Questões de Português para Vestibular

cód. #8146

UFPR - Português - 2018 - Vestibular - Medicina

O fragmento abaixo é referência para as questão.


O temido prognóstico se cumpriu, e a entrada do partido Alternativa para a Alemanha (AfD) no Parlamento alemão fez tremer os alicerces da democracia no país. Desde o final da Segunda Guerra Mundial, em 1945, nenhum partido de extrema direita havia participado da vida parlamentar da Alemanha, cujo passado nazista tornava impensável até agora um resultado como o das eleições deste domingo. O AfD ficou em terceiro lugar, com 12,9% dos votos e quase 90 representantes entre os 631 parlamentares do renovado Bundestag. Sua presença no Parlamento implica a irrupção do discurso islamofóbico e antieuropeu no coração da democracia germânica. […] Os cientistas políticos consideram que aproximadamente metade dos seguidores do AfD pertencem ao núcleo duro ideológico da extrema direita, e que a outra metade são um voto de protesto.
(<https://brasil.elpais.com/brasil/2017/09/24/internacional/1506276160_113753.html>. Acesso em 30, set. 2017.)
A respeito do texto, considere as seguintes afirmativas:

1. O terrível prognóstico que se cumpriu na Alemanha foi a eleição de aproximadamente 90 parlamentares do partido de extrema direita AfD. 2. O AfD é um partido nazista que busca o protecionismo do estado. 3. Desde 1945, nenhum partido de extrema direita tinha concorrido às eleições ao parlamento do país. 4. É estimado que metade dos votos recebidos pelo AfD foi de pessoas que não necessariamente concordam com a ideologia do partido, mas que não estão satisfeitas com o atual governo e com o estado em que se encontra o país.

Assinale a alternativa correta.

A) Somente a afirmativa 1 é verdadeira.

B) Somente as afirmativas 1 e 4 são verdadeiras.

C) Somente as afirmativas 2 e 3 são verdadeiras.

D) Somente as afirmativas 1, 2 e 4 são verdadeiras.

E) Somente as afirmativas 2, 3 e 4 são verdadeiras.

A B C D E

cód. #8658

EBMSP - Português - 2018 - Prosef - 2019.1 - Medicina - 1ª Fase

Questão

    Malala luta pelo acesso à escola de meninas no Paquistão e sobreviveu a uma tentativa de homicídio por parte de talibãs, em 2012. A jovem foi baleada por militantes em 9 outubro de 2012, no vale de Swat, na província rebelde paquistanesa de Khyber Pakhtunkhwa. O Talibã assumiu a autoria do ataque, alegando em comunicado que Malala foi visada por promover o “secularismo” no país. Depois de receber tratamento médico inicial no Paquistão, Malala foi enviada para o Reino Unido, onde reside atualmente com sua família.
    Antes do atentado, Malala vinha fazendo campanha pelo direito das meninas à educação em Swat, além de ser uma crítica veemente dos extremistas islâmicos. Ela foi elogiada mundo afora por escrever sobre as atrocidades do Talibã num blog da BBC no idioma urdu.
    Malala percorreu um longo caminho desde então, sendo um ícone internacional da resistência, do fortalecimento das mulheres e do direito à educação. Entre as numerosas distinções que recebeu está o prestigioso prêmio de direitos humanos Sakharov, da União Europeia. Ela também foi a ganhadora do Prêmio Nobel da Paz em 2014. Em seu próprio país, no entanto, é desprezada por muitos, que a acusam de ser agente dos EUA, decidida a difamar o Paquistão e o islã.
    Em 2017, Malala foi nomeada Mensageira da Paz pela ONU. Numa cerimônia na sede das Nações Unidas em Nova York, o secretário-geral da ONU, António Guterres, entregou-lhe o grande prêmio, dizendo ter-se sentido inspirado pelo “compromisso inabalável” da jovem com a paz, assim como por sua “determinação em promover um mundo melhor”.
MALALA YOUSAFZAI vem a São Paulo falar sobre direito à educação Disponível em: <http://www.cartaeducacao.com.br>. Acesso em: set. 2018.
Tomando como referência os conhecimentos sobre acentuação gráfica, é correto afirmar que os vocábulos,

A) “homicídio” e “prêmio” são acentuados por diferentes razões.

B) “país” e “além”, recebem sinal diacrítico, no primeiro caso, porque o “í” faz hiato com a vogal anterior e forma sílaba com “s”, e, no segundo, porque é oxítona com a terminação "em".

C) “islâmicos” e “ícone”, por serem trissilábicos, levam, respectivamente, acento circunflexo e agudo, devido à pronúncia fechada e aberta que possuem.

D) “está” e “também” pertencem ao grupo das palavras cuja tônica é a última sílaba e todas são assinaladas graficamente.

E) “próprio” e “inabalável” aparecem sinalizados da mesma maneira por se tratar de proparoxítonos.

A B C D E

cód. #10706

UNEMAT - Português - 2018 - Vestibular - Segundo Semestre

Maurício de Sousa. Disponível em aliteranda.files.w ordpress.com. Acesso em: nov. 2015. 

Considere o seguinte trecho: “[...] e então, adicionam-se duas colheres de açúcar mascavo e mexe-se a calda por dois minutos [...]”.


A partir das palavras em destaque e das noções de variação linguística, assinale a alternativa correta.

A) Há um desvio da norma culta da língua portuguesa, pois se trata de um problema de concordância entre o sujeito e o predicado.

B) Há um desvio da norma culta da língua portuguesa, pois se trata de um problema de regência verbal.

C) Não há desvio da norma culta, pois, junto aos verbos destacados, a palavra “se” funciona como pronome apassivador.

D) Há um desvio da norma culta, pois, junto aos verbos destacados, a palavra “se” funciona como índice de indeterminação do sujeito.

E) Não há desvio da norma culta, pois o autor dá voz a um adulto e não a uma criança.

A B C D E

cód. #10962

COPS-UEL - Português - 2018 - Provas: Vestibular - 2º Fase Vestibular - Espanhol

Leia o fragmento, a seguir, retirado do livro Clara dos Anjos, de Lima Barreto, e responda à questão.


Cassi Jones, sem mais percalços, se viu lançado em pleno Campo de Sant’Ana, no meio da multidão que jorrava das portas da Catedral, cheia da honesta pressa de quem vai trabalhar. A sua sensação era que estava numa cidade estranha. No subúrbio tinha os seus ódios e os seus amores; no subúrbio, tinha os seus companheiros, e a sua fama de violeiro percorria todo ele, e, em qualquer parte, era apontado; no subúrbio, enfim, ele tinha personalidade, era bem Cassi Jones de Azevedo; mas, ali, sobretudo do Campo de Sant’Ana para baixo, o que era ele? Não era nada. Onde acabavam os trilhos da Central, acabava a sua fama e o seu valimento; a sua fanfarronice evaporava-se, e representava-se a si mesmo como esmagado por aqueles “caras” todos, que nem o olhavam. [...]

Na “cidade”, como se diz, ele percebia toda a sua inferioridade de inteligência, de educação; a sua rusticidade, diante daqueles rapazes a conversar sobre cousas de que ele não entendia e a trocar pilhérias; em face da sofreguidão com que liam os placards dos jornais, tratando de assuntos cuja importância ele não avaliava, Cassi vexava-se de não suportar a leitura; comparando o desembaraço com que os fregueses pediam bebidas variadas e esquisitas, lembrava-se que nem mesmo o nome delas sabia pronunciar; olhando aquelas senhoras e moças que lhe pareciam rainhas e princesas, tal e qual o bárbaro que viu, no Senado de Roma, só reis, sentia-se humilde; enfim, todo aquele conjunto de coisas finas, de atitudes apuradas, de hábitos de polidez e urbanidade, de franqueza no gastar, reduziam-lhe a personalidade de medíocre suburbano, de vagabundo doméstico, a quase cousa alguma.


BARRETO, Lima. Clara dos Anjos. Rio de Janeiro: Garnier, 1990. p. 130-131. 

Com base no trecho e no romance, acerca das relações entre personagens e os estilos de época, considere as afirmativas a seguir.


I. Clara, ao nutrir ilusões quanto às intenções amorosas de Cassi, aproxima-se da condição sonhadora de personagens femininas românticas.

II. Clara, ao entregar-se a Cassi e ao ceder às suas investidas sexuais, exibe a dificuldade de resistir aos instintos, como ocorre com personagens femininas naturalistas.

III. Cassi, ao recorrer a falsas promessas e fugir das responsabilidades com Clara, destoa da caracterização afetiva e moral dos heróis masculinos românticos.

IV. Cassi, ao compreender a complexidade das injustiças sociais que se abatem contra ele e os demais suburbanos, acirra o espírito combativo, assim como os heróis modernistas.


Assinale a alternativa correta.

A) Somente as afirmativas I e II são corretas.

B) Somente as afirmativas I e IV são corretas.

C) Somente as afirmativas III e IV são corretas.

D) Somente as afirmativas I, II e III são corretas.

E) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas.

A B C D E

cód. #6867

INEP - Português - 2018 - Exame - Linguagens, Artes, Educação Física, História e Geografia - Ensino Fundamental

Um dia, numa rua da cidade, eu vi um velhinho sentado na calçada

    Com uma cuia de esmola e uma viola na mão                                      

    O povo parou para ouvir, ele agradeceu as moedas                             

 E cantou essa música, que contava uma história                              

Que era mais ou menos assim:                                                         


 Eu nasci há dez mil anos atrás                                                         

  e não tem nada nesse mundo que eu não saiba demais                 


Eu vi as velas se acenderem para o Papa                                    

Vi Babilônia ser riscada do mapa                                                  

Vi conde Drácula sugando o sangue novo                                    

e se escondendo atrás da capa                                                    

Eu vi                                                                                               


  Eu vi a arca de Noé cruzar os mares                                             

Vi Salomão cantar seus salmos pelos ares                                  

 Eu vi Zumbi fugir com os negros para floresta                              

pro Quilombo dos Palmares                                                         

 Eu vi.                                                                                              

SEIXAS, R; COELHO, P. Há 10 mil anos atrás. São Paulo: Som 13, 1976. 

O processo de criação, muitas vezes, apropria-se de textos e de ideias presentes em outros textos. Isso ocorre nos seguintes versos da canção:

A) “Um dia, numa rua da cidade, eu vi um velhinho sentado na calçada / Com uma cuia de esmola e uma viola na mão”

B) “O povo parou para ouvir, ele agradeceu as moedas / E cantou essa música, que contava uma história”

C) “Eu nasci há dez mil anos atrás / e não tem nada nesse mundo que eu não saiba demais”

D) “Eu vi a arca de Noé cruzar os mares / Vi Salomão cantar seus salmos pelos ares”

A B C D E

cód. #7891

FAG - Português - 2018 - Vestibular - Primeiro Semestre - Medicina

Texto 1
A “ÉTICA” DOS CORRUPTOS
    É ético um jornalista usar câmaras secretas para comprovar um crime que, depois, ele irá denunciar? Não discuto, aqui, a legalidade de sua ação, porque não tenho a formação jurídica necessária para me pronunciar sobre as leis e jurisprudência cabíveis no caso. Mas a questão adquire relevância diante do fato que movimentou a sociedade brasileira algumas semanas trás: a revelação, em imagens incontestáveis, de uma rede de corrupção atuando justamente nos hospitais – o que torna particularmente desumano o crime, porque está sendo cometido contra pessoas especialmente vulneráveis. Além disso, trata-se de uma área em que cronicamente falta dinheiro, visto que os custos com a saúde costumam subir mais que a inflação, em parte devido aos grandes avanços que a medicina tem conquistado.
    O que é flagrante é a falta de ética das pessoas diretamente envolvidas na falcatrua. Os corruptos (vou chamá-los assim, embora tecnicamente não o sejam, porque não são servidores públicos) não mostraram nenhum pudor. Imaginando-se a salvo, foram francos. Duas afirmações me chocaram em especial. A primeira se refere ao momento em que uma senhora diz que está praticando "a ética do mercado". Mas o que ela faz não é nada ético. A não ser, claro, que use "ética" num sentido apenas descritivo, como quando se diz que a "ética do bandido" é matar quem o alcagueta, ou que a "ética do machista" é assassinar a esposa suspeita de adultério. Nos últimos anos tem-se assistido à redução do emprego da palavra "ética". Uma expressão de Cláudio Abramo, frequentemente citada pelos profissionais da imprensa, é significativa – "A ética do jornalista é a mesma do marceneiro, de qualquer pessoa".
    Na verdade, até esperei, depois dessa frase sobre "a ética do mercado", que "o mercado" reagisse de alguma forma. Se ela dissesse que essa é a ética dos médicos, as associações não iriam protestar? É claro que "o mercado" não é um sujeito. Aliás, sua riqueza e eficácia estão, justamente, em ele não ser um sujeito único, mas uma rede em que se cruzam e se medem inúmeros sujeitos. No entanto, aqui se coloca uma questão crucial, sempre presente quando se trata do capitalismo. Brecht tem a frase famosa – "O que é roubar um banco, em comparação com fundar um banco?" O capitalismo sempre esteve assombrado pela diferença entre o lucro obtido legítima e legalmente e o que é extorsão, usura, roubo. Na Idade Média, a igreja cristã condenava a usura, dificultando as operações de financiamento. Por outro lado, com o capitalismo já consolidado, no final do século XIX, um grupo de grandes empresários norte-americanos era chamado de "robber barons", barões ladrões, tal a sua desonestidade. Contudo, o mesmo capitalismo cresce graças a uma ética extremamente forte, que Max Weber, num livro clássico, aproximou do protestantismo. Na verdade, a distinção entre o lucro e a extorsão é crucial para o capitalismo. Um dos desafios para ele funcionar, e em especial para se tornar popular, é convencer a sociedade de que seu compromisso ético – com a construção da riqueza pelo trabalho e o esforço – supera seus deslizes, os quais serão rigorosamente punidos. Ou seja, "o mercado" precisa reagir. O debate sobre esse caso não pode ficar circunscrito à área política. O “mercado” foi injuriado e tem de responder.
    O outro ponto assustador aconteceu quando um dos personagens gravados disse que sempre ensinava a seus filhos a virtude da solidariedade. Disse isso com outras palavras, mas ele considerava digno educar seus filhos na formação de quadrilha. Aqui, estamos diretamente na ética do crime. Mas, se na frase da senhora sobre o mercado podíamos ver alguma ironia ou resignação ("a vida como ela é"), na frase desse senhor se ouvia algo mais grave: a educação dos filhos, a construção do futuro segundo a ótica do criminoso. Uma coisa é resignar-se ao mundo como está e operar dentro dele. Outra, pior, é entender que ele não vai melhorar e que, portanto, a melhor educação que se deve dar aos pequenos é ensiná-los a serem bandidos. Aqui, a tarefa afeta, em especial, os educadores profissionais, como os professores, e a multidão de educadores leigos, que são os pais e todos os que cuidam de crianças. Mas, antes mesmo disso, ela passa por uma pergunta cândida: podemos melhorar, em termos de sociedade, no que se refere ao respeito à lei e aos outros? É possível convencermo-nos, e convencermos os outros, de que seguir os preceitos éticos é absolutamente necessário? Ou viveremos nas exceções? E isso diz respeito a todos nós.
    Ocorreu-me, uma vez, que no Brasil a lei tem papel mais indicativo do que prescritivo. Explico: todos concordamos que se deve parar no sinal vermelho – e a grande maioria o faz. Mas a pressa, o fato de não estar vindo um carro pela outra via, a demora no sinal "justificam" eventualmente passar no sinal vermelho. A lei deixa de ser lei para se tornar uma referência apenas; ou, pior, algo que espero que os outros respeitem absolutamente, mas que infringirei quando me achar "justificado" a fazê-lo. Guiando desse jeito, vários pais mataram os próprios filhos – e isso continua acontecendo. Não precisaremos fortalecer, na condição de sociedade, a convicção de que para um bom convívio é preciso repudiar fortemente essas duas frases que, na sua euforia, os dois personagens pronunciaram sem saberem que estavam sendo gravados? Enquanto isso, nosso agradecimento aos repórteres que denunciaram esse crime.
RIBEIRO, Renato J. Valor econômico, 26/03/2012. (Texto adaptado)
Assinale a alternativa que contém uma assertiva que NÃO pode ser confirmada pelo texto 1.

A) A palavra ética tem sido utilizada de forma banal, fora do seu verdadeiro sentido.

B) Não se aprofunda sobre a possibilidade de o jornalista ter agido aeticamente na busca da notícia, por se considerar que esse não é o fato principal da discussão.

C) O autor renega intransigentemente o capitalismo, por seu caráter desumano e predatório, propondo uma busca por formas alternativas nas relações econômicas.

D) Só servidores públicos podem, numa perspectiva técnica, ser chamados de corruptos.

E) Todas as alternativas anteriores foram defendidas pelo autor e podem ser confirmadas no texto.

A B C D E

cód. #8147

UFPR - Português - 2018 - Vestibular - Medicina

A charge ao lado tematiza:


(<http://www.arionaurocartuns.com.br> Acesso: 12 set. 2017.)

A) a sanha de desmatamento, tão comum que acaba sendo dirigida a qualquer árvore.

B) o poder dos meios de comunicação de massa, que levam as pessoas a considerar tudo o que a passa na TV como verdade incontestável.

C) as relações familiares, afetadas pela presença ostensiva da televisão, levando à falta de diálogo.

D) os quadros de depressão originados do trabalho, que levam as pessoas a reagirem de forma violenta a qualquer estímulo.

E) os casos de violência doméstica, em que mulheres são vítimas de agressão por parte dos respectivos companheiros.

A B C D E

cód. #8659

EBMSP - Português - 2018 - Prosef - 2019.1 - Medicina - 1ª Fase

Questão

    Malala luta pelo acesso à escola de meninas no Paquistão e sobreviveu a uma tentativa de homicídio por parte de talibãs, em 2012. A jovem foi baleada por militantes em 9 outubro de 2012, no vale de Swat, na província rebelde paquistanesa de Khyber Pakhtunkhwa. O Talibã assumiu a autoria do ataque, alegando em comunicado que Malala foi visada por promover o “secularismo” no país. Depois de receber tratamento médico inicial no Paquistão, Malala foi enviada para o Reino Unido, onde reside atualmente com sua família.
    Antes do atentado, Malala vinha fazendo campanha pelo direito das meninas à educação em Swat, além de ser uma crítica veemente dos extremistas islâmicos. Ela foi elogiada mundo afora por escrever sobre as atrocidades do Talibã num blog da BBC no idioma urdu.
    Malala percorreu um longo caminho desde então, sendo um ícone internacional da resistência, do fortalecimento das mulheres e do direito à educação. Entre as numerosas distinções que recebeu está o prestigioso prêmio de direitos humanos Sakharov, da União Europeia. Ela também foi a ganhadora do Prêmio Nobel da Paz em 2014. Em seu próprio país, no entanto, é desprezada por muitos, que a acusam de ser agente dos EUA, decidida a difamar o Paquistão e o islã.
    Em 2017, Malala foi nomeada Mensageira da Paz pela ONU. Numa cerimônia na sede das Nações Unidas em Nova York, o secretário-geral da ONU, António Guterres, entregou-lhe o grande prêmio, dizendo ter-se sentido inspirado pelo “compromisso inabalável” da jovem com a paz, assim como por sua “determinação em promover um mundo melhor”.
MALALA YOUSAFZAI vem a São Paulo falar sobre direito à educação Disponível em: <http://www.cartaeducacao.com.br>. Acesso em: set. 2018.

Da leitura do texto, pode-se inferir:

A) Em 2012, ao ser socorrida por afegãos, Malala sobreviveu a uma tentativa de homicídio, na qual foi baleada pelo grupo terrorista do Talibã.

B) Malala, ícone internacional de resistência, passou a lutar pelos direitos das meninas à educação em Swat, após sofrer um atentado por parte dos talibãs.

C) Em 2014, Malala recebeu honrosamente o Prêmio Nobel da Paz, como um ícone internacional da resistência, pela sua atuação em prol do fortalecimento das mulheres e do direito à educação.

D) Algumas pessoas do Paquistão, país de origem de Malala, a menosprezam por acreditarem que ela seja uma agente da América Central.

E) Malala, Mensageira de Paz, recebeu este título, em 2017, concedido pelo povo islâmico, devido à sua atuação para fomentar um mundo mais pacífico.

A B C D E

cód. #10707

UNEMAT - Português - 2018 - Vestibular - Segundo Semestre

VELHAS PIADAS PROVOCAM DEBATE SOBRE RACISMO ENTRE DESCENDENTES DE ASIÁTICOS


      Quando tinha onze anos, o cineasta Leonardo Hwan voltava da escola com um amigo em São Paulo, quando um homem de cerca de trinta anos se aproximou, deu um susto nos garotos e gritou que eles deveriam "voltar para o país deles".

      "Nunca esqueci. Fiquei muito assustado", diz Leonardo, 27, que é brasileiro e descendente de tawaineses. Hoje ele conta essa história para explicar porque fazer a piada do "pastel de flango" ou gritar "abre o olho, japonês" para descendentes de asiáticos é ofensivo. E ele tem que explicar diversas vezes.

      "É racista, é xenófobo. Não é 'apenas uma piada'. Você está fazendo o mesmo que o cara: está dizendo que a pessoa não pertence, que ela é estrangeira, que não é bem-vinda", diz Leonardo.

Ele critica uma postagem do prefeito de São Paulo, João Doria, que escreveu a legenda "acelela" em vez de "acelera" (seu slogan) em uma foto durante uma visita à China [...].

      "Quando você diz 'acelela', está tirando sarro não dos chineses de lá, mas dos imigrantes daqui, para quem a questão da língua e da adaptação é uma dificuldade real, e para descendentes que lutam há anos para serem aceitos", afirma Leonardo.

[...]

Disponível em: https://estilo.uol.com.br/comportamento/noticias/bbc/2017/08/04/ velhas-piadas-provocam-debate-sobre-racismo-entre-descendentes-deasiaticos.htm Acesso em: ago. 2017.

No texto, em “É racista, é xenófobo”, o referente que funciona como sujeito é:

A) O cineasta Leonardo Hwan (1º parágrafo).

B) Um amigo (1º parágrafo).

C) Um homem de cerca de trinta anos (1º parágrafo).

D) Fazer a piada do "pastel de flango" ou gritar "abre o olho, japonês" para descendentes de asiáticos (2º parágrafo).

E) Você (3º e 4º parágrafos).

A B C D E

cód. #10963

COPS-UEL - Português - 2018 - Provas: Vestibular - 2º Fase Vestibular - Espanhol

Leia o fragmento, a seguir, retirado do livro Clara dos Anjos, de Lima Barreto, e responda à questão.


Cassi Jones, sem mais percalços, se viu lançado em pleno Campo de Sant’Ana, no meio da multidão que jorrava das portas da Catedral, cheia da honesta pressa de quem vai trabalhar. A sua sensação era que estava numa cidade estranha. No subúrbio tinha os seus ódios e os seus amores; no subúrbio, tinha os seus companheiros, e a sua fama de violeiro percorria todo ele, e, em qualquer parte, era apontado; no subúrbio, enfim, ele tinha personalidade, era bem Cassi Jones de Azevedo; mas, ali, sobretudo do Campo de Sant’Ana para baixo, o que era ele? Não era nada. Onde acabavam os trilhos da Central, acabava a sua fama e o seu valimento; a sua fanfarronice evaporava-se, e representava-se a si mesmo como esmagado por aqueles “caras” todos, que nem o olhavam. [...]

Na “cidade”, como se diz, ele percebia toda a sua inferioridade de inteligência, de educação; a sua rusticidade, diante daqueles rapazes a conversar sobre cousas de que ele não entendia e a trocar pilhérias; em face da sofreguidão com que liam os placards dos jornais, tratando de assuntos cuja importância ele não avaliava, Cassi vexava-se de não suportar a leitura; comparando o desembaraço com que os fregueses pediam bebidas variadas e esquisitas, lembrava-se que nem mesmo o nome delas sabia pronunciar; olhando aquelas senhoras e moças que lhe pareciam rainhas e princesas, tal e qual o bárbaro que viu, no Senado de Roma, só reis, sentia-se humilde; enfim, todo aquele conjunto de coisas finas, de atitudes apuradas, de hábitos de polidez e urbanidade, de franqueza no gastar, reduziam-lhe a personalidade de medíocre suburbano, de vagabundo doméstico, a quase cousa alguma.


BARRETO, Lima. Clara dos Anjos. Rio de Janeiro: Garnier, 1990. p. 130-131. 

Sobre as referências aos termos “fama” e “personalidade”, que aparecem duas vezes cada um no fragmento, assinale a alternativa correta.

A) O apego à fama evidencia que Cassi era inocente em sua vida amorosa e que o conceito de si mesmo como um artista o eximia de culpa nos relacionamentos com as moças virgens.

B) As referências à personalidade de Cassi demonstram como a personagem era espontânea no subúrbio enquanto no centro da cidade sobressaía sua artificialidade.

C) As alusões à fama correspondem à “rusticidade” atribuída pelo narrador aos modos com que a personagem circula pelos dois ambientes da cidade.

D) A fama da personagem remete ao orgulho de seu desempenho social no subúrbio, o que lhe garantia, lá, imunidade à condição de “humilde” e “medíocre”.

E) O termo “personalidade” significa que a determinação da personagem para preservar, longe do subúrbio, seus valores éticos era a causa de seus infortúnios.

A B C D E

{TITLE}

{CONTENT}
Precisa de ajuda? Entre em contato.