A) “que caíram em desuso” (3º parágrafo) –(expressões)
B) “se tornou uma das mais famosas sentenças da literatura mundial” (4º parágrafo) –(trecho anterior)
C) “são obras que não apenas os fizeram rir ou pensar” (7º parágrafo) –(os leitores chineses)
D) “o livro retrata a visão crua da adolescência, com prosa ágil e humor juvenil” (9º parágrafo) –(o livro)
E) “sua última história foi publicada em 1965, na revista New Yorker.” (10º parágrafo) –(J. D. Salinger)
Hoje fizeram o enterro de Bela. Todos na Chácara se convenceram de que ela estava morta, menos eu. Se eu pudesse não deixaria enterrá‐la ainda. Disse isso mesmo a vovó, mas ela disse que não se pode fazer assim. Bela estava igualzinha à que ela era no dia em que chegou da Formação, só um pouquinho mais magra.
Todos dizem que o sofrimento da morte é a luta da alma para se largar do corpo. Eu perguntei a vovó: “Como é que a alma dela saiu sem o menor sofrimento, sem ela fazer uma caretinha que fosse?”. Vovó disse que tudo isso é mistério, que nunca a gente pode saber essas coisas com certeza. Uns sofrem muito quando a alma se despega do corpo, outros morrem de repente sem sofrer.
Helena Morley, Minha Vida de Menina.
Perguntas
Numa incerta hora fria
perguntei ao fantasma
que força nos prendia,
ele a mim, que presumo
estar livre de tudo
eu a ele, gasoso,
(...)
No voo que desfere
silente e melancólico,
rumo da eternidade,
ele apenas responde
(se acaso é responder
a mistérios, somar‐lhes
um mistério mais alto):
Amar, depois de perder.
Carlos Drummond de Andrade, Claro Enigma.
A) ambos guardam uma dimensão transcendente e católica, de origem mineira.
B) ambos ouvem respostas que lhes esclarecem em definitivo as dúvidas existenciais.
C) a menina mostra curiosidade acerca da morte como episódio e o poeta especula o sentido filosófico da morte.
D) a menina está inquieta por conhecer o destino das almas, enquanto o poeta critica o ceticismo.
E) as duas respostas reforçam os mistérios da vida ao acolherem crenças populares.
‘O Apanhador no Campo de Centeio’ ganha nova roupagem nos 100 anos do autor J.D. Salinger completaria 100 anos em 2019. Outras três obras serão lançadas pela editora Todavia com novas capa e tradução
18/06/2019
No ano em que o escritor J.D. Salinger completaria 100 anos, sua obra mais célebre, ‘O Apanhador no Campo de Centeio’, ganhou uma nova roupagem. Com novas tradução e capa, a história do adolescente Holden Caulfield, ícone da juventude rebelde do século XX, ganhou uma nova versão na última segunda-feira, 17.
Relançado pela editora Todavia, o livro foi publicado em 1951, sendo trazido para o Brasil, em português, apenas nos anos 1960. Na época, o livro era vinculado à Editora do Autor e fora traduzido por diplomatas brasileiros. Agora, na Todavia, a tradução coube a Caetano W. Galindo.
De acordo com uma reportagem do Globo, a nova tradução renova a linguagem do livro. Voltado para o público juvenil, o livro deixará de contar com expressões como “Coisa que o valha” e “no duro”, que caíram em desuso, e passa a ter expressões como “pacas” e “sem brincadeira”.
“Se você quer mesmo ouvir a história toda, a primeira coisa que você deve querer saber é onde eu nasci, e como que foi a porcaria da minha infância, e o que os meus pais faziam antes de eu nascer e tal, e essa merda toda meio David Copperfield, mas eu não estou a fim de entrar nessa, se você quer saber a verdade”, narra a nova abertura do livro. O trecho anterior, que pode ser conferido no fim desta matéria do ‘Opinião e Notícia’, ganhou o mundo e se tornou uma das mais famosas sentenças da literatura mundial.
De acordo com a editora Todavia, pelo menos outros três livros de J.D. Salinger também ganharão nova roupagem: ‘Nove Histórias’, ‘Franny & Zooey’, e ‘Pra Cima com a Viga, Carpinteiros & Seymour – Uma Introdução’ (título provisório). As obras, porém, ainda não tiveram as datas em que serão relançadas/divulgadas.
Matt Salinger, filho do autor J.D. Salinger, direcionou uma carta aos leitores brasileiros falando da felicidade do relançamento das obras no Brasil. Tendo voltado recentemente de uma viagem à China, Matt Salinger afirmou que centenas de chineses o revelaram o quanto os livros de J.D. Salinger ainda “soam relevantes e repletos de frescor”.
“É um imenso prazer convidar os leitores brasileiros a descobrir (ou redescobrir!) os quatro livros de meu pai, J. D. Salinger. Pela primeira vez em décadas, eles serão publicados no Brasil por uma mesma editora, e em novas traduções. […] São obras que não apenas os fizeram rir ou pensar: os livros desempenharam um papel único e determinante na vida de cada um. Espero que você também se sinta assim”, escreveu Matt Salinger.
Matt revelou ainda que textos inéditos de J.D. Salinger serão publicados, mas não deu detalhes sobre quantidades de manuscritos e do que eles tratam. No entanto, admitiu que membros da família Glass, que integram o livro ‘Franny & Zooey’, aparecem em alguns escritos inéditos. “Ele queria que os leitores chegassem aos livros sem ideias pré-concebidas. Essa relação era muito importante para ele. Não tenho o direito de me meter”, contou ao Globo.
O livro ‘O Apanhador no Campo de Centeio’ foi lançado em 1951, tendo mais de 70 milhões de cópias vendidas desde a data de sua estreia. A obra conquistou milhões de fãs de diferentes idades, principalmente adolescentes e jovens adultos. Como ponto forte, o livro retrata a visão crua da adolescência, com prosa ágil e humor juvenil.
J.D. Salinger nasceu em 1919 em Nova York, nos Estados Unidos, e morreu em 2010, em Cornish, New Hampshire, também nos EUA. Autor de dezenas de histórias, teve em ‘O Apanhador no Campo de Centeio’ o seu maior sucesso. Sua última história foi publicada em 1965, na revista New Yorker.
Abertura de 1965, traduzida por Álvaro Alencar, Antônio Rocha e Jorio Dauster
“Se querem mesmo ouvir o que aconteceu, a primeira coisa que vão querer saber é onde eu nasci, como passei a porcaria da minha infância, o que meus pais faziam (…), e toda essa lengalenga tipo David Copperfield, mas, para dizer a verdade, não estou com vontade de falar sobre isso. Em primeiro lugar, esse negócio me chateia e, além disso, meus pais teriam um troço se eu contasse qualquer coisa íntima sobre eles. (…) E, afinal de contas, não vou contar toda a droga da minha autobiografia nem nada. Só vou contar esse negócio de doido que me aconteceu”.
“‘O Apanhador no Campo de Centeio’ ganha nova roupagem nos 100 anos do autor”, Portal Opinião & Notícia.
Disponível em: http://opiniaoenoticia.com.br/cultura/o-apanhador-no-campo-de-centeio-ganha-novaroupagem-nos-100-anos-do-autor/. Acesso em 25 ago. 2019.
A) a expressão “nova roupagem” (5º parágrafo) faz referência às novas escolhas vocabulares registradas pelas novas traduções publicadas no Brasil.
B) as expressões “lengalenga”, “troço” e “chateia” não foram confirmadas se aparecem na nova versão de ‘O Apanhador no Campo de Centeio’, conforme explica artigo de Opinião & Notícia.
C) em comemoração aos 100 anos de nascimento do escritor J. D. Salinger, a editora Todavia lança ‘O Apanhador no Campo de Centeio’ com nova tradução.
D) em carta aos leitores brasileiros, Matt Salinger relembra a influência positiva que as obras do pai tiveram sobre os leitores da época das publicações.
E) a expressão “uma das mais famosas sentenças da literatura mundial” (4º parágrafo) diz respeito ao trecho inicial do romance ‘O Apanhador no Campo de Centeio’, que quer dizer “um dos mais famosos trechos da literatura mundial”.
E Sofia? interroga impaciente a leitora, tal qual Orgon: Et Tartufe? Ai, amiga minha, a resposta é naturalmente a mesma, – também ela comia bem, dormia largo e fofo, – coisas que, aliás, não impedem que uma pessoa ame, quando quer amar. Se esta última reflexão é o motivo secreto da vossa pergunta, deixai que vos diga que sois muito indiscreta, e que eu não me quero senão com dissimulados.
Repito, comia bem, dormia largo e fofo. Chegara ao fim da comissão das Alagoas, com elogios da imprensa; a Atalaia chamou‐lhe “o anjo da consolação”. E não se pense que este nome a alegrou, posto que a lisonjeasse; ao contrário, resumindo em Sofia toda a ação da caridade, podia mortificar as novas amigas, e fazer‐lhe perder em um dia o trabalho de longos meses. Assim se explica o artigo que a mesma folha trouxe no número seguinte, nomeando, particularizando e glorificando as outras comissárias – “estrelas de primeira grandeza”.
Machado de Assis, Quincas Borba.
A) apesar de lisonjeá‐la
B) antes a lisonjeou.
C) porque a lisonjeava.
D) a fim de lisonjeá‐la.
E) tanto quanto a lisonjeava.
A) nos versos “Eu sou carvão!” (linha 224), “Eu sou carvão;” (linha 231), “Eu sou carvão.” (linha 236), a pontuação demonstra, respectivamente, expressividade, causa e desumanização.
B) os versos “Tenho que arder / Queimar tudo com o fogo da minha combustão.” (linhas 237- 239) apresentam o momento de indignação, fazendo o eu lírico erguer-se contra o opressor.
C) o poema apresenta o negro conformado à condição imposta e aceitando trabalhar e servir aos seus senhores.
D) o poema discute questões raciais, quando a cor do carvão remete à cor da pele negra e o jogo metafórico apresenta a relação entre as características do carvão e a ação de queimar.
‘O Apanhador no Campo de Centeio’ ganha nova roupagem nos 100 anos do autor J.D. Salinger completaria 100 anos em 2019. Outras três obras serão lançadas pela editora Todavia com novas capa e tradução
18/06/2019
No ano em que o escritor J.D. Salinger completaria 100 anos, sua obra mais célebre, ‘O Apanhador no Campo de Centeio’, ganhou uma nova roupagem. Com novas tradução e capa, a história do adolescente Holden Caulfield, ícone da juventude rebelde do século XX, ganhou uma nova versão na última segunda-feira, 17.
Relançado pela editora Todavia, o livro foi publicado em 1951, sendo trazido para o Brasil, em português, apenas nos anos 1960. Na época, o livro era vinculado à Editora do Autor e fora traduzido por diplomatas brasileiros. Agora, na Todavia, a tradução coube a Caetano W. Galindo.
De acordo com uma reportagem do Globo, a nova tradução renova a linguagem do livro. Voltado para o público juvenil, o livro deixará de contar com expressões como “Coisa que o valha” e “no duro”, que caíram em desuso, e passa a ter expressões como “pacas” e “sem brincadeira”.
“Se você quer mesmo ouvir a história toda, a primeira coisa que você deve querer saber é onde eu nasci, e como que foi a porcaria da minha infância, e o que os meus pais faziam antes de eu nascer e tal, e essa merda toda meio David Copperfield, mas eu não estou a fim de entrar nessa, se você quer saber a verdade”, narra a nova abertura do livro. O trecho anterior, que pode ser conferido no fim desta matéria do ‘Opinião e Notícia’, ganhou o mundo e se tornou uma das mais famosas sentenças da literatura mundial.
De acordo com a editora Todavia, pelo menos outros três livros de J.D. Salinger também ganharão nova roupagem: ‘Nove Histórias’, ‘Franny & Zooey’, e ‘Pra Cima com a Viga, Carpinteiros & Seymour – Uma Introdução’ (título provisório). As obras, porém, ainda não tiveram as datas em que serão relançadas/divulgadas.
Matt Salinger, filho do autor J.D. Salinger, direcionou uma carta aos leitores brasileiros falando da felicidade do relançamento das obras no Brasil. Tendo voltado recentemente de uma viagem à China, Matt Salinger afirmou que centenas de chineses o revelaram o quanto os livros de J.D. Salinger ainda “soam relevantes e repletos de frescor”.
“É um imenso prazer convidar os leitores brasileiros a descobrir (ou redescobrir!) os quatro livros de meu pai, J. D. Salinger. Pela primeira vez em décadas, eles serão publicados no Brasil por uma mesma editora, e em novas traduções. […] São obras que não apenas os fizeram rir ou pensar: os livros desempenharam um papel único e determinante na vida de cada um. Espero que você também se sinta assim”, escreveu Matt Salinger.
Matt revelou ainda que textos inéditos de J.D. Salinger serão publicados, mas não deu detalhes sobre quantidades de manuscritos e do que eles tratam. No entanto, admitiu que membros da família Glass, que integram o livro ‘Franny & Zooey’, aparecem em alguns escritos inéditos. “Ele queria que os leitores chegassem aos livros sem ideias pré-concebidas. Essa relação era muito importante para ele. Não tenho o direito de me meter”, contou ao Globo.
O livro ‘O Apanhador no Campo de Centeio’ foi lançado em 1951, tendo mais de 70 milhões de cópias vendidas desde a data de sua estreia. A obra conquistou milhões de fãs de diferentes idades, principalmente adolescentes e jovens adultos. Como ponto forte, o livro retrata a visão crua da adolescência, com prosa ágil e humor juvenil.
J.D. Salinger nasceu em 1919 em Nova York, nos Estados Unidos, e morreu em 2010, em Cornish, New Hampshire, também nos EUA. Autor de dezenas de histórias, teve em ‘O Apanhador no Campo de Centeio’ o seu maior sucesso. Sua última história foi publicada em 1965, na revista New Yorker.
Abertura de 1965, traduzida por Álvaro Alencar, Antônio Rocha e Jorio Dauster
“Se querem mesmo ouvir o que aconteceu, a primeira coisa que vão querer saber é onde eu nasci, como passei a porcaria da minha infância, o que meus pais faziam (…), e toda essa lengalenga tipo David Copperfield, mas, para dizer a verdade, não estou com vontade de falar sobre isso. Em primeiro lugar, esse negócio me chateia e, além disso, meus pais teriam um troço se eu contasse qualquer coisa íntima sobre eles. (…) E, afinal de contas, não vou contar toda a droga da minha autobiografia nem nada. Só vou contar esse negócio de doido que me aconteceu”.
“‘O Apanhador no Campo de Centeio’ ganha nova roupagem nos 100 anos do autor”, Portal Opinião & Notícia.
Disponível em: http://opiniaoenoticia.com.br/cultura/o-apanhador-no-campo-de-centeio-ganha-novaroupagem-nos-100-anos-do-autor/. Acesso em 25 ago. 2019.
A) a referência a David Copperfield na versão original será substituída por outro expoente da cultura pop mundial.
B) a nova versão de ‘O Apanhador no Campo de Centeio’ terá tradução renovada, principalmente em consideração às novas gírias utilizadas no país.
C) Matt Salinger, filho do autor J.D. Salinger, é o responsável pela reedição da obra do pai no Brasil.
D) o livro ‘Franny & Zooey’ é um dos escritos inéditos deixados por J. D. Salinger, publicados agora no Brasil e China.
E) J. D. Salinger morreu sem conhecer o sucesso de sua obra mais famosa, ‘O Apanhador no Campo de Centeio’.
E Sofia? interroga impaciente a leitora, tal qual Orgon: Et Tartufe? Ai, amiga minha, a resposta é naturalmente a mesma, – também ela comia bem, dormia largo e fofo, – coisas que, aliás, não impedem que uma pessoa ame, quando quer amar. Se esta última reflexão é o motivo secreto da vossa pergunta, deixai que vos diga que sois muito indiscreta, e que eu não me quero senão com dissimulados.
Repito, comia bem, dormia largo e fofo. Chegara ao fim da comissão das Alagoas, com elogios da imprensa; a Atalaia chamou‐lhe “o anjo da consolação”. E não se pense que este nome a alegrou, posto que a lisonjeasse; ao contrário, resumindo em Sofia toda a ação da caridade, podia mortificar as novas amigas, e fazer‐lhe perder em um dia o trabalho de longos meses. Assim se explica o artigo que a mesma folha trouxe no número seguinte, nomeando, particularizando e glorificando as outras comissárias – “estrelas de primeira grandeza”.
Machado de Assis, Quincas Borba.
A) se cola à imagem da leitora, indiscreta quanto aos amores alheios.
B) é ação isolada de Sofia, arrivista social e benemérita fingida.
C) diz respeito ao filósofo Quincas Borba, o que explica o título do livro.
D) se produz na imprensa, apesar de esta se esquivar da eloquência vazia.
E) se estende à sociedade, na qual o cinismo é o trunfo dos fortes.
GARCIA, Maria Fernanda. Dragão do Mar fez Ceará abolir a
escravidão 4 anos antes da Lei Áurea. Observatório do
Terceiro Setor. 2018. Disponível em:
https://observatorio3setor.org.br/carrossel/dragao-domar-fez-ceara-abolir-a-escravidao-4-anos-antes-da-leiaurea/ Acesso em: 09 de maio de 2019.
A) a participação do Dragão do Mar como líder dos jangadeiros, no movimento abolicionista do Ceará, que os convenceu a interromper o tráfego de escravos.
B) a celebração do dia 25 de março, o dia da abolição dos escravos no Ceará, e a nomeação do Dragão do Mar como chefe dos jangadeiros.
C) o reconhecimento do Dragão do Mar como líder dos jangadeiros e o fato de este homem tornar-se capa de uma importante revista da época.
D) a morte de Francisco José do Nascimento e uma homenagem em forma de atribuição de seu nome ao prédio do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura, na praia de Iracema.
O trecho que melhor define a “incompreensão fundamental” (L.6) referida pela autora é:
A) “não que eu buscasse respostas para tudo” (L.6‐7).
B) “não tinha consciência de mim” (L.8).
C) “Por que eu ficava isolada na hora do recreio” (L.10‐11).
D) “me esforçando para não ser notada” (L.15).
E) “sentia vergonha de levantar a mão” (L.8‐9).
Leia o trecho de Galvez, Imperador do Acre, de Márcio Souza, para responder à questão:
Juno e Flora e outras divindades mitológicas
O cabaré não primava pela decoração, mas o ambiente era simples e acolhedor. Era bem conceituado pelos anos de serviços prestados. Uma sala pequena cheia de sofás, algumas mesas redondas de mármore encardido. Meia penumbra. Fomos sentar numa mesa perto da orquestra. A casa começava a esvaziar e estavam apenas os clientes mais renitentes. Duas meninas dançavam um can-can desajeitado e deviam ser paraenses. As duas meninas suavam sem parar. Fomos atendidos por Dona Flora, gorda e oxigenada proprietária que bem poderia ser a deusa Juno. Recebemos as vênias de sempre e Trucco pediu uísque. A música já estava com o andamento de fim de festa e o garçom veio servir nossas bebidas. Trucco perguntou se Lili ainda iria apresentar-se e o garçom respondeu que o número dela era sempre à meia-noite. Havia um ar de familiaridade, e duas polacas vieram sentar em nossa mesa. Afastei a cadeira para elas sentarem e notei que eram bem velhas e machucadas. Decidi dar uma observada no ambiente enquanto Trucco trocava gentilezas com as duas cocottes1 .
(Galvez, Imperador do Acre, 1977.)
1cocotte: mulher jovem e atraente.
A) é atendida.
B) atendera.
C) atendeu.
D) atendemos.
E) foi atendida.
{TITLE}