Diverti-me imensamente com a história dos imbecis da web. Para quem não acompanhou, foi publicado em alguns jornais e também on-line que no curso de uma chamada lectio magistralis em Turim eu teria dito que a web está cheia de imbecis. É falso. A lectio era sobre um tema completamente diferente, mas isso mostra como as notícias circulam e se deformam entre os jornais e a web. A história dos imbecis surgiu numa conferência de imprensa durante a qual, respondendo a uma pergunta que não me lembro mais, fiz uma observação de puro bom senso. Admitindo que em 7 bilhões de habitantes exista uma taxa inevitável de imbecis, muitíssimos deles costumavam comunicar seus delírios aos íntimos ou aos amigos do bar - e assim suas opiniões permaneciam limitadas a um círculo restrito. Hoje uma parte consistente dessas pessoas tem a possibilidade de expressar as próprias opiniões nas redes sociais e, portanto, tais opiniões alcançam audiências altíssimas e se misturam com tantas outras ideias expressas por pessoas razoáveis.
[...]
É justo que a rede permita que mesmo quem não diz coisas sensatas se expresse, mas o excesso de besteira congestiona as linhas. E algumas reações descompensadas que vi na internet confirmam minha razoabilíssima tese. Alguém chegou a dizer que, para mim, as opiniões de um tolo e aquelas de um ganhador do prêmio Nobel têm a mesma evidência e não demorou para que se difundisse viralmente uma inútil discussão sobre o fato de eu ter ou não recebido um prêmio Nobel - sem que ninguém consultasse sequer a Wikipédia.
(Umberto Eco - Os imbecis e a imprensa responsável, 2017.)
A) A oração “foi publicado em alguns jornais” (1a linha) trata-se de uma oração sem sujeito.
B) A expressão “lectio magistralis" (2a linha) está destacada em itálico em virtude de seu emprego conotativo.
C) A expressão “no curso de” (2a linha) pode ser substituída pela preposição “durante”, mantendo paralelismo semântico
D) O advérbio “viralmente” (penúltima linha) é uma figura de linguagem empregada para estabelecer um paradoxo.
E) A oração “É falso” (2a linha) deveria apresentar concordância nominal de gênero com o termo antecedente “história dos imbecis”.
TEXTO REFERÊNCIA PARA AS QUESTÃO.
O Curso "O Poder da Ação", ministrado pelo Master Coach Eduardo Volpato, se trata de uma imersão na mentalidade objetiva de pôr em prática os processos necessários para alcançar objetivos pessoais, profissionais e empresariais. São ferramentas e técnicas voltadas exclusivamente para organizar e acelerar os resultados desejados, agindo de maneira focada, conhecendo a si mesmo como pessoa e profissional e rompendo com os insucessos.
O Poder da Ação é um curso de 2 dias, com exercícios práticos e aplicação de técnicas e ferramentas de Coaching Integral Sistêmico desenvolvidas para que você consiga tomar decisões certas, obter respostas de sucesso e reprogramar seu mindset para ações rápidas e assertivas. Ao final, você descobrirá o que te impede de ter a vida que sempre sonhou (www.vencer.com.br, acesso em 12/07/2019).
Diz-se que um texto é coerente, quando ele se apresenta harmoniosamente estruturado, isto é, quando há nexo entre os fatos e ideias que o compõem. A coesão é, em grande medida, responsável por isso. Analisando-se a estruturação do texto acima, percebe-se que:
I) na segunda linha, a expressão "se trata" compromete a estruturação textual, devido ao significado do verbo e ao uso inadequado do pronome reflexivo "se".
II) a expressão "mentalidade objetiva de pôr em prática" compromete a coerência do texto, uma vez que não se pode atribuir-lhe sentido.
III) a expressão "são ferramentas e técnicas" relaciona-se a "resultados desejados" estando, portanto, garantido o entendimento do texto.
IV) os verbos "agindo", "conhecendo" e "rompendo" demonstram ações em continuidade, e estão corretamente empregados.
V) no final do texto, há uma correção que se faz necessária: "Ao final, você descobrirá o que o (a) impede...
Estão corretos apenas:
A) II, IV e V.
B) II, III e IV.
C) I, II e V.
D) I, IV e V.
Diverti-me imensamente com a história dos imbecis da web. Para quem não acompanhou, foi publicado em alguns jornais e também on-line que no curso de uma chamada lectio magistralis em Turim eu teria dito que a web está cheia de imbecis. É falso. A lectio era sobre um tema completamente diferente, mas isso mostra como as notícias circulam e se deformam entre os jornais e a web. A história dos imbecis surgiu numa conferência de imprensa durante a qual, respondendo a uma pergunta que não me lembro mais, fiz uma observação de puro bom senso. Admitindo que em 7 bilhões de habitantes exista uma taxa inevitável de imbecis, muitíssimos deles costumavam comunicar seus delírios aos íntimos ou aos amigos do bar - e assim suas opiniões permaneciam limitadas a um círculo restrito. Hoje uma parte consistente dessas pessoas tem a possibilidade de expressar as próprias opiniões nas redes sociais e, portanto, tais opiniões alcançam audiências altíssimas e se misturam com tantas outras ideias expressas por pessoas razoáveis.
[...]
É justo que a rede permita que mesmo quem não diz coisas sensatas se expresse, mas o excesso de besteira congestiona as linhas. E algumas reações descompensadas que vi na internet confirmam minha razoabilíssima tese. Alguém chegou a dizer que, para mim, as opiniões de um tolo e aquelas de um ganhador do prêmio Nobel têm a mesma evidência e não demorou para que se difundisse viralmente uma inútil discussão sobre o fato de eu ter ou não recebido um prêmio Nobel - sem que ninguém consultasse sequer a Wikipédia.
(Umberto Eco - Os imbecis e a imprensa responsável, 2017.)
A) ele tenha se divertido com os comentários a respeito da presença dos imbecis na web.
B) na web, as opiniões atingem audiências altíssimas por expressarem ideias absurdas.
C) a opinião de um ganhador do prêmio Nobel e a de um imbecil têm o mesmo peso na web.
D) as notícias sofrem distorções durante o processo de circulação entre as diferentes mídias.
E) os navegadores da web não conferiram a informação sobre ele ter recebido ou não um prêmio Nobel.
Observe a reprodução de 4 diferentes textos.
Esses gêneros textuais, segundo a ordem numérica acima, podem ser encontrados nos seguintes suportes:
A) Dicionário – revista – livro – livro.
B) Jornal – guia – jornal – catálogo.
C) Livro – livro – revista – catálogo.
D) Revista – catálogo – jornal – livro.
A)
Diverti-me imensamente com a história dos imbecis da web. Para quem não acompanhou, foi publicado em alguns jornais e também on-line que no curso de uma chamada lectio magistralis em Turim eu teria dito que a web está cheia de imbecis. É falso. A lectio era sobre um tema completamente diferente, mas isso mostra como as notícias circulam e se deformam entre os jornais e a web. A história dos imbecis surgiu numa conferência de imprensa durante a qual, respondendo a uma pergunta que não me lembro mais, fiz uma observação de puro bom senso. Admitindo que em 7 bilhões de habitantes exista uma taxa inevitável de imbecis, muitíssimos deles costumavam comunicar seus delírios aos íntimos ou aos amigos do bar - e assim suas opiniões permaneciam limitadas a um círculo restrito. Hoje uma parte consistente dessas pessoas tem a possibilidade de expressar as próprias opiniões nas redes sociais e, portanto, tais opiniões alcançam audiências altíssimas e se misturam com tantas outras ideias expressas por pessoas razoáveis.
[...]
É justo que a rede permita que mesmo quem não diz coisas sensatas se expresse, mas o excesso de besteira congestiona as linhas. E algumas reações descompensadas que vi na internet confirmam minha razoabilíssima tese. Alguém chegou a dizer que, para mim, as opiniões de um tolo e aquelas de um ganhador do prêmio Nobel têm a mesma evidência e não demorou para que se difundisse viralmente uma inútil discussão sobre o fato de eu ter ou não recebido um prêmio Nobel - sem que ninguém consultasse sequer a Wikipédia.
(Umberto Eco - Os imbecis e a imprensa responsável, 2017.)
A) uma suposição e uma explicação.
B) uma explicação e uma conclusão.
C) uma causa e uma consequência.
D) uma concessão e uma explicação.
E) uma hipótese e uma consequência.
Considere a concordância nas seguintes frases:
I. A moça usava uma saia verde-clara.
II. Muito-obrigada, disse ela, meia confusa.
III. Eles mesmo foram enganados pela espertinha.
IV. Fomos nós quem pintamos a casa, mas fui quem pintou o muro.
São corretas apenas as frases:
A) I e II.
B) II e III.
C) I e IV.
D) I, III e IV.
Leia o texto a seguir.
- Tem aviso que alguém estaria ''abiscoitando'' algo.
- Ah, deve ser ''agá'' do pessoal!
- Não é, não! Disseram ainda que o cara é ''021'' e que tava ''colando as placas''. Também parece que tá portando ''aço'' e ''canela seca''.
- Ok. Vamos ver essa ''bagaça''. E aí? Pegamos a ''baratinha''?
- Pelo ''bizu'' que recebi é melhor ir de ''barca''. E vê se não esquece a ''lurdinha''!
O diálogo acima, embora pouco esclarecedor para a população civil, é perfeitamente compreensível por policiais militares. A ''linguagem técnica'' desse setor é tão extensa e variada que já resultou até em um dicionário, elaborado por um tenente de Curitiba (Folha de Londrina 18/08/2003).
Assinale a alternativa que justifique a linguagem do texto.
A) A ignorância do povo em relação a sua própria língua leva a absurdos como o apresentado no texto acima. O desrespeito à língua não é exclusividade de policiais. A maioria dos jovens também fala errado
B) Essa "linguagem técnica" demonstra o poder dos policiais que têm até uma forma própria de se comunicarem, para despistar os malfeitores a respeito de suas operações.
C) As mudanças na língua, que ocorrem com o passar do tempo, se justificam, pois tudo se moderniza. No entanto, é inaceitável que cada qual crie sua própria maneira de falar, ignorando a gramática oficial, como faz o texto da questão.
D) As línguas são dinâmicas e estão sujeitas a mudanças por vários fatores, como o passar do tempo, as regionalidades, jargões das áreas profissionais ou a fala de certos grupos sociais. O texto é um exemplo dessa dinamicidade.
Na Seção II (Das Atribuições do Congresso Nacional), que integra o Título IV (Da Organização dos Poderes), da Constituição da República Federativa do Brasil, 1988, o artigo 48 traz a seguinte redação em seu caput:
Art. 48. Cabe ao Congresso Nacional, com a sanção do Presidente da República, não exigida esta para o especificado nos arts. 49, 51 e 52, dispor sobre todas as matérias de competência da União, especialmente sobre:
I - sistema tributário, arrecadação e distribuição de rendas;
II - plano plurianual, diretrizes orçamentárias, orçamento anual, operações de crédito,dívida pública e emissões de curso forçado;
III - fixação e modificação do efetivo das Forças Armadas;
IV - planos e programas nacionais, regionais e setoriais de desenvolvimento;
V - limites do território nacional, espaço aéreo e marinho e bens do domínio da União;[...]
Com base no caput desse artigo, considere as seguintes afirmativas:
Está/Estão de acordo com o disposto no artigo 48:
A) a afirmativa 1 apenas.
B) a afirmativa 2 apenas.
C) as afirmativas 1 e 2 apenas.
D) as afirmativas 2 e 3 apenas.
E) as afirmativas 1, 2 e 3.
UM CÃO, APENAS
Subidos, de ânimo leve e descansado passo, os quarenta degraus do jardim — plantas em flor, de cada lado; borboletas incertas; salpicos de luz no granito —, eis-me no patamar. E a meus pés, no áspero capacho de coco, à frescura da cal do pórtico, um cãozinho triste interrompe o seu sono, levanta a cabeça e fita-me. É um triste cãozinho doente, com todo o corpo ferido; gastas, as mechas brancas do pêlo; o olhar dorido e profundo, com esse lustro de lágrima que há nos olhos das pessoas muito idosas. Com um grande esforço acaba de levantar-se. Eu não lhe digo nada; não faço nenhum gesto. Envergonha-me haver interrompido o seu sono. Se ele estava feliz ali, eu não devia ter chegado. Já que lhe faltavam tantas coisas, que ao menos dormisse: também os animais devem esquecer, enquanto dormem... Ele, porém, levantava-se e olhava-me. Levantava-se com a dificuldade dos enfermos graves: acomodando as patas da frente, o resto do corpo, sempre com os olhos em mim, como à espera de uma palavra ou de um gesto. Mas eu não o queria vexar nem oprimir. Gostaria de ocupar-me dele: chamar alguém, pedir-lhe que o examinasse, que receitasse, encaminhá-lo para um tratamento... Mas tudo é longe, meu Deus, tudo é tão longe. E era preciso passar. E ele estava na minha frente inábil, como envergonhado de se achar tão sujo e doente, com o envelhecido olhar numa espécie de súplica. Até o fim da vida guardarei seu olhar no meu coração. Até o fim da vida sentirei esta humana infelicidade de nem sempre poder socorrer, neste complexo mundo dos homens. Então, o triste cãozinho reuniu todas as suas forças, atravessou o patamar, sem nenhuma dúvida sobre o caminho, como se fosse um visitante habitual, e começou a descer as escadas e as suas rampas, com as plantas em flor de cada lado, as borboletas incertas, salpicos de luz no granito, até o limiar da entrada. Passou por entre as grades do portão, prosseguiu para o lado esquerdo, desapareceu. Ele ia descendo como um velhinho andrajoso, esfarrapado, de cabeça baixa, sem firmeza e sem destino. Era, no entanto, uma forma de vida. Uma criatura deste mundo de criaturas inumeráveis. Esteve ao meu alcance; talvez tivesse fome e sede: e eu nada fiz por ele; ameio, apenas, com uma caridade inútil, sem qualquer expressão concreta. Deixei-o partir, assim humilhado, e tão digno, no entanto: como alguém que respeitosamente pede desculpas de ter ocupado um lugar que não era seu. Depois pensei que todos nós somos, um dia, esse cãozinho triste, à sombra de uma porta. E há o dono da casa, e a escada que descemos, e a dignidade final da solidão.
(Cecília Meireles. Janela mágica. São Paulo: Moderna, 1988.)
Entre as palavras e expressões destacadas no texto, estão listadas abaixo aquelas que se referem ao cãozinho:
I. “Eu não lhe digo nada (...)”.
II. “Deixei-o partir, assim humilhado (...)”
III. “(...) um cãozinho triste interrompe seu sono (...)”.
IV. “Até o fim da vida sentirei esta humana infelicidade (...)”.
V. “Gostaria de ocupar-me dele: chamar alguém, pedir-lhe que o examinasse (...)”.
Os trechos em que as expressões negritadas referem-se apenas ao cãozinho são
A) I, II e III.
B) I, II e IV.
C) II, III e V.
D) II, IV e V.
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