Questões de Português para Vestibular

cód. #4751

VUNESP - Português - 2019 - Prova de Conhecimentos Gerais

Considere a tirinha de André Dahmer para responder à
questão


A tirinha expressa de maneira ácida a ideia de que

A) as populações mais pobres estão sujeitas à violência policial.

B) a violência policial contra a população é justificável em determinados casos.

C) os bancos deveriam dar atendimento preferencial aos idosos.

D) as filas dos bancos devem ser respeitadas a fim de garantir os direitos sociais a todos.

E) a polícia deveria tratar os idosos como trata os jovens.

A B C D E

cód. #1680

UEMG - Português - 2019 - Vestibular - EAD - Prova 09

Um dia, ao começar a escrever um livro didático sobre literatura, tive que dar uma definição da poesia e embatuquei. Eu, que desde os dez anos de idade faço versos; eu, que tantas vezes sentira a poesia passar em mim como uma corrente elétrica e afluir aos meus olhos sob a forma de misteriosas lágrimas de alegria; não soube no momento forjar já não digo uma definição racional, dessas que, segundo a regra da lógica devem convir a todo o definido e só ao definido, mas uma definição puramente empírica, artística, literária. No aperto me socorri de Schiller, em quem o crítico era tão grande quanto o poeta, e disse com ele: “Poesia é a força que atua de maneira diversa e inapreendida, além e acima da consciência.”
(Manuel Bandeira. Poesia e prosa. p. 1271).
A falta de uma definição de poesia fez com que Bandeira, um poeta, recorresse à definição expressa por um outro poeta, Schiller. A definição de Schiller

A) conclui a dúvida de Bandeira.

B) contradiz a dúvida de Bandeira.

C) exemplifica a dúvida de Bandeira.

D) explica a dúvida de Bandeira.

A B C D E

cód. #2704

COPESE - UFT - Português - 2019 - Vestibular - Primeiro Semestre - Língua Portuguesa, Inglês e Matemática

Leia os textos I e II e responda a QUESTÃO.

Texto I



Texto II

  1. Sem merenda: quando férias escolares significam fome no Brasil

    "Me corta o coração eles quererem um pão e eu não ter. Já coloquei os meninos na escola pra isso mesmo, por causa da merenda. Um pouquinho de arroz sempre alguém me dá, mas nas férias complica", afirma Alessandra, que, desempregada, coleta latinhas na favela de Paraisópolis, em São Paulo, onde mora. [...]

     O drama de Alessandra não é incomum. As férias escolares, quando muitas crianças deixam de ter o acesso diário à merenda, intensificam a vulnerabilidade social de muitas famílias em todo o país. Embora variem em conteúdo e qualidade (às vezes, são apenas bolacha ou pão, em outras, são refeições completas de arroz, feijão, legumes e carne), as merendas ocupam função importante no dia a dia de certos alunos. Para essas crianças, nos períodos sem aulas é que a fome, uma ameaça ao longo de todo ano, torna-se uma realidade a ser enfrentada. [...] 

      Embora não haja estudos nacionais que indiquem o tamanho da insegurança alimentar durante o período de férias escolares, uma série de indicadores comprova a evolução da pobreza no país e o modo como ela incide sobre as crianças.

     De acordo com a Fundação Abrinq, que fez cálculos, a partir de dados do IBGE, 9 milhões de brasileiros entre zero e 14 anos do Brasil vivem em situação de extrema pobreza. O Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional do Ministério da Saúde (Sisvan) identificou, no ano retrasado, 207 mil crianças menores de cinco anos com desnutrição grave no Brasil.

     A mais recente pesquisa de Segurança Alimentar do IBGE, de 2013, apontava que uma a cada cinco famílias brasileiras tinha restrições alimentares ou preocupação com a possibilidade de não ter dinheiro para pagar comida.

     Se a pesquisa fosse feita hoje, a família da faxineira Marinalva Maria de Paula, de 57 anos, se enquadraria nessa condição. Com uma renda de R$ 360,00 mensais para três adultos e uma criança, ela se vê cotidianamente frente a decisões dramáticas: "Se eu pagar a prestação do apartamento ou a conta de água, não temos o que comer‖. [...]

     O fenômeno que acontece na casa da faxineira já havia sido identificado pelo Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (Ibase) em 2008, quando um terço dos titulares do Bolsa Família declaravam em pesquisa que a alimentação da família piorava durante as férias escolares. [...]     

     Marinalva não consegue emprego formal há quatro anos. Ela está muito longe de atingir a renda mínima familiar, estimada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) em R$ 4.214,62, para suprir sem carências as necessidades com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência dos quatro integrantes da casa. O valor, calculado em julho, equivale a aproximadamente quatro vezes o salário mínimo atual, de R$ 998,00.


Fonte: IDOETA, Paula Adamo; SANCHES, Mariana. In: BBC News Brasil. 15 jul. 2019.

Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/brasil-48953335.

Acesso em: 09 agost. 2019. (texto adaptado).

Sobre o emprego dos pronomes, analise as afirmativa.

I. Em: "Me corta o coração eles quererem um pão e eu não ter [...]‖, ocorre próclise, pois o elemento destacado pode ser empregado no início da frase, em função da linguagem coloquial.
II. Em: "[...] afirma Alessandra, que, desempregada, coleta latinhas na favela de Paraisópolis, em São Paulo, onde mora. [...]", o elemento destacado é pronome indefinido e equivale a "em que, no qual" .
III. Em: "Para essas crianças, nos períodos sem aulas é que a fome, uma ameaça ao longo de todo ano, torna-se uma realidade a ser enfrentada [...]" , ocorre ênclise, já que o pronome está após o verbo.
IV. Em: "Um pouquinho de arroz sempre alguém me dá" , o elemento destacado é pronome indefinido.

Assinale a alternativa CORRETA.

A) Apenas as afirmativas I, II e III estão corretas.

B) Apenas as afirmativas I, III e IV estão corretas.

C) Apenas as afirmativas I e II estão corretas.

D) Todas as afirmativas estão corretas.

A B C D E

cód. #3216

FUNTEF-PR - Português - 2019 - Vestibular - Cursos Técnicos

        Leia o trecho retirado do conto “O iniciado do vento”, de Aníbal Machado, que servirá de base para a questão.

        A autoridade policial e o agente da estação abriram caminho, pedindo a todos que se afastassem (1). Cada qual queria ser o primeiro a ver a cara do engenheiro (2). Este, calmo e alto, surgiu na plataforma do vagão. Não sabia que viajara com algum personagem importante; mas logo, pela convergência geral dos olhares em sua pessoa, compreendeu tudo. E empalideceu. Alguém teria dado o aviso de sua chegada (3).

        Houve o silêncio de alguns instantes para a “tomada” de sua figura; em seguida, rompeu um murmúrio indistinto, mas hostil, cortado pelas sílabas tônicas de alguns palavrões conhecidos, se não de palavrões sussurrados por inteiro.

        – Para o Hotel Bela Vista? Interrogou o delegado.

        – Sim, respondeu o acusado numa voz firme que reconheceu não ser a sua.

        Os moleques tinham combinado uma vaia com busca-pés que o perseguissem durante o trajeto até o Hotel. Maltrapilhos e abandonados, brigavam sempre entre si, mas o fato de ter sido um deles a vítima, unia-os agora no ódio comum ao engenheiro (4). Disso tirou partido o próprio escrivão do crime com uma parcialidade que a população aplaudia, e que o juiz da Comarca, severo, mas sempre alto e distante no desempenho de suas funções, ignorava.

        De tal juiz se dizia que era bom demais para aquele burgo. (...) Nunca porém o quiseram elevar àquelas cumeadas. Sempre elogios, jamais a promoção.

         Mediante manobras mesquinhas que escapavam aos olhos do juiz (5) sempre voltados para o mais alto e o mais longe, o seu esperto escrivão conseguira prestígio e se fazia temido na cidade. (...)

         [Já em seu quarto, aparece a dona hotel com chá e frutas]

        – O senhor deve estar lembrado de mim.

        – Sim, como não?

        – Vinte e tantos dias o senhor foi meu hóspede, não é verdade?

        Colocou a bandeja na mesa. O engenheiro permanecia silencioso. (...)

        A hoteleira não leva a mal o mutismo do hóspede (6). Estava triste e preocupado, era natural. (...) Ao sair, lembrou-se de dizer:

         – Há um advogado lá embaixo, na sala, querendo falar-lhe. (...)

        – Hein?!... Faça-o subir, tenha a bondade. (...)

        O advogado entrou ofegante. A porta bateu-lhe atrás com estrondo. Vinha oferecer-lhe seus serviços profissionais. Ali, naquela terra, tirante o juiz, “fique certo, seu doutor, ninguém mais presta, nem eu mesmo!” (...)

– A que horas é o interrogatório? Perguntou calmamente o engenheiro.

Em relação ao gênero a que se filia o texto, assinale a resposta certa.

A) O narrador é o próprio personagem principal que relata sua chegada de trem a uma cidadezinha, onde é recebido pelas autoridades que o conduzem ao Hotel Bela Vista, onde aguardará para prestar depoimento.

B) Apesar de ser apenas um fragmento, é possível perceber que o texto pertence ao gênero narrativo, devido à presença dos principais elementos constitutivos desse gênero literário: personagens, narrador, enredo e espaço.

C) O protagonista da narrativa certamente é o juiz, pois ele desencadeia as ações da narrativa, como o interrogatório a que o engenheiro veio responder. Por isso, ele recebe a caracterização que o destaca no texto.

D) O trecho: Ali, naquela terra, tirante o juiz, "fique certo, seu doutor, ninguém mais presta, nem eu mesmo!", do último parágrafo, utiliza apenas o discurso indireto, isto é, não registra a fala livre do personagem.

A B C D E

cód. #4240

FAINOR - Português - 2019 - Vestibular - 2019.1

                                                            Come, meu filho

                                        

                                            

Com base no conteúdo do texto, marque com V as proposições verdadeiras e com F, as falsas.
( )As reticências e as breves respostas refletem a recusa do adulto em participar da conversa, em face de um objetivo definido. ( )A personagem Ronaldo, citada por Paulinho, acredita que a Terra é redonda porque observa as evidências. ( )Há um momento na conversa em que o interlocutor adulto não interpreta corretamente a intenção da pergunta da criança. ( )Segundo Pedrinho, só quem viajou tem provas evidentes de que a Terra é redonda.
A alternativa que indica a seqüência correta, de cima para baixo, é a:

A) V - V - F - F

B) V - F - F - V

C) V - V - V - V

D) V - F - V - V

E) V - V - F - V

A B C D E

cód. #1681

UEMG - Português - 2019 - Vestibular - EAD - Prova 09

Um dia, ao começar a escrever um livro didático sobre literatura, tive que dar uma definição da poesia e embatuquei. Eu, que desde os dez anos de idade faço versos; eu, que tantas vezes sentira a poesia passar em mim como uma corrente elétrica e afluir aos meus olhos sob a forma de misteriosas lágrimas de alegria; não soube no momento forjar já não digo uma definição racional, dessas que, segundo a regra da lógica devem convir a todo o definido e só ao definido, mas uma definição puramente empírica, artística, literária. No aperto me socorri de Schiller, em quem o crítico era tão grande quanto o poeta, e disse com ele: “Poesia é a força que atua de maneira diversa e inapreendida, além e acima da consciência.”
(Manuel Bandeira. Poesia e prosa. p. 1271).
A falta de uma definição de poesia fez com que Bandeira, um poeta, recorresse à definição expressa por um outro poeta, Schiller. A definição de Schiller

A) Agonizando.

B) Dilacerando.

C) Entregando.

D) Relaxando.

A B C D E

cód. #2705

COPESE - UFT - Português - 2019 - Vestibular - Primeiro Semestre - Língua Portuguesa, Inglês e Matemática

Leia os textos I e II e responda a QUESTÃO.

Texto I



Texto II

  1. Sem merenda: quando férias escolares significam fome no Brasil

    "Me corta o coração eles quererem um pão e eu não ter. Já coloquei os meninos na escola pra isso mesmo, por causa da merenda. Um pouquinho de arroz sempre alguém me dá, mas nas férias complica", afirma Alessandra, que, desempregada, coleta latinhas na favela de Paraisópolis, em São Paulo, onde mora. [...]

     O drama de Alessandra não é incomum. As férias escolares, quando muitas crianças deixam de ter o acesso diário à merenda, intensificam a vulnerabilidade social de muitas famílias em todo o país. Embora variem em conteúdo e qualidade (às vezes, são apenas bolacha ou pão, em outras, são refeições completas de arroz, feijão, legumes e carne), as merendas ocupam função importante no dia a dia de certos alunos. Para essas crianças, nos períodos sem aulas é que a fome, uma ameaça ao longo de todo ano, torna-se uma realidade a ser enfrentada. [...] 

      Embora não haja estudos nacionais que indiquem o tamanho da insegurança alimentar durante o período de férias escolares, uma série de indicadores comprova a evolução da pobreza no país e o modo como ela incide sobre as crianças.

     De acordo com a Fundação Abrinq, que fez cálculos, a partir de dados do IBGE, 9 milhões de brasileiros entre zero e 14 anos do Brasil vivem em situação de extrema pobreza. O Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional do Ministério da Saúde (Sisvan) identificou, no ano retrasado, 207 mil crianças menores de cinco anos com desnutrição grave no Brasil.

     A mais recente pesquisa de Segurança Alimentar do IBGE, de 2013, apontava que uma a cada cinco famílias brasileiras tinha restrições alimentares ou preocupação com a possibilidade de não ter dinheiro para pagar comida.

     Se a pesquisa fosse feita hoje, a família da faxineira Marinalva Maria de Paula, de 57 anos, se enquadraria nessa condição. Com uma renda de R$ 360,00 mensais para três adultos e uma criança, ela se vê cotidianamente frente a decisões dramáticas: "Se eu pagar a prestação do apartamento ou a conta de água, não temos o que comer‖. [...]

     O fenômeno que acontece na casa da faxineira já havia sido identificado pelo Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (Ibase) em 2008, quando um terço dos titulares do Bolsa Família declaravam em pesquisa que a alimentação da família piorava durante as férias escolares. [...]     

     Marinalva não consegue emprego formal há quatro anos. Ela está muito longe de atingir a renda mínima familiar, estimada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) em R$ 4.214,62, para suprir sem carências as necessidades com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência dos quatro integrantes da casa. O valor, calculado em julho, equivale a aproximadamente quatro vezes o salário mínimo atual, de R$ 998,00.


Fonte: IDOETA, Paula Adamo; SANCHES, Mariana. In: BBC News Brasil. 15 jul. 2019.

Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/brasil-48953335.

Acesso em: 09 agost. 2019. (texto adaptado).

Sobre os vocábulos: ''incomum'' e ''insegurança'', presentes no texto II, analise as afirmativas.

I. Nos vocábulos, o prefixo "in-" denota sentido de negação.
II. Os vocábulos passaram por derivação parassintética, com a anexação concomitante de afixos aos substantivos.
III. Os vocábulos são formados pelo processo de derivação, ou seja, quando se obtém uma palavra nova (derivada), pela anexação de afixos à palavra primitiva.
IV. Na formação dos vocábulos, ambos sofreram alterações em sua estrutura pelos prefixos, provocadas pelo fenômeno da assimilação.

Assinale a alternativa CORRETA.

A) Apenas as afirmativas I e II estão corretas.

B) Apenas as afirmativas I e III estão corretas.

C) Apenas as afirmativas II e III estão corretas.

D) Apenas as afirmativas III e IV estão corretas.

A B C D E

cód. #3217

FUNTEF-PR - Português - 2019 - Vestibular - Cursos Técnicos

        Leia o trecho retirado do conto “O iniciado do vento”, de Aníbal Machado, que servirá de base para a questão.

        A autoridade policial e o agente da estação abriram caminho, pedindo a todos que se afastassem (1). Cada qual queria ser o primeiro a ver a cara do engenheiro (2). Este, calmo e alto, surgiu na plataforma do vagão. Não sabia que viajara com algum personagem importante; mas logo, pela convergência geral dos olhares em sua pessoa, compreendeu tudo. E empalideceu. Alguém teria dado o aviso de sua chegada (3).

        Houve o silêncio de alguns instantes para a “tomada” de sua figura; em seguida, rompeu um murmúrio indistinto, mas hostil, cortado pelas sílabas tônicas de alguns palavrões conhecidos, se não de palavrões sussurrados por inteiro.

        – Para o Hotel Bela Vista? Interrogou o delegado.

        – Sim, respondeu o acusado numa voz firme que reconheceu não ser a sua.

        Os moleques tinham combinado uma vaia com busca-pés que o perseguissem durante o trajeto até o Hotel. Maltrapilhos e abandonados, brigavam sempre entre si, mas o fato de ter sido um deles a vítima, unia-os agora no ódio comum ao engenheiro (4). Disso tirou partido o próprio escrivão do crime com uma parcialidade que a população aplaudia, e que o juiz da Comarca, severo, mas sempre alto e distante no desempenho de suas funções, ignorava.

        De tal juiz se dizia que era bom demais para aquele burgo. (...) Nunca porém o quiseram elevar àquelas cumeadas. Sempre elogios, jamais a promoção.

         Mediante manobras mesquinhas que escapavam aos olhos do juiz (5) sempre voltados para o mais alto e o mais longe, o seu esperto escrivão conseguira prestígio e se fazia temido na cidade. (...)

         [Já em seu quarto, aparece a dona hotel com chá e frutas]

        – O senhor deve estar lembrado de mim.

        – Sim, como não?

        – Vinte e tantos dias o senhor foi meu hóspede, não é verdade?

        Colocou a bandeja na mesa. O engenheiro permanecia silencioso. (...)

        A hoteleira não leva a mal o mutismo do hóspede (6). Estava triste e preocupado, era natural. (...) Ao sair, lembrou-se de dizer:

         – Há um advogado lá embaixo, na sala, querendo falar-lhe. (...)

        – Hein?!... Faça-o subir, tenha a bondade. (...)

        O advogado entrou ofegante. A porta bateu-lhe atrás com estrondo. Vinha oferecer-lhe seus serviços profissionais. Ali, naquela terra, tirante o juiz, “fique certo, seu doutor, ninguém mais presta, nem eu mesmo!” (...)

– A que horas é o interrogatório? Perguntou calmamente o engenheiro.

Assinale a alternativa que se relaciona adequadamente com o texto.

A) Assim que desceu do trem, o engenheiro percebeu a hostilidade dos cidadãos e começou a soltar, entre dentes, diversos palavrões.

B) A parcialidade do escrivão era aplaudida, porque demonstrava que ele estava do lado da justiça.

C) As mesquinharias do escrivão encobriam seus interesses, que estavam sempre no "mais alto e mais longe".

D) "Farinha do mesmo saco" é uma expressão popular, que pode ser atribuída ao escrivão e ao advogado.

A B C D E

cód. #4241

FAINOR - Português - 2019 - Vestibular - 2019.1

                                                            Come, meu filho

                                        

                                            

Segundo o texto, a personagem Pedrinho pode ser caracterizada como:

A) irritante, pela insistência em manter um diálogo monótono.

B) inteligente, pelas perguntas formuladas de forma a alcançar o objetivo de não comer.

C) astuto, por ter conseguido enganar seu interlocutor.

D) inconveniente, por formular tantas perguntas.

E) desobediente, por não acatar a ordem do seu interlocutor.

A B C D E

cód. #1682

UEMG - Português - 2019 - Vestibular - EAD - Prova 09

Mílton e o concorrente

Moacyr Scliar

Mílton ainda não abriu a sua loja, mas o concorrente já abriu a dele; e já está anunciando, já está vendendo, já está liquidando a preços abaixo do custo. Mílton ainda está na cama, ao lado da amante, dessa mulher ilegítima, que nem bonita é, nem simpática; o concorrente já está de pé, alerta, atrás do balcão. A esposa – fiel companheira de tantos anos – está ao seu lado, alerta também. Mílton ainda não fez o desjejum (desjejum? Um cigarro, um copo de vinho, isso é desjejum?) – o concorrente já tomou suco de laranja, já comeu ovo, torrada, queijo, já sorveu uma grande xícara de café com leite. Já está nutrido. Mílton ainda está nu, o concorrente já se apresenta elegantemente vestido. Mílton mal abriu os olhos, o concorrente já leu os jornais da manhã, já está a par das cotações da bolsa e das tendências do mercado. Mílton ainda não disse uma palavra, o concorrente já falou com os clientes, com figurões da política, com o fiscal amigo, com os fornecedores. Mílton ainda está no subúrbio; o concorrente vencendo todos os problemas do trânsito, já chegou ao centro da cidade, já está solidamente no seu prédio próprio. Mílton ainda não sabe se o dia é chuvoso, ou de sol, o concorrente já está solidamente informado de que vão subir os preços dos artigos de couro. Mílton ainda não viu os filhos (sem falar da esposa, de quem está separado); o concorrente já criou as filhas, já as formou em direito e química, já as casou, já tem netos. Mílton ainda não começou a viver. O concorrente já está sentindo uma dor no peito, já está caindo sobre o balcão, já está estertorando, os olhos arregalados – já está morrendo enfim.


(SCLIAR, Moacyr. Contos reunidos. São Paulo: Companhia das Letras, 1995. pp.13-4)


Considere o enunciado: O concorrente já está sentindo uma dor no peito, já está caindo sobre o balcão, já está estertorando, os olhos arregalados – já está morrendo enfim. A opção que apresenta sentido equivalente ao da palavra grifada é:

A) Agonizando.

B) Dilacerando.

C) Entregando.

D) Relaxando.

A B C D E

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