Leia o trecho do romance A moreninha, de Joaquim Manuel de Macedo, para responder à questão:
Chegou o sábado. O nosso Augusto, depois de muitos rodeios e cerimônias, pediu finalmente licença para ir passar o dia de domingo na ilha de… e obteve em resposta um não redondo; jurou que tinha dado sua palavra de honra de lá se achar nesse dia e o pai, para que o filho não cumprisse a palavra, nem faltasse à honra, julgou muito conveniente trancá-lo em seu quarto.
Mania antiga é essa de querer triunfar das paixões com fortes meios; erro palmar, principalmente no caso em que se acha o nosso estudante; amor é um menino doidinho e malcriado que, quando alguém intenta refreá-lo, chora, escarapela, esperneia, escabuja, morde, belisca e incomoda mais que solto e livre; prudente é facilitar-lhe o que deseja, para que ele disso se desgoste; soltá-lo no prado, para que não corra; limpar-lhe o caminho, para que não passe; acabar com as dificuldades e oposições, para que ele durma e muitas vezes morra. O amor é um anzol que, quando se engole, agadanha-se logo no coração da gente, donde, se não é com jeito, o maldito rasga, esburaca e se aprofunda.
(A moreninha, 1997.)
A) “Mania antiga é essa de querer triunfar das paixões com fortes meios” (2º parágrafo)
B) “para que o filho não cumprisse a palavra” (1º parágrafo)
C) “Chegou o sábado.” (1º parágrafo)
D) “jurou que tinha dado sua palavra de honra de lá se achar nesse dia” (1º parágrafo)
E) “O nosso Augusto, depois de muitos rodeios e cerimônias, pediu finalmente licença” (1º parágrafo)
A) I e II apenas.
B) I e III apenas.
C) II e III apenas.
D) I, II e III.
Leia o trecho extraído de uma notícia veiculada na internet:
“O carro furou o pneu e bateu no meio fio, então eles foram obrigados a parar. O refém conseguiu acionar a população, que depois pegou dois dos três indivíduos e tentaram linchar eles. O outro conseguiu fugir, mas foi preso momentos depois por uma viatura do 5º BPM”, afirmou o major.
Disponível em https://www.gp1.com.br/.
No português do Brasil, a função sintática do sujeito não possui, necessariamente, uma natureza de agente, ainda que o verbo esteja na voz ativa, tal como encontrado em:
A) “O carro furou o pneu”.
B) “e bateu no meio fio”.
C) “O refém conseguiu acionar a população”.
D) “tentaram linchar eles”.
E) “afirmou o major”.
A) “A noite está tepida. O céu já está salpicado de estrelas. Eu que sou exótica gostaria de recortar um pedaço do céu para fazer um vestido.”
B) Por isso o Ramiro queria bater no senhor Binidito. Porque o Ramiro é forte e o senhor Binidito é fraco.”
C) “Sou leiga na eletricidade. Mandei chamar o senhor Alfredo, que é o atual encarregado da luz. Ele estava nervoso.”
D) A Juana que é esposa do Binidito deu cinquenta cruzeiros para o senhor Alfredo. Ele pegou o dinheiro. Não sorriu.”
E) O Ramiro ficou zangado porque eu fui a favor do senhor Binidito. Tentei concertar os fios.”
A) A associação do álcool a fatores de entretenimento demonstra que tal comportamento social não se enquadra mais nos parâmetros sociais atuais.
B) Os dados apresentados no primeiro parágrafo atuam como argumentos que conferem maior credibilidade ao texto além de fortalecer as ideias apresentadas posteriormente.
C) A referência ao consumo excessivo de álcool está diretamente relacionada a um determinado período do ano em que seus efeitos mostram-se mais prejudiciais do que em outras ocasiões.
D) Segundo o texto, o apelo ao consumo excessivo do álcool ocorre com maior intensidade mediante situações específicas; não se devendo levar em conta, como fator agravante, o tipo de público consumidor.
Leia o trecho do romance A moreninha, de Joaquim Manuel de Macedo, para responder à questão:
Chegou o sábado. O nosso Augusto, depois de muitos rodeios e cerimônias, pediu finalmente licença para ir passar o dia de domingo na ilha de… e obteve em resposta um não redondo; jurou que tinha dado sua palavra de honra de lá se achar nesse dia e o pai, para que o filho não cumprisse a palavra, nem faltasse à honra, julgou muito conveniente trancá-lo em seu quarto.
Mania antiga é essa de querer triunfar das paixões com fortes meios; erro palmar, principalmente no caso em que se acha o nosso estudante; amor é um menino doidinho e malcriado que, quando alguém intenta refreá-lo, chora, escarapela, esperneia, escabuja, morde, belisca e incomoda mais que solto e livre; prudente é facilitar-lhe o que deseja, para que ele disso se desgoste; soltá-lo no prado, para que não corra; limpar-lhe o caminho, para que não passe; acabar com as dificuldades e oposições, para que ele durma e muitas vezes morra. O amor é um anzol que, quando se engole, agadanha-se logo no coração da gente, donde, se não é com jeito, o maldito rasga, esburaca e se aprofunda.
(A moreninha, 1997.)
A) romântico, que não se relaciona com nenhuma mulher por fidelidade a uma promessa que havia feito na infância.
B) instável, com relações afetivas curtas e inconstantes, que por fim se transforma ao encontrar o amor verdadeiro.
C) prático, crítico ao romantismo, que ironiza o modo como as pessoas são vulneráveis às paixões.
D) interesseiro, que submetia suas relações afetivas ao cálculo sobre as vantagens sociais que elas lhe trariam.
E) melancólico, que prefere imaginar um amor perfeito, semelhante aos dos livros, o que o paralisa diante das relações afetivas reais e presentes.
A) do pré-modernismo, marcado por problematizar a realidade social e cultural brasileira.
B) da primeira fase do modernismo brasileiro, fortemente influenciado pelas vanguardas europeias.
C) do movimento regionalista de 1930, influenciado pelo desgaste da política Café com Leite.
D) do neoconcretismo, através da poesia que incorpora a temática social, ressaltando a palavra como o elemento mais expressivo.
Os textos literários são obras de discurso, a que falta a imediata referencialidade da linguagem corrente; poéticos, abolem, “destroem” o mundo circundante, cotidiano, graças à função irrealizante da imaginação que os constrói. E prendem‐nos na teia de sua linguagem, a que devemo poder de apelo estético que nos enleia; seduz‐nos o mundo outro, irreal, neles configurado (...). No entanto, da adesão a esse “mundo de papel”, quando retornamos ao real, nossa experiência, ampliada e renovada pela experiência da obra, à luz do que nos revelou, possibilita redescobri‐lo, sentindo‐o e pensando‐o de maneira diferente e nova. A ilusão, a mentira, o fingimento da ficção, aclara o real ao desligar‐se dele, transfigurando‐o; e aclara‐o já pelo insight que em nós provocou.
Benedito Nunes, “Ética e leitura”, de Crivo de Papel.
O que eu precisava era ler um romance fantástico, um romance besta, em que os homens e as mulheres fossem criações absurdas, não andassem magoando‐se, traindo‐se. Histórias fáceis, sem almas complicadas. Infelizmente essas leituras já não me comovem.
Graciliano Ramos, Angústia.
Romance desagradável, abafado, ambiente sujo, povoado de ratos, cheio de podridões, de lixo. Nenhuma concessão ao gosto do público. Solilóquio doido, enervante.
Graciliano Ramos, Memórias do Cárcere, em nota a respeito de seu livro Angústia.
A) dramática, ao representar as tensões de seu tempo.
B) grotesca, ao eliminar a expressão individual.
C) satírica, ao reduzir os eventos ao plano do riso.
D) ingênua, ao simular o equilíbrio entre sujeito e mundo.
E) alegórica, ao exaltar as imagens de sujeira.
A) a falta de saneamento básico;
B) o alcoolismo de Binidito;
C) a precariedade da energia elétrica do local;
D) a violência entre os moradores;
E) a falta de água;
A) Enumeração.
B) Circunstância.
C) Ordenamento.
D) Conformidade.
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