A) O termo regido “dependência” é introduzido por uma preposição já que se trata de um substantivo feminino.
B) O termo regente é o responsável pela obrigatoriedade da preposição que antecede o termo regido “dependência”.
C) A substituição de “dependência” por outro vocábulo elimina a possibilidade do emprego de preposição que o anteceda.
D) A regência verbal utilizada permite constatar que se trata de um exemplo de marcas de linguagem coloquial em um texto predominantemente formal.
Leia o trecho do romance A moreninha, de Joaquim Manuel de Macedo, para responder à questão:
Chegou o sábado. O nosso Augusto, depois de muitos rodeios e cerimônias, pediu finalmente licença para ir passar o dia de domingo na ilha de… e obteve em resposta um não redondo; jurou que tinha dado sua palavra de honra de lá se achar nesse dia e o pai, para que o filho não cumprisse a palavra, nem faltasse à honra, julgou muito conveniente trancá-lo em seu quarto.
Mania antiga é essa de querer triunfar das paixões com fortes meios; erro palmar, principalmente no caso em que se acha o nosso estudante; amor é um menino doidinho e malcriado que, quando alguém intenta refreá-lo, chora, escarapela, esperneia, escabuja, morde, belisca e incomoda mais que solto e livre; prudente é facilitar-lhe o que deseja, para que ele disso se desgoste; soltá-lo no prado, para que não corra; limpar-lhe o caminho, para que não passe; acabar com as dificuldades e oposições, para que ele durma e muitas vezes morra. O amor é um anzol que, quando se engole, agadanha-se logo no coração da gente, donde, se não é com jeito, o maldito rasga, esburaca e se aprofunda.
(A moreninha, 1997.)
A) é conveniente controlar o desejo com ações enérgicas antes que ele se instale definitivamente no amador e o machuque.
B) é sensato permitir que o desejo flua e se expresse, a fim de que os sentimentos se amenizem sem produzir danos.
C) é prudente cuidar do desejo como se ele fosse uma criança, alimentando-o e protegendo-o incondicionalmente.
D) é preciso ser estrategista a fim de que o desejo se mantenha sempre intenso e imprevisível.
E) é importante ter em mente que o desejo crescerá e machucará a pessoa que deseja, não importa o que ela faça.
A) I e II apenas.
B) I e III apenas.
C) II e III apenas.
D) I, II e III.
Os textos literários são obras de discurso, a que falta a imediata referencialidade da linguagem corrente; poéticos, abolem, “destroem” o mundo circundante, cotidiano, graças à função irrealizante da imaginação que os constrói. E prendem‐nos na teia de sua linguagem, a que devemo poder de apelo estético que nos enleia; seduz‐nos o mundo outro, irreal, neles configurado (...). No entanto, da adesão a esse “mundo de papel”, quando retornamos ao real, nossa experiência, ampliada e renovada pela experiência da obra, à luz do que nos revelou, possibilita redescobri‐lo, sentindo‐o e pensando‐o de maneira diferente e nova. A ilusão, a mentira, o fingimento da ficção, aclara o real ao desligar‐se dele, transfigurando‐o; e aclara‐o já pelo insight que em nós provocou.
Benedito Nunes, “Ética e leitura”, de Crivo de Papel.
O que eu precisava era ler um romance fantástico, um romance besta, em que os homens e as mulheres fossem criações absurdas, não andassem magoando‐se, traindo‐se. Histórias fáceis, sem almas complicadas. Infelizmente essas leituras já não me comovem.
Graciliano Ramos, Angústia.
Romance desagradável, abafado, ambiente sujo, povoado de ratos, cheio de podridões, de lixo. Nenhuma concessão ao gosto do público. Solilóquio doido, enervante.
Graciliano Ramos, Memórias do Cárcere, em nota a respeito de seu livro Angústia.
A) rejeita, como jornalista, a escrita de ficção.
B) prefere alienar‐se com narrativas épicas.
C) é indiferente às histórias de fundo sentimental.
D) está engajado na militância política.
E) se afunda na negatividade própria do fracassado.
A) não clama do capitalismo a reparação histórica de povos pobres.
B) não reivindica justiça quando falhas técnicas são tratadas como acidentes.
C) se esconde de si mesma e de seus medos em meio ao consumismo desenfreado.
D) caminha para seu próprio fim, por não dominar a técnica como pensava dominar.
E) vive um momento de atordoamento, que afasta cada ser humano da empatia.
A) Haviam poucas vagas a serem preenchidas.
B) Hão de existir pessoas capazes em nosso grupo.
C) Haveriam muitos anos que tal prática não acontece?
D) Houveram dois grandes embates na empresa semana passada.
A) O efeito de desinibição social inerente ao álcool pode também ser motivo de procura em pessoas com maiores restrições na interação social, [...]
B) O efeito da desinibição social de caráter intrínseco ao álcool pode também motivar a procura em pessoas por maiores limitações na interação social, [...]
C) O efeito de desinibição social intrínseco ao álcool pode, também, não ser motivo de procura em pessoas com maiores ou menores limitações na interação social, [...]
D) O efeito de desinibição social intrínseco ao álcool pode fazer com que ele não seja o único motivo de procura em pessoas com maiores limitações na interação social, [...]
Leia o poema de Paulo Henriques Britto para responder à questão
É em estado assim que se descobre a verdade,
(Mínima lírica, 2013.)
A) negação; o que era, mas não é mais.
B) suficiência; o que basta.
C) excesso; o que está além.
D) simetria; o que está à frente.
E) posição externa; o que está fora.
A) “Em seguida, preste atenção” é uma oração subordinada substantiva subjetiva, porque esse trecho é o sujeito da oração principal.
B) “[...] para não deixar luzes acesas em cômodos” é uma oração subordinada adverbial final, porque exprime o objetivo do que se declara na oração principal.
C) “[...] que não estão sendo utilizados” é uma oração adjetiva restritiva, porque particulariza o termo “cômodos”, exercendo função de adjunto adnominal desse termo.
D) “[...] e desligue o computador durante a noite” é coordenada aditiva, porque é independente das outras orações e se liga a uma outra oração dando ideia de adição.
Os textos literários são obras de discurso, a que falta a imediata referencialidade da linguagem corrente; poéticos, abolem, “destroem” o mundo circundante, cotidiano, graças à função irrealizante da imaginação que os constrói. E prendem‐nos na teia de sua linguagem, a que devemo poder de apelo estético que nos enleia; seduz‐nos o mundo outro, irreal, neles configurado (...). No entanto, da adesão a esse “mundo de papel”, quando retornamos ao real, nossa experiência, ampliada e renovada pela experiência da obra, à luz do que nos revelou, possibilita redescobri‐lo, sentindo‐o e pensando‐o de maneira diferente e nova. A ilusão, a mentira, o fingimento da ficção, aclara o real ao desligar‐se dele, transfigurando‐o; e aclara‐o já pelo insight que em nós provocou.
Benedito Nunes, “Ética e leitura”, de Crivo de Papel.
O que eu precisava era ler um romance fantástico, um romance besta, em que os homens e as mulheres fossem criações absurdas, não andassem magoando‐se, traindo‐se. Histórias fáceis, sem almas complicadas. Infelizmente essas leituras já não me comovem.
Graciliano Ramos, Angústia.
Romance desagradável, abafado, ambiente sujo, povoado de ratos, cheio de podridões, de lixo. Nenhuma concessão ao gosto do público. Solilóquio doido, enervante.
Graciliano Ramos, Memórias do Cárcere, em nota a respeito de seu livro Angústia.
A) estabelece um contraponto entre a fantasia e o mundo.
B) utiliza a linguagem para informar sobre o mundo.
C) instiga no leitor uma atitude reflexiva diante do mundo.
D) oferece ao leitor uma compensação anestesiante do mundo.
E) conduz o leitor a ignorar o mundo real.
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