no centro histórico da cidade distante 70 km de Brasília.

    O trânsito de caminhões está proibido na rua do Rosário há um ano. No entanto, sem fiscalização, a norma é desrespeitada. Há apenas uma placa de advertência, mas nenhuma barreira. Com isso, os casarões e outros prédios centenários têm suas estruturas abaladas.

ALVES, R.; STACCINARI, I. Correio Braziliense, 20 jul. 2014 (adaptado).

A matéria trata da medida imposta pelo Ministério Público em relação à preservação do patrimônio histórico da cidade de Luziânia. A palavra que define a atitude dos motoristas de caminhão a respeito dessa determinação é

A) represália.

B) destruição.

C) transgressão.

D) desconhecimento.

A B C D E

cód. #7888

FAG - Português - 2018 - Vestibular - Primeiro Semestre - Medicina

Texto 1
A “ÉTICA” DOS CORRUPTOS
    É ético um jornalista usar câmaras secretas para comprovar um crime que, depois, ele irá denunciar? Não discuto, aqui, a legalidade de sua ação, porque não tenho a formação jurídica necessária para me pronunciar sobre as leis e jurisprudência cabíveis no caso. Mas a questão adquire relevância diante do fato que movimentou a sociedade brasileira algumas semanas trás: a revelação, em imagens incontestáveis, de uma rede de corrupção atuando justamente nos hospitais – o que torna particularmente desumano o crime, porque está sendo cometido contra pessoas especialmente vulneráveis. Além disso, trata-se de uma área em que cronicamente falta dinheiro, visto que os custos com a saúde costumam subir mais que a inflação, em parte devido aos grandes avanços que a medicina tem conquistado.
    O que é flagrante é a falta de ética das pessoas diretamente envolvidas na falcatrua. Os corruptos (vou chamá-los assim, embora tecnicamente não o sejam, porque não são servidores públicos) não mostraram nenhum pudor. Imaginando-se a salvo, foram francos. Duas afirmações me chocaram em especial. A primeira se refere ao momento em que uma senhora diz que está praticando "a ética do mercado". Mas o que ela faz não é nada ético. A não ser, claro, que use "ética" num sentido apenas descritivo, como quando se diz que a "ética do bandido" é matar quem o alcagueta, ou que a "ética do machista" é assassinar a esposa suspeita de adultério. Nos últimos anos tem-se assistido à redução do emprego da palavra "ética". Uma expressão de Cláudio Abramo, frequentemente citada pelos profissionais da imprensa, é significativa – "A ética do jornalista é a mesma do marceneiro, de qualquer pessoa".
    Na verdade, até esperei, depois dessa frase sobre "a ética do mercado", que "o mercado" reagisse de alguma forma. Se ela dissesse que essa é a ética dos médicos, as associações não iriam protestar? É claro que "o mercado" não é um sujeito. Aliás, sua riqueza e eficácia estão, justamente, em ele não ser um sujeito único, mas uma rede em que se cruzam e se medem inúmeros sujeitos. No entanto, aqui se coloca uma questão crucial, sempre presente quando se trata do capitalismo. Brecht tem a frase famosa – "O que é roubar um banco, em comparação com fundar um banco?" O capitalismo sempre esteve assombrado pela diferença entre o lucro obtido legítima e legalmente e o que é extorsão, usura, roubo. Na Idade Média, a igreja cristã condenava a usura, dificultando as operações de financiamento. Por outro lado, com o capitalismo já consolidado, no final do século XIX, um grupo de grandes empresários norte-americanos era chamado de "robber barons", barões ladrões, tal a sua desonestidade. Contudo, o mesmo capitalismo cresce graças a uma ética extremamente forte, que Max Weber, num livro clássico, aproximou do protestantismo. Na verdade, a distinção entre o lucro e a extorsão é crucial para o capitalismo. Um dos desafios para ele funcionar, e em especial para se tornar popular, é convencer a sociedade de que seu compromisso ético – com a construção da riqueza pelo trabalho e o esforço – supera seus deslizes, os quais serão rigorosamente punidos. Ou seja, "o mercado" precisa reagir. O debate sobre esse caso não pode ficar circunscrito à área política. O “mercado” foi injuriado e tem de responder.
    O outro ponto assustador aconteceu quando um dos personagens gravados disse que sempre ensinava a seus filhos a virtude da solidariedade. Disse isso com outras palavras, mas ele considerava digno educar seus filhos na formação de quadrilha. Aqui, estamos diretamente na ética do crime. Mas, se na frase da senhora sobre o mercado podíamos ver alguma ironia ou resignação ("a vida como ela é"), na frase desse senhor se ouvia algo mais grave: a educação dos filhos, a construção do futuro segundo a ótica do criminoso. Uma coisa é resignar-se ao mundo como está e operar dentro dele. Outra, pior, é entender que ele não vai melhorar e que, portanto, a melhor educação que se deve dar aos pequenos é ensiná-los a serem bandidos. Aqui, a tarefa afeta, em especial, os educadores profissionais, como os professores, e a multidão de educadores leigos, que são os pais e todos os que cuidam de crianças. Mas, antes mesmo disso, ela passa por uma pergunta cândida: podemos melhorar, em termos de sociedade, no que se refere ao respeito à lei e aos outros? É possível convencermo-nos, e convencermos os outros, de que seguir os preceitos éticos é absolutamente necessário? Ou viveremos nas exceções? E isso diz respeito a todos nós.
    Ocorreu-me, uma vez, que no Brasil a lei tem papel mais indicativo do que prescritivo. Explico: todos concordamos que se deve parar no sinal vermelho – e a grande maioria o faz. Mas a pressa, o fato de não estar vindo um carro pela outra via, a demora no sinal "justificam" eventualmente passar no sinal vermelho. A lei deixa de ser lei para se tornar uma referência apenas; ou, pior, algo que espero que os outros respeitem absolutamente, mas que infringirei quando me achar "justificado" a fazê-lo. Guiando desse jeito, vários pais mataram os próprios filhos – e isso continua acontecendo. Não precisaremos fortalecer, na condição de sociedade, a convicção de que para um bom convívio é preciso repudiar fortemente essas duas frases que, na sua euforia, os dois personagens pronunciaram sem saberem que estavam sendo gravados? Enquanto isso, nosso agradecimento aos repórteres que denunciaram esse crime.
RIBEIRO, Renato J. Valor econômico, 26/03/2012. (Texto adaptado)
“Outra, pior, é entender que ele não vai melhorar e que, portanto, a melhor educação que se deve dar aos pequenos é ensiná-los a serem bandidos.” (4º parágrafo). Assinale a alternativa que contém uma redação em que se preserva o sentido básico sem se incorrer em erro gramatical.

A) Outra – pior – é entender que ele não vai melhorar e que a melhor educação que se deve dar os pequenos é, pois, ensinar eles a ser bandidos.

B) Outra (pior!) é entender que ele não vai ser melhorado e que, não obstante, a melhor educação que se devem dar para os pequenos é ensinar-lhes a serem bandidos.

C) Outra – pior – é entender que ele não vai melhorar; logo a melhor educação que se deve dar aos pequenos é ensinar-lhes como ser bandidos.

D) Outra (pior!) é entender que ele não será melhorado, posto que a melhor educação que se deve dar os pequenos é ensinar eles a serem bandidos.

E) Nenhuma das alternativas estão corretas.

A B C D E

cód. #8144

UFPR - Português - 2018 - Vestibular - Medicina

Na coluna da direita, são apresentadas perguntas feitas ao artista William Kentridge, em entrevista concedida ao jornal El País. Numere a coluna da direita, relacionando as respostas às respectivas perguntas.

1. O que faz com que uma obra seja percebida como verdadeira? 2. Nasceu em Johanesburgo e viveu em uma minoria dentro da minoria branca: a dos que se opunham ao apartheid. Sua família defendia os direitos dos negros. Como foi a sua infância? 3. Sua mulher [Anne Stanwix] é australiana. Chegou com 16 anos, se conheceram na escola e desde então permanecem juntos. Nada mal para um homem que se descreve como instalado na dúvida perpétua. 4. Em 25 anos, como o seu país evoluiu?

( ) Faz parte das minhas contradições. Pouco antes de conhecê-la, decidi que tinha nascido no país errado e com cinco anos de atraso. Se estivesse com 18 e em Paris, Berlim ou Berkeley teria feito parte da revolta estudantil em vez de estar enredado na África do Sul, onde não acontecia nada. ( ) Muita gente esperava uma mudança radical de vida. E o que se passou é que há uma classe média branca e outra negra que, numericamente, já são iguais (quatro milhões cada raça). Mas para a classe trabalhadora a vida não mudou. Sua situação, embora não tão ruim, é de grande pobreza e desespero. ( ) Se você dá a mesma fotografia a duas pessoas, cada uma dirá coisas diferentes. Isso significa que só podem estar falando de si mesmas. Não veem a fotografia, veem a si mesmas. Por isso uma das funções do artista é lembrar o espectador que quando olha uma obra não está vendo uma verdade, mas uma projeção. ( ) Privilegiada, branca, suburbana. Tínhamos babás e criados. Fui a uma escola em que só podiam entrar crianças brancas. E me parecia que isso era o normal.

Assinale a alternativa que apresenta a numeração correta da coluna da direita, de cima para baixo.

A) 1 – 4 – 3 – 2.

B) 3 – 2 – 4 – 1.

C) 2 – 3 – 1 – 4.

D) 1 – 2 – 3 – 4.

E) 3 – 4 – 1 – 2.

A B C D E

cód. #8400

VUNESP - Português - 2018 - Administração e Economia

Leia o texto para responder à questão

Dicas para evitar a disseminação de boatos e notícias falsas 


1. Saiba quando uma mensagem é encaminhada
Mensagens com a etiqueta “Encaminhada” ajudam a determinar se seu amigo ou parente escreveu aquela mensagem ou se ela veio originalmente de outra pessoa.
2. Verifique fotos e mídia com cuidado
Fotos, áudios e vídeos podem ser editados para enganar você. Procure por fontes de notícias confiáveis para ver se a história está sendo reportada também em outros veículos. Quando uma notícia é reportada em vários canais confiáveis, é mais provável que ela seja verdadeira.
3. Fique atento a mensagens que parecem estranhas
Muitas mensagens ou links para sites que contêm boatos ou notícias falsas apresentam erros de português. Procure por esses sinais para verificar se a informação é confiável.
4. Esteja atento a preconceitos e influências
Histórias que parecem difíceis de acreditar são, em sua maioria, realmente falsas.
5. Notícias falsas frequentemente viralizam
Não encaminhe uma mensagem só porque o remetente está lhe pedindo para fazer isso.
6. Verifique outras fontes
Se você ainda não tem certeza de que uma mensagem é verdadeira, faça uma busca online por fatos e verifique em sites de notícias confiáveis para ver de onde a história veio.
7. Ajude a parar a disseminação
Não compartilhe uma mensagem só porque alguém lhe pediu. Se algum contato ou grupo está enviando notícias falsas constantemente, denuncie-os.
Importante: Se você sentir que você ou alguém está em perigo emocional ou físico, por favor, contate as autoridades locais de cumprimento da lei. Essas autoridades são preparadas e equipadas para oferecer assistência nesses casos.


(https://faq.whatsapp.com/pt. Adaptado)

São características especificas do gênero textual lido:

A) verbos no presente e no passado; linguagem persuasiva; estruturas linguísticas narrativas; função metalinguística da linguagem.

B) verbos no presente e no futuro; linguagem denotativa; estruturas linguísticas descritivas; função metalinguística da linguagem.

C) verbos no imperativo; linguagem informal; estruturas linguísticas descritivas e argumentativas; função emotiva da linguagem.

D) verbos no imperativo; linguagem denotativa; estruturas linguísticas descritivas e narrativas; função apelativa da linguagem.

E) verbos no presente; linguagem conotativa; estruturas linguísticas narrativas e argumentativas; função referencial da linguagem.

A B C D E

cód. #10704

UNEMAT - Português - 2018 - Vestibular - Segundo Semestre

      O setor de Recursos Humanos (RH) de uma empresa torna público o seletivo para uma vaga de assessoria, informando que apenas dois candidatos foram aprovados: um homem e uma mulher.

      Como houve empate de notas, competências, habilidades e idade, o diretor do RH, ao ser questionado sobre os critérios de desempate, atestou:

- Aprovo o rapaz! Ela é inteligente, mas é mulher.

Com base na anedota acima, reflita:

      Em Ela é inteligente, mas é mulher, o termo mas é uma conjunção. Do ponto de vista gramatical, a conjunção é uma palavra invariável que conecta orações, alterando o sentido do enunciado, a depender do seu uso. 

Assinale a alternativa correta, cujo emprego da conjunção não altera o sentido do enunciado em Ela é inteligente, mas é mulher.

A) Ela é inteligente e é mulher.

B) Ela é inteligente, portanto é mulher.

C) Ela é inteligente, porém é mulher.

D) Ela é mulher, mas é inteligente.

E) Ela é mulher, portanto é inteligente.

A B C D E

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