Questões de Português para Vestibular

cód. #4785

INEP - Português - 2019 - Vestibular - CURSOS TÉCNICOS DE NÍVEL MÉDIO - MODALIDADE INTEGRADO

Leia o texto I e responda à questão

TEXTO I
SUPER VELOCIDADE

O velocista escarlate consegue mover-se a uma velocidade sobre-humana e, com isso, é capaz de violar várias leis da Física. Barry Allan ganhou seus poderes após ser atingido por um raio. Então, ele resolveu colocar um colante vermelho e sair por aí, correndo. Depois de um tempo, acabou se juntando a outros super-heróis integrando a Liga da Justiça. Será que a gente conseguiria correr por aí como o Flash?

Nós somos uma espécie bem lenta quando comparada a outras. Nossos pés e pernas evoluíram para escalar árvores. Nós começamos a andar eretos recentemente enquanto outros animais evoluíram de ancestrais bípedes.

Engenheiros e pesquisadores têm se baseado em pernas de outros animais para dar um jeito de aumentar a nossa velocidade. Um destes animais é a avestruz, que corre até 64 km por hora, usando metade da energia que nós. Isso é possível porque eles têm tendões que são capazes de reciclar a energia exercida quando os pés batem no chão e a utilizam para impulsionar o pé no próximo passo. Algumas próteses utilizadas por atletas olímpicos foram baseadas nas pernas e patas da avestruz.

O recorde de velocidade humana é dos astronautas da Apollo 11, que atingiram 40.000 km/h quando a espaçonave reentrou na atmosfera terrestre. Nós poderíamos economizar muito tempo nos movimentando nesta velocidade, mas há alguns problemas.

Com super velocidade, antes de você ver o que está a sua frente e reagir, você já teria passado por, ou através, do que quer que fosse que teria que desviar. A conta é: tempo (1/5 de segundo) multiplicado pela velocidade (40.000 km/h) é igual a distância (2,2 km). Ou seja, se você estivesse correndo nesta velocidade e tentasse desviar de um prédio, teria que estar a mais de 2 km dele para ter tempo de desviar. Quem dirige sabe o que acontece com um inseto quando ele atinge o para-brisa do carro. Não é uma visão muito bonita (principalmente para o inseto). Dessa forma, qualquer colisão direta que você tenha viajando mais de 95 km por hora será fatal. Então, não adianta ter super cura se você morre no impacto. Na melhor das hipóteses, caso você seja indestrutível, se tornaria um míssil, destruindo tudo que atingisse.

Tudo bem! Você se livrou de todos estes problemas! Imagine que uma bala está prestes a atingir uma donzela em perigo. Então você, com sua super velocidade, agarra a moça e a leva para um lugar seguro. Romântico, mas ela vai sofrer mais lesões pelo salvamento do que pela bala.

A Primeira Lei de Newton fala da Inércia, que é a resistência a uma mudança no estado natural de repouso ou movimento. Isso significa que um objeto vai continuar se movendo ou continuar parado, a não ser que algo mude isso. Ela estava parada e acelerou até a sua velocidade em menos de um segundo. O cérebro dela se chocaria com uma das paredes dentro do crânio no momento do seu salvamento e, ao parar abruptamente, o cérebro se chocaria com a outra parede do crânio, transformando-se em mingau. Neste caso, não é a velocidade que causa os danos, mas sim a aceleração ou a parada abrupta, da mesma forma que você é jogado para frente quando o motorista do ônibus pisa fundo no freio. O que você fez à moça é matematicamente a mesma coisa que atropelá-la com uma nave espacial a 40.000 km/h.

Disponível em: <https://medium.com/ciencia-descomplicada/ super-poderes-4-super-velocidade-c0c5333a18a4>. Acessado em: 06.08.2018
Em “Nós poderíamos economizar muito tempo nos movimentando nesta velocidade, mas há alguns problemas.” o termo em negrito poderia ser substituído, sem prejuízos ao sentido e à estrutura, por:

A) Porém.

B) Pois.

C) Embora.

D) Apesar de.

E) Portanto.

A B C D E

cód. #5297

COMVEST - UNICAMP - Português - 2019 - Vestibular Indígena

A Unesco instituiu 2019 como o Ano Internacional das Línguas Indígenas. Considere os números do infográfico abaixo, referentes à diversidade linguística na América Latina, para responder à questão.


(Adaptado de https://twitter.com/survivalesp/status/1098598721300938752.)

Segundo esse infográfico,

A) metade das línguas indígenas da América Latina está muito vulnerável e corre o risco de desaparecer.

B) o Brasil, a Colômbia e o Peru são os países que têm o maior número de línguas indígenas.

C) o número de línguas indígenas no Brasil é o dobro do número de línguas indígenas no México.

D) a quantidade de línguas indígenas existentes na Nicarágua, em Honduras e no Chile é equivalente.

A B C D E

cód. #2482

MULTIVIX - Português - 2019 - Vestibular - Medicina

Marque a alternativa na qual as palavras completam, corretamente, as lacunas do período a seguir: “____ muitas pessoas no ________ do ________ pianista, visto que trata-se de uma ___________ beneficente.”

A) A – concerto – eminente – seção.

B) A – concerto – iminente – cessão.

C) Há – concerto – eminente – sessão.

D) Há – conserto – iminente – sessão.

E) Há – conserto – eminente – cessão.

A B C D E

cód. #4786

INEP - Português - 2019 - Vestibular - CURSOS TÉCNICOS DE NÍVEL MÉDIO - MODALIDADE INTEGRADO

Leia o texto I e responda à questão

TEXTO I
SUPER VELOCIDADE

O velocista escarlate consegue mover-se a uma velocidade sobre-humana e, com isso, é capaz de violar várias leis da Física. Barry Allan ganhou seus poderes após ser atingido por um raio. Então, ele resolveu colocar um colante vermelho e sair por aí, correndo. Depois de um tempo, acabou se juntando a outros super-heróis integrando a Liga da Justiça. Será que a gente conseguiria correr por aí como o Flash?

Nós somos uma espécie bem lenta quando comparada a outras. Nossos pés e pernas evoluíram para escalar árvores. Nós começamos a andar eretos recentemente enquanto outros animais evoluíram de ancestrais bípedes.

Engenheiros e pesquisadores têm se baseado em pernas de outros animais para dar um jeito de aumentar a nossa velocidade. Um destes animais é a avestruz, que corre até 64 km por hora, usando metade da energia que nós. Isso é possível porque eles têm tendões que são capazes de reciclar a energia exercida quando os pés batem no chão e a utilizam para impulsionar o pé no próximo passo. Algumas próteses utilizadas por atletas olímpicos foram baseadas nas pernas e patas da avestruz.

O recorde de velocidade humana é dos astronautas da Apollo 11, que atingiram 40.000 km/h quando a espaçonave reentrou na atmosfera terrestre. Nós poderíamos economizar muito tempo nos movimentando nesta velocidade, mas há alguns problemas.

Com super velocidade, antes de você ver o que está a sua frente e reagir, você já teria passado por, ou através, do que quer que fosse que teria que desviar. A conta é: tempo (1/5 de segundo) multiplicado pela velocidade (40.000 km/h) é igual a distância (2,2 km). Ou seja, se você estivesse correndo nesta velocidade e tentasse desviar de um prédio, teria que estar a mais de 2 km dele para ter tempo de desviar. Quem dirige sabe o que acontece com um inseto quando ele atinge o para-brisa do carro. Não é uma visão muito bonita (principalmente para o inseto). Dessa forma, qualquer colisão direta que você tenha viajando mais de 95 km por hora será fatal. Então, não adianta ter super cura se você morre no impacto. Na melhor das hipóteses, caso você seja indestrutível, se tornaria um míssil, destruindo tudo que atingisse.

Tudo bem! Você se livrou de todos estes problemas! Imagine que uma bala está prestes a atingir uma donzela em perigo. Então você, com sua super velocidade, agarra a moça e a leva para um lugar seguro. Romântico, mas ela vai sofrer mais lesões pelo salvamento do que pela bala.

A Primeira Lei de Newton fala da Inércia, que é a resistência a uma mudança no estado natural de repouso ou movimento. Isso significa que um objeto vai continuar se movendo ou continuar parado, a não ser que algo mude isso. Ela estava parada e acelerou até a sua velocidade em menos de um segundo. O cérebro dela se chocaria com uma das paredes dentro do crânio no momento do seu salvamento e, ao parar abruptamente, o cérebro se chocaria com a outra parede do crânio, transformando-se em mingau. Neste caso, não é a velocidade que causa os danos, mas sim a aceleração ou a parada abrupta, da mesma forma que você é jogado para frente quando o motorista do ônibus pisa fundo no freio. O que você fez à moça é matematicamente a mesma coisa que atropelá-la com uma nave espacial a 40.000 km/h.

Disponível em: <https://medium.com/ciencia-descomplicada/ super-poderes-4-super-velocidade-c0c5333a18a4>. Acessado em: 06.08.2018
O comentário do último período do sexto parágrafo apresenta um tom:

A) Melancólico.

B) Crítico.

C) Irônico.

D) Apreciativo.

E) Depreciativo.

A B C D E

cód. #6066

NC-UFPR - Português - 2019 - Vestibular - Conhecimentos gerais

Leia o trecho abaixo, de Relato de um certo oriente, de Milton Hatoum:
No meu íntimo, creio que deixei a família e a cidade também por não suportar a convivência estúpida com os serviçais. Lembro Dorner dizer que o privilégio aqui no norte não decorre apenas da posse de riquezas. - Aqui reina uma forma estranha de escravidão - opinava Dorner. - A humilhação e a ameaça são o açoite; a comida e a integração ilusória à família do senhor são as correntes e golilhas. Havia alguma verdade nesta sentença. (HATOUM, Milton. Relato de um certo oriente. São Paulo: Companhia das Letras, 1989, p. 88.)
A respeito desse romance, considere as seguintes afirmativas:
1. Quem narra essa parte do relato é Hakim, filho preferido de Emilie, a quem ela ensinou o árabe na infância e que muito jovem se mudaria para o Sul do Brasil, jamais vendo a mãe novamente. 2. Dorner é um comerciante alemão, concorrente da loja da família de Emilie, a Parisiense, mas que se mantivera próximo à família por sua antiga amizade com Emir, o irmão suicida da matriarca. 3. O julgamento de Dorner, com o qual o narrador concorda, é injusto, e o tratamento cordial que toda a família de Emilie dedica à serviçal Anastácia Socorro é prova desse equívoco. 4. A referência à escravidão permite que se localize a ação de Relato de um certo oriente no final do século XIX, período em que o Ciclo da Borracha atraiu imigrantes para a região Norte.
Assinale a alternativa correta.

A) Somente a afirmativa 1 é verdadeira.

B) Somente as afirmativas 2 e 3 são verdadeiras.

C) Somente as afirmativas 2 e 4 são verdadeiras.

D) Somente as afirmativas 1, 3 e 4 são verdadeiras.

E) As afirmativas 1, 2, 3 e 4 são verdadeiras.

A B C D E

cód. #2483

MULTIVIX - Português - 2019 - Vestibular - Medicina

A palavra “que” em língua portuguesa possui funções diversas. Nos períodos abaixo, assinale aquele em que o “que” é pronome relativo:

A) Ai que saudades eu tenho da minha infância.

B) Eles tinham que correr o risco.

C) É um jovem que nunca chegou atrasado.

D) Declararam que nada sabiam.

E) Eles terão que dizer a verdade.

A B C D E

cód. #4787

INEP - Português - 2019 - Vestibular - CURSOS TÉCNICOS DE NÍVEL MÉDIO - MODALIDADE INTEGRADO

Leia o texto I e responda à questão

TEXTO I
SUPER VELOCIDADE

O velocista escarlate consegue mover-se a uma velocidade sobre-humana e, com isso, é capaz de violar várias leis da Física. Barry Allan ganhou seus poderes após ser atingido por um raio. Então, ele resolveu colocar um colante vermelho e sair por aí, correndo. Depois de um tempo, acabou se juntando a outros super-heróis integrando a Liga da Justiça. Será que a gente conseguiria correr por aí como o Flash?

Nós somos uma espécie bem lenta quando comparada a outras. Nossos pés e pernas evoluíram para escalar árvores. Nós começamos a andar eretos recentemente enquanto outros animais evoluíram de ancestrais bípedes.

Engenheiros e pesquisadores têm se baseado em pernas de outros animais para dar um jeito de aumentar a nossa velocidade. Um destes animais é a avestruz, que corre até 64 km por hora, usando metade da energia que nós. Isso é possível porque eles têm tendões que são capazes de reciclar a energia exercida quando os pés batem no chão e a utilizam para impulsionar o pé no próximo passo. Algumas próteses utilizadas por atletas olímpicos foram baseadas nas pernas e patas da avestruz.

O recorde de velocidade humana é dos astronautas da Apollo 11, que atingiram 40.000 km/h quando a espaçonave reentrou na atmosfera terrestre. Nós poderíamos economizar muito tempo nos movimentando nesta velocidade, mas há alguns problemas.

Com super velocidade, antes de você ver o que está a sua frente e reagir, você já teria passado por, ou através, do que quer que fosse que teria que desviar. A conta é: tempo (1/5 de segundo) multiplicado pela velocidade (40.000 km/h) é igual a distância (2,2 km). Ou seja, se você estivesse correndo nesta velocidade e tentasse desviar de um prédio, teria que estar a mais de 2 km dele para ter tempo de desviar. Quem dirige sabe o que acontece com um inseto quando ele atinge o para-brisa do carro. Não é uma visão muito bonita (principalmente para o inseto). Dessa forma, qualquer colisão direta que você tenha viajando mais de 95 km por hora será fatal. Então, não adianta ter super cura se você morre no impacto. Na melhor das hipóteses, caso você seja indestrutível, se tornaria um míssil, destruindo tudo que atingisse.

Tudo bem! Você se livrou de todos estes problemas! Imagine que uma bala está prestes a atingir uma donzela em perigo. Então você, com sua super velocidade, agarra a moça e a leva para um lugar seguro. Romântico, mas ela vai sofrer mais lesões pelo salvamento do que pela bala.

A Primeira Lei de Newton fala da Inércia, que é a resistência a uma mudança no estado natural de repouso ou movimento. Isso significa que um objeto vai continuar se movendo ou continuar parado, a não ser que algo mude isso. Ela estava parada e acelerou até a sua velocidade em menos de um segundo. O cérebro dela se chocaria com uma das paredes dentro do crânio no momento do seu salvamento e, ao parar abruptamente, o cérebro se chocaria com a outra parede do crânio, transformando-se em mingau. Neste caso, não é a velocidade que causa os danos, mas sim a aceleração ou a parada abrupta, da mesma forma que você é jogado para frente quando o motorista do ônibus pisa fundo no freio. O que você fez à moça é matematicamente a mesma coisa que atropelá-la com uma nave espacial a 40.000 km/h.

Disponível em: <https://medium.com/ciencia-descomplicada/ super-poderes-4-super-velocidade-c0c5333a18a4>. Acessado em: 06.08.2018
Sobre o texto I é correto afirmar:

A) Traz uma explicação científica que demonstra ser possível correr tanto quanto o Flash.

B) Propõe, através da ciência, tornar o ser humano capaz de chegar próximo à velocidade da luz.

C) Demonstra como a ciência está conseguindo levar os seres humanos a obterem os poderes dos super-heróis.

D) Contrapõe a ficção das histórias de super-heróis dos quadrinhos à realidade científica.

E) Mostra como o personagem Flash tem contribuído nas pesquisas que buscam fazer os seres humanos mais velozes.

A B C D E

cód. #2484

MULTIVIX - Português - 2019 - Vestibular - Medicina

Como o uso de redes sociais impacta nossa saúde mental? Pesquisas indicam que tempo demais na internet tem relação com aumento da ansiedade e da depressão, mas que redes sociais também têm efeitos positivos.

22/04/2019 (Adaptado)

(1) “Eu sei que não deveria, mas não posso evitar” ou “ter este objeto perto de mim enquanto estou dormindo é um conforto” são frases típicas de quem sofre de algum tipo de dependência. Neste caso, o vício é em redes sociais. As duas declarações foram ouvidas pela professora de psicologia da Universidade de San Diego, nos Estados Unidos, Jean Twenge, autora do livro “The Narcissism Epidemic”, ou “A Epidemia do Narcisismo”, em tradução livre (Free Press, 2010).

(6) Em um artigo de opinião publicado na revista ‘The Atlantic’, Twenge afirmou que o uso exagerado de internet e redes sociais pode ter relação direta com o aumento exponencial de ansiedade e depressão – de acordo com a ONU, elas incidem em 3,6% e 4,4% da população mundial, respectivamente. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), ligada à ONU, a depressão é vista como “mal do século”.

(11) A conclusão de Twenge encontra eco na mais recente pesquisa sobre o tema publicada pela ‘Royal Society for Public Health’, uma organização sem fins lucrativos inglesa que se dedica ao estudo de melhorias na saúde pública há mais de 140 anos. O estudo ouviu 1.500 jovens britânicos com idades entre 14 anos e 24 anos e reportou dados importantes sobre impacto das redes sociais em suas vidas. De forma geral, a maioria desses jovens acredita que o uso de Facebook, Instagram e outras redes faz mal a seu bem-estar, embora também contribua positivamente em suas vidas.

(18) De acordo com o documento, o vício em mídias sociais afeta 5% dos jovens britânicos, e o poder de dependência desse canal de comunicação é superior ao do cigarro e do álcool. Um outro estudo conduzido por neurocientistas da University of Southern California e da Beijing Normal University, entre outras, e publicado em edição de 2014 da ‘Psychological Reports’, concluiu que o Facebook aciona a mesma parte do cérebro que o jogo e o abuso de substâncias.

(23) Largar o prazer efêmero dos “likes” e das interações é difícil mesmo nos casos em que os jovens se sentem mal. Uma enquete online conduzida pelo ‘Moment’, um aplicativo de monitoramento consentido para smartphones, perguntou a 1 milhão de usuários do Instagram se eles estavam felizes com o tempo gasto nas plataformas online: 63% daqueles que passam mais de uma hora por dia no aplicativo relataram infelicidade. Já o FaceTime, da Apple, aplicativo que, como o Skype, da Microsoft e o Hangouts, do Google, tem a função de realizar chamadas e promover uma interação mais longa e pessoal, teve o melhor desempenho: 91% de felicidade entre seus usuários.

(31) Para a pesquisa, o Instagram é o maior vilão da saúde mental dos jovens: ele está relacionado a problemas de sono, FoMO (“Fear of Missing Out”, expressão equivalente a “medo de estar por fora”), bullying, ansiedade, depressão, solidão e imagem corporal. “Aquilo que vejo no outro, é o que eu quero ser. No Instagram, muitas imagens são produzidas e tratadas, mas quando as observamos, não notamos isso instintivamente e o que fica é uma imagem de perfeição, impossível de atingir”, explica Luciana Ruffo, do Núcleo em Pesquisa em Psicologia e Informática da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (NPPI-PUC/SP), e especialista em tecnologia. “Mas aquilo não é real”, afirma. 


Disponível em: https://bluevisionbraskem.com/desenvolvimento-humano/como-o-uso-de-redessociais-impacta-nossa-saude-mental/. Acesso em 24 ago. 2019. 

Nos períodos abaixo, os termos sublinhados são complementos verbais, exceto:

A) (l. 15) “uso de Facebook, Instagram e outras redes faz mal a seu bem-estar, embora também contribua positivamente em suas vidas”.

B) (l. 6) “Twenge afirmou que o uso exagerado de internet e redes sociais pode ter relação direta”.

C) (l. 13) “o estudo ouviu 1.500 jovens britânicos com idades entre 14 anos e 24 anos”.

D) (l. 25) “perguntou a 1 milhão de usuários do Instagram se eles estavam felizes com o tempo gasto nas plataformas online”.

E) (l. 34) “no Instagram, muitas imagens são produzidas e tratadas, mas quando as observamos, não notamos isso instintivamente”.

A B C D E

cód. #4020

FAG - Português - 2019 - Vestibular - Segundo Semestre

Texto 2


O vício da tecnologia


    Entusiastas de tecnologia passaram a semana com os olhos voltados para uma exposição de novidades eletrônicas realizada recentemente nos Estados Unidos. Entre as inovações, estavam produtos relacionados a experiências de realidade virtual e à utilização de inteligência artificial — que hoje é um dos temas que mais desperta interesse em profissionais da área, tendo em vista a ampliação do uso desse tipo de tecnologia nos mais diversos segmentos.
    Mais do que prestar atenção às novidades lançadas no evento, vale refletir sobre o motivo que nos leva a uma ansiedade tão grande para consumir produtos que prometem inovação tecnológica. Por que tanta gente se dispõe a dormir em filas gigantescas só para ser um dos primeiros a comprar um novo modelo de smartphone? Por que nos dispomos a pagar cifras astronômicas para comprar aparelhos que não temos sequer certeza de que serão realmente úteis em nossas rotinas?
    A teoria de um neurocientista da Universidade de Oxford (Inglaterra) ajuda a explicar essa “corrida desenfreada” por novos gadgets. De modo geral, em nosso processo evolutivo como seres humanos, nosso cérebro aprendeu a suprir necessidades básicas para a sobrevivência e a perpetuação da espécie, tais como sexo, segurança e status social.
    Nesse sentido, a compra de uma novidade tecnológica atende a essa última necessidade citada: nós nos sentimos melhores e superiores, ainda que momentaneamente, quando surgimos em nossos círculos sociais com um produto que quase ninguém ainda possui.
    Foi realizado um estudo de mapeamento cerebral que mostrou que imagens de produtos tecnológicos ativavam partes do nosso cérebro idênticas às que são ativadas quando uma pessoa muito religiosa se depara com um objeto sagrado. Ou seja, não seria exagero dizer que o vício em novidades tecnológicas é quase uma religião para os mais entusiastas.
    O ato de seguir esse impulso cerebral e comprar o mais novo lançamento tecnológico dispara em nosso cérebro a liberação de um hormônio chamado dopamina, responsável por nos causar sensações de prazer. Ele é liberado quando nosso cérebro identifica algo que represente uma recompensa.
    O grande problema é que a busca excessiva por recompensas pode resultar em comportamentos impulsivos, que incluem vícios em jogos, apego excessivo a redes sociais e até mesmo alcoolismo. No caso do consumo, podemos observar a situação problematizada aqui: gasto excessivo de dinheiro em aparelhos eletrônicos que nem sempre trazem novidade –– as atualizações de modelos de smartphones, por exemplo, na maior parte das vezes apresentam poucas mudanças em relação ao modelo anterior, considerando-se seu preço elevado. Em outros casos, gasta-se uma quantia absurda em algum aparelho novo que não se sabe se terá tanta utilidade prática ou inovadora no cotidiano.
    No fim das contas, vale um lembrete que pode ajudar a conter os impulsos na hora de comprar um novo smartphone ou alguma novidade de mercado: compare o efeito momentâneo da dopamina com o impacto de imaginar como ficarão as faturas do seu cartão de crédito com a nova compra. O choque ao constatar o rombo em seu orçamento pode ser suficiente para que você decida pensar duas vezes a respeito da aquisição.
DANA, S. O Globo. Economia. Rio de Janeiro, 16 jan. 2018. Adaptado.
De acordo com o texto 2, o “vício tecnológico” pode ser explicado por:

A) curiosidade de testar produtos que envolvam experiências de realidade virtual e de inteligência artificial.

B) dependência de relacionamento virtual que só pode ser obtido pelo acesso a redes sociais.

C) necessidade de transformar aparelhos em elementos sagrados pelo excesso de religiosidade.

D) prazer produzido pelo status social derivado da utilização de um produto que quase ninguém possui.

E) tendência à manifestação de uma personalidade dominada por vícios como jogos de azar e alcoolismo.

A B C D E

cód. #4788

VUNESP - Português - 2019 - Prova de Conhecimentos Específicos - Administração, Direito, Turismo, Música, Teatro, Dança, Pedagogia, Letras, Geografia e História

Leia o trecho de Galvez, Imperador do Acre, de Márcio Souza, para responder à questão:

Juno e Flora e outras divindades mitológicas

O cabaré não primava pela decoração, mas o ambiente era simples e acolhedor. Era bem conceituado pelos anos de serviços prestados. Uma sala pequena cheia de sofás, algumas mesas redondas de mármore encardido. Meia penumbra. Fomos sentar numa mesa perto da orquestra. A casa começava a esvaziar e estavam apenas os clientes mais renitentes. Duas meninas dançavam um can-can desajeitado e deviam ser paraenses. As duas meninas suavam sem parar. Fomos atendidos por Dona Flora, gorda e oxigenada proprietária que bem poderia ser a deusa Juno. Recebemos as vênias de sempre e Trucco pediu uísque. A música já estava com o andamento de fim de festa e o garçom veio servir nossas bebidas. Trucco perguntou se Lili ainda iria apresentar-se e o garçom respondeu que o número dela era sempre à meia-noite. Havia um ar de familiaridade, e duas polacas vieram sentar em nossa mesa. Afastei a cadeira para elas sentarem e notei que eram bem velhas e machucadas. Decidi dar uma observada no ambiente enquanto Trucco trocava gentilezas com as duas cocottes1 .

(Galvez, Imperador do Acre, 1977.)

1cocotte: mulher jovem e atraente.
A oração “Fomos atendidos por Dona Flora” está na voz passiva. A oração correspondente na voz ativa, que mantém o sentido original, contém a forma verbal

A) atendeu.

B) foi atendida.

C) é atendida.

D) atendemos.

E) atendera.

A B C D E

{TITLE}

{CONTENT}
Precisa de ajuda? Entre em contato.