A) Somente a afirmativa 1 é verdadeira.
B) Somente as afirmativas 1 e 4 são verdadeiras.
C) Somente as afirmativas 2 e 3 são verdadeiras.
D) Somente as afirmativas 1, 2 e 4 são verdadeiras.
E) Somente as afirmativas 2, 3 e 4 são verdadeiras.
A) “homicídio” e “prêmio” são acentuados por diferentes razões.
B) “país” e “além”, recebem sinal diacrítico, no primeiro caso, porque o “í” faz hiato com a vogal anterior e forma sílaba com “s”, e, no segundo, porque é oxítona com a terminação "em".
C) “islâmicos” e “ícone”, por serem trissilábicos, levam, respectivamente, acento circunflexo e agudo, devido à pronúncia fechada e aberta que possuem.
D) “está” e “também” pertencem ao grupo das palavras cuja tônica é a última sílaba e todas são assinaladas graficamente.
E) “próprio” e “inabalável” aparecem sinalizados da mesma maneira por se tratar de proparoxítonos.
Maurício de Sousa. Disponível em aliteranda.files.w ordpress.com. Acesso em: nov. 2015.
Considere o seguinte trecho: “[...] e então, adicionam-se duas colheres de açúcar mascavo e mexe-se a calda por dois minutos [...]”.
A partir das palavras em destaque e das noções de variação linguística, assinale a alternativa correta.
A) Há um desvio da norma culta da língua portuguesa, pois se trata de um problema de concordância entre o sujeito e o predicado.
B) Há um desvio da norma culta da língua portuguesa, pois se trata de um problema de regência verbal.
C) Não há desvio da norma culta, pois, junto aos verbos destacados, a palavra “se” funciona como pronome apassivador.
D) Há um desvio da norma culta, pois, junto aos verbos destacados, a palavra “se” funciona como índice de indeterminação do sujeito.
E) Não há desvio da norma culta, pois o autor dá voz a um adulto e não a uma criança.
Leia o fragmento, a seguir, retirado do livro Clara dos Anjos, de Lima Barreto, e responda à questão.
Cassi Jones, sem mais percalços, se viu lançado em pleno Campo de Sant’Ana, no meio da multidão que jorrava das portas da Catedral, cheia da honesta pressa de quem vai trabalhar. A sua sensação era que estava numa cidade estranha. No subúrbio tinha os seus ódios e os seus amores; no subúrbio, tinha os seus companheiros, e a sua fama de violeiro percorria todo ele, e, em qualquer parte, era apontado; no subúrbio, enfim, ele tinha personalidade, era bem Cassi Jones de Azevedo; mas, ali, sobretudo do Campo de Sant’Ana para baixo, o que era ele? Não era nada. Onde acabavam os trilhos da Central, acabava a sua fama e o seu valimento; a sua fanfarronice evaporava-se, e representava-se a si mesmo como esmagado por aqueles “caras” todos, que nem o olhavam. [...]
Na “cidade”, como se diz, ele percebia toda a sua inferioridade de inteligência, de educação; a sua rusticidade, diante daqueles rapazes a conversar sobre cousas de que ele não entendia e a trocar pilhérias; em face da sofreguidão com que liam os placards dos jornais, tratando de assuntos cuja importância ele não avaliava, Cassi vexava-se de não suportar a leitura; comparando o desembaraço com que os fregueses pediam bebidas variadas e esquisitas, lembrava-se que nem mesmo o nome delas sabia pronunciar; olhando aquelas senhoras e moças que lhe pareciam rainhas e princesas, tal e qual o bárbaro que viu, no Senado de Roma, só reis, sentia-se humilde; enfim, todo aquele conjunto de coisas finas, de atitudes apuradas, de hábitos de polidez e urbanidade, de franqueza no gastar, reduziam-lhe a personalidade de medíocre suburbano, de vagabundo doméstico, a quase cousa alguma.
BARRETO, Lima. Clara dos Anjos. Rio de Janeiro: Garnier, 1990. p. 130-131.
Com base no trecho e no romance, acerca das relações entre personagens e os estilos de época, considere as afirmativas a seguir.
I. Clara, ao nutrir ilusões quanto às intenções amorosas de Cassi, aproxima-se da condição sonhadora de personagens femininas românticas.
II. Clara, ao entregar-se a Cassi e ao ceder às suas investidas sexuais, exibe a dificuldade de resistir aos instintos, como ocorre com personagens femininas naturalistas.
III. Cassi, ao recorrer a falsas promessas e fugir das responsabilidades com Clara, destoa da caracterização afetiva e moral dos heróis masculinos românticos.
IV. Cassi, ao compreender a complexidade das injustiças sociais que se abatem contra ele e os demais suburbanos, acirra o espírito combativo, assim como os heróis modernistas.
Assinale a alternativa correta.
A) Somente as afirmativas I e II são corretas.
B) Somente as afirmativas I e IV são corretas.
C) Somente as afirmativas III e IV são corretas.
D) Somente as afirmativas I, II e III são corretas.
E) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas.
Um dia, numa rua da cidade, eu vi um velhinho sentado na calçada
Com uma cuia de esmola e uma viola na mão
O povo parou para ouvir, ele agradeceu as moedas
E cantou essa música, que contava uma história
Que era mais ou menos assim:
Eu nasci há dez mil anos atrás
e não tem nada nesse mundo que eu não saiba demais
Eu vi as velas se acenderem para o Papa
Vi Babilônia ser riscada do mapa
Vi conde Drácula sugando o sangue novo
e se escondendo atrás da capa
Eu vi
Eu vi a arca de Noé cruzar os mares
Vi Salomão cantar seus salmos pelos ares
Eu vi Zumbi fugir com os negros para floresta
pro Quilombo dos Palmares
Eu vi.
SEIXAS, R; COELHO, P. Há 10 mil anos atrás. São Paulo: Som 13, 1976.
A) “Um dia, numa rua da cidade, eu vi um velhinho sentado na calçada / Com uma cuia de esmola e uma viola na mão”
B) “O povo parou para ouvir, ele agradeceu as moedas / E cantou essa música, que contava uma história”
C) “Eu nasci há dez mil anos atrás / e não tem nada nesse mundo que eu não saiba demais”
D) “Eu vi a arca de Noé cruzar os mares / Vi Salomão cantar seus salmos pelos ares”
A) A palavra ética tem sido utilizada de forma banal, fora do seu verdadeiro sentido.
B) Não se aprofunda sobre a possibilidade de o jornalista ter agido aeticamente na busca da notícia, por se considerar que esse não é o fato principal da discussão.
C) O autor renega intransigentemente o capitalismo, por seu caráter desumano e predatório, propondo uma busca por formas alternativas nas relações econômicas.
D) Só servidores públicos podem, numa perspectiva técnica, ser chamados de corruptos.
E) Todas as alternativas anteriores foram defendidas pelo autor e podem ser confirmadas no texto.
A charge ao lado tematiza:
(<http://www.arionaurocartuns.com.br> Acesso: 12 set. 2017.)
A) a sanha de desmatamento, tão comum que acaba sendo dirigida a qualquer árvore.
B) o poder dos meios de comunicação de massa, que levam as pessoas a considerar tudo o que a passa na TV como verdade incontestável.
C) as relações familiares, afetadas pela presença ostensiva da televisão, levando à falta de diálogo.
D) os quadros de depressão originados do trabalho, que levam as pessoas a reagirem de forma violenta a qualquer estímulo.
E) os casos de violência doméstica, em que mulheres são vítimas de agressão por parte dos respectivos companheiros.
A) Em 2012, ao ser socorrida por afegãos, Malala sobreviveu a uma tentativa de homicídio, na qual foi baleada pelo grupo terrorista do Talibã.
B) Malala, ícone internacional de resistência, passou a lutar pelos direitos das meninas à educação em Swat, após sofrer um atentado por parte dos talibãs.
C) Em 2014, Malala recebeu honrosamente o Prêmio Nobel da Paz, como um ícone internacional da resistência, pela sua atuação em prol do fortalecimento das mulheres e do direito à educação.
D) Algumas pessoas do Paquistão, país de origem de Malala, a menosprezam por acreditarem que ela seja uma agente da América Central.
E) Malala, Mensageira de Paz, recebeu este título, em 2017, concedido pelo povo islâmico, devido à sua atuação para fomentar um mundo mais pacífico.
VELHAS PIADAS PROVOCAM DEBATE SOBRE RACISMO ENTRE DESCENDENTES DE ASIÁTICOS
Quando tinha onze anos, o cineasta Leonardo Hwan voltava da escola com um amigo em São Paulo, quando um homem de cerca de trinta anos se aproximou, deu um susto nos garotos e gritou que eles deveriam "voltar para o país deles".
"Nunca esqueci. Fiquei muito assustado", diz Leonardo, 27, que é brasileiro e descendente de tawaineses. Hoje ele conta essa história para explicar porque fazer a piada do "pastel de flango" ou gritar "abre o olho, japonês" para descendentes de asiáticos é ofensivo. E ele tem que explicar diversas vezes.
"É racista, é xenófobo. Não é 'apenas uma piada'. Você está fazendo o mesmo que o cara: está dizendo que a pessoa não pertence, que ela é estrangeira, que não é bem-vinda", diz Leonardo.
Ele critica uma postagem do prefeito de São Paulo, João Doria, que escreveu a legenda "acelela" em vez de "acelera" (seu slogan) em uma foto durante uma visita à China [...].
"Quando você diz 'acelela', está tirando sarro não dos chineses de lá, mas dos imigrantes daqui, para quem a questão da língua e da adaptação é uma dificuldade real, e para descendentes que lutam há anos para serem aceitos", afirma Leonardo.
[...]
Disponível em: https://estilo.uol.com.br/comportamento/noticias/bbc/2017/08/04/ velhas-piadas-provocam-debate-sobre-racismo-entre-descendentes-deasiaticos.htm Acesso em: ago. 2017.
A) O cineasta Leonardo Hwan (1º parágrafo).
B) Um amigo (1º parágrafo).
C) Um homem de cerca de trinta anos (1º parágrafo).
D) Fazer a piada do "pastel de flango" ou gritar "abre o olho, japonês" para descendentes de asiáticos (2º parágrafo).
E) Você (3º e 4º parágrafos).
Leia o fragmento, a seguir, retirado do livro Clara dos Anjos, de Lima Barreto, e responda à questão.
Cassi Jones, sem mais percalços, se viu lançado em pleno Campo de Sant’Ana, no meio da multidão que jorrava das portas da Catedral, cheia da honesta pressa de quem vai trabalhar. A sua sensação era que estava numa cidade estranha. No subúrbio tinha os seus ódios e os seus amores; no subúrbio, tinha os seus companheiros, e a sua fama de violeiro percorria todo ele, e, em qualquer parte, era apontado; no subúrbio, enfim, ele tinha personalidade, era bem Cassi Jones de Azevedo; mas, ali, sobretudo do Campo de Sant’Ana para baixo, o que era ele? Não era nada. Onde acabavam os trilhos da Central, acabava a sua fama e o seu valimento; a sua fanfarronice evaporava-se, e representava-se a si mesmo como esmagado por aqueles “caras” todos, que nem o olhavam. [...]
Na “cidade”, como se diz, ele percebia toda a sua inferioridade de inteligência, de educação; a sua rusticidade, diante daqueles rapazes a conversar sobre cousas de que ele não entendia e a trocar pilhérias; em face da sofreguidão com que liam os placards dos jornais, tratando de assuntos cuja importância ele não avaliava, Cassi vexava-se de não suportar a leitura; comparando o desembaraço com que os fregueses pediam bebidas variadas e esquisitas, lembrava-se que nem mesmo o nome delas sabia pronunciar; olhando aquelas senhoras e moças que lhe pareciam rainhas e princesas, tal e qual o bárbaro que viu, no Senado de Roma, só reis, sentia-se humilde; enfim, todo aquele conjunto de coisas finas, de atitudes apuradas, de hábitos de polidez e urbanidade, de franqueza no gastar, reduziam-lhe a personalidade de medíocre suburbano, de vagabundo doméstico, a quase cousa alguma.
BARRETO, Lima. Clara dos Anjos. Rio de Janeiro: Garnier, 1990. p. 130-131.
A) O apego à fama evidencia que Cassi era inocente em sua vida amorosa e que o conceito de si mesmo como um artista o eximia de culpa nos relacionamentos com as moças virgens.
B) As referências à personalidade de Cassi demonstram como a personagem era espontânea no subúrbio enquanto no centro da cidade sobressaía sua artificialidade.
C) As alusões à fama correspondem à “rusticidade” atribuída pelo narrador aos modos com que a personagem circula pelos dois ambientes da cidade.
D) A fama da personagem remete ao orgulho de seu desempenho social no subúrbio, o que lhe garantia, lá, imunidade à condição de “humilde” e “medíocre”.
E) O termo “personalidade” significa que a determinação da personagem para preservar, longe do subúrbio, seus valores éticos era a causa de seus infortúnios.
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