Seja Feliz
(Marisa Monte)
Tão longa a estrada
Tão longa a sina
Tão curta a vida
Tão largo o céu
Tão largo o mar
Tão curta a vida
Curta a vida
(http://letras.mus.br/marisa-monte/1982242/. Acesso: 07/02/2013. Adaptado.)
No último verso, a palavra “curta” tem um sentido diferente do ocorrido no terceiro e sexto versos, pois esse novo sentido expressa que a vida
A) é breve e passageira.
B) é um curta-metragem.
C) deve ser aproveitada.
D) deve ser conservada.
A) “O protagonista também vive em trios. Compõe um primeiro trio com as duas prostitutas na praça, outro com a mulher e a filha. Mais um com o casal de pretos que o socorre, com quem passa a viver e que se tornam seus novos pais; ainda outro com seu Joãozinho BemBem e o velho, entre os quais se interpõe”.
B) “Em todo o caso, importa assinalar que o nome próprio Matraga desaparece imperceptivelmente do texto, que narra a história maravilhosa de um homem ‘histórico’ palmilhando a difícil senda da santidade, só atingida no momento da morte: e até então ele não era Matraga”.
C) “De certo modo já presente em sua formação como opostos em tensão, identificados com um princípio masculino (o pai violento, reproduzido) e um princípio feminino (a avó que o criara, religiosa e rezadeira, desejando fazer do neto um padre), é a ferração que vai iniciar o penoso caminho da decifração da marca e do destino.
D) “Ao contar os episódios da luta, o autor não poupa louvores às habilidades guerreiras dos jagunços, à sua bravura indomável, a sua dignidade na desgraça (...) Os óculos do direito codificado em normas de conduta refratam a realidade do jagunço, esse vivente tão inútil quanto utilizado”.
E) “O protagonista atravessa minuciosamente todo o processo da santidade, mas os esforços para ser asceta contrariam sua índole. Ele é um guerreiro, e é como guerreiro que irá se tornar santo”.
A) estão empregadas em seus sentidos de base.
B) despertam curiosidade e fazem jus ao conteúdo do comentário.
C) podem confundir o leitor menos experiente: de que ‘balança se trata’?
D) afastam-se daquelas palavras do texto: nenhuma faz referência ou justifica a alusão ao ‘futuro’.
E) a noção de peso contida na expressão ’balança’ é também arbitrária.
(http://eduardoabril.blogspot.com. Acesso: 28/03/2010.)
O fato de as palavras “imtulho” e “aria” estarem escritas de forma diferente da padrão indica a
A) falta de seriedade do autor ao produzir o texto.
B) necessidade de mudança na estrutura da língua.
C) preocupação do autor em atingir o leitor.
D) relação existente entre os sons e as letras.
A) “Ocorre a libertação completa do anedótico que antes encompridava a narrativa”.
B) “O anedótico sobre o qual assenta a narrativa é seguido com uma fidelidade constante. O seu conjunto é realmente um conjunto de contos”.
C) “O autor não se contenta com a afirmação em linha reta e faz do seu mesmo descontentamento verbal a sua forma de riqueza. Ao contrário, elas se lançam adiante em um ritmo cumulativo”.
D) . “A palavra se confunde com uma pincelada solta, irregular, que menos visasse a distinguir as criaturas do seu contorno do que os apreender simultaneamente”.
E) “A palavra caminha solta. Não tem que seguir os contornos do acontecimento”.
A) 1, 2, 3 e 4, apenas.
B) 1, 2, 3, 4 e 5.
C) 2, 3, e 4, apenas
D) 1, 3 e 5, apenas.
E) 1, 4 e 5, apenas.
ETC
Estou sozinho, estou triste, etc.
Quem virá com a nova brisa que penetra
Pelas frestas do meu ninho
Quem insiste em anunciar-se no desejo
Quem tanto não vejo ainda
Quem pessoa secreta
Vem, te chamo
Vem, etc.
(Caetano Veloso)
Sobre o uso do “etc” nesse texto, por tratar-se de uma expressão bastante corriqueira, é correto dizer que
A) é um sinal de que tudo já foi dito e que o poeta não pode acrescentar mais nada ao sentimento amoroso.
B) representa uma crítica ao discurso da solidão, que o eu poético não se dá ao trabalho de repetir.
C) serve para demonstrar a eficiência na expressão dos sentimentos, atualmente baseada na preguiça.
D) rompe apenas aparentemente com a expressão poética, pois seu uso, no texto, revela um trabalho de linguagem bastante original.
A) “A obra se caracteriza pela paixão de contar. O autor chega à condescendência excessiva para com ela, a ponto de quebrar a espinha das suas histórias a fim de dar relevo a narrativas secundárias, terciárias, cujo conjunto resulta mais importante do que a narrativa central. (...). Todos os meios e até a ampliação retórica são bons, desde que nos arrebatem da vida, transportando-nos para a vida mais intensa da arte”. (Antonio Candido).
B) “Estonteado pela multiplicidade dos temas, a polifonia dos tons, o formigar dos caracteres, o fervilhar de motivos, o leitor naturalmente há de, no fim do volume, tentar uma classificação das narrativas. É provável que a ordem alfabética de sua colocação dentro do livro seja apenas um despistamento e que a sucessão delas obedeça a intenções ocultas”. (Paulo Rónai).
C) “O internado pode ser o espaço onde o mal campeia; de tanto viver nesse espaço, aceitando as regras do jogo, e de um jogo tremendo que leva à morte e à danação, o sujeito como que transporta o espaço exterior para dentro de si. (...) Esse subconjunto de imagens (...) aparecem em historietas avulsas ao enredo, aparecem sob a forma de ideias gerais como o ditado e o adágio, aparecem na história de vida de personagens secundários, aparecem nos incidentes que compõem a trama do enredo, seja em discurso direto, seja em falar figurado”. (Walnice Nogueira Galvão).
D) “Se há necessidade de classificação literária para a obra, não há dúvida de que se trata de uma epopeia. (...) A intercalação de episódios convergentes com a ação principal, mas de função adjuntiva, podendo adquirir independência formal, aparece frequentemente”. (Manuel Cavalcanti Proença).
E) “A obra constitui, a nosso ver, a experiência estrutural mais arrojada de João Guimarães Rosa. O aspecto caótico daquelas páginas sugere imediatamente uma aproximação com James Joyce. (...) mas no caso presente, a descontinuidade narrativa é apenas aparente, não estando a serviço daquele propósito de simultaneidade tão indiscutível em Ulisses”. (Rui Mourão).
A) 1, 2, 3 e 4.
B) 1, 2 e 3, apenas
C) 1, 3 e 4 apenas.
D) 3 e 4, apenas.
E) 2, 3 e 4, apenas
Leia o texto:
Desolado com a possibilidade de extinção da língua portuguesa, deputado apresenta projeto de lei com o objetivo de proibir o uso de palavras de outros idiomas em meios de comunicação, nomes comerciais, documentos oficiais, etc. [...] A identidade das línguas não se esconde nos vocabulários, mas na maneira como eles se articulam. Seus segredos estão em palavras que a maioria dos mortais relega a segundo plano como artigos, preposições, conjunções, ou em processos relacionais como regências, concordâncias, flexões, declinações, sintaxes. Enquanto os fanáticos por computadores conjugarem o anglicismo “escanear” como se fosse “escaneio, escaneias, escaneia...” tudo está bem: estão apenas repetindo processos que nos deram palavras preciosas como “desolado” ou “parlamento”... – a última , um caso particularmente interessante, por nos fornecer uma palavra latina por tabela, sua raiz é latina, mas sua existência se deve aos ingleses. No dia em que começarmos a lidar com respeitáveis palavras de ascendência diretamente romana como “falar” em termos de “eu fala, tu fala, ele fala, nós fala”, aí talvez seja o momento de profetizar a agonia da “última flor de Lácio” [...] O simples fato de determinada comunidade usar ou não determinada expressão contém significado que jamais poderá ser traduzido por outra palavra. Voltando ao nosso apaixonado por computadores, se ele começar a disparar verbos como “escanear”, “printar”, deletar ou congêneres, saberemos de sua condição de info-fanático. Ninguém precisará nos dizer isso. Além de nos informar que vai imprimir ou apagar algo, ele está nos dizendo, também, que se quiser pode estourar o disco rígido de nosso computador sem que notemos. Quando um executivo fala em personal banking, ele não se refere apenas à relação personalizada que a informática permite entre ele e seu banco, informa-nos, também, sobre a tribo à qual pertence [...] A lei contém, portanto, elemento limitador da expressão. Quando pretende se impor a meios de comunicação, o problema torna-se mais grave. Além da redução quantitativa de informações que permite à comunidade, realiza, também, uma redução qualitativa: estabelece que certas categorias de informações simplesmente não podem ser transmitidas. Antigamente isso se chamava censura. (Texto adaptado de: AVELAR, Marcelo Castilho. O idioma está acima do controle das leis. Estado de Minas, Belo Horizonte, 17 set. 2000. Espetáculo/Opinião, p.4.)
O dois-pontos usado no fragmento “[...] tudo está bem: estão apenas repetindo processos que nos deram palavras preciosas [...]” dá idéia de ________ e pode ser substituído por ________.
Completa corretamente as lacunas:
A) Causa / uma vez que
B) Conseqüência / porque
C) Exemplificação / por isso
D) Explicação / logo
{TITLE}