Em Dobro
Fonte: MILMAN, Tulio. Em dobro. Jornal Zero Hora,
edição de 30/06/14, p.2.
A) mendicância
B) mendicante
C) mendigável
D) mendiguez
E) mendigagem
Abaixo segue um trecho do romance “Ninho de cobras”, do escritor Lêdo Ivo. Leia-o e, depois, responda ao que se pede na questão.
E, num fiapo de tempo, bem menor do que aquele em que um estilhaço de estrela resvala no céu escuro e cego, a raposa conheceu a morte, algo atordoador e fulgente que só poderia ser a morte, caso esta existisse em toda a sua absurda plenitude e dura magnificência, e não fosse apenas uma ficção ou um ponto de referência dos vivos deixados repentinamente de amar e odiar, demitidos de súbito de sua grandeza e miséria. Era a morte que, incandescente e perversa, a alcançava, alterando a sua inconfundível beleza animal, tumultuando-lhe o sangue, destruindo a sua ardente harmonia de movimentos, tornando vítrea a sua visão da manhã cristalina e fantasmagórica.
Desfigurada pelos golpes que os homens lhe haviam vibrado, ela ficou jazendo durante mais de uma hora sobre as pedras da rua. Era um montão de carnes e pelos informes e ensanguentados, e em torno dela se revezava um círculo de curiosos, cambiando os comentários mais variados. Quando o dia já clareava por completo, uma carroça de lixo parou perto do ajuntamento, e o cadáver da raposa foi jogado entre os monturos.
(IVO, Lêdo. Ninho de cobras: uma história mal contada. Maceió: Imprensa Oficial Graciliano Ramos, 2015, p. 21-22)
A) adversidade.
B) explicação.
C) consequência.
D) concessão.
E) proporção.
A) o componente dissertativo do discurso narrativo
B) o uso de uma variante popular e regional do português.
C) a subjetividade do narrador que conta uma experiência pessoal.
D) a descrição de um ambiente povoado por diversas personagens.
E) a reciprocidade estabelecida entre as personagens.
A) Pequeno enredo.
B) Humor e sensibilidade.
C) Predominância de objetividade.
D) Relato de acontecimento cotidiano.
Em Dobro
Fonte: MILMAN, Tulio. Em dobro. Jornal Zero Hora,
edição de 30/06/14, p.2.
A) aos belo-horizontinos.
B) aos turistas brasileiros.
C) aos mendigos do Mercado Central.
D) aos trabalhadores da limpeza pública.
E) ao Mercado Central e à rua varrida pela gari.
Abaixo segue um trecho do romance “Ninho de cobras”, do escritor Lêdo Ivo. Leia-o e, depois, responda ao que se pede na questão.
E, num fiapo de tempo, bem menor do que aquele em que um estilhaço de estrela resvala no céu escuro e cego, a raposa conheceu a morte, algo atordoador e fulgente que só poderia ser a morte, caso esta existisse em toda a sua absurda plenitude e dura magnificência, e não fosse apenas uma ficção ou um ponto de referência dos vivos deixados repentinamente de amar e odiar, demitidos de súbito de sua grandeza e miséria. Era a morte que, incandescente e perversa, a alcançava, alterando a sua inconfundível beleza animal, tumultuando-lhe o sangue, destruindo a sua ardente harmonia de movimentos, tornando vítrea a sua visão da manhã cristalina e fantasmagórica.
Desfigurada pelos golpes que os homens lhe haviam vibrado, ela ficou jazendo durante mais de uma hora sobre as pedras da rua. Era um montão de carnes e pelos informes e ensanguentados, e em torno dela se revezava um círculo de curiosos, cambiando os comentários mais variados. Quando o dia já clareava por completo, uma carroça de lixo parou perto do ajuntamento, e o cadáver da raposa foi jogado entre os monturos.
(IVO, Lêdo. Ninho de cobras: uma história mal contada. Maceió: Imprensa Oficial Graciliano Ramos, 2015, p. 21-22)
A) “...algo atordoador e fulgente que só poderia ser a morte...” / que = “algo”
B) “... demitidos de súbito de sua grandeza e miséria...” / sua = “os vivos”
C) “Era a morte que, incandescente e perversa, a alcançava...” / a = “a raposa”
D) “... e em torno dela se revezava um círculo de curiosos...” / dela = “ela” (“a raposa”)
E) “que os homens lhe haviam vibrado, ela ficou jazendo...” / lhe = “golpes”
A) As histórias de Trancoso que Totonha costumava contar à meninada causava comoção.
B) Eram possíveis perceber o quanto os garotos gostavam dela e a recebiam com carinho.
C) Seu modo de narrar tinha um colorido todo especial de que se revestiam as palavras.
D) Era natural que seu modo peculiar de contar as histórias despertassem nos garotos curiosidade.
E) Detentor de um vasto repertório de histórias, a velha Totonha divertia os meninos do engenho.
A) caráter contrastivo.
B) argumento de conclusão.
C) relação temporal posterior.
D) expressão de concomitância.
Em Dobro
Fonte: MILMAN, Tulio. Em dobro. Jornal Zero Hora,
edição de 30/06/14, p.2.
A) mendigo ( ℓ.1).
B) calçada ( ℓ.6-7).
C) bolso ( ℓ.14).
D) guaraná ( ℓ.18).
E) turista ( ℓ.21).
Abaixo segue um trecho do romance “Ninho de cobras”, do escritor Lêdo Ivo. Leia-o e, depois, responda ao que se pede na questão.
E, num fiapo de tempo, bem menor do que aquele em que um estilhaço de estrela resvala no céu escuro e cego, a raposa conheceu a morte, algo atordoador e fulgente que só poderia ser a morte, caso esta existisse em toda a sua absurda plenitude e dura magnificência, e não fosse apenas uma ficção ou um ponto de referência dos vivos deixados repentinamente de amar e odiar, demitidos de súbito de sua grandeza e miséria. Era a morte que, incandescente e perversa, a alcançava, alterando a sua inconfundível beleza animal, tumultuando-lhe o sangue, destruindo a sua ardente harmonia de movimentos, tornando vítrea a sua visão da manhã cristalina e fantasmagórica.
Desfigurada pelos golpes que os homens lhe haviam vibrado, ela ficou jazendo durante mais de uma hora sobre as pedras da rua. Era um montão de carnes e pelos informes e ensanguentados, e em torno dela se revezava um círculo de curiosos, cambiando os comentários mais variados. Quando o dia já clareava por completo, uma carroça de lixo parou perto do ajuntamento, e o cadáver da raposa foi jogado entre os monturos.
(IVO, Lêdo. Ninho de cobras: uma história mal contada. Maceió: Imprensa Oficial Graciliano Ramos, 2015, p. 21-22)
A) escassez de adjetivos / tom melancólico na descrição do espaço narrativo
B) ancoragem lírica na composição do evento / plasticidade da cena
C) presença regular de rimas ao longo do texto / objetividade do relato
D) preferência pelo monólogo interior / uso de linguagem coloquial
E) ausência de encadeamento lógico das frases / adoção de estilo jornalístico ao narrar os fatos
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