Questões de Português para Vestibular

cód. #2706

COPESE - UFT - Português - 2019 - Vestibular - Primeiro Semestre - Língua Portuguesa, Inglês e Matemática

Leia os textos I e II e responda a QUESTÃO.

Texto I



Texto II

  1. Sem merenda: quando férias escolares significam fome no Brasil

    "Me corta o coração eles quererem um pão e eu não ter. Já coloquei os meninos na escola pra isso mesmo, por causa da merenda. Um pouquinho de arroz sempre alguém me dá, mas nas férias complica", afirma Alessandra, que, desempregada, coleta latinhas na favela de Paraisópolis, em São Paulo, onde mora. [...]

     O drama de Alessandra não é incomum. As férias escolares, quando muitas crianças deixam de ter o acesso diário à merenda, intensificam a vulnerabilidade social de muitas famílias em todo o país. Embora variem em conteúdo e qualidade (às vezes, são apenas bolacha ou pão, em outras, são refeições completas de arroz, feijão, legumes e carne), as merendas ocupam função importante no dia a dia de certos alunos. Para essas crianças, nos períodos sem aulas é que a fome, uma ameaça ao longo de todo ano, torna-se uma realidade a ser enfrentada. [...] 

      Embora não haja estudos nacionais que indiquem o tamanho da insegurança alimentar durante o período de férias escolares, uma série de indicadores comprova a evolução da pobreza no país e o modo como ela incide sobre as crianças.

     De acordo com a Fundação Abrinq, que fez cálculos, a partir de dados do IBGE, 9 milhões de brasileiros entre zero e 14 anos do Brasil vivem em situação de extrema pobreza. O Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional do Ministério da Saúde (Sisvan) identificou, no ano retrasado, 207 mil crianças menores de cinco anos com desnutrição grave no Brasil.

     A mais recente pesquisa de Segurança Alimentar do IBGE, de 2013, apontava que uma a cada cinco famílias brasileiras tinha restrições alimentares ou preocupação com a possibilidade de não ter dinheiro para pagar comida.

     Se a pesquisa fosse feita hoje, a família da faxineira Marinalva Maria de Paula, de 57 anos, se enquadraria nessa condição. Com uma renda de R$ 360,00 mensais para três adultos e uma criança, ela se vê cotidianamente frente a decisões dramáticas: "Se eu pagar a prestação do apartamento ou a conta de água, não temos o que comer‖. [...]

     O fenômeno que acontece na casa da faxineira já havia sido identificado pelo Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (Ibase) em 2008, quando um terço dos titulares do Bolsa Família declaravam em pesquisa que a alimentação da família piorava durante as férias escolares. [...]     

     Marinalva não consegue emprego formal há quatro anos. Ela está muito longe de atingir a renda mínima familiar, estimada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) em R$ 4.214,62, para suprir sem carências as necessidades com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência dos quatro integrantes da casa. O valor, calculado em julho, equivale a aproximadamente quatro vezes o salário mínimo atual, de R$ 998,00.


Fonte: IDOETA, Paula Adamo; SANCHES, Mariana. In: BBC News Brasil. 15 jul. 2019.

Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/brasil-48953335.

Acesso em: 09 agost. 2019. (texto adaptado).

Sobre as temáticas retratadas nos textos I e II, assinale a alternativa CORRETA.

A) Os textos I e II retratam a fome presente no mundo e, mais especificamente, no Brasil. Neste, por exemplo, muitas crianças dependem da merenda escolar para suprir as necessidades alimentares.

B) Os textos I e II evidenciam que crianças de todo o mundo necessitam de merenda escolar para suprir a carência alimentar vivenciada pelas famílias.

C) Os textos I e II comprovam que a insegurança alimentar poderia ser sanada, caso houvesse uma política de fornecimento de merenda de qualidade.

D) Os textos I e II ratificam a necessidade de uma merenda escolar, baseada no reaproveitamento de alimentos desperdiçados.

A B C D E

cód. #3218

FUNTEF-PR - Português - 2019 - Vestibular - Cursos Técnicos

O reconhecido orgulho que argentinos e gaúchos têm de suas terras dá margem a muitas anedotas, charges e outros textos literários ou jornalísticos, como os dois transcritos a seguir.
(http://www.redalyc.org/pdf/1995/199552192037.pdf acessado em 9/07/2019)
Texto B
Um conhecido meu ficou muito rico comprando argentinos pelo que eles valem e revendendo pelo o que eles acham que valem. Se você riu dessa história é porque não sabe que ele está pensando em diversificar e fazer o mesmo negociando gaúchos. E pior, ele acha que vai ganhar mais dinheiro ainda. (http://www.marioedianacorso.com acessado em 9/07/ 2019).
Comparando os textos, avalie as afirmativas abaixo.
I) Ambos afirmam que há quem considere que argentinos e/ou gaúchos têm apreciação exageradamente positiva de si mesmos. II) O texto A não registra a apreciação dos argentinos sobre si próprios. III) O recurso não verbal dá um “colorido” para o texto A, mas é dispensável para a compreensão da mensagem. IV) O texto B discorda da importância que atribuem a si próprios, tanto argentinos quanto gaúchos. V) O humor é o recurso verbal utilizado nos dois textos em busca de maior expressividade.
Estão corretas somente:

A) I, IV e V.

B) II, III e IV.

C) I, III e V.

D) I, II, III e IV.

A B C D E

cód. #4242

FAINOR - Português - 2019 - Vestibular - 2019.1

                                                            Come, meu filho

                                        

                                            

Dos períodos retirados do texto, o que apresenta construção que satisfaz a gramática normativa em relação à língua escrita é

A) “Eu sei que o mundo é redondo.” (l. 5)

B) “Quando dizem para ele, é só acreditar, pra ele nada precisa parecer.” (l. 17-18)

C) “Você prefere prato fundo ou prato chato?”(l. 18)

D) “Aonde foi inventado feijão com arroz?” (l. 32)

E) “ Não fala tanto, come.” (l. 43)

A B C D E

cód. #2707

COPESE - UFT - Português - 2019 - Vestibular - Primeiro Semestre - Língua Portuguesa, Inglês e Matemática

Leia os textos I e II e responda a QUESTÃO.

Texto I



Texto II

  1. Sem merenda: quando férias escolares significam fome no Brasil

    "Me corta o coração eles quererem um pão e eu não ter. Já coloquei os meninos na escola pra isso mesmo, por causa da merenda. Um pouquinho de arroz sempre alguém me dá, mas nas férias complica", afirma Alessandra, que, desempregada, coleta latinhas na favela de Paraisópolis, em São Paulo, onde mora. [...]

     O drama de Alessandra não é incomum. As férias escolares, quando muitas crianças deixam de ter o acesso diário à merenda, intensificam a vulnerabilidade social de muitas famílias em todo o país. Embora variem em conteúdo e qualidade (às vezes, são apenas bolacha ou pão, em outras, são refeições completas de arroz, feijão, legumes e carne), as merendas ocupam função importante no dia a dia de certos alunos. Para essas crianças, nos períodos sem aulas é que a fome, uma ameaça ao longo de todo ano, torna-se uma realidade a ser enfrentada. [...] 

      Embora não haja estudos nacionais que indiquem o tamanho da insegurança alimentar durante o período de férias escolares, uma série de indicadores comprova a evolução da pobreza no país e o modo como ela incide sobre as crianças.

     De acordo com a Fundação Abrinq, que fez cálculos, a partir de dados do IBGE, 9 milhões de brasileiros entre zero e 14 anos do Brasil vivem em situação de extrema pobreza. O Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional do Ministério da Saúde (Sisvan) identificou, no ano retrasado, 207 mil crianças menores de cinco anos com desnutrição grave no Brasil.

     A mais recente pesquisa de Segurança Alimentar do IBGE, de 2013, apontava que uma a cada cinco famílias brasileiras tinha restrições alimentares ou preocupação com a possibilidade de não ter dinheiro para pagar comida.

     Se a pesquisa fosse feita hoje, a família da faxineira Marinalva Maria de Paula, de 57 anos, se enquadraria nessa condição. Com uma renda de R$ 360,00 mensais para três adultos e uma criança, ela se vê cotidianamente frente a decisões dramáticas: "Se eu pagar a prestação do apartamento ou a conta de água, não temos o que comer‖. [...]

     O fenômeno que acontece na casa da faxineira já havia sido identificado pelo Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (Ibase) em 2008, quando um terço dos titulares do Bolsa Família declaravam em pesquisa que a alimentação da família piorava durante as férias escolares. [...]     

     Marinalva não consegue emprego formal há quatro anos. Ela está muito longe de atingir a renda mínima familiar, estimada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) em R$ 4.214,62, para suprir sem carências as necessidades com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência dos quatro integrantes da casa. O valor, calculado em julho, equivale a aproximadamente quatro vezes o salário mínimo atual, de R$ 998,00.


Fonte: IDOETA, Paula Adamo; SANCHES, Mariana. In: BBC News Brasil. 15 jul. 2019.

Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/brasil-48953335.

Acesso em: 09 agost. 2019. (texto adaptado).

Assinale a alternativa CORRETA sobre as informações apresentadas no texto II.

A) O salário mínimo de R$ 998,00 é o suficiente para custear gastos com moradia, saúde, dentre outros, segundo o Dieese.

B) A faxineira Marinalva recebe um salário mínimo para suprir as despesas de quatro integrantes de sua família.

C) A renda de R$ 360,00, recebida por cada membro da família de Marinalva, é suficiente para suprir as necessidades básicas.

D) O valor da renda mínima, para suprir os gastos familiares, estipulado pelo Dieese, é de R$ 4.214,62 e está muito longe do valor do salário mínimo atual.

A B C D E

cód. #3219

FUNTEF-PR - Português - 2019 - Vestibular - Cursos Técnicos

Os itens de I a V a seguir, lidos sequencialmente, formam um texto único (retirado da Revista Ponto Jovem http://revistapontojovem.com.br, acesso em 23/ 07/2019). Leia-o com atenção para responder à questâo.


I) Uma pesquisa realizada pela Universidade Anhembi Morumbi com mais de 18 mil estudantes do 3º ano do ensino médio revelou que 59% desses alunos já escolheram a carreira que querem seguir. Porém entre aqueles que já estão decididos, menos da metade, revelou já ter algum contato com a profissão escolhida. (...)

II) Essa falta de foco do jovem na escolha gera outro problema grave, a evasão. No Brasil cerca de 56% dos estudantes que ingressaram em uma universidade acabaram desistindo no meio do caminho ou trocaram de curso no decorrer da graduação.

III) Na região Nordeste, por exemplo, dos mais de 376 mil ingressantes, quase 200 mil universitários desistiram do curso alcançando a porcentagem de 52,8%. Ou seja, mais da metade dos ingressantes abandonam a faculdade, boa parte delas por falta de identificação com o curso.

IV) Para evitar essa situação, o jovem tem algumas alternativas em busca de decidir bem o seu futuro. Testes vocacionais contribuem para determinar seu curso com relação à sua personalidade tais quais suas habilidades.

V) Mas existem cursos mais completos para não só construir uma identidade de auto responsabilidade no jovem de 12 a17 anos, e sim contribuir para a formação de um líder no futuro.

Coesão é a "amarração" das ideias de um texto, de forma a garantir clareza e unidade lógica. Diversos são os elementos responsáveis por essa função textual. As alternativas a seguir destacam alguns desses elementos utilizados no texto. Identifique a que está correta.

A) A expressão "Essa falta de foco" no trecho II sintetiza adequadamente a problemática exposta no trecho I.

B) A contração "delas", no trecho III está corretamente empregada, porque retoma a expressão "mais da metade", concordando, então com ela.

C) A expressão "tais quais" no trecho IV faz a correta coesão do texto, concordando com a palavra a que se refere: "habilidades".

D) No trecho V, a utilização de "e sim" no lugar de "mas também" (ou semelhante) comprometeu a coesão textual.

A B C D E

cód. #3731

INEP - Português - 2019 - Vestibular

Em Dobro



Fonte: MILMAN, Tulio. Em dobro. Jornal Zero Hora,

edição de 30/06/14, p.2.


Para responder à questão , considere o segmento em destaque a seguir.


"Pegue, pegue." foi o que ele disse. A gari sorriu e, com educação, recusou. "Vá lá. Dê uma paradinha e tome um guaraná". O mendigo insistiu. A gari encolheu os ombros como quem diz " fazer o quê?" e pegou a nota. Agradeceu rindo, meio constrangida. ( ℓ.15-20)


Assinale a alternativa em que as duas palavras em destaque são acentuadas pelo mesmo motivo que fazê-la.

A) têm ( ℓ.3) e vaivém ( ℓ.6)

B) vaivém ( ℓ.6) e rápido ( ℓ.13)

C) têm ( ℓ.3) e rápido ( ℓ.13)

D) vaivém (ℓ.6) e guaraná (ℓ.18)

E) têm (ℓ.3) e guaraná (ℓ.18)

A B C D E

cód. #2708

COPESE - UFT - Português - 2019 - Vestibular - Primeiro Semestre - Língua Portuguesa, Inglês e Matemática

Leia os textos I e II e responda a QUESTÃO.

Texto I



Texto II

  1. Sem merenda: quando férias escolares significam fome no Brasil

    "Me corta o coração eles quererem um pão e eu não ter. Já coloquei os meninos na escola pra isso mesmo, por causa da merenda. Um pouquinho de arroz sempre alguém me dá, mas nas férias complica", afirma Alessandra, que, desempregada, coleta latinhas na favela de Paraisópolis, em São Paulo, onde mora. [...]

     O drama de Alessandra não é incomum. As férias escolares, quando muitas crianças deixam de ter o acesso diário à merenda, intensificam a vulnerabilidade social de muitas famílias em todo o país. Embora variem em conteúdo e qualidade (às vezes, são apenas bolacha ou pão, em outras, são refeições completas de arroz, feijão, legumes e carne), as merendas ocupam função importante no dia a dia de certos alunos. Para essas crianças, nos períodos sem aulas é que a fome, uma ameaça ao longo de todo ano, torna-se uma realidade a ser enfrentada. [...] 

      Embora não haja estudos nacionais que indiquem o tamanho da insegurança alimentar durante o período de férias escolares, uma série de indicadores comprova a evolução da pobreza no país e o modo como ela incide sobre as crianças.

     De acordo com a Fundação Abrinq, que fez cálculos, a partir de dados do IBGE, 9 milhões de brasileiros entre zero e 14 anos do Brasil vivem em situação de extrema pobreza. O Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional do Ministério da Saúde (Sisvan) identificou, no ano retrasado, 207 mil crianças menores de cinco anos com desnutrição grave no Brasil.

     A mais recente pesquisa de Segurança Alimentar do IBGE, de 2013, apontava que uma a cada cinco famílias brasileiras tinha restrições alimentares ou preocupação com a possibilidade de não ter dinheiro para pagar comida.

     Se a pesquisa fosse feita hoje, a família da faxineira Marinalva Maria de Paula, de 57 anos, se enquadraria nessa condição. Com uma renda de R$ 360,00 mensais para três adultos e uma criança, ela se vê cotidianamente frente a decisões dramáticas: "Se eu pagar a prestação do apartamento ou a conta de água, não temos o que comer‖. [...]

     O fenômeno que acontece na casa da faxineira já havia sido identificado pelo Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (Ibase) em 2008, quando um terço dos titulares do Bolsa Família declaravam em pesquisa que a alimentação da família piorava durante as férias escolares. [...]     

     Marinalva não consegue emprego formal há quatro anos. Ela está muito longe de atingir a renda mínima familiar, estimada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) em R$ 4.214,62, para suprir sem carências as necessidades com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência dos quatro integrantes da casa. O valor, calculado em julho, equivale a aproximadamente quatro vezes o salário mínimo atual, de R$ 998,00.


Fonte: IDOETA, Paula Adamo; SANCHES, Mariana. In: BBC News Brasil. 15 jul. 2019.

Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/brasil-48953335.

Acesso em: 09 agost. 2019. (texto adaptado).

Assinale a alternativa CORRETA sobre as informações apresentadas no texto II.

A) A insegurança alimentar brasileira cresce, no período de férias escolares, principalmente, entre crianças.

B) A merenda escolar, fornecida no período de férias, é composta por pão e bolachas, o que é insuficiente para suprir a carência alimentar dos alunos.

C) A escola é responsável pelo fornecimento de alimentos, nas férias escolares, posto que as famílias, em situação de vulnerabilidade social, carecem desse auxílio.

D) A pesquisa do IBGE indica que a falta de merenda, no período de férias, é um dos fatores de evasão escolar das crianças contempladas pelo programa Bolsa Família.

A B C D E

cód. #3220

FUNTEF-PR - Português - 2019 - Vestibular - Cursos Técnicos

Os itens de I a V a seguir, lidos sequencialmente, formam um texto único (retirado da Revista Ponto Jovem http://revistapontojovem.com.br, acesso em 23/ 07/2019). Leia-o com atenção para responder à questâo.


I) Uma pesquisa realizada pela Universidade Anhembi Morumbi com mais de 18 mil estudantes do 3º ano do ensino médio revelou que 59% desses alunos já escolheram a carreira que querem seguir. Porém entre aqueles que já estão decididos, menos da metade, revelou já ter algum contato com a profissão escolhida. (...)

II) Essa falta de foco do jovem na escolha gera outro problema grave, a evasão. No Brasil cerca de 56% dos estudantes que ingressaram em uma universidade acabaram desistindo no meio do caminho ou trocaram de curso no decorrer da graduação.

III) Na região Nordeste, por exemplo, dos mais de 376 mil ingressantes, quase 200 mil universitários desistiram do curso alcançando a porcentagem de 52,8%. Ou seja, mais da metade dos ingressantes abandonam a faculdade, boa parte delas por falta de identificação com o curso.

IV) Para evitar essa situação, o jovem tem algumas alternativas em busca de decidir bem o seu futuro. Testes vocacionais contribuem para determinar seu curso com relação à sua personalidade tais quais suas habilidades.

V) Mas existem cursos mais completos para não só construir uma identidade de auto responsabilidade no jovem de 12 a17 anos, e sim contribuir para a formação de um líder no futuro.

Em relação à pontuação do texto, assinale a alternativa correta.

A) Está incorreto o uso da vírgula após a palavra "metade", no trecho I.

B) O uso da vírgula após a palavra "grave", no trecho II, está correto.

C) No trecho II, justifica-se a ausência da vírgula antes de "ou".

D) A utilização de vírgula depois da palavra "situação", no trecho IV, está incorreta.

A B C D E

cód. #3732

INEP - Português - 2019 - Vestibular

Em Dobro



Fonte: MILMAN, Tulio. Em dobro. Jornal Zero Hora,

edição de 30/06/14, p.2.


Para responder à questão , considere o segmento em destaque a seguir.


"Pegue, pegue." foi o que ele disse. A gari sorriu e, com educação, recusou. "Vá lá. Dê uma paradinha e tome um guaraná". O mendigo insistiu. A gari encolheu os ombros como quem diz " fazer o quê?" e pegou a nota. Agradeceu rindo, meio constrangida. ( ℓ.15-20)


No segmento, algumas informações estão implícitas, como é o caso do complemento do verbo recusar em . A gari sorriu e, com educação, recusou. Pelo teor da interação entre os dois personagens, essa frase poderia ter a seguinte forma: A gari sorriu e, com educação, recusou

A) o empréstimo do mendigo.

B) a advertência do mendigo.

C) a oferta do mendigo.


D) o elogio do mendigo.

E) o alerta do mendigo.

A B C D E

cód. #5012

Instituto Consulplan - Português - 2019 - Vestibular - Medicina

Obrigado, Doutor

    Quando lhe disse que um vago conhecido nosso tinha morrido, vítima de tumor no cérebro, levou as mãos à cabeça:
     — Minha Santa Efigênia! Espantei-me que o atingisse a morte de alguém tão distante de nossa convivência, mas logo ele fez sentir a causa da sua perturbação:
     — É o que eu tenho, não há dúvida nenhuma: esta dor de cabeça que não passa! Estou para morrer.
    Conheço-o desde menino, e sempre esteve para morrer. Não há doença que passe perto dele e não se detenha, para convencê-lo em iniludíveis sintomas de que está com os dias contados. Empresta dimensões de síndromes terríveis à mais ligeira manifestação de azia ou acidez estomacal:
    — Até parece que andei comendo fogo. Estou com pirofagia crônica. Esta cólica é que é o diabo, se eu fosse mulher ainda estava explicado. Histeria gástrica. Úlcera péptica, no duro.
    Certa ocasião, durante um mês seguido, tomou injeções diárias de penicilina, por sua conta e risco. A chamada dose cavalar.
    — Não adiantou nada — queixa-se ele: — Para mim o médico que me operou esqueceu alguma coisa dentro de minha barriga.
     Foi operado de apendicite quando ainda criança e até hoje se vangloria:
    — Menino, você precisava de ver o meu apêndice: parecia uma salsicha alemã. No que dependesse dele, já teria passado por todas as operações jamais registradas nos anais da cirurgia: “Só mesmo entrando na faca para ver o que há comigo”. Os médicos lhe asseguram que não há nada, ele sai maldizendo a medicina: “Não descobrem o que eu tenho, são uns charlatas, quem entende de mim sou eu”. O radiologista, seu amigo particular, já lhe proibiu a entrada no consultório: tirou-lhe radiografia até dos dedos do pé. E ele sempre se apalpando e fazendo caretas: “Meu fígado hoje está que nem uma esponja, encharcada de bílis. Minha vesícula está dura como um lápis, põe só a mão aqui”.
     — É lápis mesmo, aí no seu bolso.
    — Do lado de cá, sua besta. Não adianta, ninguém me leva a sério.
    Vive lendo bulas de remédio: “Este é dos bons” — e seus olhos se iluminam: “justamente o que eu preciso. Dá licença de tomar um, para experimentar?” Quando visita alguém e lhe oferecem alguma coisa para tomar, aceita logo um comprimido. Passa todas as noites na farmácia: “Alguma novidade da Squibb?”
    Acabou num psicanalista: “Doutor, para ser sincero eu nem sei por onde começar — dizem que eu estou doido? O que eu estou é podre”. Desistiu logo: “Minha alma não tem segredos para ninguém arrancar. Estou com vontade é de arrancar todos os dentes”.
    E cada vez mais forte, corado, gordo e saudável. “Saudável, eu?” — reage, como a um insulto: “Minha Santa Efigênia! Passei a noite que só você vendo: foi aquele bife que comi ontem, não posso comer gordura nenhuma, tem de ser tudo na água e sal”. No restaurante, é o espantalho dos garçons: “Me traga um filé aberto e batido, bem passado na chapa em três gotas de azeite português, lave bem a faca que não posso nem sentir o cheiro de alho, e duas batatinhas cozidas até começarem a desmanchar, só com uma pitadinha de sal, modesta porém sincera”.
     De vez em quando um amigo procura agradá-lo: “Você está pálido, o que é que há?” Ele sorri, satisfeito: “Menino, chega aqui que eu vou lhe contar, você é o único que me compreende”. E começa a enumerar suas mazelas — doenças de toda espécie, da mais requintada patogenia, que conhece na ponta da língua. Da última vez enumerou cento e três. E por falar em língua, vive a mostrá-la como um troféu: “Olha como está grossa, saburrosa. Estou com uma caverna no pulmão, não tem dúvida: essa tosse, essa excitação toda, uma febre capaz de arrebentar o termômetro. Meu pulmão deve estar esburacado como um queijo suíço. Tuberculoso em último grau”. E cospe de lado: “Se um mosquito pousar nesse cuspe, morre envenenado”.
    Ultimamente os amigos deram para conspirar, sentenciosos: o que ele precisa é casar. Arranjar uma mulherzinha dedicada, que cuidasse dele. “Casar, eu?” — e se abre numa gargalhada: “Vocês querem acabar de liquidar comigo?”. Mas sua aversão ao casamento não pode ser tão forte assim, pois consta que de uns dias para cá está de namoro sério com uma jovem, recém-diplomada na Escola de Enfermagem Ana Néri.

(SABINO, Fernando. O homem nu. 43ª ed. Rio de Janeiro: Distribuidora Record de Serviços SA, 2005.)
Em “Espantei-me que o atingisse a morte de alguém tão distante de nossa convivência, mas logo ele fez sentir a causa da sua perturbação:” (3º §) a informação introduzida pela expressão sublinhada apresenta

A) uma concessão à informação anterior.

B) uma relativização da informação anterior.

C) uma oposição que realça todas as informações do enunciado.

D) uma ideia contrastiva que recebe um realce em face da informação anterior.

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