O futebol é o circo do mundo. Não há nenhum outro esporte que provoque tanta paixão, tanta alegria, tanta tristeza. O futebol dá sentido à vida de milhões de pessoas que, de outra forma, estariam condenadas ao tédio. É o assunto, nas manhãs de segunda-feira, em bares, escritórios, fábricas, táxis, construções. O futebol é a bola que se joga no jogo das conversas. Faz esquecer lealdades políticas, ideológicas, religiosas, econômicas, raciais. É a grande religião ecumênica.
ALVES, R. O futebol levado a riso: lições do bobo da corte. Campinas: Verus, 2006.
A) mascarar as diferenças.
B) humanizar as relações.
C) diminuir as desigualdades.
D) estancar os sofrimentos.
Luiz Carlos Azedo. Nas entrelinhas, “A língua do índio”. Correio
Braziliense, Política, 19/12/2018, p.2 (com adaptações).
Com relação às ideias e aos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o próximo item.
Infere-se do texto que arrozeiros, pecuaristas, madeireiros e garimpeiros atuam nas reservas indígenas sob a proteção das leis.
A) Somente as afirmativas I e II são corretas.
B) Somente as afirmativas I e IV são corretas.
C) Somente as afirmativas III e IV são corretas.
D) Somente as afirmativas I, II e III são corretas.
E) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas.
A) F V F F V
B) F V V V F
C) V F F F V
D) V V V V V
E) V V F V F
O caos climático, do qual a maior seca já ocorrida no Sudeste brasileiro é um dos exemplos, torna infame a discussão sobre se o aquecimento global tem ou não base científica, se o homem é ou não responsável ou se países desenvolvidos têm mais responsabilidade que os demais.
Não dá para pagar para ver se a temperatura média mundial vai subir mais de 4 graus Celsius até 2100, como se comportarão as safras de trigo, arroz, milho e soja diante disso, se o gelo do Ártico terá desaparecido nos meses de setembro até 2050 ou se o nível do mar pode subir 82 centímetros até o fim do século, inundando países insulares e cidades costeiras. A inação, portanto, será trágica para a humanidade.
Se o mundo quiser evitar mudanças climáticas irreversíveis, deve zerar o uso de combustíveis fósseis até 2100. Para isto, terá de quadruplicar o uso de energias renováveis até 2050. A meta, viável, é para ontem.
Disponível em: oglobo.globo.com. Acesso em: 4 nov. 2014.
A) realizar ações concretas para alcançar resultados positivos.
B) saber quanto tempo vai durar a seca em algumas regiões.
C) continuar os debates a respeito das mudanças climáticas.
D) evitar inundações nos países formados por ilhas.
Luiz Carlos Azedo. Nas entrelinhas, “A língua do índio”. Correio
Braziliense, Política, 19/12/2018, p.2 (com adaptações).
Com relação às ideias e aos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o próximo item.
Uma expressão “pomo da discórdia” (ℓ.9) foi empregada no texto com o sentido do motivo do conflito.
A) as pessoas podem desenvolver comportamentos impulsivos, como o gasto excessivo de dinheiro em aparelhos eletrônicos que nem sempre trazem novidade.
B) é preciso refletir sobre as causas de tanta gente se dispor a dormir em filas gigantescas só para ser um dos primeiros a comprar um novo modelo de smartphone.
C) o mapeamento cerebral mostra que imagens de produtos tecnológicos ativam as mesmas partes do cérebro que um objeto sagrado para pessoas religiosas.
D) o nosso cérebro aprendeu a suprir necessidades básicas para a sobrevivência e a perpetuação da espécie, tais como sexo, segurança e status social.
E) os profissionais da área de tecnologia têm demonstrado grande interesse por produtos relacionados a experiências de realidade virtual e à utilização de inteligência artificial.
A) Com a frase, o narrador enfatiza como Joseldo ficava embevecido com as histórias a respeito do contorcionista.
B) A frase demonstra que os relatos dos caminhoneiros eram convincentes porque eram repetitivos.
C) O trecho “aumentava uma volta” aponta tanto para as habilidades corporais do jovem quanto para os relatos desiguais dos caminhoneiros.
D) O termo “elásticas” está mais associado à forma do relato dos caminhoneiros do que às habilidades corporais do contorcionista.
E) O termo “vantagens” já demonstra que o contorcionista era um falsário, embora os caminhoneiros acreditassem nas habilidades de seus movimentos.
A) “se invertem” (v. 2) é uma forma verbal que se apresenta na mesma voz que “se planta” (v. 6).
B) “calor” (v. 3) é o agente da ação expressa por “faz” (v. 3).
C) “que” (v. 6) é, do ponto de vista morfossintático, diferente de “que” (v. 7).
D) “nua” (v. 14) conota destruição do mesmo modo que “chora” (v. 18 ) conota pesar.
E) “deixar” (v. 22) apresenta-se com regência diferente daquela em que está usado o verbo “perpetuar” (v. 23).
Espíritos da cidade
Não acredito nesses mitos da natureza, apesar de curtir a trilogia do Senhor dos Anéis. Mas acredito fortemente em certos seres místicos urbanos. Não estou falando, claro, da loira do banheiro. Estou falando de algumas presenças que surgem em meio ao caos urbano para tentar ajudar os mais desavisados.
Engana-se quem, ao ler isto, pensou no Batman. Vou contar um caso que ocorreu comigo. Cheguei numa avenida muito movimentada, bem no horário de pico e eu só pensando “vou atravessar essa bagaça numa corrida só”.
Quando tomei fôlego para fazer isso, senti alguém segurar meu braço. “Calma, meu filho”, disse uma senhorinha de um metro e nada de altura, com uma aparência de ter uns 214 anos. “Eu ajudo você a atravessar.” Começamos a cruzar as pistas e foi como se os carros estivessem parando para nós. Quando chegamos ao outro lado, ela me deu um beijo no rosto e sumiu numa esquina.
FREITAS, A. V. B. As histórias que escrevi. Lisboa: Chiado, 2017
A) Bagaça, esquina.
B) Desavisados, pistas.
C) Senhor dos Anéis, Batman.
D) Seres místicos, senhorinha.
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