Texto 3
Um dos destinos que se tem dado ao esgoto urbano é o uso nos solos agrícolas. O emprego do lodo de esgoto como adubo orgânico é uma alternativa segura para a disposição final desse resíduo. Objetiva-se com este projeto avaliar o efeito da aplicação de diferentes doses de composto de lodo de esgoto (CLE) nos atributos físicos de um Latossolo Vermelho Distrófico argiloso sob as culturas de arroz e feijão em diferentes safras agrícolas. Será instalado um experimento em condições de campo, em Selvíria (MS), tendo como cultura de verão o arroz, seguido do feijão na safrinha, nos anos agrícolas de 2017/2018 e 2018/2019. O delineamento experimental utilizado será em blocos casualizados, com quatro repetições. Os tratamentos serão originados de esquema fatorial 4 x 1 + 1, sendo: quatro doses de CLE (5,0; 7,5; 10,0 e 12,5 t ha-1), um modo de aplicação (nas entrelinhas das culturas) e um tratamento controle (sem aplicação do composto). Para a análise dos atributos do solo, será feita a coleta em três profundidades (0,00 a 0,05 m; 0,05 a 0,10 m; 0,10 a 0,20 m), para avaliação da densidade do solo (DS), resistência à penetração (RP), macroporosidade (Ma), microporosidade (Mi), porosidade total (PT), diâmetro médio ponderado (DMP), Índice de Estabilidade dos Agregados (IEA), intervalo hídrico ótimo (IHO), curva de retenção de água no solo, infiltração acumulada de água, matéria orgânica (MO), carbono orgânico (CO) e estoque de carbono orgânico (EstC). Para cada atributo do solo estudado, será efetuada a análise descritiva clássica, com auxílio do software estatístico SAS 9.4 (2016). Também será realizada a análise de fatorial para comparação dos tratamentos.
(Adaptado de resumo extraído da Biblioteca Virtual da FAPESP. Disponível em https://bv.fapesp.br. Acessado em 05/11/2020.)
A) O objetivo geral da pesquisa é realizar coletas de solos em três profundidades para avaliação de diversas variáveis em seus atributos físicos.
B) A metodologia para realização da pesquisa não foi explicitada no resumo, mas a fundamentação teórica é descrita em todas as suas fases.
C) A pesquisa propõe a realização de análises descritivas e de fatorial de mais de uma dezena de atributos nas amostras de solos coletadas.
D) A pesquisa conclui que a utilização do lodo de esgoto como adubo é uma alternativa segura de aproveitamento desse resíduo.
Texto 2
(...) temos duas vertentes de negacionistas: os históricos, que negam o Holocausto, e os científicos, dentre os quais estão os climáticos (que negam o aquecimento global), os terraplanistas (que negam as evidências de um planeta aproximadamente esférico) e até os da AIDS (que negam, acreditem, ser o vírus HIV o causador da síndrome). Sem falar nos movimentos de design inteligente, antivacinas, e outros tantos que ganharam força com o advento da internet e das redes sociais.(...)
(Cesar Augusto Gomes, A COVID-19 e o negacionismo. Blogs de Ciência, 06/04/2020. Disponível em https://www.blogs.unicamp.br. Acessado em 05/11/2020.)
A) O negacionismo é um fenômeno psicológico, social e político de construção e disseminação de crenças que surge com o advento da internet e das redes socais.
B) No negacionismo histórico, não existe o componente psicológico que o psicanalista Christian Dunker aponta no negacionismo científico observado durante a pandemia da COVID-19.
C) As vertentes do negacionismo podem ser entendidas como visões que prosperam quando os instrumentos de interpretação não dão conta da complexidade da realidade.
D) Movimentos como design inteligente e antivacinas são criados na internet com o objetivo de promover a transferência da autoridade da ciência para os políticos.
Texto 1
P: Assistimos nesta pandemia a segmentos da sociedade que embarcaram num processo de relativizar a gravidade da doença. Como a psicanálise explica o negacionismo?
R: Poucas pessoas se dão conta de que a expressão negacionismo vem da psicanálise. Freud tem um texto clássico, chamado A negação, sobre a nossa atitude diante de realidades que são mais dolorosas ou complexas do que conseguimos aguentar. Essa é uma atitude muito básica, muito simples, é o começo de muitas outras formas de negação e foi descrita ali no início da psicanálise. (...) A chegada do novo coronavírus pegou o Brasil em meio a dois processos particulares: a divisão social discursiva e a pauperização da vida econômica e dos direitos trabalhistas. A retórica de campanha eleitoral, tornada depois método de governo, baseada na produção contínua de inimigos imaginários, foi impactada pela chegada de um inimigo real, biológico e natural. (...) A pandemia não é inimigo político, não é um inimigo intencional, é um fato que vem da natureza, vem desse lugar terceiro, algo que nos une. Mas num governo que adota esse método, não se pode admitir que exista esse terceiro, algo que nos une, porque esse terceiro destrói a retórica da produção contínua de inimigos. Nada mais óbvio que isso gerasse a resposta descrita por Freud como a negação. E por que o negacionismo é importante como método deste governo? Para criar os processos de transferência de autoridade simbólica das instituições para a autoridade pessoal de quem as desafia.
P: Em sua avaliação, qual é o impacto social desta conduta no enfrentamento da COVID-19?
R: O negacionismo representou um prejuízo dramático para o enfrentamento da COVID-19, custou a vida de milhares de brasileiros, nos colocou no segundo lugar do número de mortes no mundo (...). Nessa hora, para que todos fizessem o sacrifício das restrições, seria esperado que figuras de autoridade dissessem: vai ser muito difícil, mas faço em nome de alguém. Mas, nessa hora encontramos uma divisão na política sanitária, marcada por uma hesitação e pela negação do consenso científico. (...)
P: Embora a educação formal seja, em princípio, um elemento central para combater o negacionismo, há também pessoas adultas e de alta escolaridade que adotam alguns raciocínios simplificadores para o enfrentamento da COVID-19. O negacionismo se vincula a algum tipo de regressão intelectual?
R: Quando apresentei a ideia de negação, disse que ela ocorre por algo doloroso ou algo que supera a nossa capacidade de simbolização por ser excessivamente complexo. Vamos encontrar a ideia de anomia em Émile Durkheim, da impossibilidade de reconhecer uma sociedade que se torna mais complicada do que os nossos dispositivos de interpretação. O que ela desencadeia? A regressão, as formas de pensamento regressivas. Voltamos da instituição que representa a razão no seu sentido impessoal para as instituições que representam a razão no sentido pessoal: voltamos para a família. Como a ideia de que a Terra é plana, entre várias outras, se infiltra aí? Ao questionar verdades muito sólidas, muito consensuais, você mostraria que a ciência não está dando as respostas que gostaria para todas as perguntas que você tem. (...) Ao conseguir dividir a autoridade simbólica, se produzem efeitos de reempoderamento da autoridade política particular. (...)
(Adaptado de O negacionismo como arma de destruição durante a pandemia. Entrevista com o psicanalista Christian Dunker. Estado de Minas, 24/07/2020. Disponível em https://www.em.com.br. Acessado em 05/11/2020.)
A) Mesmo se tratando de um fragmento da entrevista completa, é possível observar como a interação entre entrevistador e entrevistado marca a progressão temática do texto.
B) A entrevista é definida como um gênero opinativo do jornalismo; assim, o texto 1 não apresenta a objetividade necessária para discutir temas relacionados à ciência.
C) Apesar de se tratar de parte de uma entrevista com um especialista, quase não se observam, no texto, marcas linguísticas de subjetividade e informalidade.
D) Ao ser transposta para a forma escrita, a entrevista perdeu a interlocução (a dinâmica face a face da situação oral) e, assim, seu caráter dialógico.
Texto 1
P: Assistimos nesta pandemia a segmentos da sociedade que embarcaram num processo de relativizar a gravidade da doença. Como a psicanálise explica o negacionismo?
R: Poucas pessoas se dão conta de que a expressão negacionismo vem da psicanálise. Freud tem um texto clássico, chamado A negação, sobre a nossa atitude diante de realidades que são mais dolorosas ou complexas do que conseguimos aguentar. Essa é uma atitude muito básica, muito simples, é o começo de muitas outras formas de negação e foi descrita ali no início da psicanálise. (...) A chegada do novo coronavírus pegou o Brasil em meio a dois processos particulares: a divisão social discursiva e a pauperização da vida econômica e dos direitos trabalhistas. A retórica de campanha eleitoral, tornada depois método de governo, baseada na produção contínua de inimigos imaginários, foi impactada pela chegada de um inimigo real, biológico e natural. (...) A pandemia não é inimigo político, não é um inimigo intencional, é um fato que vem da natureza, vem desse lugar terceiro, algo que nos une. Mas num governo que adota esse método, não se pode admitir que exista esse terceiro, algo que nos une, porque esse terceiro destrói a retórica da produção contínua de inimigos. Nada mais óbvio que isso gerasse a resposta descrita por Freud como a negação. E por que o negacionismo é importante como método deste governo? Para criar os processos de transferência de autoridade simbólica das instituições para a autoridade pessoal de quem as desafia.
P: Em sua avaliação, qual é o impacto social desta conduta no enfrentamento da COVID-19?
R: O negacionismo representou um prejuízo dramático para o enfrentamento da COVID-19, custou a vida de milhares de brasileiros, nos colocou no segundo lugar do número de mortes no mundo (...). Nessa hora, para que todos fizessem o sacrifício das restrições, seria esperado que figuras de autoridade dissessem: vai ser muito difícil, mas faço em nome de alguém. Mas, nessa hora encontramos uma divisão na política sanitária, marcada por uma hesitação e pela negação do consenso científico. (...)
P: Embora a educação formal seja, em princípio, um elemento central para combater o negacionismo, há também pessoas adultas e de alta escolaridade que adotam alguns raciocínios simplificadores para o enfrentamento da COVID-19. O negacionismo se vincula a algum tipo de regressão intelectual?
R: Quando apresentei a ideia de negação, disse que ela ocorre por algo doloroso ou algo que supera a nossa capacidade de simbolização por ser excessivamente complexo. Vamos encontrar a ideia de anomia em Émile Durkheim, da impossibilidade de reconhecer uma sociedade que se torna mais complicada do que os nossos dispositivos de interpretação. O que ela desencadeia? A regressão, as formas de pensamento regressivas. Voltamos da instituição que representa a razão no seu sentido impessoal para as instituições que representam a razão no sentido pessoal: voltamos para a família. Como a ideia de que a Terra é plana, entre várias outras, se infiltra aí? Ao questionar verdades muito sólidas, muito consensuais, você mostraria que a ciência não está dando as respostas que gostaria para todas as perguntas que você tem. (...) Ao conseguir dividir a autoridade simbólica, se produzem efeitos de reempoderamento da autoridade política particular. (...)
(Adaptado de O negacionismo como arma de destruição durante a pandemia. Entrevista com o psicanalista Christian Dunker. Estado de Minas, 24/07/2020. Disponível em https://www.em.com.br. Acessado em 05/11/2020.)
A) Segundo o entrevistado, o negacionismo é um construto oriundo do campo da psicanálise, mais especificamente da obra de Freud, e pode ser compreendido como uma patologia que se desenvolve tanto por causas clínicas como sociais.
B) A pandemia poderia colocar em xeque uma política que se baseia na produção de inimigos; nesse contexto, a negação dos enunciados científicos passa a ser usada como meio para transferir autoridade das instituições para o indivíduo.
C) Para o psicanalista, o negacionismo se deve ao fato de as mensagens da ciência não serem compreensíveis para muita gente, o que torna mais fácil a assimilação massiva de enunciados simples, como “a Terra é plana”, ou de narrativas religiosas.
D) Política e ciência seguem métodos diferentes, por isso ações sanitárias efetivas não puderam ser concretizadas durante a pandemia no Brasil; isso foi agravado pela disseminação de discursos negacionistas que fizeram do vírus um inimigo político.
Conheci que Madalena era boa em demasia, mas não conheci tudo de uma vez. Ela se revelou pouco a pouco, e nunca se revelou inteiramente. A culpa foi minha, ou antes, a culpa foi desta vida agreste, que me deu uma alma agreste.
E, falando assim, compreendo que perco o tempo. Com efeito, se me escapa o retrato moral de minha mulher, para que serve esta narrativa? Para nada, mas sou forçado a escrever.
Quando os grilos cantam, sento-me aqui à mesa da sala de jantar, bebo café, acendo o cachimbo. Às vezes as ideias não vêm, ou vêm muito numerosas - e a folha permanece meio escrita, como estava na véspera. Releio algumas linhas, que me desagradam. Não vale a pena tentar corrigi-las. Afasto o papel.
Emoções indefiníveis me agitam - inquietação terrível, desejo doido de voltar, tagarelar novamente com Madalena, como fazíamos todos os dias, a esta hora. Saudade? Não, não é isto: desespero, raiva, um peso enorme no coração.
Procuro recordar o que dizíamos. Impossível. As minhas palavras eram apenas palavras, reprodução imperfeita de fatos exteriores, e as dela tinham alguma coisa que não consigo exprimir. Para senti-las melhor, eu apagava as luzes, deixava que a sombra nos envolvesse até ficarmos dois vultos indistintos na escuridão.
(Graciliano Ramos)
A) Emoção indefiníveis me agita.
B) Emoção indefinível me agita.
C) Emoção indefinível me agitam.
D) Emoções indefinível me agitam.
E) Emoções indefiníveis me agita.
Conheci que Madalena era boa em demasia, mas não conheci tudo de uma vez. Ela se revelou pouco a pouco, e nunca se revelou inteiramente. A culpa foi minha, ou antes, a culpa foi desta vida agreste, que me deu uma alma agreste.
E, falando assim, compreendo que perco o tempo. Com efeito, se me escapa o retrato moral de minha mulher, para que serve esta narrativa? Para nada, mas sou forçado a escrever.
Quando os grilos cantam, sento-me aqui à mesa da sala de jantar, bebo café, acendo o cachimbo. Às vezes as ideias não vêm, ou vêm muito numerosas - e a folha permanece meio escrita, como estava na véspera. Releio algumas linhas, que me desagradam. Não vale a pena tentar corrigi-las. Afasto o papel.
Emoções indefiníveis me agitam - inquietação terrível, desejo doido de voltar, tagarelar novamente com Madalena, como fazíamos todos os dias, a esta hora. Saudade? Não, não é isto: desespero, raiva, um peso enorme no coração.
Procuro recordar o que dizíamos. Impossível. As minhas palavras eram apenas palavras, reprodução imperfeita de fatos exteriores, e as dela tinham alguma coisa que não consigo exprimir. Para senti-las melhor, eu apagava as luzes, deixava que a sombra nos envolvesse até ficarmos dois vultos indistintos na escuridão.
(Graciliano Ramos)
A) II e III.
B) apenas I.
C) I e IV.
D) I, II, III, IV e V.
E) II, III e V.
Conheci que Madalena era boa em demasia, mas não conheci tudo de uma vez. Ela se revelou pouco a pouco, e nunca se revelou inteiramente. A culpa foi minha, ou antes, a culpa foi desta vida agreste, que me deu uma alma agreste.
E, falando assim, compreendo que perco o tempo. Com efeito, se me escapa o retrato moral de minha mulher, para que serve esta narrativa? Para nada, mas sou forçado a escrever.
Quando os grilos cantam, sento-me aqui à mesa da sala de jantar, bebo café, acendo o cachimbo. Às vezes as ideias não vêm, ou vêm muito numerosas - e a folha permanece meio escrita, como estava na véspera. Releio algumas linhas, que me desagradam. Não vale a pena tentar corrigi-las. Afasto o papel.
Emoções indefiníveis me agitam - inquietação terrível, desejo doido de voltar, tagarelar novamente com Madalena, como fazíamos todos os dias, a esta hora. Saudade? Não, não é isto: desespero, raiva, um peso enorme no coração.
Procuro recordar o que dizíamos. Impossível. As minhas palavras eram apenas palavras, reprodução imperfeita de fatos exteriores, e as dela tinham alguma coisa que não consigo exprimir. Para senti-las melhor, eu apagava as luzes, deixava que a sombra nos envolvesse até ficarmos dois vultos indistintos na escuridão.
(Graciliano Ramos)
Para senti-las melhor...
O pronome las refere-se a
A) Madalena.
B) luzes
C) linhas.
D) reprodução.
E) palavras.
Conheci que Madalena era boa em demasia, mas não conheci tudo de uma vez. Ela se revelou pouco a pouco, e nunca se revelou inteiramente. A culpa foi minha, ou antes, a culpa foi desta vida agreste, que me deu uma alma agreste.
E, falando assim, compreendo que perco o tempo. Com efeito, se me escapa o retrato moral de minha mulher, para que serve esta narrativa? Para nada, mas sou forçado a escrever.
Quando os grilos cantam, sento-me aqui à mesa da sala de jantar, bebo café, acendo o cachimbo. Às vezes as ideias não vêm, ou vêm muito numerosas - e a folha permanece meio escrita, como estava na véspera. Releio algumas linhas, que me desagradam. Não vale a pena tentar corrigi-las. Afasto o papel.
Emoções indefiníveis me agitam - inquietação terrível, desejo doido de voltar, tagarelar novamente com Madalena, como fazíamos todos os dias, a esta hora. Saudade? Não, não é isto: desespero, raiva, um peso enorme no coração.
Procuro recordar o que dizíamos. Impossível. As minhas palavras eram apenas palavras, reprodução imperfeita de fatos exteriores, e as dela tinham alguma coisa que não consigo exprimir. Para senti-las melhor, eu apagava as luzes, deixava que a sombra nos envolvesse até ficarmos dois vultos indistintos na escuridão.
(Graciliano Ramos)
A) apenas I.
B) apenas IV.
C) I, II, III.
D) I e IV.
E) II e III.
Conheci que Madalena era boa em demasia, mas não conheci tudo de uma vez. Ela se revelou pouco a pouco, e nunca se revelou inteiramente. A culpa foi minha, ou antes, a culpa foi desta vida agreste, que me deu uma alma agreste.
E, falando assim, compreendo que perco o tempo. Com efeito, se me escapa o retrato moral de minha mulher, para que serve esta narrativa? Para nada, mas sou forçado a escrever.
Quando os grilos cantam, sento-me aqui à mesa da sala de jantar, bebo café, acendo o cachimbo. Às vezes as ideias não vêm, ou vêm muito numerosas - e a folha permanece meio escrita, como estava na véspera. Releio algumas linhas, que me desagradam. Não vale a pena tentar corrigi-las. Afasto o papel.
Emoções indefiníveis me agitam - inquietação terrível, desejo doido de voltar, tagarelar novamente com Madalena, como fazíamos todos os dias, a esta hora. Saudade? Não, não é isto: desespero, raiva, um peso enorme no coração.
Procuro recordar o que dizíamos. Impossível. As minhas palavras eram apenas palavras, reprodução imperfeita de fatos exteriores, e as dela tinham alguma coisa que não consigo exprimir. Para senti-las melhor, eu apagava as luzes, deixava que a sombra nos envolvesse até ficarmos dois vultos indistintos na escuridão.
(Graciliano Ramos)
A)
I Conheci que Madalena era boa em demasia...
II ...nunca se revelou inteiramente.
I ...compreendo que perco o tempo.
II para que serve esta narrativa?
I Releio algumas linhas...
II Não vale a pena tentar corrigi-las
I Emoções indefiníveis me agitam...
II ...desejo doido de voltar...
A) exprime um fato simultâneo ao fato expresso na oração anterior.
B) expressa um fato que está de acordo com o que se declara na oração anterior.
C) estabelece condição para que se realize ou se deixe de realizar o fato expresso na oração anterior
D) estabelece gradação entre o processo verbal que exprime e aquele declarado na oração anterior.
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