Questões de Português para Vestibular

cód. #4379

UNIMONTES - Português - 2019 - Vestibular - PAES - Segunda Etapa

INSTRUÇÃO: Leia o texto que segue para responder às questões propostas.



Fonte: LLOSA, Mário Vargas. Breve discurso sobre a cultura. In: MACHADO, Cassiano Elek (org.). Pensar a cultura. Porto Alegre: Arquipélago, 2013. p. 12-13.

É CORRETO afirmar que a palavra “cultura” é marcada pelo(a)

A) marginalização.

B) intolerância.

C) heterogeneidade.

D) preconceito.

A B C D E

cód. #4635

VUNESP - Português - 2019 - Prova de Conhecimentos Específicos - Medicina, Odontologia, Enfermagem, Ciências Biológicas, Química, Educação Física.

Leia o texto de Jonathan Culler para responder à questão:


    Era uma vez um tempo em que literatura significava sobretudo poesia. O romance era um recém-chegado, próximo demais da biografia ou da crônica para ser genuinamente literário, uma forma popular que não poderia aspirar às altas vocações da poesia lírica e épica. Mas no século XX o romance eclipsou a poesia, tanto como o que os escritores escrevem quanto como o que os leitores leem e, desde os anos 60, a narrativa passou a dominar também a educação literária. As pessoas ainda estudam poesia — muitas vezes isso é exigido — mas os romances e os contos tornaram-se o núcleo do currículo.
    Isso não é apenas um resultado das preferências de um público leitor de massa, que alegremente escolhe histórias mas raramente lê poemas. As teorias literária e cultural têm afirmado cada vez mais a centralidade cultural da narrativa. As histórias, diz o argumento, são a principal maneira pela qual entendemos as coisas, quer ao pensar em nossas vidas como uma progressão que conduz a algum lugar, quer ao dizer a nós mesmos o que está acontecendo no mundo. A explicação científica busca o sentido das coisas colocando-as sob leis — sempre que a e b prevalecerem, ocorrerá c — mas a vida geralmente não é assim. Ela segue não uma lógica científica de causa e efeito mas a lógica da história, em que entender significa conceber como uma coisa leva a outra, como algo poderia ter sucedido: como Maggie acabou vendendo software em Cingapura, como o pai de Jorge veio a lhe dar um carro.

(Teoria literária: uma introdução, 1999.)
Está empregado em sentido figurado o termo sublinhado em:

A) “muitas vezes isso é exigido” (1º parágrafo)

B) “Era uma vez um tempo em que literatura significava sobretudo poesia” (1º parágrafo)

C) “Mas no século XX o romance eclipsou a poesia” (1º parágrafo)

D) “os contos tornaram-se o núcleo do currículo” (1º parágrafo)

E) “um público leitor de massa, que alegremente escolhe histórias” (2o parágrafo)

A B C D E

cód. #1820

UEMG - Português - 2019 - Vestibular - EAD - Prova 08

Um samba no Bixiga

(Adoniran Barbosa)


Domingo nós fumo num samba no Bixiga

Na rua major, na casa do Nicola

À mezza notte o'clock

Saiu uma baita duma briga

Era só pizza que avuava junto com as brachola


Na hora "h" se enfiemo debaixo da mesa

Fiquemo ali, que beleza, vendo o Nicola brigá

Dali a pouco escutemo a patrulha chegá

E o sargento Oliveira falá:

“Num tem importância.

Foi chamada as ambulância.

Carma, pessoal.

A situação aqui está muito cínica.

Os mais pior vai pras Clínica”.

(http://goo.gl/na7dJ. Acesso: 24/12/2012. Adaptado.)


Para que a fala do sargento Oliveira seja apropriada à sua imagem social e ao seu papel na situação em questão, ela deve ser formulada do seguinte modo:

A) “Não há motivo para desespero. As ambulâncias foram chamadas. Calma, pessoal. A situação aqui está caótica. Os feridos vão para as Clínicas”.

B) “Não precisa se aperrear. Já chamemo as imbulância. Sussegue, minha gente. Esse quiprocó está um istôro só. Os borocoxô vai pras Crínica”.

C) “Não tem perrepes. Já vai chegar o carango do hospital. Sossega, todo mundo! A muvuca aqui está bombando. Os estropiados vão para as Clínicas”.

D) “Sem neura. Já dei um toque nas ambulâncias. Fica na paz, galera. Esse lance está ficando muito zoado. Os sequelados vão para a Clínica”.

A B C D E

cód. #4636

VUNESP - Português - 2019 - Prova de Conhecimentos Específicos - Medicina, Odontologia, Enfermagem, Ciências Biológicas, Química, Educação Física.

Leia o texto de Jonathan Culler para responder à questão:


    Era uma vez um tempo em que literatura significava sobretudo poesia. O romance era um recém-chegado, próximo demais da biografia ou da crônica para ser genuinamente literário, uma forma popular que não poderia aspirar às altas vocações da poesia lírica e épica. Mas no século XX o romance eclipsou a poesia, tanto como o que os escritores escrevem quanto como o que os leitores leem e, desde os anos 60, a narrativa passou a dominar também a educação literária. As pessoas ainda estudam poesia — muitas vezes isso é exigido — mas os romances e os contos tornaram-se o núcleo do currículo.
    Isso não é apenas um resultado das preferências de um público leitor de massa, que alegremente escolhe histórias mas raramente lê poemas. As teorias literária e cultural têm afirmado cada vez mais a centralidade cultural da narrativa. As histórias, diz o argumento, são a principal maneira pela qual entendemos as coisas, quer ao pensar em nossas vidas como uma progressão que conduz a algum lugar, quer ao dizer a nós mesmos o que está acontecendo no mundo. A explicação científica busca o sentido das coisas colocando-as sob leis — sempre que a e b prevalecerem, ocorrerá c — mas a vida geralmente não é assim. Ela segue não uma lógica científica de causa e efeito mas a lógica da história, em que entender significa conceber como uma coisa leva a outra, como algo poderia ter sucedido: como Maggie acabou vendendo software em Cingapura, como o pai de Jorge veio a lhe dar um carro.

(Teoria literária: uma introdução, 1999.)
Um dos motivos apontados pelo texto para a prevalência do romance sobre a poesia a partir do século XX é:

A) os leitores, que querem soluções práticas para seus problemas, preferem textos não ficcionais.

B) a biografia e a crônica tornaram-se gêneros frequentes no dia a dia, o que fez com que o romance, um gênero semelhante, fosse mais acessível.

C) a valorização da ciência pela sociedade fez com que a poesia perdesse o sentido de realidade que teve em outros tempos.

D) a poesia foi abolida do currículo obrigatório das escolas, o que fez com que se tornasse menos acessível aos leitores.

E) o relato narrativo, que explica como determinados fatos aconteceram, produz mais sentidos ao leitor do que as leis científicas.

A B C D E

cód. #5404

CEV-URCA - Português - 2019 - Vestibular - Prova II - História \ Geografia \ Português \ espanhol

De origem na Grécia, a palavra crase significa mistura ou fusão. Na língua portuguesa, a crase indica a contração de duas vogais idênticas, mais precisamente, a fusão da preposição a com o artigo feminino a e com o a do início de pronomes. Sempre que houver a fusão desses elementos, o fenômeno será indicado por intermédio da presença do acento grave, também chamado de acento indicador de crase.

Para usar corretamente o acento indicador de crase, é necessário compreender as situações de uso nas quais o fenômeno está envolvido. Aprender a colocar o acento depende, sobretudo, da verificação da ocorrência simultânea de uma preposição e um artigo ou pronome.

(https://portugues.uol.com.br/gramatica/cinco-dicassimples-sobre-uso-crase.html)


Observe o excerto retirado do fragmento anterior: A criança. à medida que se desenvolve, deve aprender passo a passo a se entender melhor.


Compreende a mesma regra do acento grave:

A) Refiro-me à aluna que estava presente na hora do incidente na sala de aula;

B) Os participantes do campeonato saíram à procura de melhor estratégia de jogo;

C) A sala estava repleta de móveis à Luís XV;

D) Todos compareceram à confraternização de fim de ano;

E) Todos se encontravam assistindo à palestra do possível coordenador dos esportes.

A B C D E

cód. #1821

UEMG - Português - 2019 - Vestibular - EAD - Prova 08

Considere as seguintes frases:


1. Saímos de casa ................................ amanheceu.

2. Compraremos o apartamento ............................. vendermos o carro.

3. Prefiro não me envolver ................................. concorde com a decisão tomada.

4. Não assinamos o contrato .............................. discordávamos de algumas cláusulas.


As lacunas das frases devem ser preenchidas, respectivamente, pelas palavras

A) porque, caso, pois, mas.

B) quando, se, ainda que, porque.

C) logo que, quando, embora, como.

D) se, mesmo que, ainda que, quando.

A B C D E

cód. #4637

VUNESP - Português - 2019 - Prova de Conhecimentos Específicos - Medicina, Odontologia, Enfermagem, Ciências Biológicas, Química, Educação Física.

Leia o trecho do romance A moreninha, de Joaquim Manuel de Macedo, para responder à questão:

    Chegou o sábado. O nosso Augusto, depois de muitos rodeios e cerimônias, pediu finalmente licença para ir passar o dia de domingo na ilha de… e obteve em resposta um não redondo; jurou que tinha dado sua palavra de honra de lá se achar nesse dia e o pai, para que o filho não cumprisse a palavra, nem faltasse à honra, julgou muito conveniente trancá-lo em seu quarto.
    Mania antiga é essa de querer triunfar das paixões com fortes meios; erro palmar, principalmente no caso em que se acha o nosso estudante; amor é um menino doidinho e malcriado que, quando alguém intenta refreá-lo, chora, escarapela, esperneia, escabuja, morde, belisca e incomoda mais que solto e livre; prudente é facilitar-lhe o que deseja, para que ele disso se desgoste; soltá-lo no prado, para que não corra; limpar-lhe o caminho, para que não passe; acabar com as dificuldades e oposições, para que ele durma e muitas vezes morra. O amor é um anzol que, quando se engole, agadanha-se logo no coração da gente, donde, se não é com jeito, o maldito rasga, esburaca e se aprofunda.

(A moreninha, 1997.)
Em “prudente é facilitar-lhe o que deseja, para que ele disso se desgoste” (2º parágrafo), o trecho sublinhado pode ser substituído, mantendo-se a correção gramatical e o sentido original, por:

A) porque ele disso se desgosta.

B) já que ele disso se desgosta.

C) logo que ele disso se desgoste.

D) a fim de que ele disso se desgoste.

E) desde que ele disso se desgoste.

A B C D E

cód. #5405

CEV-URCA - Português - 2019 - Vestibular - Prova II - História \ Geografia \ Português \ espanhol

Texto (fragmento) pra questão.


Quem me dera que eu fosse os choupos à margem do rio

E tivesse só o céu por cima e a água por baixo...

Quem me dera que eu fosse o burro do moleiro

E que ele me batesse e me estimasse...

Antes isso que ser o que atravessa a vida

Olhando para trás de si e tendo pena... 

O sentimento expresso nos últimos dois versos do fragmento acima transcrito remete a uma ideia de:

A) Temporalidade estática;

B) Submissão do pensar;

C) Metafísica;

D) Abolir a subjetividade;

E) Sentimento de auto piedade.

A B C D E

cód. #4638

VUNESP - Português - 2019 - Prova de Conhecimentos Específicos - Medicina, Odontologia, Enfermagem, Ciências Biológicas, Química, Educação Física.

Leia o trecho do romance A moreninha, de Joaquim Manuel de Macedo, para responder à questão:

    Chegou o sábado. O nosso Augusto, depois de muitos rodeios e cerimônias, pediu finalmente licença para ir passar o dia de domingo na ilha de… e obteve em resposta um não redondo; jurou que tinha dado sua palavra de honra de lá se achar nesse dia e o pai, para que o filho não cumprisse a palavra, nem faltasse à honra, julgou muito conveniente trancá-lo em seu quarto.
    Mania antiga é essa de querer triunfar das paixões com fortes meios; erro palmar, principalmente no caso em que se acha o nosso estudante; amor é um menino doidinho e malcriado que, quando alguém intenta refreá-lo, chora, escarapela, esperneia, escabuja, morde, belisca e incomoda mais que solto e livre; prudente é facilitar-lhe o que deseja, para que ele disso se desgoste; soltá-lo no prado, para que não corra; limpar-lhe o caminho, para que não passe; acabar com as dificuldades e oposições, para que ele durma e muitas vezes morra. O amor é um anzol que, quando se engole, agadanha-se logo no coração da gente, donde, se não é com jeito, o maldito rasga, esburaca e se aprofunda.

(A moreninha, 1997.)
A forma verbal no pretérito mais-que-perfeito, indicando uma ação, anterior a outra, ambas ocorridas no passado, encontra-se em:

A) “jurou que tinha dado sua palavra de honra de lá se achar nesse dia” (1º parágrafo)

B) “O nosso Augusto, depois de muitos rodeios e cerimônias, pediu finalmente licença” (1º parágrafo)

C) “Chegou o sábado.” (1º parágrafo)

D) “para que o filho não cumprisse a palavra” (1º parágrafo)

E) “Mania antiga é essa de querer triunfar das paixões com fortes meios” (2º parágrafo)

A B C D E

cód. #5406

CEV-URCA - Português - 2019 - Vestibular - Prova II - História \ Geografia \ Português \ espanhol

Texto (fragmento) pra questão.


Quem me dera que eu fosse os choupos à margem do rio

E tivesse só o céu por cima e a água por baixo...

Quem me dera que eu fosse o burro do moleiro

E que ele me batesse e me estimasse...

Antes isso que ser o que atravessa a vida

Olhando para trás de si e tendo pena... 

O fragmento acima é parte da Obra do heterônimo de Fernando Pessoa, Alberto Caeiro. São características de Caeiro e que estão presentes no texto, exceto:

A) Ligação com a Natureza e desejo de integrar-se a ela;

B) Valorização das sensações em detrimento a grandes reflexões;

C) Subjetividade visual filosófica profunda pautada na clareza e confiança;

D) Simplicidade do tão somente existir;

E) Preferência pelo verso livre e pela linguagem simples.

A B C D E

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